Moreirense-Sporting: o regresso do Cónego Montero e do Abade Martins
Só o facto de não haver perigo de danos na classificação impediu que assistisse ao jogo de ontem com alguma apreensão. O Moreirense é uma equipa bem orientada, uma das que, do seu campeonato, deixou melhor impressão este ano em Alvalade.
Foi um jogo bom para recentrar as conversas sobre a equipa e o trabalho do treinador, isto depois de, após o jogo cinzento com o Boavista se terem registado criticas catastrofistas sobre uma e outro. Tal como então afirmei, creio que se extrapolou em demasia, ao não se ter em conta a especificidade de algumas circunstâncias que ocorreram durante o referido jogo.
Foi um jogo bom para recentrar as conversas sobre a equipa e o trabalho do treinador, isto depois de, após o jogo cinzento com o Boavista se terem registado criticas catastrofistas sobre uma e outro. Tal como então afirmei, creio que se extrapolou em demasia, ao não se ter em conta a especificidade de algumas circunstâncias que ocorreram durante o referido jogo.
Curiosamente o jogo em Moreira de Cónegos haveria de começar também com um golo cedo, isto sem que antes não tivéssemos sido sujeitos a um enorme susto, que, a ter acontecido o pior, teria com certeza resultado numa crónica bem diferente.
Do lado das notas coincidentes, saliente-se a ocorrência, pela enésima vez este ano, de mais um golo patético, desta feita ao nível dos distritais. Uma equipa que sofre golos "do nada" é uma equipa condenada a jogar sempre sobre brasas, ou pelo menos inquieta. A excessiva rotação dos centrais pode ajudar a explicar alguns deles, mas está longe de explicar tudo. Um sério problema para uma equipa com as nossas ambições.
Do lado das notas coincidentes, saliente-se a ocorrência, pela enésima vez este ano, de mais um golo patético, desta feita ao nível dos distritais. Uma equipa que sofre golos "do nada" é uma equipa condenada a jogar sempre sobre brasas, ou pelo menos inquieta. A excessiva rotação dos centrais pode ajudar a explicar alguns deles, mas está longe de explicar tudo. Um sério problema para uma equipa com as nossas ambições.
Para terminar as notas coincidentes fica a dificuldade revelada pelo Sporting em controlar o jogo, apesar da marcha favorável do marcador não por em causa o resultado. Este facto tanto se deveu a mérito do adversário, como em grande medida em demérito nosso em controlar as movimentações, especialmente de João Pedro.
Outra nota importante importante resultante deste jogo foi o ingresso de quase meia-equipa, apenas um (Tobias) resultante de impedimento, sendo por isso quatro de opção do treinador. Carrilo ficou fora certamente para descansar, atendendo às dificuldades reveladas no final do jogo anterior. O mesmo se aplicará por certo a Adrien. João Mário andava mesmo a pedir banco, uma vez que há vários jogos anda muito distante do que sabemos que pode fazer. Montero foi opção de Marco Silva, e em boa hora o fez.
A inclusão do colombiano acabou por me deixar ultrapassado pelos acontecimentos, uma vez que, se o tempo me tivesse permitido, era minha intenção ter escrito um post sobre o que me parece ser a incompatibilidade de Slimani com os restantes avançados, Montero e Tanaka. Sem querer ser injusto com o argelino, não me restam dúvidas que as suas características e limitações parecem recomendar o seu uso em modo "single" e que as caracteristicas dos outros dois tendem a complementar-se melhor, concorrendo para um melhor entendimento entre eles e, com isso, com melhor aproveitamento.
O caso do Montero já havia aqui inclusive merecido análise do Cantinho, na crónica do jogo com o Boavista. O regresso de Montero aos jogos e aos golos parece-me muito natural, atendendo à qualidade do seu jogo e o que pode oferecer à equipa. E se o seu companheiro tivesse mais um bocadinho que "apenas um bom pé esquerdo", ou seja, se o seu entendimento do jogo se aproximasse mais do registo do colombiano, este poderia revelar-se tão importante como parece poder ser. Isto é, importante sem tantas e tão demoradas intermitências. Um bocadinho mais de agressividade sobre os lances e menos "diletantismo" também lhe fariam muito bem.
Uma palavra final para André Martins. Está sem ritmo, consequência de demoradas passagens pelo banco e até pela bancada. Ainda assim o que jogou é o suficiente para questionar se o ostracismo a que foi sujeito além de o prejudicar a ele, não encurtou desnecessariamente as soluções disponíveis para a equipa, especialmente nos momentos de maior cansaço, em que uma maior rotação parecia ser necessária.