sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Jardim verde-esperança

A bola só amanhã se joga no relvado mas pode-se dizer que o derby já começou. 

E começou muito bem com Eric Dier a dizer o que deve ser dito a propósito destes jogos: "os derbys são para ganhar". Pudera, não há vitória mais saborosa do que as obtidas sobre os rivais de sempre. É um campeonato dentro do próprio campeonato. 

Jardim, na conferência de imprensa, respondeu com acerto às questões que lhe foram colocadas e que sintetizam a abordagem que pretendo fazer ao jogo:

"Neste jogo não existem favoritos mas na nossa casa queremos controlar o jogo, queremos vencer"

"Nós temos uma identidade que estamos a trabalhar há dois meses e não são os adversários que vão mudar a nossa forma de jogar e trabalhar. Claro que temos de ter atenções."

"O Benfica é forte no jogo pelos corredores, tem qualidade técnica e é forte nas bolas paradas ofensivas, onde há lances com falta e acima da lei"

"Três substituições poderão ser extremamente importantes".  

Concordo, não existem favoritos em jogo deste teor. Mas creio que partimos com uma ligeira vantagem, por estarmos num momento psicológico muito bom e, pelo que se pôde ver até agora em campo, estarmos também um par de passos à frente na organização colectiva e na assimilação das ideias do treinador.

Isso não invalida reconhecer que Jesus tem à sua disposição mais e melhor qualidade individual, o que muitas vezes se revela decisivo a partir do momento em que o jogo caminha para uma definição e o treinador tem que/pode recorrer ao banco. Aí Jardim tem menos por onde escolher.

Tudo pesado não posso deixar de confessar o meu optimismo por um bom resultado e esse só pode ser assim considerado se for uma vitória. O futebol é, acima de tudo, um jogo colectivo e o nosso melhor momento colectivo, aliado à "força brutal" que descerá das bancadas até ao relvado, constituirá um factor diferenciador. Amanhã Alvalade será um enorme jardim verde de esperança.

Only you Onyewu?

O Sporting aos poucos vai arrumando a casa à vontade de quem toma as decisões, que é como deve ser. Com o aproximar do encerramento do mercado estima-se que os jogadores que já sabem não contarem para o nosso totobola procurem a solução possível para dar continuidade às suas carreiras, pelo que é de esperar que mais noticias deste teor venham a ocorrer.

Atila Thuran parte para Reims sem ter tido, em 3 pré-épocas consecutivas qualquer hipótese de demonstrar as razões da sua contratação. O Sporting fica com 40% dos direitos económicos de uma futura venda, supondo-se por isso que é cedido gratuitamente.

André Santos foi também cedido ao Guimarães, em termos semelhantes, restando ao clube 35% dos direitos económicos de uma futura venda. Tratando-se de um internacional A e nos diversos escalões parece-me pelo menos questionável a percentagem que fica retida pelo clube, atendendo a que o Sporting não cobra qualquer valor pelo seu passe.

Oguchi Onyewu chega a acordo com o clube, tendo acertado a rescisão do contrato que o ligava ao clube de forma amigável. Uma ligação que termina com um jogador que detinha grande apreço junto de muitos adeptos mas  cujo rácio, na minha perspectiva, valor/custo estava largamente inflacionado. 

A informação relativa a estes casos foram prestadas no site do clube, como deve ser, de forma a prestar a informação que é devida aos sócios. Realço no entanto o tom elogioso ao profissionalismo de Onyewu, cuja ligação efectiva ao clube não se estendeu por mais de uma época, em nitido contraste com a vontade recente de agir legalmente contra o jogador que, por sua iniciativa, se terá feito operar sem a necessária autorização do clube.

No site pode-se ler:  

"A Sporting SAD agradece a Oguchi Onyewu a sua excelente temporada na época de 2011/12 ao serviço do Sporting Clube de Portugal e o seu profissionalismo, desejando-lhe a melhor sorte para a sua carreira, tanto a nível da selecção como de clubes."

Para André Santos, que interrompe uma ligação de 13 anos de ligação ao clube, nem adeus nem obrigado.  

Porquê o agradecimento isolado a Onyewu, que André Santos não mereça também?

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Negócios em curso: decisões pouco salomónicas

Com o derby a monopolizar as intenções fica um breve apontamento a alguns negócios que a comunicação social vai anunciando. Os comentários são feitos nessas premissas, provavelmente voltarei ao tema quando houver comunicação oficial.

Pranjic: cedido por uma temporada ao Panathinaikos, com o Sporting a suportar um terço do ordenado. Não é um grande negócio ficar a pagar ordenados a quem não produz. O jogador porém faz valer os direitos que lhe confere um contrato que termina apenas em 2005. A alternativa de o indemnizar e deixá-lo sair com a carta na mão também não pareceria um grande negócio, dependendo, claro está do valor a pagar. Se for esta a solução encontrada significa também um problema adiado para o próximo ano.

André Santos: O fim de uma ligação de 13 anos de um jogador que sempre me pareceu correcto e um bom profissional. Não teria vida fácil para conseguir alcançar a titularidade, é melhor esta solução do que a que foi submetido desde o inicio de época, em que parecia não se saber o que fazer com ele, tantas vezes foi chamado à equipa A e outras tantas relegado para a B. 

É muito provável que em algumas das suas prestações se veja necessidade de questionar o seu abandono mas está longe de ser um jogador com estatuto de titular. Não conheço o miúdo com quem se diz ter sido objecto de troca, Hélinho do Vitória de Guimarães. Trata-se de um médio centro de 18 anos e internacional no seu escalão. Resta agradecer a André Santos os serviços prestados e desejar-lhe a sorte que se deseja aos nossos.

Diogo Salomão: Um jogador que nunca me pareceu justificar pelo talento a sorte que teve em entrar no Sporting, vê-se agora "premiado" com a subsistência assegurada até aos 30 anos.  É esse o facto mais relevante do novo contrato de mais 5 anos deste jogador que no próximo dia 14 de Setembro completa 25 anos. Tem por isso os próximos cinco anos para fazer o que não conseguiu ainda: contrariar a impressão que me causou desde o início.

Illori: Um mau negócio para todas as partes envolvidas, exceptuando o valor que o Sporting irá encaixar, que é significativo, atendendo ao que o jogador fez até agora. Ilori foi o jogador que mais me surpreendeu o ano passado e que mais terá beneficiado com a passagem de Jesualdo pelo Sporting. Pareci-me frágil mentalmente, o que o impedia de render o valor que, aqui e acolá, deixava entrever. A sua saída parece-me extemporânea para todas as partes envolvidas. 

Para o jogador, que ainda precisaria de completar o seu processo formativo, quer em termos técnico-tácticos, quer mentais  e físicos. 

Para o Liverpool porque parece não ter aprendido nada com o sucedido com Coates, voltando a despender uma soma avultada por um jogador que não está preparado para a Premier League. É também uma péssima mensagem para a sua academia.

