sábado, 31 de janeiro de 2009

O desmazelo numa horta com autocarro ao meio

Hoje, como sportinguista, vivi um dia especial. Com o recrudescer da habitual emoção lá me meti a caminho da Trofa. Não sendo nenhum menino, esta sensação está sempre presente quando se aproxima a hora de ver o meu clube jogar.

Chegar cedo e ter que esperar pelo meu companheiro LT permitiu-me ser um observador atento do movimento circundante. Nem a certeza do frio e da água a cair com força (só não sabíamos quando…) demoveu um número muito apreciável de adeptos leoninos. Uma vez chegada a equipa facilmente se percebeu, pela recepção, que os sportinguistas atribuíam importância e esperavam o melhor deste jogo. Nesse compasso de espera tive a oportunidade de conhecer e dar um estreito abraço a Eduardo Barroso, grande sportinguista, misturado com muitos sportinguistas anónimos. Este não é sportinguista de sofá.

Uma vez chegado LT tive a feliz sorte de conhecer os seus amigos do Núcleo Sportinguista de Valpaços, a quem nem a ameaça de neve demoveu a fazer uma estirada de todo o tamanho. Enquanto escrevo estas letras fazem eles o caminho de regresso, isto se a neve que poderá já cair, não os retiver na estrada. A minha humilde homenagem aqui fica. Isto é Sportinguismo. Não aquela atitude desleixada de jogar, sem alma nem vontade, que vimos na 1ª parte.

É ainda enregelado e molhado e sobretudo profundamente decepcionado que vos escrevo estas linhas. Vou tentar não vos maçar mais do que já se devem sentir com o visionamento do jogo. Uma equipa demasiado contida, (com Caneira à esquerda perante o Trofense, como será com o Bayern?), um losango expectante e diletante, acabou por ter de correr atrás do prejuízo na 2ª parte. Manifestamente insuficiente para quem ser campeão. Nem a desculpa de ter jogado numa horta com um autocarro no meio justifica a perda de 2 pontos perante uma equipa tão fraca como o Trofense. O resultado castiga justamente a atitude desmazelada da equipa.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Ecletismo na Praia

A identidade do Sporting Clube de Portugal no mundo construiu-se e solidificou-se através da afirmação de um projecto desportivo de carácter universal, eclético e olímpico. O honroso e desafiante desejo dos seus fundadores tem-se escrito num livro recheado de páginas de glória alcançada por homens e mulheres de leão ao peito, cuja nobreza com que serviram e servem o nosso Clube consagra a alma leonina como imortal.

Hoje iniciou-se uma nova página no ecletismo leonino. De forma “surpreendente” foi apresentada no auditório do Estádio José Alvalade a nova modalidade do Clube, o Futebol de Praia, que conta com dois dos melhores jogadores do mundo desta actividade desportiva. Numa altura em que os Sportinguistas reclamam mais vida para o ecletismo, procurando com isso voltar a sentir a aura dos tempos em que a mística leonina à volta de Alvalade era uma evidência, não posso deixar de enaltecer esta iniciativa por que se trata de um projecto atraente, com vivacidade, adeptos e em franca expansão. As cores leoninas vão certamente trazer ainda mais cor à modalidade e às praias nacionais e internacionais.

O Sporting continua eclético. Mas os Sportinguistas estão saudosos dos tempos em que o pavilhão de Alvalade se agigantava com o Livramento, o Chana, o Ramalhete entre outros, em verdadeiras tardes e noites épicas. Saudosos de ver as estradas do país inundadas de ciclistas liderados por um Joaquim Agostinho, ou um Carlos Lopes, as nossas grandes referências. Por isso, apesar de considerar que hoje o mundo não é o que era e de saber que há actividades desportivas que outrora foram atractivas mas hoje poderão não o ser, apesar de considerar que o futsal, o futebol de praia e outras modalidades que aqui se praticam ainda fazem do Sporting o Clube mais eclético, considero que é fundamental resolver o dilema do pavilhão que deve ser motivo de debate no Congresso e nas propostas que os futuros candidatos à Presidência do Clube nos vão apresentar, para que as nossas referências, para que a aura leonina que se vivia em Alvalade se recupere e rejuvenesça e o nosso ecletismo não morra na praia.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Primeira volta dejas-vu

Terminou a 1ª volta que de 1ª teve muito pouco: as velhas polémicas com as arbitragens desviam a maior parte dos olhares e discussões do futebol jogado para o futebol falado. O problema da arbitragem está ao nível da credibilidade e, enquanto esta não for restaurada, dificilmente as falhas dos juízes poderão ser vistas ao mesmo nível que um mau remate ou um golo na própria baliza. È a velha questão: a mulher de César tem de ser e parecer séria. Infelizmente nenhuma das premissas é satisfeita hoje. Ajuda pouco ver as mesmas figuras de sempre, os mesmos procedimentos opacos, as mesmas falhas. E ajuda menos a falta de bom senso dos mais altos responsáveis na hora de comunicar: ou falam demais ou não dizem nada.

Ontem o JN publicou um artigo onde se analisa superficialmente a 1ª volta do campeonato, recorrendo a um quadro comparativo, mais alguns dados estatísticos e que pode ser visto na nossa mediateca. Olhando mais de perto para a carreira da nossa equipa parecem-me estes os aspectos mais importantes:

Somos os piores dos 3 grandes em casa e é precisamente em Alvalade que temos comprometido as nossas aspirações, com 8 pontos perdidos. O resultado com o Leixões e Académica “nunca” deviam ter acontecido. O mesmo se pode dizer da deslocação a Paços de Ferreira. Os jogos entre os grandes podem sempre cair para qualquer lado, mas o grosso dos pontos ganham-se com os restantes.

Nunca fomos 1º´s isolados, apenas ex-aequo. É um argumento de ordem psicológica, porque o fundamental é terminar nessa posição. O Leixões, que já foi líder isolado, não será campeão.

É a desvantagem mais curta com que Paulo Bento dobra a época.

Posto isto, estas são as questões que me inquietam:

A principal vantagem que nos advinha de termos sido, dos 3 grandes, o que menos mexeu, parece estar esgotada sem grande proveito. Devemos por isso esperar maiores dificuldades para a 2ª volta, sobretudo porque o Fcp parece ter conseguido estabilizar os seus níveis exibicionais e ter melhor calendário?

A equipa, nos jogos com os adversários mais difíceis, tem revelado dificuldades em resolver os jogos a seu favor. Parece-me que o famigerado losango não beneficia as nossas pretensões porque, na maioria dos casos, a equipa tende a controlar o jogo antes de demonstrar que o quer vencer. E como todos os jogos começam empatados acabamos por controlar um resultado que não nos interessa. Da resolução ou não desta dificuldade parece-me que estará a nossa sorte nesta Liga.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O peso da mística

Desta vez Liedson não marcou um golo preferindo fazer o passe para a SAD Leonina. A bola está portanto do lado da SAD. Apesar dos seus 31 anos, Liedson é daqueles jogadores por quem a idade parece não passar. Ágil, veloz, inteligente, são apenas alguns adjectivos com que podemos caracterizar o “levezinho”, que é neste momento a maior referência do futebol do Sporting.

É conhecida a vontade dos Adeptos. Fica Liedson, é o que lhe pedimos. Pedimos-lhe porque gostamos dele, não apenas pelos golos que marca, mas pela humildade que demonstra, própria das grandes lendas da bola. Pedimos-lhe nós e em nosso nome, a maior lenda viva do futebol do Sporting, Manuel Fernandes, que lhe apelou convictamente para que fique no Sporting por mais 5 anos, o tempo necessário que o levezinho levará a concretizar o desejo de Manel, alcança-lo na lista de melhores marcadores de sempre do Sporting. O velho capitão, sabe que isso não será tarefa fácil para um jogador com 31 anos. Mas mais importante do que isso e quem melhor do que Manel para o avaliar, é a sua mística e o peso que ela tem no universo leonino.

Como infelizmente as referências natas e criadas em Alvalade, parecem não querer carregar o peso da mística, Liedson é neste momento o Rei da savana leonina. Inspirado neste verdadeiro desejo, sentimento partilhado pela larga maioria dos Sportinguistas, também aqui a norte, não posso deixar de apelar: Fica Liedson e volta Manel!

domingo, 25 de janeiro de 2009

Liga aos empurrões

Se há algo que resulta absolutamente claro nestas 2 jornadas é o carácter de outsider da equipa do Sporting. Não só da equipa, mas também do clube. Da equipa porque não conseguiu ganhar até agora nenhum jogo a que estava obrigada. Nesses incluo os que disputou com os seus directos concorrentes, os tais que alguém disse que valiam 6 pontos. E o da Choupana ontem, que lhe dariam o conforto de olhar o horizonte sem lençóis azuis ou vermelhos a barrar a vista. Do clube porque se percebe estar completamente arredado dos jogos de influência que se esgrimem por debaixo da mesa. Isto porque até um invisual consegue enxergar que esta escalada ao pódium, onde está depositada o troféu desta Liga Sagres, tem sido feita sob signo do empurrão: ora agora empurro o SLB para cima, agora empurras tu o FCP para primeiro. A nós tapam-nos os olhos com um golo de que nem precisávamos.