O Sporting é que no imediato perde menos, por encaixar os 8 milhões anunciados. Nunca saberemos o que ganharia se houvesse paciência e tempo para o talento que Ilori manifestamente já demonstrou. É minha convicção que perde um dos jogadores mais promissores da sua formação dos últimos anos. Promessa que me parece muito ameaçada pela saída extemporânea.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Afinal quais são os objectivos e as ambições para o Sporting?

Na sua última entrevista o presidente Bruno de Carvalho, quando instado a pronunciar-se sobre os objectivos do Sporting para a presente época, contornou a questão, dizendo que só se pronunciava sobre a matéria no final da época. Compreendo e concordo a intenção de não querer colocar pressão sobre a equipa, estabelecendo um compromisso público com um objectivo, mas discordo da estratégia, pelas razões que explicarei a seguir.

Em primeiro lugar porque o Sporting, pelo estatuto que detém, não pode ter um objectivo qualquer indefinido, de vaguear algures pela tabela classificativa. Mesmo que, em determinado momento, como no presente, esse estatuto possa constituir um fardo que as reais possibilidades custam a suportar.

Depois porque, nestas matérias, mais do que as proclamações de propósitos, são os resultados que impõem as expectativas e são estas que começam a desenhar os objectivos na cabeça dos adeptos. E, como se tem visto esta semana, também na cabeça dos jogadores e comentadores. Maurício já veio falar em "mostrar que vamos lutar pelo título", já com o foco no possível resultado do derby. Tal veio de encontro ao que alguns comentadores já afirmaram também: o Sporting seria candidato ao título caso vencesse o derby de sábado. 

Discordo em absoluto desta linha de pensamento. O resultado do derby não interferirá no imediato em qualquer candidatura ao título. É demasiado cedo para ter o potencial de arredar algum candidato do palco principal e de igual modo de para colocar alguém da corrida.

Assumir um objectivo claro parece-me ter duas virtudes: ajudaria a amainar os ímpetos de euforias desmedidas e, nos piores momentos - que também os vamos ter... - seria um precioso auxilio para controlar súbitas descidas de pressão no optimismo que muitas vezes se transformam em depressões auto-destrutivas.

Esse objectivo passaria pela obtenção de pelo menos um lugar no pódio. Tal parece-me realista, numa época de transição e face ao maior poderio dos nossos rivais FCP e SLB. Isto sem prejuízo de manifestarmos a ambição de lutar pela vitória a cada próximo jogo, ambição que não belisca minimamente os pergaminhos do clube. 

Retirar a palavra título da cabeça dos jogadores - sobretudo - e dos adeptos não significa abdicar dessa pretensão. Mas é talvez a medida suficiente para retirar uma pressão de todo indesejada e que deve ser suportada e, por isso, endereçada, a quem gastou mais. E é também a dose de realismo em medida exacta que não abafe a emoção que constitui a ligação indispensável e umbilical que une os que, de forma incondicional, choram, gritam e amam a verde e branco: os sócios e os adeptos.

No fim fazemos as contas.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Derby? É ao vivo e a cores, claro!

Só quem nunca viu é que não sabe. Futebol é sempre melhor ao vivo e a cores, um derby SÓ pode ser mesmo no estádio. Veste-te de verde esperança e comparece.

O Solar do Norte está a organizar excursão para o jogo frente ao Benfica do próximo dia 31 de Agosto.

1. Preenchimento do formulário online de reserva até às 12:00 do dia 29 de Agosto

2. Pagamento
Depósito/Transferência Bancária e envio do respectivo comprovativo do montante devido por email para: geral@solardonorte.org

Banco BPI
NIB: 0010 0000 2292 2550 0016 8


3. Entrega do(s) bilhete(s)

Em Alvalade no dia do jogo.


Preços e Condições


1. A partida será do Solar do Norte (ver Mapa) às 13:00 do dia 31 de Agosto.

2. As reservas serão consideradas por ordem de submissão do formulário;

3. As reservas apenas se tornarão efectivas após boa cobrança dos valores devidos.

4. Preços (Bilhetes destinam-se ao setor B15 da Superior Norte)

Categoria
 Viagem Bilhete Preço
 A - Adepto X  22.50 €
 B- Adepto X X 37.50 €
 C- Sócio SCP/Solar do Norte X  20.00 €
 D- Sócio SCP/Solar do Norte X X 35.00 €
  o poderão inscrever-se em futuras excursões pessoas que façam reserva e posteriormente desistam, sem disso dar conta por email para geral@solardonorte.org

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

A oportunidade de Bruma de baliza aberta

"Não foi só ao BdC que a decisão da CAP abriu uma oportunidade para resolver este imbróglio, foi também concedida ao Bruma a oportunidade de retomar a sua carreira de futebolista e, sem querer puxar a brasa à minha sardinha, julgo que o melhor para o jogador seria poder continuar a evoluir no SCP. 

Que duma vez por todas haja sensibilidade e bom senso de todas as partes envolvidas e, nisto, incluo todos nós adeptos e sócios. Não podemos crucificar um puto de 18 anos quando, nitidamente, também é ele vitima de quem o rodeia. Caramba, eu também já tive 18 anos... e o que é eu sabia da vida com aquela idade? E quantas burradas fizemos (e continuamos a fazer) ao longo da nossa vida? Por mim, aceitava de bom grado um regresso do Bruma, até porque o SCP pode beneficiar do seu talento e também duma possível mais-valia económica no futuro. Oxalá, assim seja."

Este é o comentário que o meu amigo Virgílio deixou no post "Bruma sem condições psicológicas e com razões para rescindir" e com o qual concordo inteiramente. A decisão da CAP significa uma segunda oportunidade para todos, jogador e clube, de forma a que erros anteriormente cometidos não sejam novamente reincididos, possibilitando uma solução. E se as oportunidades não abundam as segundas que a vida concede são ainda bem mais escassas. 

Dizia Pessoa, sobre o que é a oportunidade: 
 
Oportunidade, para o homem consciente e prático, é aquele fenómeno exterior que pode ser transformado em consequências vantajosas por meio de um isolamento nele, pela inteligência, de certo elemento ou elementos, e a coordenação, pela vontade, da utilização desse ou desses. Tudo mais é herdar do tio brasileiro ou não estar onde caiu a granada. 
 
No referido post há ainda outro comentário (do nosso caro JPDB) a propor como que um "roadmap" para a solução deste caso já demasiado longo, também a merecer a atenção, mas em que registo uma diferença de opinião importante: creio que o Sporting não tem que tomar qualquer iniciativa antes de Bruma fazer o mínimo do que lhe compete. E isso seria voltar, pelo seu próprio pé, ao seu local de trabalho ou àquela que ele reconhece como a sua própria casa. O que será muito difícil de suceder enquanto o seu tutor se continuar a preocupar mais consigo próprio do que com o seu protegido.
 
Papel crucial será desempenhado pelo presidente, Bruno de Carvalho. Como é óbvio Bruma não pode ser totalmente reintegrado no clube, seja no plantel da A ou da B, como se nada tivesse sucedido e sem resolver a renovação do contrato ainda pendente. Resolvidas essas questões, caberá ao presidente interpretar devidamente todos os condicionalismos que envolvem o jogador - condicionalismos pessoais e a envolvente no clube - e integrar o jogador de forma que Bruma, através da sua acção, se possa reabilitar aos olhos dos adeptos. Bruma tem a baliza aberta, uma oportunidade que não pode ou não deveria falhar.
 
Há uma dívida em aberto que espero ele venha a pagar da única forma que lhe é possível: a jogar em campo. Resolver este caso de forma a que tal venha a suceder faria o Sporting mais forte, estou certo.

domingo, 25 de agosto de 2013

Um Sporting sério para ser levado a sério

O Sporting foi ontem a Coimbra dar uma lição de pragmatismo e eficácia. Exibição de cariz eminentemente colectivo, privilegiando rápida circulação de bola, carrilando o ataque pelas laterais. O segredo deste triunfo gordo esteve na eficácia com que o Sporting anulou o jogo academista logo no meio-campo, sem permitir grandes incursões nos últimos metros. E a mesma eficácia na forma letal com que aproveitou todas as ocasiões por si criadas ou concedidas pelo adversário. 

Embora voltando a vincar o sentido colectivo da exibição, realce para as prestações de:

Carrillo na primeira parte, com pormenores a requerem posterior avaliação de oftalmologista aos defesas da Académica, tantas vezes lhes foi trocando os olhos.

De André Martins, sobretudo na segunda parte, pela segurança em posse e capacidade de decisão que ajudaram a levar o nosso jogo mais longe.

E de Adrien Silva em todo o jogo, pela raça e combatividade sem perder o discernimento. O patrão da equipa.

Nota final para mais uma lição de fidelidade leonina por parte dos adeptos. Clube que tem gente assim generosa do seu lado e que acorre em tal número não tem que temer pelo futuro e deve ser levado muito a sério.

Ficha do Jogo:

Equipas:
Académica - Ricardo; Marcelo, Halliche (Aníbal Capela, 21’), Reiner Ferreira e Djavan; Bruno China e Marcos Paulo; Marinho, Ivanildo (Diogo Valente, 58’) e Manoel; Buval (João Dias, 58’).
Suplentes: Peiser, João Dias, Aníbal Capela, Cleyton, Abdi, Ogu e Diogo Valente.

Sporting - Rui Patrício; Cédric, Maurício, Marcos Rojo e Jefferson (Dier, 84’); William Carvalho; Adrien Silva e André Martins; Carrillo, Montero (Slimani, 78’) e Wilson Eduardo (Capel, 63’). 
Suplentes: Marcelo Boeck, Eric Dier, Rinaudo, Gerson Magrão, Diego Capel, Cissé e Slimani.

Em frente Sporting!


sábado, 24 de agosto de 2013

Bruma sem condições psicológicas e com razões para rescindir

Como é cada vez mais evidente a cada declaração do seu advogado, Bruma não tem "condições psicológicas" para acreditar na competência profissional e até na boa-fé de quem o representa e não lhe faltarão razões para rescindir a ligação até agora mantida. Falta saber se não terá também razões para o processar por perdas e danos infligidos pela estratégia seguida e que o conduziram a um perigoso impasse na sua carreira. O mesmo juízo deverá fazer sobretudo Cátio Baldé, seu tutor, que por isso tem obrigações acrescidas.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Bruma perde e agora terá de escolher se quer continuar a perder

Dizia no post anterior que Bruma já estava a perder por não poder estar a fazer a única coisa que gosta e sabe fazer, que é jogar futebol. Ao ser conhecida há instantes a decisão da CAP, favorável ao Sporting, que terá sido tomada por unanimidade, Bruma perde mais uma vez. Falta saber quantas mais vezes e por quanto mais tempo Bruma quer perder. Se a decisão anunciada hoje pelo seu advogado for a da fuga para frente, permanecendo em confronto com o clube, será por certo isso que o espera.

Se estivéssemos a falar de outro jogador, diria que talvez esta fosse a altura de o  jogador se questionar que interesses têm presidido às decisões que os seus representantes têm tomado: se os seus, jogador de futebol profissional, se quaisquer outros. Mas, tal como também disse anteriormente, não creio que Bruma risque aqui alguma linha e por isso restará ao Sporting ir até ao fim na luta pelos seus interesses. 

É isso que espero da parte de Bruno de Carvalho, que obtém aqui uma vitória preciosa. O que lhe recoloca, a ele, e por isso ao clube, numa posição de inegável vantagem negocial sem ter sequer de ter que tomar a iniciativa.

Para finalizar confesso a minha surpresa pela decisão tomada. Como várias vezes aqui dei conta, a desconfiança nas instituições que regem o futebol português é total. Quem sabe esta decisão justifique a ideia de que a esperança deverá ser a última a morrer. Talvez não valha mesmo tudo, como muitas vezes certas decisões parecem fazer crer.

Alguns comentários à entrevista de Bruno de Carvalho a "A Bola"

Grande parte da entrevista é dedicada ao caso Bruma e à relação com os agentes de jogadores, daí que grande parte dos comentários que aqui deixo sigam o mesmo diapasão.

Quanto ao contrato e a posição do Sporting
Da forma como é explicado parecem não substituir dúvidas relativamente à ligação do jogador ao clube. Ligação que o jogador e representantes foram sempre reconhecendo até que lhes passou a dar jeito não o fazer. No entanto as dúvidas estão na sombra das declarações de BdC, especialmente quando afirma que a derrota do Sporting neste processo equivale a uma derrota da justiça e do futebol. 

Mas quantas derrotas de igual teor não coleccionamos já ao longo das últimas décadas? Por isso no meu último post sobre esta matéria dizia que, especialmente neste caso, ao deixar fugir este assunto do seu controlo e permitir a intervenção de terceiros – a CAP – a posição do Sporting perdeu força. Não força legal ou moral, mas por ficar à mercê dos interesses obscuros que campeiam no futebol. Paradoxalmente os mesmos interesses que BdC diz na entrevista querer combater neste e noutros processos em curso.

A prova que o Sporting luta com armas desiguais, para lá das que estão documentadas nesta entrevista, é que ao longo deste processo foram várias as ocasiões em que “escorreram” para a comunicação social pareceres e circunstâncias processuais quase sempre desfavoráveis co clube. Culminaram nesta semana com a divulgação do testemunho de Pedro da Cunha Ferreira como pretensamente desfavorável ao clube, o que é, como o próprio muito bem afirmou, uma peça de escrita criativa notável. Pior do que isso é ser dado conhecimento público do que devia ser sigiloso, isto sem falar no papel a que o jornalismo se sujeitou neste caso, e que não pode ser ignorado. Mais ridículo ainda foi a ideia transmitida por um dito especialista de que o Sporting, em caso de decisão desfavorável, perderia até os direitos de formação, o que me parece absurdo face ao que está em disputa neste caso, que é apenas o vínculo e não vencimentos em falta.