Nunca nos bastidores se terá lutado tanto pela nomeação de um árbitro, por um árbitro assistente ou um avaliador. Vítor Pereira pede aos que não acreditam nos árbitros que deixem de ir ao futebol. Se disso resultasse apenas a exclusão dessas alternadeiras do apito, que à nossa custa auferem chorudas ajudas de custo, não duvido que muitos mais dos que já o fazem adeririam ao seu apelo. Não fora pelo meio estar o nosso amor pela modalidade mais excitante do mundo e a paixão pelas nossas camisolas e o Sr. Vitor Pereira e “sus muchachos” teriam que dar à perna para manter o nível de vida que hoje usufruem.

O que aconteceu ontem em Braga, e se repete quase todos os fins-de-semana de forma descarada, já era de prever. No lançamento do jogo de ontem Jesualdo elogiou um dos piores árbitros que se conhecem m Portugal, pelo que era de adivinhar o que se seguiria.

Este figurino de corrida em campo minado e inclinado obriga-nos a esforços redobrados. Não nos são permitidas hesitações ou tibiezas como as de ontem. Temos de ir com tudo, pôr a carne toda no assador, como dizia Quinito. Todos. Jogadores, treinadorees dirigentes e adeptos.

sábado, 24 de janeiro de 2009

One million dollar question

A primeira impressão que a equipa deixou neste jogo em que procurava atingir o 1º lugar não foi nada entusiasmante. Demasiada distância entre sectores, percas absurdas de bola, que culminaram num golo completamente evitável. Quer Polga quer sobretudo Patrício, escusavam de fazer tão fraco papel neste filme. Filme esse que, a dada altura, ameçou descambar para o terror, género que não aprecio, sobretudo quando joga o Sporting. Um penalty forçado, Óscar para Nené que simulou muito bem e marcou mal. Foi a defesa de Patrício ao penalty que fez acordar a equipa, despertar que culminou com um golo merecido de Vuk. Merecido para ele e para a equipa. A esperança era verde outra vez.

Não podia começar pior a 2ª parte, com o afastamento forçado de Vukcevic. Com ele foi-se o nosso poder de explosão ou a possibilidade de alguém conseguir fazer algo diferente, capaz de surpreender a bem organizada equipa do Nacional. E depressa voltamos ao jogo demasiado mastigado e perdas absurdas de bola que, invariavelmente, nos deixavam na maior das aflições na defesa.

Os destaques das acções individuais e colectivas são essencialmente pela negativa. Enganar-me-ei quando me parece que foram vários os jogadores que acusaram o peso da responsabilidade? Liedson, Moutinho, Izmailov estiveram muito longe do que são capazes. Rochemback afundou-se na 2ª parte, sendo um dos principais responsáveis pela nossa ineficácia nesse período. Os passes que fazia saíam directamente para os pés dos jogadores madeirenses. Polga esteve muito mal. Abel e Grimi iguais a si próprios. Talvez Carriço tenha escapado. Uma nota final para os lances de bola parada: bombear bolas do meio-campo para a área com que finalidade? Quando saberemos criar perigo em livres de canto?

Ficou-me a impressão que fomos para esta batalha tão importante munidos de pólvora seca. Neste jogo fomos um candidato de papel, no papel, mas nunca em campo. Foi circunstancial ou não devemos esperar mais? Cá está “one million dólar question”...

Uma rolha para muitos

As palavras de Veloso ontem ao site do clube são a rolha que muitos andavam a precisar para colocar na boca. Uns para evitar juízos precipitados, outros para não desestabilizarem e muitos para não dizerem asneiras. Pena é que o 24 não possa acabar de vedar essas bocas a pontapé, isto é, jogando o seu bom futebol em pleno relvado, que é o que ele sabe fazer melhor.

Estranho jornalismo este o de "A Bola" que coloca em manchete uma noticia sem procurar ouvir nenhum dos possíveis intervenientes: o jogador que terá dito, a SAD que terá ouvido e até o empresário, que terá intermediado. Por falar em "A Bola", quase se esqueceu hoje do Reyes. E logo hoje

Mas a atenção dos sportinguistas é capaz de estar já voltada para a Madeira, onde logo jogamos para o 1º lugar. Eu fiz a minha parte, vaticinando aqui que, se ganharmos, ficamos sem ninguém a tapar-nos o horizonte. O SLB fez a que dele esperava, que era mostrar falta de competência. Façam os nossos jogadores o que deles todos esperamos: jogar para ganhar.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Passes curtos

O mercado mexe-se. Mas não haver notícias em Alvalade, além da enésima saída de Veloso e a confirmação da partida de Stojkovic, é uma boa notícia. Como me dizia o LT no outro dia, esse campeonato não é para nós.

Para assuntos relativos ao Sporting a "Bola" só tem espaço na 1ª página para Miguel Veloso. Lembro que no dia seguinte ao surpreendente anúncio de Filipe Soares Franco a capa era sobre o Benfica. Não tenho como confirmar se Veloso pediu para sair já, mas mantenho-me coerente sobre o nosso 24: é o melhor que temos na sua posição e espero que não saia antes de poder comemorar connosco a conquista da Liga Sagres já este ano. E acho que Veloso merece melhor do que apenas o dinheiro que o City ou Bolton lhe podem dar.

Quem está de partida é Stojkovic. Tenho pena pelo desperdício que foi para ele e para nós. Posso estar enganado, mas perdemos um dos melhores guarda-redes que por aqui passaram nos últimos anos. Vou estar atento aos jogos do Getafe. Sou contra a “pena de morte”, mesmo que apenas desportiva. E gostava do sérvio. Quem sabe vamos finalmente perceber como foi a nossa “guerra dos Balcãs”…

Pensava que Vitor Pereira tinha sido infeliz, como todos acabamos por ser muitas mais vezes do que desejaríamos ao longo da vida. Afinal, ao retirar o que disse, o presidente do C.A. da Liga demonstrou que é o homem errado num lugar difícil. E assim deu razão aos Sportings, o de Portugal e o de Braga, que pediram a sua demissão. Mas propor a sua saída de sócio do Sporting é incorrer num erro muito semelhante. Era bom que os sportinguistas, mesmo os melhores intencionados, abdicassem deste constante vaticinar sobre quem é ou não bom Sportinguista a que nos sujeitamos mutua e constantemente.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O Sporting que não se quer debater

Anunciada a decisão de Soares Franco em não se recandidatar à Presidência do Sporting, surgiram no seio da família leonina variados rumores e vaticínios em torno do próximo Presidente do Sporting Clube de Portugal, tendo grande parte do frenesim dessa dança de nomes sido fruto da especulação jornalística sempre afoita neste género de notícias.

Julgo que a maior parte dos Sportinguistas estão neste momento deveras expectantes, não apenas relativamente a futuras candidaturas, mas sobretudo, quanto aos projectos e soluções de futuro que essas candidaturas possam apresentar para um debate que todos desejamos e ao mesmo tempo parece querer-mos adiar. Por um lado, sentimos a necessidade de que o Sporting precisa de “parar” para pensar. O mundo mudou e os 60 minutos de ontem, parecem hoje mais rápidos. É necessário que o Sporting saiba encarar o futuro com esse espírito. O Clube precisa portanto de se renovar e adaptar à nova era global em que vivemos. Não significa isso que não se conservem os valores e princípios do Sporting Clube de Portugal, âncoras fundamentais deste Navio cheio história e com muitas milhas pela frente.

Por outro lado, vejo que a tentativa de iniciar esse debate parece estar suspensa. Suspensa em determinadas janelas que misteriosamente ainda não se abriram e talvez nem se venham a abrir. Suspensa em determinadas estratégias de avanços, recuos, silêncios e outros condicionalismos. Suspensa na pura e simples gestão do tempo. Claro que o Congresso não é um espaço de campanha eleitoral, nem é isso que se pretende. Mas qual a força jurídica das deliberações do Congresso, ou o que será feito das ideias que surgirão no Congresso? No fundo, o que nos estão a dizer é para estarmos calados, que lá para Maio aparecerá alguém cheio de novidades, ganhando aos outros desde logo por falta de comparência. Tudo isto, claro está, para que a equipa não fique prejudicada com o debate que entretanto os Sportinguistas esperam ver realizar-se entre projectos credíveis e viáveis para o Clube. Nunca vi a democracia desta forma, adiando debates. Parece que o Sporting não se quer debater. Será por isso que a sala não vai encher?

De importância Nacional

Às vezes damos connosco a dar importância a crenças que, tal como os cogumelos, nascem sem sabermos muito bem como e porquê. Por isso não me perguntem a razão pela qual entendo que a chave das nossas pretensões na Liga Sagres será jogada nos jogos da próxima jornada, no Dragão na jornada 20 e na jornada 25, em que o Sporting se desloca a Guimarães. Isso não quer dizer que ache que os resultados das outras jornadas não são importantes, porque até sou dos que entende que, num campeonato, todos os jogos são decisivos. Quer dizer apenas que acredito que serão esses jogos que farão a definição da nossa caminhada.