A renovação acordada há muito, a estratégia de dilação, os erros de Godinho e os próprios
Tal como era então do conhecimento público havia um princípio de acordo entre a anterior direcção e Bruma e que agora BdC confirma. Não se percebe porque o acordo não foi levado a efeito, tendo em conta a importância do jogador. Mas não é líquido afirmar que, caso a renovação tivesse sido concretizada, Bruma não estaria na mesma em conflito com o clube, caso BdC entendesse, há semelhança de outros processos ainda a decorrer, que o jogador havia renovado por valores exorbitantes. Por outro lado parece-me óbvio que se a estratégia dos representantes de Bruma era meramente dilatória, sem interesse em renovar, o mesmo argumento deve ser usado para qualificar as relações com direcção anterior e que, inevitavelmente, nunca houve qualquer interesse em renovar com o clube, fosse quem fosse que o representasse.

As guerras pela moralização
Ninguém duvida, creio, da necessidade de moralização do papel dos agentes e dos fundos de jogadores. A minha dúvida, expressa aqui desde a primeira hora, é que seja o Sporting a fazê-la sozinho. O relato do que se passou com Ié é apenas um dos muitos casos que chegam ao público.

No caso concreto de Bruma, se ao jogador é indiferente que parte do que lhe cabia vá para os seus representantes, porque me haveria eu de importar?

Se processos idênticos e especialmente com os melhores jogadores, tiverem invariavelmente o mesmo desfecho, os interesses do clube estão a ser devidamente protegidos? 

Sendo a transferência de jogadores uma parte vital para sustentabilidade da SAD, e não podendo o clube escolher pelos jogadores quem os represente, a repetição deste tipo de problemas colocará o Sporting à margem e por isso em dificuldades.

É impossível não concordar com BdC quando este diz que (página 5) 

é essencial definir regras claras para os agentes de futebol e que permitam a defesa do futebol dos clubes e jogadores. Isto deve ser uma prioridade dos governos e das instituições que supervisionam o futebol mundial (…) O mesmo no que diz respeito aos fundos(…). 

A pergunta que fica é o que fará o Sporting enquanto tal não acontecer, se é que alguma vez acontecerá?... Porque o caso Bruma é já quase passado, interessa agora o que o futuro vai trazer.

Independentemente do resultado deste processo, se dele se retirarem as devidas ilações, alguma coisa de bom se poderá extrair em prol do clube, para que ele não tenha representado apenas perda de tempo, de energia e de valor para todos nós.

Uma nota sobre quem ganhará ou quem perderá com o resultado final: Para já perde o jogador e o clube. Bruma por estar privado de fazer o que mais gosta e o que melhor sabe, que é jogar. O clube porque perde um jogador que seria importante na sua estratégia e não tem substituto à altura. No final perderá ou ganhará o Sporting e não apenas uma qualquer fracção. É tempo de deixar de lado os discursos divisionistas do "eles" e do "nós" porque uma parte do clube é sempre mais pequena que o seu todo.

Pessoalmente confesso o meu cansaço com o tema e até já dei baixa do Bruma no meu deve e haver, isto porque já nem acredito que a uma decisão favorável corresponda a rápida solução do caso. As recentes declarações do advogado do jogador são mais uma escalada para uma não solução. Fica a entrevista para as brumas da memória.

Uma pequena nota mais para quem apoia o presidente na mediação com a imprensa. Acho insultuoso para ele e para o clube que erros lexicais, involuntários ou não, sejam colocados em itálico na entrevista. Tal significa que foram notados mas propositadamente não corrigidos, o que, ao longo de muitas décadas de leitura do jornal em causa, é totalmente "inovador".

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Mais do que um Mestre do Futebol, um grande homem que ajudou o Sporting a ser grande

Não podia deixar passar sem aqui fazer referência a um dos nomes mais importantes do futebol português no qual foi futebolista, seleccionador nacional, treinador, dirigente e jornalista e cujo nome estará para sempre ligado ao melhor período do futebol do nosso clube. Falo de Cândido de Oliveira a quem, de forma mais do que justa, a FPF em boa hora decidiu atribuir o seu nome à competição que inaugura cada época futebolística, a Supertaça. A oportunidade surge agora ao "cruzar-me" por mero acaso com um documentário co-produzido pela RTP e FPF que merece cada minuto da nossa atenção. 

Dele realço o episódio da sua passagem pelo Sporting, e a forma superior como ele e um dirigente do Sporting resolveram o que podia ser um complicado problema, surgido pela ocasião de um jogo decisivo de um campeonato que se disputaria com o eterno rival SLB. Não tivesse sido assim solucionado e provavelmente faltariam hoje algumas páginas brilhantes na nossa história.

Cândido de Oliveira era benfiquista e o alinhamento que preconizou para a partida suscitou dúvidas de favorecimento ao seu clube de coração por parte do referido dirigente, agravadas certamente pela necessidade de um resultado de pelo menos 3 golos de diferença para o Sporting ganhar vantagem na disputa do título. 

Mestre Cândido tomou conhecimento da contestação, manteve as suas ideias e o Sporting acabaria por vencer por 4-1, o que lhe daria o titulo, que a história consagraria como o titulo do pirolito, justamente por ter sido conseguido por um golo de diferença. 

No final do jogo o treinador apresentou a demissão por entender que, ao ver colocada a sua integridade moral em causa lhe faltava a condição mais básica para continuar a ocupar o cargo. O referido dirigente tentou demovê-lo do sua intenção e, penitenciando-se pelo seu erro, entendeu que quem se devia demitir era ele. Cândido dos Reis impôs então uma condição para se manter no cargo: a continuidade de ambos.

Acabariam por celebrar juntos o primeiro tri-campeonato do futebol nacional e esse jogo seria decisivo para o desempate, uma vez que o Sporting e SLB chegariam com os mesmos pontos ao final do campeonato. O desempate fazia-se então tendo em conta os jogos disputados entre si e como, no jogo disputado na primeira volta, em casa do SLB, tínhamos perdido por 3-1 o campeonato era nosso. 

Como nota de curiosidade fica o registo de que ambos os clubes ainda perderiam mais um jogo. O Sporting contra o Vitória de Setúbal por 1-0 mas o SLB perderia com o Elvas por 2-1. Do jogo de Setúbal dizia-se à época pelos "mentideros" que os dirigentes do SLB tinham prometido a cada jogador setubalense, em caso de vitória, um fato novo. Consta que os jogadores sadinos, cientes do dever cumprido, exigiram que o acordo fosse honrado, o que terá sucedido. 

Fonte consultada: Wiki-Sporting



terça-feira, 20 de agosto de 2013

Disciplina & dispensas

As noticias sobre processos disciplinares e hipotéticas dispensas não são boas, mas têm pelo menos um efeito positivo: contribuem para que se volte a por os pés no chão. Há muita matéria ainda a carecer de solução.

Disciplina
Segundo o Record informou hoje na sua página de capa decorrem vários tipos de processos de natureza disciplinar com alguns jogadores do Sporting. Uns de natureza "mais leve", como seriam os processos a Fabrice Fokobo, Danijel Pranjic e Luka Stojanovic,  por causa de saídas nocturnas. Ora isso explica, pelo menos para já, parte da razão pelas quais o primeiro e último não têm calçado. O croata estará à procura de clube. Labyad, Turan e Elias respondem a processos cujo objectivo é obter um pedido de indemnização por declarações prestadas à comunicação social. Relativamente a Onyewu e Bojinov a intenção visa mesmo o despedimento, provavelmente procurando obter a justa causa. O americano por causa de uma cirurgia realizada sem autorização e  o búlgaro por causa de atitudes impróprias com quem representa a entidade patronal. 