Começando pela jornada deste fim-de-semana estou convencido que, conseguindo ganhar na Madeira, seremos o legitimo campeão de Inverno dado que fica encerrada a 1ª volta da Liga. Esta minha convicção é fundamentada em outra que me diz que os nossos principais adversários vão perder pontos nos jogos que irão realizar. Entretanto convém lembrar que o título que interessa só é atribuído depois das 2 voltas realizadas.

A importância psicológica de dobrar meio campeonato sem ter ninguém a tapar a linha do horizonte, somada à ideia de que somos dos 3 os que temos apresentado maior consistência exibicional e de resultados, faz do jogo de sábado na Madeira um jogo de importância… Nacional.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

€ € € € € € € € € €

O Miguel no SectorB32 deu o mote, Fevereiro em Alvalade vai ferver:
04/02 - Sporting vs Porto - Carlsberg Cup
08/02 - Sporting vs Braga - Liga Sagres
22/02 - Sporting vs Benfica - Liga Sagres
25/02 - Sporting vs Bayern - Champions League
Para este Sportinguista longe de Alvalade isto representa um acréscimo substancial de despesa ora a € 120,00 por jogo temos um total de € 480,00.
Bom, o melhor é avisar a familia que acabaram os saldos e comprar umas acções da Galp e da Brisa para ver se tenho algum retorno.
Se virem alguém em Fevereiro com um sorriso de felicidade pelas vitórias conseguidas e a contar os tostões para tomar uma bica o mais certo é ser Sportinguista.
Amigo Renato cante comigo, "Só eu sei..."

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Provavelmente a melhor cerveja do mundo…

Todos conhecemos o anúncio que termina com estas palavras, e o produto que lhe está associado. Gostava de partilhar convosco a minha opinião sobre a competição que tem o seu patrocínio a Taça Carslberg.

Terminada a ronda de grupos e após o sorteio das meias finais, temos finalmente jogos grandes, ao segundo ano de existência desta competição os objectivos dos seus criadores foram atingidos, muito do seu futuro joga-se no interesse que estes jogos (e a final) despertarem nos adeptos.

Sou um defensor da Taça da Liga. Porquê?

Os clubes nacionais estão falidos, ou na melhor das hipóteses hipotecados para os próximos (longos) anos. Uma das formas de combater este facto é introduzir novas receitas. Uma competição nova que não tenha os seus patrocínios “gastos”, as suas transmissões televisivas hipotecadas, que dê novas oportunidades de competição, com prémios monetários que as outras competições não têm, parece-me uma óptima forma de combater os monopólios que se criaram no futebol nacional.

Obviamente que o sistema de competição encontrado não será o melhor, nunca irei entender porque não se criam grupos ou eliminatórias por sorteio directo entre todos os clubes das duas Ligas, mas também não entendo a critica feroz que esta competição tem sofrido. A única explicação que encontro é o esforço de quem detém os monopólios de não deixar “outros” ganharem dimensão e demonstrarem que há vida para lá do Oliveirismo. Será este provavelmente o troféu mais incómodo do mundo?

O Sporting foi um dos principais impulsionadores desta competição, como tal espero do meu clube uma atitude séria (que tem tido) nesta competição e que jogue todos os seus jogos para ganhar, seja contra o Porto seja contra o seu anterior carrasco o Fátima, e em qualquer momento competitivo em que surjam os jogos.

Trata-se de uma competição oficial que está a dar os seus primeiros passos, que merece poder crescer, corrigindo alguns dos erros que são facilmente detectáveis, espero que não se use esta competição para justificação de outros males como a perda de interesse da Taça de Portugal ou a baixa competitividade das Liga profissionais.

Principalmente faz-me falta este troféu no nosso Museu, no que a vitórias diz respeito não sou esquisito todos os troféus são bem-vindos.
P.S.- Fui “raptado” pela família na última sexta-feira para longe de tudo o que pudesse envolver internet. Quando sai tinha 3 comentários quando ontem regressei estava em 17, vou agora responder-vos, peço-vos desculpa pelo atraso.

Não há duas sem três

Não há duas sem três, foi o que me disse imediatamente um adepto do Futebol Clube do Porto, após o sorteio das meias-finais para a Taça da Liga ditar mais um Sporting-Porto, querendo obviamente referir-se às duas vitórias alcançadas pelo FCP sobre o nosso clube esta época em Alvalade. Claro que retorqui imediatamente, dizendo-lhe que é verdade, não há duas sem três: depois da vitória na Taça de Portugal, da vitória na Supertaça Cândido de Oliveira, não podemos esperar nada mais, nada menos do que uma terceira vitória, agora para a Taça da Liga.

É hora de os Sportinguistas acreditarem que temos todas as condições para discutir qualquer competição, desde que a nossa paixão não seja condicionada por outras paixões. Pede-se um Sporting à Sporting. Com garra, determinação e confiança, a exemplo do que tem vindo a fazer. Pede-se uma boa casa, apesar do jogo se realizar num dia de semana. Está na hora de encararmos o futuro com esperança e confiança. Está na hora de cada um de nós elevar o seu Sportinguismo, motivar os mais cépticos, trazer os que se afastaram, animar os leões desanimados. O Sporting precisa de nós, porque o Sporting somos nós.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

IZcadavezMAIsourLOV: o russo dos golos bonitos

(Actualização de última hora: mais uma bronca no futebol português despoletada pelo incontornável AB: pelos vistos quem foi apurado para as meias-finais da Taça da Liga foi o Belenenses e não o Vitória. Seja como for uma ilação é inevitável: os dirigentes portugueses são mesmo uma lástima. Sejam os da Liga, sejam os do Belenenses, que nem reivindicam o que parece ser deles por direito.)

Socorro-me da 1ª página da "Bola" do final da época passada , quando se discutia se Marat Izmailov valeria tanto quanto pediam por ele os russos do Lokomotiv, porque aquela primeira página foi feliz. De facto o russo assume-se hoje como uma das melhores aquisições dos últimos tempos, pela sua enorme qualidade técnica e profissional. Mais do que um czar, epíteto que trás atrás de si a parafernália e o estrondo da realeza, vejo-o antes como um tigre da sibéria, silencioso, discreto, mas mortal. Hoje, quando todos homenageiam, e muito justamente, o nosso grande Liedson, eu lembro-me e lembro-vos quem, circunspectamente, deixa tudo em campo e em prol da equipa.

Marat Izmailov, o russo dos golos bonitos. Lembram-se deste?


Este foi ontem e ainda está na retina

domingo, 18 de janeiro de 2009

Uma dupla que promete?

Tendo-se perdido uma óptima oportunidade para realizar um jogo de futebol à luz do dia, o que certamente motivaria mais adeptos e respectivas famílias a irem a Alvalade, ainda que o dia se apresentasse pouco convidativo, o Sporting apresentou-se à hora habitual para defrontar o Paços de Ferreira na terceira ronda da Taça da Liga, com algumas mudanças no onze inicial.

É confrangedor ver as imagens de Alvalade, repleto de cadeiras às corezinhas, despidas de camisolas listadas de verde e branco e vozes rasgadas a gritar pelo Sporting. Mas quero aqui deixar uma palavra de apreço aos poucos, mas grandes Sportinguistas que lá estiveram em Alvalade. Foram poucos, mas bons e o apoio fez-se sempre ouvir. Os ausentes provavelmente entretidos em conjecturas políticas sobre o melhor candidato para a presidência do nosso Clube, perderam uma excelente noite de futebol.

O Sporting apresentou-se compreensivelmente com algumas mudanças, começando pela defesa totalmente nova, ainda que o único estreante fosse o Guarda-redes Ricardo Batista. No meio campo, Rochemback jogou a trinco, Izmailov e Moutinho nos vértices esquerdo e direito, Romagnoli, estava cansado, e no ataque, Paulo Bento colocou Simon Vuckcevic ao lado de Liedson, reeditando uma dupla que muito pode prometer. Assim se jogou a primeira parte, num ambiente morno, com o Sporting a controlar o jogo, sem ser brilhante, fazendo algumas jogadas bem delineadas, especialmente no último quarto de hora quando a partida começou a ser jogada com mais intensidade, fruto de uma maior pressão do Sporting que chegou ao golo por Liedson, na sequência de uma dessas jogadas.

Na segunda parte houve mais intensidade e a partida subiu de nível. Liedson, o Capitão, bisou logo no inicio, após cruzamento do jovem Pereirinha que juntamente com Adrien, substituíram Romagnoli e Moutinho. Paulo Bento, que eu próprio já critiquei por em tempos parecer estar refém do seu famoso losango, ensaiou na segunda parte um clássico 4-4-2, alternativa que pode ser muito útil em determinados jogos. Apesar de ter sofrido um golo, porque o Paços nunca baixou os braços, os nossos Leões jogaram e dominaram por completo. O excelente golo de Izmailov a coroar uma soberba exibição do Czar, matou o jogo, mas no menu de soluções que este plantel parece oferecer, ainda estava reservada a prova que a dupla atacante Liedson e Vukcevic pode ser infernal para as defesas contrárias. Vuck, marcou culminando jogada individual após passe de Izmailov. O Levezinho fez o seu terceiro golo, após passe de Vuck. Uma dupla que promete?

O Sporting continua o seu caminho. A equipa mostra uma solidez e uma coesão que outrora pareciam perdidas. Estamos em todas as frentes de batalha. Temos a obrigação moral de ir para a "guerra" com os nossos leões.

Domingo de má-lingua

Enquanto aguardo serenamente pelas 19:15, partilho convosco uma visão de relance sobre alguns acontecimentos que marcam a actualidade.

Don´t Grimmi more…
O defesa-esquerdo argentino foi apanhado a conduzir com uma taxa de alcoolemia acima do permitido por lei e não foi convocado para o jogo de logo. Eu já tive a idade do Grimmi e lembro-me de beber umas coisitas a mais de vez em quando. Das Docas ao Bairro Alto, da Ribeira à Foz comemorei em grande e também afoguei mágoas. Fosse qual fosse o resultado dessas minhas investidas por esses “santos lugares”, tive sempre o discernimento de não conduzir enquanto bebia. Ou antes ou depois, nunca durante. Mas é verdade que também nunca fui profissional de futebol.

Frutos do Paixão
São por demais conhecidos os frutos do Bruno: apresentação sem qualidade, baixo calibre e frequentemente bichosos. Não se percebe como estes se perpetuam no mercado da arbitragem, inseridos que estamos há tantos anos na União Europeia, sempre tão ciosa dos seus regulamentos absurdos, que até obriga a mandar fruta para o lixo, por falta de apresentação. Bem, também não percebo como não há quem calibre pelas normas europeias o dito mercado.

O sábado de Domingos
É a segunda vez que vejo o Domingos no Porto e fica-me novamente a sensação de que o homem ficaria sempre contente fosse qual fosse o resultado do jogo. Já agora, o Domingos dará o prémio de jogo ao Luíz Nunes? E digo isto sem me doer as costelas de tantas vezes que este homem nos espetou a faca em momentos cruciais, a última das quais até acabou com uma inversão de sentido em plena A1.

Artista português
Ronaldo acabou de receber o prémio de melhor jogador do mundo e arredores. Sim, porque não se conhecem jogos de futebol noutros planetas o que faz cair por terra a expressão “jogador de outra galáxia”, quando se quer dar ao madeirense um estatuto de eleição, que ele merece. Mas, a continuar a jogar como tem jogado, e a conduzir os seus potentes bólides como tem feito, o único titulo que poderá almejar no próximo ano é o de pior condutor da Velha Albion e arredores. O regresso são e salvo do nosso editor LMGM da sua recente digressão a terras de sua majestade levam a supor que não se cruzou com CR7….

Clube de Kaká
Como para mim o dinheiro não é tudo pergunto-me o que leva o Kaká a trocar o Milan, senão por um clube de caca, pelo menos por uma equipa de caca…

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Da Belenensização à Aldeia Olímpica

Inicio hoje a minha carreira de blogger, aceitei o convite do A Norte de Alvalade para juntar mais uma voz à já bastante activa blogosfera Leonina. Venho em representação do Centro acompanhado de dois genuínos homens do Norte.

Rapazes vamos ao trabalho.

Somos um clube de extremos, fazendo um balanço dos anos em que acompanho o nosso clube caminhamos indistintamente entre a depressão e a euforia.

Felizmente nenhuma das situações é verdadeira, não estamos em vias de desaparecimento, nem somos, ainda, melhores que os melhores da Europa.

Muito do caminho que há a percorrer passa por nos libertarmos destas amarras e saber quem somos, o que queremos, para onde vamos. Após pacificarmos as nossas consciências podemos oferecer condições de estabilidade para quem nos vier governar nos fazer crescer para os patamares que todos ambicionamos.

Observando o Sporting Clube de Portugal, hoje, vejo um imenso potencial de crescimento, somos sem dúvida um clube com futuro. No meio de tanta convulsão como é possível ter esta opinião? Apoio esta minha convicção no seguinte:

- Somos a principal referencia desportiva nacional.
- Temos uma massa adepta com representatividade nacional.
- Criamos e desenvolvemos a formação de jovens para um nível de elite.
- Conseguimos equilíbrio e estabilidade financeira.

Haverá com certeza quem discorde que estes são pontos já garantidos no Sporting (nomeadamente no que à estabilidade financeira diz respeito), mas julgo podermos concordar que é uma óptima base de partida para conquistar o futuro e ultrapassar em Glória o legado que nos foi deixado por mais de cem anos de história.

A aventura começou!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Ampliação "ANortedeAlvalade"

Ter um blogue no mui rico espaço da blogosfera leonina é um enorme desafio. Basta olhar para o lado direito do “A Norte…”, onde se perfila “la creme de la creme” para o perceber. A lógica que presidiu à criação deste blogue nunca foi a de concorrer com ninguém, mas procurar preencher um espaço que me pareceu estar em aberto, que é a de afirmação de um Sporting que se estende de Melgaço a Vila Real de Sto. António, com o seu miocárdio situado entre Alvalade e Alcochete. Sendo de Portugal e tendo o seu coração em Lisboa, o Sporting conta com uma enorme legião de adeptos e são por vezes os que estão longe da vista que ficam longe de quem está no coração. Não concebendo a ideia de concursos de sportinguismos, não fazia muito sentido que quiséssemos impor, antes sim integrarmo-nos.

Mas os que chegaram antes de nós têm colocado a fasquia alta e para que essa integração possa acontecer há que tentar fazer tão bem como eles. Para isso é preciso ter qualidade como eles têm e, reconhecidas as limitações que me são próprias, procurar os que nos a acrescentem. Foi isso que aconteceu com a chegada do meu amigo Leão Trasmontano, e a renovação que os seus escritos representaram estão aí para o atestar.

Estou absolutamente convicto que será isso se vai repetir com a chegada do novo editor LMGM. Quem, como eu, não dispensa a leitura atenta dos blogues sportinguistas, e não consegue resistir a deixar um comentário aqui e acolá, dispensará esta apresentação, porque já se cruzou com a excelência dos seus comentários. Para eles e para os que agora se iniciam nestas andanças fica aqui, a partir de amanhã, um estimulo de monta para nos visitarem. Esta não será, estou certo, uma ampliação apenas no número de editores, mas na qualidade geral deste espaço.

Obrigado caro LMGM, por nos dar a honra e o orgulho de o termos connosco. Que a nossa parceria frutifique e que consigamos contribuir, mesmo que modestamente, para a afirmação do clube que nos une.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Não havia necessidade...

Sim, é verdade, não havia necessidade. O Sporting não precisava daquele golo para nada e agora vamos ter que os ouvir cacarejar as idiotices do costume. Sabem que mais? Não me admirava que fosse premeditado, para desviar as atenções do verdadeiro roubo.

Surpreendidos com o meu fundamentalismo? Tenho dias assim, e normalmente não surgem por acaso. Por exemplo, quando vejo nos média profissionais a meterem a isenção na gaveta, porque raio hei-de eu ser isento, que amo o meu Sporting? Não amiúdadas vezes também me dá quando tenho o prazer de ver jogar a minha equipa e sobe exponencialmente quando tal acontece na companhia de um grande sportinguista! Foi uma bela jornada de Sportinguismo que hoje aqui o pessoal do "A Norte..." viveu. Damas, Manuel Fernandes, Jordão, Morais, José Carlos visitamo-los a todos e mais alguns. Sim, que querem, também falamos das VMOC´s, claro...

O jogo não foi grande coisa? Estava muito frio? Talvez, mas nesta fase desta competição ninguém espera mais que um jogo amigável e, como dizia ao nosso amigo JG, para um trasmontano é uma mariquice dizer que está frio com temperaturas acima dos zero graus. E eu não faço dessas figuras. (Mas estava mesmo frio...). Digo-vos mais, é um prazer para os olhos ver miúdos como o Adrien ou o Carriço aplicarem-se assim num embate a feijões. Podemos contar com eles quando for a sério.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Inovação e bloqueios

A entrevista que Filipe Soares Franco concedeu à imprensa justificando a decisão de não se recandidatar à presidência do nosso clube, continua a dar que falar, prometendo ainda fazer correr muita tinta na imprensa falada e escrita.

Com esta decisão, Soares Franco surpreendeu tudo e todos, inclusive, surpreendeu-se a ele próprio. Maquiavel não teria preconceitos em dissertar sobre esta brilhante jogada de mestre, inscrevendo-a nos manuais de ciência política, provando que quando um determinado acontecimento parece dado como certo, o seu contrário pode muito bem vir a suceder.

Não me admira que num futuro próximo, Soares Franco nos volte a surpreender. O próprio, começa por dizer na entrevista, que só sai de consciência tranquila se a reestruturação financeira e as restantes medidas que nos vai apresentar forem aprovadas. Quererá Soares Franco sair de consciência pesada do Sporting Clube de Portugal? Não me parece! Na verdade, hoje em dia, da maneira como as coisas estão no mundo em que vivemos, alguém ficará admirado se lá para Junho, Soares Franco se apresentar novamente na corrida à presidência do Sporting Clube de Portugal?