Sem conhecer os fundamentos destas decisões e sem discutir se as razões invocadas se baseiam em factos ocorridos ou não não posso deixar de fazer um reparo: não era preferível que estes processos decorressem os seus trâmites sem disso dar conhecimento público? Inicialmente não dei importância à noticia do Record, mas o site Mais Futebol veio confirmá-la com base em fonte do próprio clube. Que ganhamos com isso?

Uma nota mais relativamente a esta matéria, até porque alguns destes nomes vêm no primeiro rascunho de dispensas conhecido de que falarei abaixo: estes procedimentos disciplinares não podem ser a porta dos fundos encontrada pelo clube para não honrar os compromissos que assumiu com alguns destes jogadores, sem perder legitimidade na sua exigência de que Bruma, e outros que venham a intentar expedientes semelhantes, cumpra os seus compromissos com o clube. 

Dispensas
Ainda é conhecida a lista definitiva, o que só ocorrerá provavelmente com o encerramento do mercado, no dia 2 de Setembro. Mas o site ZeroZero informa que André Santos, Evaldo, Diogo Salomão, Bruma, Labyad, Jeffrén, Boulahrouz, Diego Rubio, Nii Plange, Onyewu, Jeffrén Suárez, Pranjic, Victor Golas, Stojanovic, Bojinov e Owusu. Bruma, Bojinov, Boulahrouz, Pranjic e Onyewu, embora por razões diferentes percebo a decisão. 

Evaldo é um ódio de estimação das bancadas pelo que não fico surpreso.

Também não me surpreendo por Diogo Salomão, em quem nunca vi categoria para a sorte que teve em chegar ao Sporting.

Lamento o tratamento dado a André Santos que, por ter os anos que tem de casa, merece mais do que ter um pé dentro e outro fora quando uma ou outra coisa parece ser conveniente. 

Confesso não conhecer o suficiente de Plange e Owusu para emitir um parecer. 

Não me surpreende Stojanovic, com as opções que temos para aquela posição. 

Lamento Jeffren, porque lhe reconheço qualidade, que não tem sido acompanhada pela sorte. 

Não me parece que depois do investimento feito em tempo e dinheiro em Golas esta seja a melhor altura escolhida para o deixar cair.

Rúbio fez de facto muito pouco, mas quem, como ele, não fez muito menos do que se esperava nos últimos anos?

Labyad é um erro depois do investimento feito. É como comprar um carro dispendioso para o ter na garagem, mas continuando a assegurar todas as despesas de manutenção.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Até agora os melhores e muito dificeis de bater

O resultado de ontem assim o dita: o Sporting fez o melhor resultado da primeira jornada e isso já não nos podem roubar. Há por isso razões para entusiasmo, não se pode pedir aos adeptos que não o sintam porque isso é negar a natureza da sua ligação ao clube, que é essencialmente pautada pelas emoções, pela paixão desmedida. Queriam o quê, que estivéssemos hoje todos tristes, como se tivéssemos entrado pela Madeira dentro?

Mas o título não se deve à vitória de ontem porque contém 2 afirmações que não posso comprovar: por não ter visto a totalidade dos restantes jogos não sei fomos a melhor equipa até agora. E é ainda cedo para sabermos se somos difíceis de bater. Há ainda alguns pormenores a deixar algumas dúvidas na nossa organização defensiva que o Arouca só muito ao de leve conseguiu expor. Mas a resposta positiva ao infortúnio de sofrer primeiro e partir daí para uma boa exibição dá boas razões para acreditar.

Acreditar é dizer presente e a razão deste post é precisamente os outros artistas deste jogo que, para o serem, nem precisam de subir ao relvado. Não têm empresários, não são detidos e passados de mão em mão como mercadoria porque só são dali, daquelas bancadas ou onde o Sporting jogar e estão sempre lá, faça chuva ou faça sol. O seu sucesso não se mede pela fotos nas primeiras páginas dos jornais ou pelas cilindradas dos seus bólides. As medalhas ao peito são os inúmeros triunfos testemunhados na primeira pessoa, lado a lado com os imensos sacrifícios, desgostos e atribulações ganhos à custa da abdicação de uma outra vida. Gente que acredita sempre, mesmo até quando já é impossível e ao invés de receber paga para estar lá. Falo, como é óbvio, dos adeptos.

Agora que as claques se juntaram na Curva Sul a voz dos adeptos no estádio é mais nítida, mais forte, por oposição à cacafonia que durava já há demasiado tempo. Alvalade é assim mais, muito mais, a casa do Sporting e isso é o que os adversários podem voltar a recear. O tal 12º jogador que, não jogando, é decisivo a empurrar a equipa para frente.

Em matéria de apoio e dedicação, neste inicio de época, os Sportinguistas, tal como no passado, voltaram a liderar e a pôr a fasquia mais alta para os demais. E o mais notável, digno de registo e orgulho é fazê-lo apesar dos oráculos da desgraça. Sabemos que não vamos ganhar sempre, que eventualmente não ganharemos já o suficiente para honrar o passado glorioso. Mas não deixamos as nossas camisolas sozinhas e tal é afirmar que acreditamos, que não desistimos de fazer um Sporting maior.


domingo, 18 de agosto de 2013

Matador Montero corta rabo e orelhas a vitela arouquesa

Primeiros vinte minutos decepcionantes, Jardim a "merecer" o castigo, ao preferir Magrão a André Martins. O brasileiro a fazer uma exibição a fazer lembrar os tempos "gloriosos" de Angulo. Ainda antes do intervalo o técnico corrige, com evidentes ganhos colectivos.

Defesa tenrinha a sofrer um golo inadmissível, episódios que se repetiram pelo jogo fora, especialmente nos cantos. Não sei que qualidades possui Rojo - desaprendeu o que parecia ter adquirido com Jesualdo, indiscutivelmente o seu melhor período no clube - que leva a que os 5 treinadores que conheceu em Alvalade lhe dêem a titularidade. Qualidades que depois não aparecem em campo. É difícil de avaliar Maurício com tanta instabilidade à sua volta. Golo importante do brasileiro, a desbloquear o que parecia poder ficar complicado.

William Carvalho não entrou bem, mas acabou por se libertar para partir para um bom jogo, apesar da tentativa de condicionamento ainda tentada pelo treinador do Arouca. Bom jogo de Adrien, a jogar o que sabe, e que não é pouco. 

Boas intervenções de Wilson, que inicialmente se parecia afundar com o resto da equipa. Carrillo é uma pena jogar tão amarrado à linha, acrescido do facto de não apoiar Cédric como deve e quando é necessário. É também uma pena que desapareça tantas vezes do jogo.