Se isso vier a acontecer, não será um bom sinal. Significa que os presidenciáveis de sempre, não compareceram no salão e a orquestra não chegou a tocar. Ora, se isso não se verificar, se os nomes sonantes que a imprensa tanto aprecia, se aqueles que fazem da sua militância a critica destrutiva não se assumirem, agora que o jogo parece começar a clarificar-se, o Sporting e seus associados desperdiçam uma ocasião soberana para debater a instituição enquanto organização colectiva de massas, os seus problemas internos e sobretudo o seu projecto desportivo, razão de ser do Sporting Clube de Portugal.

Muito mais importante do que andar a discutir nomes é discutirem-se ideias e projectos. Naturalmente que para haver projectos e ideias é necessário homens capazes de fazer obra, sobretudo, homens que sirvam o Sporting sem se servirem. Homens que fomentem, partilhem e exponham ao universo leonino o seu projecto, a sua visão, a sua cultura, aquilo que querem para o Sporting Clube de Portugal. Espera-se um debate de ideias proveitoso, salutar e democrático, sem clima de guerrilha interna, tão apreciável nestes momentos. O Sporting só tem a ganhar com esta discussão e na verdade, há muito que o Clube precisa de um momento como este, onde se possa debater a si próprio. É preciso que os Sportinguistas olhem para dentro do Sporting e lá se voltem a reencontrar.

Na visão do Presidente existe hoje dentro do clube uma minoria de bloqueio que impede a revitalização, o rejuvenescimento e a inovação do Sporting. São afirmações graves. É importante que os Sportinguistas saibam onde estão e donde partem esses bloqueios à revitalização, ao rejuvenescimento e à inovação que o Sporting naturalmente precisa, enquanto organização desportiva, social e económica, mas também é importante que se saiba quais são afinal essas propostas, uma vez que, até ao presente momento, ouvimos falar muitas vezes em VMOC's e em planos financeiros, mas muito poucas vezes em cultura organizacional.

Soares Franco já por duas vezes anunciou com pompa e circunstância uma reestruturação financeira do clube, mas nunca propôs com igual deferência e veemência uma reestruturação organizacional e governativa, naturalmente vital para a instituição, considerando que o actual modelo se encontra disfuncional e inadequado aos tempos que correm. É estranho que este tema tenha sido introduzido no menu Sportinguista, nas circunstâncias actuais. No entanto, adia-lo é torna-lo ainda mais inevitável. Sendo o Sporting um clube nacional, deverá estar representado e estruturado enquanto tal e se queremos aumentar a nossa expansão a nível associativo e sobretudo participativo é imperioso criar mecanismos que permitam uma maior capacidade de participação e decisão aos núcleos e demais grupos associativos devidamente organizados, legalizados e reconhecidos pelo clube. Não sejamos utópicos, mais cedo ou mais tarde a questão da organização interna e modelo governativo do clube entrará na panóplia de assuntos importantes para discussão no universo leonino. Quem sabe, se não é este o momento certo.

Muitos do núcleos transformados actualmente em meras colectividades onde se vê a bola ao fim de semana e se bebem umas cervejolas, ainda estão de pé devido à carolice dos anónimos leões que se encontram espalhados por todo o país, uma vez que o apoio da casa mãe é mais que menos, em certos casos, de puro abandono. Esta restruturação permitirá também uma maior renovação e revitalização dos núcleos, saindo como vencedor de todo este processo o Sporting Clube de Portugal.

Mais cedo ou mais tarde, este assunto estará ai para debate, até porque o Sporting precisa realmente de inovação e de rejuvenescimento.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Sabemos do que fala mas não sabemos responder...

Octávio Machado é daquelas personagens que não deixa ninguém indiferente, dividindo em cada extremo os que sobre ele se pronunciam. Ou gostam dele ou detestam-no. É um homem controverso e de controvérsias, mas tem a rara virtude de dizer o que pensa, de forma directa, por vezes crua, mas falando sempre verdade, a sua verdade. Quem lê o “Vocês sabem do eu estou a falar” reconhece imediatamente o discurso octaviano, constatando que o autor não se refugiou nos truques habituais dos muitos que agora decidem pôr no papel as suas memórias.

O livro tem um capitulo dedicado à sua passagem pelo Sporting que merece uma leitura atenta. É um documento que relata, numa visão muito própria, os meandros do futebol leonino e do futebol nacional e de cuja leitura se pode extrair algumas das causas do longo jejum do nosso futebol. O extracto cuja leitura proponho, até pela sua actualidade, versa a constituição da SAD leonina, onde Octávio formula perguntas que muitos de nós gostávamos de saber a resposta. Os negritos são da minha responsabilidade.

“A meio da minha passagem pelo Sporting foram criadas as SAD, Sociedades Anónimas Desportivas, em que todos nos envolvemos de corpo inteiro, jogadores, treinadores e demais funcionários do clube, todos com dedicação e abnegação.

A SAD do Sporting foi um êxito estrondoso, a paridade na aquisição de acções foi de um para vinte, ou seja, quem queria vinte só teve direito a uma. Eu, por exemplo, queria mil e só obtive cinquenta, acções essas que ainda hoje conservo. E embora tenha sido um grande sucesso, na recta final o Sporting foi ultrapassado pelo FC Porto, já que este conseguiu ser o primeiro clube a oficializar a constituição de uma SAD. Foi qualquer coisa de incompreensível, porque o primeiro há-se sempre ser o primeiro. O facto é que o Sporting deixou-se ultrapassar no registo da SAD. Não gostei, sinceramente não gostei. Eu gosto de ganhar sempre e penso que o Sporting, por todo o trabalho que foi efectuado, devia ter sido o primeiro clube a constituir-se como SAD.

De qualquer forma, essa foi uma altura em que o Sporting se projectou de uma maneira extraordinária. Com a SAD do Sporting vieram também os protocolos de intercâmbio desportivo, assinados com clubes de várias regiões do mundo, tudo responsabilidade do Norton de Matos e, claro, do presidente do clube. A minha pergunta, passados estes anos, é esta: onde é que estão, hoje, esses protocolos? Onde é que está tudo isso? Será que os protocolos serviram apenas, naquela altura, para satisfazer determinados interesses económicos? Seria interessante reflectir sobre o nascimento e a morte desses protocolos de colaboração com outros clubes. Julgava eu que as SAD iriam trazer ao futebol português aquilo que nunca houvera: rigor nas contas e cumprimentos dos orçamentos. Lamento profundamente que, anos depois, fazendo um levantamento daquilo que foi o projecto Roquette, se chegue à conclusão de que os orçamentos nunca foram cumpridos e que o rigor ficou à porta de casa.”

domingo, 11 de janeiro de 2009

Neste Casino há baralhos com mais de 4 ases

Não há muito mais a dizer. Depois de ver o jogo SLB-SCB é o único comentário possível. No Casino que é o futebol português há dados viciados e baralhos com muitos ases. . .E o melhor é esquecer os comentários da SportTV. Foi alguma operação conjunta com o canal benfica? Tive que ir buscar o velho transistor para ver até onde ia o descaramento. E não é que foi mais longe do que imaginei (penalty escandaloso de Luisão)? Espero que o Sporting reaja à altura deste escândalo e aguardemos a nota do árbitro.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Leões que sabem nadar

Uma boa noite para jogar à bola não é necessariamente uma boa noite para assistir a um jogo de futebol. Mas o frio glaciar não assustou os sportinguistas, fazendo com que fossemos o triplo dos leões presentes, comparando com o ultimo jogo da taça da liga, cujo adversário era o mesmo de hoje. Conclusões: Os dirigentes da Liga podem ter tido uma boa intenção, mas esta não mereceu grande acolhimento pelos adeptos. A merecer reflexão atenta. No que a nós dos diz respeito 20.000 pessoas não é um número entusiasmante para um clube com a nossa grandeza e para uma equipa que luta para ser campeã. Mas não era de esperar que as coisas se componham por um passe de mágica quando levaram muitos anos a ser estragadas. A mim particularmente, foi dos dias em que a inveja que habitualmente sinto pelos meus consócios por não morar perto de Alvalade menos me incomodou.

Nada a dizer da constituição da equipa. A inclusão de Grimmi à esquerda é natural tal como a de Veloso no vértice inferior do meio campo. As coisas não têm corrido de feição ao argentino, as lesões e o golo com o Fcp marcam negativamente a época, mas hoje soube dizer que se pode contar com ele para os momentos decisivos que aí vêm.

Uma boa entrada da equipa concluída com um golo de Vuk, feito bonito pelo envolvimento colectivo, foi a melhor atitude em continuidade com o já sucedido em Setúbal: não esperar pela sorte, optando pela competência. A lesão de Miguel Veloso foi a todos os títulos lamentável porque o nosso 24 estava a fazer um bom jogo e porque a sua saída acabou por desestabilizar a equipa. A preferência pelas soluções colectivas depressa foi substituída por soluções individuais, com estas a serem regra geral precipitadas, e com isso perdeu-se o melhor fio de jogo, sem com isso se ter perdido o seu controlo. O intervalo veio na hora certa.