Capel esteve igual a si próprio, ao fazer uma assistência acabado de entrar e ao perder ingloriamente uma jogada de individual vistosa. Antes de ir aos finalmente, muito bem Patricio, que esteve lá quando é preciso. Se fosse um ponta-de-lança quantos golos valia por jogo?

Freddy "Krueger" Montero, um pesadelo em Alvalade Street. Creio que falhou apenas uma vez, e de forma clamorosa, em todas as oportunidades que lhe proporcionaram. E pelo meio foi fazendo demonstrações de classe em cada toque de bola. Apenas um temor, depois do que lhe vi fazer hoje: vai haver caça ao homem nos jogos que se seguem?

Jardim tem ainda muito trabalho pela frente que o resultado conseguido não desmente. O Arouca está demasiado tenrinho, não é ainda desta divisão e se lá continuar o "afilhado" Emanuel, nem com o Rui Costa lá chega. 

E assim termina a crónica da entrada em grande do Sporting na Liga 2013-14. 

sábado, 17 de agosto de 2013

Sobre as entrevistas de Bruma

Bruma afinal não deu apenas uma entrevista mas sim duas e logo aos jornais de maior tiragem. Entrevistas que não me despertam grande curiosidade porque é minha convicção que, mais do que as suas próprias palavras, Bruma diz o que lhe mandaram dizer. "Jogo no clube que o meu agente me arranjar" é suficientemente elucidativo de quem detém o poder de decisão.  É essa a minha convicção também em relação à peça fundamental deste puzzle: não foi por Bruma que este processo teve os desenvolvimentos que hoje é do conhecimento de todos. 

Voltando às entrevistas propriamente ditas fica claro o seu objectivo: a poucos dias da decisão da CAP Bruma prepara os episódios que se podem seguir. Não sabemos se o faz já conhecedor da decisão, o que não seria de estranhar. Mas escolhe o pior momento - na véspera do inicio do campeonato - e que, somado ao teor das suas declarações - "fico orgulhoso do interesse do Benfica, não descarto nenhum clube" -representa um corte com ligação mais importante que detinha com o clube, a do afecto dos adeptos. Para nós, mesmo para os que reconhecem o direito de qualquer profissional a escolher a sua entidade patronal, não é indiferente constatar que o clube onde se formou está agora em pé de igualdade nas suas escolhas com os rivais que Bruma se habituou a defrontar e muitas vezes a ganhar. Bruma não chegou ontem e não é um Fariña, ou um Pizzi qualquer.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A permanência de Patricio, a equipa B e o preço dos bilhetes


A permanência de Patricio
Muito se tem especulado sobre a possível partida de Patrício. Dificilmente ela acontecerá para o Mónaco, que era tido como o potencial "cliente" do nosso jogador. O clube do principado acaba de acordar o empréstimo de Sérgio Romero, internacional argentino, com a Sampdória e por empréstimo, com opção de compra por 5 milhões no final da temporada. 

Para quem, como o Mónaco, andava a distribuir dinheiro pela Europa em aquisições milionárias, este movimento conservador no mercado de transferências pode ser visto de vários ângulos.

Do ponto de vista do Mónaco, prossegue a indefinição sobre a questão da fiscalidade sobre os jogadores, havendo um movimento de opinião cada vez mais numeroso que preconiza que "para campeonato igual, condições iguais". O mesmo é dizer que a tributação especial dos jogadores do clube monegásco é tida, e quanto a mim bem, como um factor desequilibrador de concorrência entre clubes. Se tal se concretizar, isso significaria que clube ou jogadores teriam que arcar com os valores a pagar à fazenda francesa, o mesmo é falar de cortes de mais de 50% no valor dos ordenados ou de um fortuna colossal a sair do bolso de Dmitry Rybolovlev. De tal forma que já correm rumores de que Jorge Mendes já terá posto o nome de Falcão sobre as secretárias de alguns directores desportivos/treinadores/presidentes de alguns clubes capazes suportar os valores da transferência e assegurar ao jogador idênticos rendimentos.

Do nosso ponto de vista é a constatação que o mercado é muito concorrencial, sendo relativamente fácil encontrar soluções satisfatórias sem despender os valores que achamos que Patrício vale. A contratação de Romero é mais um ponto para esta inevitável reflexão. 

Duas coisas saltam à vista com este negócio: 

1- Dificilmente nos darão o valor afectivo de que Patrício desfruta hoje junto dos adeptos.

2- Com este negócio e com os problemas que se registam no Mónaco, o mais provável é que Patricio fique esta época em Alvalade. 

Fica mas não joga o primeiro jogo da época. Esta nota é editada já depois de redigido o post, e por isso sem tempo de verificar se não há antecedentes que tivessem resultado de forma diferente para jogadores de outras cores. Não seria surpreendente se houvesse.

EquipaB
Joga hoje a equipa B em Alvalade. Vi parte do jogo inaugural com o Atlético e mais do que a derrota deixou-me apreensivo a forma pouco consistente como a equipa se bateu. Foi-me muito difícil perceber as ideias de Abel, e é por aí que tudo começa. A rever.

Infelizmente parece que este ano não haverá transmissões dos jogos em casa. Não sei quanto estas custaram  no ano passado mas sei como elas foram importantes no fortalecimento dos laços dos adeptos com o clube. Mesmo sabendo do esforço de contenção orçamental, este é um caso que merece ponderação, porque nem todo o dinheiro que sai é gasto, há também muito investimento em cada transmissão realizada.

O preço dos bilhetes
Não são baratos os preços dos bilhetes para a primeira jornada da Liga. E não o são normalmente em qualquer estádio do País, se tivermos em conta o momento muito particular da nossa economia. Se a comparação for o que compramos - espectáculo, condições e verdade desportiva - quando vamos ao estádio com o que, por exemplo, compram os adeptos alemães, então aí já estamos ao nível da exorbitância. 

Este é um ano excepcional, em que nos vão ser pedidos grandes sacrifícios. As receitas diminuíram em cascata - transmissões televisivas, publicidade - por via da ausência das competições europeias. Para que o ajustamento necessário não tenha efeitos ainda mais drástico na nossa competitividade é necessário um equilíbrio difícil entre o que o clube precisa e o que está ao nosso alcance dar. É nessa perspectiva que olho a tabela de preços acima mencionada. Ficamos sempre na dúvida se à descida de preços corresponderia a respectiva procura. Em teoria sim. Honestamente, quando penso nisso, chego sempre a uma conclusão: ainda bem que não me cabe a mim decidir.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Este tu não vais querer perder, este tu não podes perder

Desconheço o grau de dificuldade que envolveu as negociações entre a SAD do Sporting e a Olivesdesportos no sentido de antecipar o jogo inaugural da época 2013/14 para domingo quando aquele já havia sido previamente marcado para segunda-feira à noite. Mas não é preciso ser particularmente perspicaz para reconhecer que nos dois lados da mesa se sentavam interesses opostos. Um jogo segunda-feira à noite, dia morto para este segmento de televisão, a das transmissões de jogos, com um grande do futebol português, proporciona muito mais share, logo mais receitas, do que um jogo a meio da tarde de um domingo de verão. Para o Sporting e sobretudo para os Sportinguistas não é bem assim. Para muitos segunda-feira é um dia proibido para ir a Alvalade. Domingo, sendo um dia livre, permite pelo menos a escolha entre ir ficar. 