Os primeiros minutos da 2ª parte trouxeram-nos nova contrariedade, com a lesão de Abel. Mesmo assim podíamos ter ampliado a vantagem, com Marcos a continuar a apostar em grandes exibições com o Sporting, safando um golo feito. O Marítimo, no entanto, parecia capaz de nos causar mais problemas do que havia revelado na 1ª metade, o que nem a justa expulsão de Oberdan veio desmentir. Por momentos a nossa equipa parecia querer reviver o passado das oportunidades perdidas. E isso só não sucedeu porque o Maritimo foi muito macio mas sobretudo porque a equipa acordou de repente para a realidade: junta é mais capaz do que cada um por si e vai de fazer uma jogada envolvente pelo lado direito, com Liedson a voltar a facturar, quando já havia oferecido o golo a Vuk. Liedson é desde hoje o mais profícuo goleador sportinguista que não nasceu português.

Hoje deitamo-nos em primeiro lugar. Amanhã levantamo-nos na mesma posição. Quem sabe não nos reencontraremos com os lençóis a olhar para baixo... (na classificação, claro...). Não há dúvidas que os leões sabem nadar. Ganhamos à Naval e 2 vezes ao Marítimo. E, apesar de umas litradas indesejáveis e amargas, continuamos à tona da água, nadando em boa posição em direcção à meta. Que assim se mantenha!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Atrás de mim virá quem de mim bom fará?

O aforismo popular que serve de titulo a este artigo parece estar mais ou menos implicito na entrevista de Filipe Soares Franco ao Record e, provavelmente, nos pesadelos desta noite de grande parte dos sportinguistas. Antes de vos deixar com as palavras de FSF, que dão explicações mais detalhadas da decisão ontem comunicada deixo 2 notas de protesto: a 1ª vai inteirinha para o "A Bola" pelo desprezo a que, reincidentemente, votou os seus leitores sportinguistas. A 2ª vai para as palavras de Moutinho. Quem vier a seguir que lhe explique o que é ser um capitão do Sporting. Por razões que compreenderão, o essencial da entrevista ficará colocada aqui em destaque. As restantes partes, bem como as reacções à decisão de FSF poderão ser consultadas na nossa mediateca. Recomendo igualmente as crónicas de Daniel Oliveira no Record e de Joel Neto no JN, bem como a leitura do AB e do Filipe no Jogo Directo . (clique nas imagens para ampliar)





quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Entre a surpresa e a serenidade

Após a surpresa – quem não ficou? – impõe-se uma reacção. Desde já a primeira lembrança vai inteirinha para o Conselho Leonino: mais uma vez foi dali que saíram as noticias para as 1ª´s páginas dos média. Mais um mau serviço prestado ao Sporting da parte de um órgão a merecer profunda reflexão sobre a sua utilidade.

Não é o momento adequado para fazer o balanço do mandato de FSF, até porque ainda não acabou e há decisões que, sendo tomadas ou não, o marcarão decisivamente. Provavelmente FSF terá compreendido que “dificilmente poderá trazer ao Sporting a comunhão de objectivos que se desejam para o nosso clube. Por culpa dele e dos que fazem dele uma guerra pessoal.” Percebeu que a actual cisão entre sportinguistas tenderia mais a agravar-se com ele do que a acabar. Se assim foi prestou um bom serviço ao clube. Espero que os que fizeram dele uma guerra pessoal também tirem as suas conclusões. Que esta oportunidade seja aproveitada para os sportiguistas se reconciliarem consigo e com o clube.

Sendo coerente com o artigo aqui colocado hoje, a saída de FSF de cena baixa as exigências de quem a seguir se perfilar, por todos os motivos anteriormente aduzidos e tem a virtude de pôr ao mesmo nível todos os candidatos que se apresentem às urnas. Os que temiam os elevados valores percentuais que FSF vinha conseguindo até agora nos plebiscitos, vêm agora uma janela de oportunidade. Esta talvez seja, neste sentido, uma má noticia, pois, como dizia hoje, para se ser presidente do Sporting é necessária uma soberba e férrea vontade e já agora coragem. Aguardo com curiosidade a reacção dos que diziam que FSF se recandidatava por causa das pressões dos bancos, para ocultar atitudes menos próprias, dele e de outros e, como sabemos, coisas muito piores.

Espero que, refeitos da surpresa, os sportinguistas encarem a situação com serenidade. Podemos estar surpresos, mas não estamos órfãos, nem de luto. É hora de pensar o futuro.

Sejamos francos...

O ano leva apenas 8 dias já passados, as eleições ainda não estão marcadas, mas a discussão à volta delas é muita e nem sempre serena. Num ano que deverá ficar marcado por várias AG´s, uma eleição e um Congresso, desejo que, passado o primeiro impacto e anunciadas as principais novidades, o nível da discussão seja elevado, prescindindo os sportinguistas de se dirigirem entre si de forma acrimoniosa. Se da discussão nasce a luz o que poderá surgir da gritaria e da má educação? Há no entanto muitos sportinguistas que sabem estar à altura do momento e, apesar das diferenças, trocam argumentos de forma exemplar. Neles e nas questões aqui suscitadas ontem pelo meu amigo Leão Transmontano me inspirei hoje.

Parece ponto assente que o nosso Presidente se irá recandidatar. Os sinais são mais ou menos evidentes e, ao que parece, faltam poucas horas para o seu anúncio. Aceito com naturalidade todas as candidaturas, desde que enquadradas no que o clube tem estatuído. No caso de Filipe Soares Franco, tratando-se de uma recandidatura, permitirá aos sócios pronunciarem-se sobre gestão do mandato que termina e sobre os seus projectos para o futuro.

Apesar de ter sido eleito com uma elevada percentagem de votos expressos, a ascensão de FSF a presidente foi turbulenta e teve um efeito fracturante que ainda hoje se sente entre os Sportinguistas. Procurando olhar para todos de forma positiva, não tenho contra FSF qualquer reserva mental. Sendo um poço de contradições e pautando a sua comunicação e relação com os sócios de forma desastrosa, causando mais danos que um elefante numa loja de cristais, reconheço-lhe alguns méritos. O principal é, na sua própria incoerência, ter apresentado e seguido um modelo que nos permitiu retirar não um espartilho mas o nó da garganta, com resultados mais ou menos evidentes, negociando com a banca numa conjuntura difícil. Não são os resultados prometidos e esperados, porque nada está ainda consolidado e, a par de um passivo boomerang, subsistem promessas por realizar. Mas, por muito que custe a muitos sportinguistas, prepara-se para continuar com o modelo que preconizou, projectando com a sua execução um passivo de 140 milhões de euros.

Algumas medidas como as VMOC´s e a pretérita venda do património têm sido encaradas como um remédio amargo pelos sportinguistas e estes parecem dispostos a continuar a tomá-lo por uma razão muito simples: sentindo a doença, preferem o remédio amargo do que a ausência de tratamento. Convenhamos: ainda não apareceu quem apresente antibiótico credível. As recentes declarações de Abrantes Mendes, mais as que regularmente fez ao longo da vigência do actual mandato, revelam sentido de oportunidade pior do que o de FSF e deixam os sportinguistas com a ideia que, entre 2 males, escolheram o menor. Não basta ser um grande sportinguista para ser esperança para os sportinguistas.

Neste contexto a recandidatura de FSF é, para mim, positiva para o Sporting. Porque obriga a quem deseje apresentar uma candidatura concorrente a fazer bem os trabalhos de casa, a ser melhor do que ele, a apresentar projectos sustentados e credíveis. E isso só será bom para o Sporting. Terá que ser muito mais do que vociferar contra a era das SAD´s: eu também não gosto, mas não acredito que se possa inverter o caminho em contra-mão na auto-estrada. Alguém acredita que se pode voltar ao modelo anterior, se nem dinheiro temos para retirar a SAD da bolsa, permitindo uma gestão mais flexível? Terá que ser muito mais do que vir com insinuações à honra e honestidade de FSF, que, regra geral são contra-producentes e de efeito contrário. Terá, indubitávelmente, que mais que discutir pessoas, nós de gravata ou cores de camisas, propor de forma clara um rumo diferente e exequível.

Eu sou dos que acredito que não falta no Sporting gente capaz deste desiderato. Nomes: até agora nenhum e, tendo preferências, não avanço nomes. Porque para ser presidente do Sporting é necessária uma soberba e férrea vontade e quem se escusa ou ignora o apelo numa hora tão importante não serve.