Como sempre que o Sporting joga é importante que a equipa sinta o respaldo dos adeptos e sinta que não está sozinha no duro caminho que está pela frente. Agora que as tardes de futebol estão de regresso a Alvalade essa importância é acrescida, é altura de dizer presente. 

Para quem vive a norte do País, em particular na zona do Grande Porto, a tarefa está facilitada pois mais uma vez o Solar do Norte está a organizar uma excursão que permite a ida ao jogo de forma cómoda e mais barata. Para quem nunca viajou com o Solar do Norte convém frisar que estes eventos são pautados por salutar convívio, e usado por muitos para se fazer acompanhar pelos seus familiares e amigos mais próximos.
  • Hora de partida: 10:00
  • Viagem: 17.50 €
  • Viagem +bilhete: 27.50 €
Mais informações, condições e reservas: http://www.solardonorte.org/bilhetes

 

terça-feira, 13 de agosto de 2013

O desfecho do caso Bruma

Começo pelo fim:  já depois de redigido o essencial deste post Cátio Baldé declarou hoje à Antena1 a vontade de chegar a entendimento com o Sporting. Aparentemente são boas noticias mas as aparências iludem. 

Essa vontade só será real se a decisão da CAP, a conhecer nos próximos dias, for favorável ao Sporting. Esta boa vontade não é mais do que o entreabrir de uma porta caso a decisão seja oposta ao pedido efectuado. Se houvesse qualquer negociação esta não faria sentido com o normal decurso do processo.

Não sendo a decisão favorável ao clube, o jogador não voltará a vestir a camisola do Sporting, sendo o seu destino mais do que um rumor já bem nutrido: o outro lado da segunda circular. A ser verdade, será o quarto jogador a ser desviado de Alvalade, sendo que este, pela sua especificidade, e a confirmar-se, assumirá contornos de uma óbvia declaração de guerra que apenas era até agora tácita e táctica.

Dificilmente o desfecho do caso Bruma nos será favorável. Desde logo pela impossibilidade de fazer regredir toda a água que entretanto acabou por correr debaixo das pontes, voltando a colocar o caudal favorável à aproximação entre ambas as margens do rio que separa jogador e clube. Essa aproximação só existirá por conveniência de uma e apenas uma das partes, conveniência que agora excederá a que é normalmente obtida pela satisfação das partes quando celebram um contrato de livre vontade. A parte em causa é o jogador e seus representantes, caso percam a acção na CAP. Isto porque, caso a decisão seja outra, não só encontrarão muitos clubes a oferecer mais do que o Sporting lhe(s) pode pagar, mas também porque olhariam com temor um regresso.

Era preciso que, se Bruma ficasse, tudo corresse mesmo muito bem e as bancadas esquecessem todos os episódios desta triste novela estival. Mas a dura época que nos espera tende a constituir-se num pródigo dealer de flashback´s, em  cada passe mal conseguido ou golo falhado, do que foi a relação do jogador e seus representantes com o clube, logo com os adeptos na bancada. E ninguém sabe o que poderá suceder ao jogador, que ainda teria que negociar com Bruno de Carvalho a renegociação do contrato. Se Labyad foi para a B porque "não se esforça" e "ganha muito"...

É preciso revisitar a história recente para perceber o que concorreu para este desfecho. 

Em Fevereiro deste ano Cátio Baldé dava conta de uma possibilidade de entendimento a curto prazo, ainda na direcção de Godinho Lopes, num processo que se arrastava há algum tempo. Este queria fechar este processo ainda antes das eleições, coisa que hoje sabemos não logrou conseguir.

Quando Bruno de Carvalho chega à presidência deixou bem claro, numa das suas primeiras entrevistas, que algo iria ser diferente na relação com os empresários de futebol. No post que redigi a propósito dessa mesma entrevista já na altura me pareceu esta nova postura uma estratégia de risco, embora estivesse longe de imaginar que a relação com Bruma se iria agudizar ao ponto de se encontrar no plano que hoje é conhecido de todos.

Bruma não é só um dos jogadores mais promissores da sua idade, é também conhecido por se assumir como Sportinguista. Terá sido o conhecimento dessa condição que terá levado Bruno de Carvalho a esticar a corda sem perceber que poderia ser ela a única coisa que lhe ficaria na mão. 

Terá sido o facto de querer como jogador e como Sportinguista continuar de leão ao peito que o terá levado a ceder na exigência de deixar cair a representação de Zahavi. Depois de ter estado incontactável, Bruma dá uma entrevista dando conta de que o final feliz estaria próximo. Então dizia que "o Sporting é o clube do meu coração. O Sporting é o clube que eu amo. Um dia, quem sabe, talvez possa ir para outro clube. Mas o Sporting nunca ficará prejudicado com isso. Se eu sair, será o Sporting a resolver a minha situação e a fazer tudo." A recusa em receber os seus representantes, sem a sua presença, uns dias depois, deitaria tudo a perder. Pelo menos para já.

Creio que Bruno de Carvalho nunca esperou este súbito desenlace, ao que não terá sido alheio a entrada do advogado de Cátio Baldé, Bebiano Gomes. Ao deixar que o assunto lhe saísse da sua área de intervenção directa, Bruno de Carvalho (o Sporting) praticamente perdeu grande parte das hipóteses de ver o jogador de volta. Não só porque o contrato do jogador abre algum campo a algumas dúvidas - e não deixa de ser curioso que em Fevereiro o empresário afirme, na supra aludida entrevista, que o jogador tem mais um ano de ligação ao clube - mas sobretudo porque permite a intervenção de terceiros. 

Ora todos sabemos do nulo poder que o Sporting dispõe nas entidades que regulam o futebol português. Por isso sempre que permitimos que uma decisão saia do relvado de Alvalade ou dos seus gabinetes estamos a abrir a porta de interesses de concorrentes directos contra os nossos. Isto tanto é válido para a Comissão de Arbitragem como para o Conselho de Disciplina ou de Justiça, enxameados por verbos de encher e amanuenses de outras cores que não as nossas.

Os terceiros são, no caso Bruma, nem mais nem menos que a já tão famigerada Comissão Arbitral Paritária. Comissão que é constituída por 3 elementos nomeados pela Liga e outros 3 nomeados pelo Sindicato dos jogadores. Do Sindicato dos Jogadores sabemos mais ou menos o que esperar, é uma entidade criada com o intuito de defender os interesses dos jogadores. Da Liga sabemos que é agora mais vermelha do que nunca, a que não será alheio o facto de o seu presidente ser genro desse enorme benfiquista de ares marítimos, Carlos Pereira.

Por tudo isto creio que a maior parte de Bruma já não nos pertence. Isto é dizer que dificilmente espero uma decisão favorável. E, tal como reconheço acima, uma decisão favorável ao Sporting não significa sequer o desfecho deste caso. 