Julgo que, com os seus defeitos e virtudes, dificilmente FSF poderá trazer ao Sporting a comunhão de objectivos que se desejam para o nosso clube. Por culpa dele e dos que fazem dele uma guerra pessoal. Mas atrás de um dia outro vem e, se a tal alternativa não surgir com as características apontadas acima, FSF continuará. A história deste grande clube fez-se com os que assumiram o risco, dos sacrifícios pessoais de muitos, notáveis e anónimos, é com os que se perfilarem que avançará. Esta frase do Leonino, inserta no debate acima referido “Se não surgir um nome que seja uma terceira via credível Soares Franco terá o meu voto, porque não contem comigo para plebiscitar aventureirismos!” consubstancia muito do que a maioria dos sportinguistas pensam e, pelo que se tem visto nas votações, sobretudo os que têm o maior número de votos.

Continuo a pensar que o Sporting é um clube de elite e de elites. Não no sentido pejorativo que muitos querem associar (aristocratas falidos e esclerosados), nem no sentido associado ao estrato social porque o Sporting é, até pela sua tradição e nome, transversal na sociedade portuguesa. Elite no sentido dos valores que defende e pelo comportamento a eles adequado, que fizeram do nosso clube a maior potencia desportiva nacional e a 2ª maior europeia, apenas superados pelo Barcelona.

É essa a rica mas também pesada herança que nos legaram e é esse estatuto pelo qual devemos lutar, sem nos resignarmos a sermos eternos 4º, 3º ou 2º´seja em que modalidade for. Já sei, é utópico na actual conjuntura. Digo eu: é impossível se nos conformarmos. Não era afinal mais utópico em 1906 ser um dos maiores entre os maiores? Sejamos francos, se aparecer alguém que demonstre capacidade de assim pensar e executar o Sporting ganhará com certeza.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Uma questão de Coerência

Não podemos ignorar que o Sporting vive hoje uma realidade difícil em função da dimensão do seu crescente passivo, limitativa da afirmação de um projecto desportivo coerente e competitivo. Também nenhum de nós ignora por certo a fragilidade em que o mundo se encontra mergulhado, não só pela crise económica e financeira que se abateu no planeta ocidental, mas também pelo acentuar de uma realidade sócio-cultural adversa cujo preocupante choque civilizacional, provocará certamente consequências devastadoras no domínio dos recursos naturais e no relacionamento entre civilizações.

Não obstante tudo isto ser uma realidade deveras complexa e de o mundo que hoje conhecemos poder descarrilar por completo, caso não se recoloque numa trajectória balizada por princípios e regras éticas comuns a todos os passageiros que partilham a viagem da vida, é fundamental que o homem e a sociedade intergeracional não percam um valor fundamental na sua caminhada, a coerência com que fazem o seu percurso.

O Sporting Clube de Portugal, salvo uma ou outra etapa da sua centenária historia tem feito a sua caminhada com alguma coerência, fruto do respeito pelos valores e cultura leonina, pilares base da nossa instituição, não serem subvertidos pela família Sportinguista, independentemente da volatilidade dos tempos que correm motivar uma resistência quase estoicista a essa cultura. Eis que chegamos a uma fase que nos coloca a todos ou quase todos no caldeirão do cepticismo e da incerteza. É certo que tudo o que hoje se passa nos provoca desconfiança e preservação. Circunstancias dos tempos actuais que nos poderão levar a perder a coerência?

Em Maio do ano passado a reestruturação financeira do clube foi parcialmente aprovada numa Assembleia Geral realizada no pavilhão atlântico onde estiveram presentes cerca de 1200 associados. Na altura apenas um dos pontos em discussão foi vetado, a venda da empresa Sporting Comércio e Serviços (SCS) à Sporting SAD, proposta que volta a estar em cima da mesa para futura Assembleia Geral, tal como a emissão de VMOC’s – Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis, através da entrega de acções ou de obrigações.

Ao clube o que é do clube e à SAD o que é da SAD, parece ser o lema do elenco directivo actual e a receita para tornar o Sporting uma instituição financeiramente saudável. O próprio Presidente já o afirmou no trio de entrevistas concedidas à imprensa em Outubro, afirmando que há dois universos distintos na actual estrutura leonina. O Sporting Clube de Portugal, que engloba o Museu, os Núcleos as modalidades, os associados e a Sporting SAD, ou seja, o velho e o novo Leão, o que cheira a pó e que se dispõe a meter uma lança em Africa.

Nas outrora reuniões magnas do universo Sportinguista, amplamente concorridas, quando os sócios se sentiam úteis, presentes e com voto na matéria, a emoção por vezes fervilhava e tomava conta da razão. Hoje, com a separação de águas cada vez mais pretendida, colocando o Sporting Clube de Portugal totalmente dependente da Sporting SAD, sentimo-nos vazios, impotentes perante hipotéticos cenários futuros que se nos podem colocar a avaliar pelas vozes divergentes do projecto de reestruturação financeira apresentado.

Chegados aqui é importante que paremos para reflectir no seguinte: que Sporting queremos nós no futuro? Um Sporting competitivo e moderno, sustentável no permanente mundo empresarial em mudança mas que mantenha a sua identidade cultural ou um velho leão agastado e maltratado por força da divida sufocante que o constrange em mostrar as suas garras?

Sinceramente creio que todos queremos a primeira via. Só que esta primeira via só é possível mantendo a coerência e respeito pelos valores do Sporting, mesmo no mundo turbulento em que vivemos. Trata-se portanto de uma questão de coerência com a história e valores do clube. Por isso é imperioso que Filipe Soares Franco para além de nos apresentar um projecto de reestruturação financeira que reduzirá drasticamente a divida a avaliar pelas suas intenções, nos apresente em paralelo um projecto desportivo cuja matriz cultural e ideológica do Sporting Clube de Portugal permaneça e não se esvazie, porque um projecto financeiro não faz sentido sem um projecto desportivo, tal como a Sporting SAD não faz sentido sem o Sporting Clube de Portugal. Resumindo é necessário uma união entre o Sporting Clube de Portugal e a Sporting SAD e não a sua separação, tal como a garantia que os valores do SCP permanecerão no tempo, ou estará Filipe Soares Franco interessado em encher o estádio de accionistas e não de Sportinguistas?

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

A importância de ser Ernesto ou as eminências pardas no futebol português

Com base num escrito de Oscar Wilde, esteve em tempos em exibição um filme com o título homónimo "A importância de ser Ernesto". Uma comédia de costumes bem urdida que vos convido agora a ler a versão aplicada ao futebol indígena.

Andou o País agitado no final do ano não tanto com as consequências da crise, cuja verdadeira amplitude ainda se ignora, mas mais com a arbitragem de Pedro Henriques. Ainda se ouvem os ecos da gritaria dos homens da Luz pelo pretenso roubo de um golo que lhes daria os 3 pontos, e que, por consequência, lhes garantiria hoje a liderança do campeonato, após o desaire da Trofa.

Depois de muito chinfrim e lamúrias (sim, que apesar dos epítetos de calimeros, os sportinguistas nisto são ainda aprendizes de feiticeiro) ficou-se a saber a nota de Pedro Henriques, uma das mais baixas negativas até hoje. No episódio seguinte veio a revelação que o autor da nota havia sido um observador da Liga, antigo árbitro da A.F.Porto, de seu nome Ernesto Pereira. E, provavelmente as coisas ficariam por aqui. Porque, como sabemos, os observadores dos árbitros são como as notas de 500€: toda a gente sabe que existem, mas ninguém os vê.

O que o "A Norte…" tem sérias dúvidas é se o que esteve por detrás da nota negativa de Pedro Henriques foi o seu pretenso mau desempenho naquele lance final, ou a azia natural de um benfiquista convicto. Até porque este observador nem é conhecido pelo seu rigor à avaliar maus desempenhos. Conhecido pela sua discrição na pele de observador, quando despe o fato Ernesto revela-se um feroz benfiquista, capaz de falar do seu clube com o enlevo que os muçulmanos radicais não falam do Maomé e nutrir idêntica fúria pelos seus adversários. Não se escusa de se gabar entre os amigos que a capa da A.F. Porto tem muitas vezes iludido os árbitros das suas verdadeiras opções clubistas. Ou seja, grande surpresa deve ter tido Pedro Henriques... Pelos vistos na Luz, frente ao Nacional, e perante uma decisão adversa aos seus interesses clubistas, mais não fez do que o famoso Diabo, apertando com igual empenho o pescoço do árbitro, da forma que estava ao seu alcance.

Vivendo sob o signo da suspeição há mais de 3 décadas, o futebol português dispensaria bem estes ernestos de circunstância, bem como o enorme séquito de eminências pardas que se movimentam em seu redor. Se o futebol se deseja credibilizar, deve dotar-se de meios de redundantes de controlo de falhas, sejam elas de ordem técnica, jurídica, resultantes de venalidade ou da simples clubite aguda. A carreira de observador de árbitros é já de si interesse questionável e parece ser justamente um inverso do que se pretende, criando mais um ponto de debilidade. Ainda mais se o seu acesso é permitido a ex-árbitros cuja carreira se saldou por um profundo cinzento e estão agora destinados a avaliar árbitros de 1ª categoria, alguns deles internacionais. Sendo estes sofríveis, são ainda avaliados por gente de nível técnico e experiência inferiores. Este procedimento é tão absurdo como seria se os pedreiros avaliassem os trabalhos de arquitectos ou engenheiros.

O trabalho dos árbitros, criticado muitas vezes e com razão, é pelo menos escrutinado semanalmente pela opinião pública e publicada, sabendo-se inclusive quanto auferem e como estão classificados. Os observadores vivem num limbo que lhes facilita uma actuação sombria e oculta. Tendo como missão classificar os árbitros, decidindo quem sobe e desce de categoria, acabam por servir muitos interesses que não os do futebol, como ficou provado nas escutas do Apito Dourado. Consultando a página de Liga nada se fica a saber além dos nomes dos árbitros e respectivos auxiliares. A quem serve este estado de coisas?

domingo, 4 de janeiro de 2009

Palavras do Presidente

No final do jogo de andebol realizado esta tarde no Pavilhão do Casal Vistoso em Lisboa, em que o Sporting venceu o Benfica por 25-23, Filipe Soares Franco, Presidente do Sporting Clube de Portugal, manifestou contentamento pela vitória alcançada, mas não só: o Presidente afirmou ainda estar muito orgulhoso no projecto desportivo do Sporting, referindo que a modalidade em causa, ainda dará muitas alegrias à família Sportinguista.

É natural que o Presidente tal como todos os adeptos do Sporting vibrem e exultem com as vitórias do Sporting, nomeadamente nas alcançadas sobre o eterno rival. Já não me parece tão normal a necessidade de Soares Franco no final de um jogo de andebol, uma das modalidades do clube, deixar uma mensagem no site oficial do clube.

Claro que tudo isto é normal nesta fase da vida do clube e não será preciso esperar pelo dia 15 para se quebrar um tabu que na verdade nunca existiu. Franco prossegue a sua campanha eleitoral para a presidência do Sporting Clube de Portugal. Oxalá que do programa eleitoral conste a resolução do problema relativamente ao pavilhão desportivo, para que o próximo Presidente do Sporting Clube de Portugal e seus adeptos não tenham que ir apoiar as equipas em casa emprestada ou alugada.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Ano novo, Vida nova!

Como foi referido no artigo anterior pelo Leão de Alvalade, a margem de manobra para hesitações, fraquezas ou falhanços encontra-se esgotada e portanto, todos esperávamos um Sporting personalizado, dinâmico, com atitude, mostrando que tirou o bilhete para continuar na luta pelo título.

A estatística também não jogava a nosso favor conforme toda a imprensa não se cansou de afirmar na antevisão da partida. Todos os ingredientes estavam reunidos, para de duas, uma: continuarmos a assistir ao mesmo filme, do qual estamos manifestamente cansados, ou então, mudar a película, como quem diz, mudar de vida.

Nos primeiros quinze minutos pairou no ar a sensação de que iríamos assistir ao mesmo filme. Felizmente que alguns dos actores se lembraram que todos tínhamos pedido uma outra fita para este ano de 2009. Foi o caso de Liedson, que inaugurou o marcador, motivado pela sua entrega habitual, imagem de marca que lhe permitirá superar os 126 golos marcados pelo mítico Yazalde ao serviço do clube. O golo, fruto das facilidades defensivas concedidas pelo Vitória que até então trocava melhor a bola e imprimia mais velocidade no jogo, trouxe tranquilidade e permitiu ao Sporting mostrar que os filmes das primeiras partes desperdiçadas são coisa do passado. O segundo golo, marcado por Moutinho, culminando uma boa jogada de ataque é uma referência disso mesmo.

Na segunda parte, apesar de o Vitória de Setúbal ter assumido um pouco mais a iniciativa do jogo, em função do resultado negativo, o Sporting controlou completamente a partida, mostrando boa organização defensiva, boa interligação entre os sectores, sem ter abdicado do ataque, mesmo quando esteve reduzido a 10 unidades.

Foi uma vitória importante, pela confiança que pode trazer ao grupo. No centésimo jogo sob o comando de Paulo Bento, coisa rara, entre nós, esperemos que assim continuemos, não dando meias partes de avanço aos adversários, procurando a vitória. Ano novo, vida nova. Vencemos justamente, contrariamos a estatística, não complicamos e continuamos a alimentar a esperança de que 2009 seja o ano do Leão.

Contra a estatística jogar, jogar e ganhar!

É de vital importância o resultado com que terminará o jogo de logo em Setúbal. Tendo desperdiçado na última jornada uma soberana hipótese de reduzir a distância que nos separa do actual comandante da Liga Sagres, a equipa não tem margem de manobra para hesitações, fraquezas ou falhanços.

No jogo de logo a equipa do Sporting mostrará que bilhete adquiriu para esta Liga: se o de outsider ou o de um verdadeiro candidato. O Setúbal é o adversário ideal para ratificar o nosso estatuto, por ter qualidade e ter a seu favor os dados estatísticos: nos últimos 4 jogos não só não lhes ganhamos, como ainda lhes vimos erguer uma Taça às nossas custas. Tratando-se do 1º jogo do ano, temos contra nós também o facto de, nestas circunstâncias, nunca termos ganho no consulado de Bento.

A vitória será um óptimo complexo vitamínico para nos impulsionar para um patamar mais elevado, tendo em conta que o Leixões empatou ontem. E quem sabe também nos sirva como um fortificante que atenue a instabilidade e fragilidade que aqui ontem aludi. Precisamos de nos reagrupar e recentrar nos objectivos comuns porque os nossos adversários não são os Sportinguistas.

Depois de termos assistido a todo chinfrim que se gerou à volta da arbitragem de Pedro Henriques; depois de sabermos a respectiva nota, contrastante com as dos seus colegas que nos espoliaram, e pelo que se vai lendo e ouvindo, a confiança que emana das hostes do actual comandante remetem-nos para a época 2004/05. Espero que tenhamos aprendido. Ninguém nos vai facilitar a vida. Não a compliquemos nós.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

2009: sob o signo da instabilidade e da incerteza

Não é preciso ter frequentado a Academia Militar para se perceber que as hipóteses de sucesso de um exército diminuem drasticamente na inversa proporção do aumento das frentes em que aquele está envolvido. Basta, para aquilatar tal facto, ter um pouco de bom senso e um parco conhecimento da História Universal. O mesmo bastará para perceber que se a retaguarda desse exército não for forte e se este se debater com problemas internos, este estará mais perto de perder qualquer guerra em que se envolva, mesmo que ocasionalmente ganha esta ou aquela batalha.

É este o cenário dos últimos tempos do nosso clube, e em particular o meio onde se move todo o futebol. Após um começo auspicioso, com a conquista de forma categórica da Supertaça, declarações inopinadas de Moutinho, inúmeros problemas no balneário, e denúncias de menor aplicação dos jogadores por parte do treinador expõem um cenário de instabilidade indesejável para os nossos interesses. Há quem se esforce por não reconhecer que esta desestabilização tem nascido de dentro para fora, procurando responsabilizar os adeptos que, de forma natural face ao sucedido, exprimem o seu espanto e discórdia pelo rumo dos acontecimentos.

Talvez por isso não devamos ficar surpreendidos com as prestações menos conseguidas no campeonato, quer a nível exibicional, quer a nível de resultados. É pois sem receio de estar enganado que afirmo que estamos a perder o campeonato em casa. Não só por ter sido em Alvalade que perdemos 2 jogos (Leixões e Fcp) e empatado 1 (Académica). Mas sobretudo por ser no nosso núcleo que devia ser duro onde se notam as fissuras mais preocupantes e que lançam a incerteza nas hostes leoninas.

2009 começa assim sob signo da instabilidade e da incerteza. Na continuidade do ano que findou. Pois, como diz o poeta na sua receita de Ano Novo, os sportinguistas não vão (…)“ parvamente acreditar que por decreto da esperança a partir de Janeiro as coisas mudem”(…)".

Mais do que saber se Rochemback, Romagnoli e Caneira subirão de produção para níveis aceitáveis, se Postiga, Derlei e Liedson começarão a acertar mais na baliza e que, quando tal acontecer, os árbitros não lhe anularão os golos, se Veloso gosta ou não de jogar à esquerda, ou se Djaló não irá comemorar os vários golos que desejamos que marque, os Sportinguistas querem perceber que do balneário para dentro todos remam no mesmo sentido e com igual empenho e vigor. Talvez resolvidas essas questões o resto venha por acréscimo e os Sportinguistas possam confiar mais nos que têm a honra de os representar. Com resultados evidentes no número dos que acompanham a equipa.

Mas para os Sportinguistas nem tudo é incerteza e instabilidade. Há coisas que não vão mudar. Basta olhar hoje para a capa do jornal "A Bola", com a entrevista ao seu presidente. Como não se devem esperar mudanças no guião da saga "O Padrinho" ("Guímaro e os quinhentinhos", epsisódio I, "Os irmãos Calheiros descobrem o Brasil", episódio II, e o recente "Frutas tropicais com meias de leite"). Mesmo sem conhecer o final legal, ou que não se conheçam os actuais locais de gravação, sabemos que os actores podem ser vistos num qualquer estádio perto de si. Na bancada ou no relvado.

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