Claro que perder um jogador que nos poderia ser muito útil no relvado no imediato e no curto/médio prazo na tesouraria me belisca o orgulho. Mas nos passos desta história aqui descrita encontro a semelhança com outros percorridos por caminhos que nos levaram a perder jogadores importantes demasiado cedo e com pouco proveito. Processos a que hoje se deve muito da desconfiança em torno do investimento na formação. 

Olhar apenas para o exterior - jogadores, empresários, comissionistas, etc - à procura de razões que expliquem estes falhanços acaba por ser uma fuga em frente, um estado de negação de uma realidade cada vez mais evidente: o Sporting tem de ser um melhor gestor da sua actividade fundamental: a competição desportiva em todas as suas vertentes. Se, como tudo indica, o desfecho deste caso nos for desfavorável, foi em Alvalade que começamos a perdê-lo.

P.S.: Como complemento deste post recomendo a leitura destes seguintes artigos:

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Fiore regressa roxa a Itália: algumas notas sobre o Troféu 5 Violinos

O troféu
A criação do Troféu 5 Violinos foi uma medida simples mas feliz e começou logo na criação do logótipo. Homenagear Jesus Correia, Vasques, Albano, Peyroteo e José Travassos não é apenas um acto de justiça é também homenagear o espírito leonino, a identidade Sportinguista. Essa que, tal como a muitos de nós, me seduziu e foi responsável pela minha escolha clubistica. 

Os 5 Violinos remetem-nos para o tempo em que o Sporting dominava o futebol português. Desses tempos não foi escolhido apenas um nome, que, pelas suas qualidades expressas em números impressionantes, podia ser Peyroteo. Escolhemos um conjunto de jogadores, os actores principais do jogo, que mais do que um solo, se notabilizaram pela música afinada para os olhos de quem teve a sorte de os ver actuar ao vivo. Esse espírito colectivo em que o resultado da soma das partes é muito superior à soma do seu valor individual isolado. O que se assistiu ontem em Alvalade, quando as claques colocaram acima das suas diferenças o que de mais importante todos temos em comum, insere-se no mesmo espírito. É um exemplo notável e que deve ser o mote para a campanha que se inicia a sério no próximo domingo.

A casa
Ainda antes de passar às notas relativas ao jogo não posso deixar de mencionar a assistência ontem registada em Alvalade, que terá rondado cerca de 18 mil espectadores. O que me remete para o post anterior, motivo de diversos insultos e reparos que me foram dirigidos por diversos meios. Não posso fazer nada pelos ileterados. Quem não sabe interpretar o que lê devia abster-se de fazer comentários. Mas a ignorância tem essa estranha virtude de não só conferir segurança como vir acompanhada de presunção. Já em relação à gentinha mal formada procuro não perder um segundo mais do que o esforço por não os confundir com o Sporting.

Não sei por isso qual foi a parte de "a melhor forma de elogiar e aplaudir a medida e o esforço feito pela direcção é dizer presente." que ficou por entender. A verdade é que o risco de, à medida feliz e há muito reclamada, não corresponder o número de Sportinguistas devido é grande por uma conjunção de circunstâncias: as férias, o calor a convidar à praia e a sempre incontornável crise que certamente condiciona as escolhas de muitos Sportinguistas. É por isso muito importante, até para conferir autoridade a quem terá a cargo negociações futuras, que todos quantos pudermos estejamos presentes. E para ganharmos o direito de pedir medidas idênticas quando o verão se for.

O jogo
Foi um jogo feliz. Pelo resultado e pelo decurso dos acontecimentos. Marcar relativamente cedo, ainda por cima com um golo monumental de Montero, era o que poderíamos pedir, se estivéssemos a falar de discos pedidos. Enfrentarmos a Fiorentina em vantagem é muito mais confortável do que ter que jogar à procura dela, dá confiança. Fiorentina que tem dos melhores plantéis dos últimos anos, o que só valoriza a nossa vitória e os números conseguidos.

Jogo que nos trouxe a confirmação de que Leonardo Jardim se parece inclinar mais para um 4x4x2 com Montero na frente com Wilson Eduardo, se atendermos a que repete o esquema do 11 inicial com o Braga, fugindo ao que era habitual nas equipas dele. A verdade é que as escolhas para as alas estão muito condicionadas: Capel dificilmente faz aquilo que ele pede habitualmente aos extremos, os tais movimentos de aproximação ao centro a partir das linhas. Os rumores do mercado, à procura de Pizzi e Gama, significam que Jardim procura fora algo que entende não ter disponível em Alvalade e talvez expliquem a opção. E, ao contrário do que se diz, Bruma faz falta, ou alguém que fizesse o que ele fazia.

Alguns destaques individuais
Não fiquei surpreendido com Rúben Semedo. Vi-o actuar ao lado de Tobias Figueiredo e no seu escalão é dos melhores. Ontem, já num patamar mais elevado, demonstrou, se preciso fosse que, quem tem jogadores como ele, Dier, Reis, Tobias, Ilori e se tem que sofrer golos idênticos ao do último jogo com o Braga mais vale apostar neles do que gastar dinheiro com quem lhes tape a progressão.

É ainda cedo para etiquetar em definitivo Magrão, sobretudo porque vem de um período longo de inactividade, cujo inicio foi no passado mês de Fevereiro. A falta de ritmo é notória e continua a ter pouco acerto com a baliza, mesmo em circunstâncias favoráveis. Não é um extremo mas sim um interior. O mesmo para André Martins, que se sente muito condicionado pela proximidade da linha. Assim está mais  longe de Montero, não podendo por isso oferecer-lhe jogo como sabe. E Montero precisa de jogo e bola, sobretudo se estes puderam acontecer antes da área, onde é sufocado pelos centrais. Ontem fez um golão, revelador de espontaneidade e faro pela baliza que não é casual, como se pode ver abaixo:

Importância e significado
Não gosto de falar em "ses" quando se perde, não vejo motivos para o fazer quando ganhamos. Cada jogo tem a sua própria história e acima das circunstâncias de cada 90 minutos está o valor de cada equipa. Como é óbvio ninguém imagina quem em 10 jogos em que defrontemos a Fiorentina ganhemos muitas vezes 3-0. Porém, também não deixa de ser verdade que o Sporting ganhou a um clube que acabou o último campeonato italiano em quarto lugar e tem um plantel com um lote muito respeitável de jogadores. Tal não pode ser desvalorizado.

Não há, nem a feijões, vitórias dispensáveis. Esta assume particular importância neste momento, por ser a seguir a duas derrotas no Guadiana e a uma semana do inicio do campeonato. É importante porque reforça a confiança da equipa e a esperança dos adeptos. Mesmo sabendo que o Arouca não vale tanto como a Fiorentina mas pode vir a Alvalade causar-nos mais aflições que os italianos.

sábado, 10 de agosto de 2013

Quem quer ir ao futebol ao domingo à tarde?

O jogo inaugural da época, em que apadrinhamos a estreia do Arouca, e que esteve marcado inicialmente para a próxima segunda-feira, foi agora antecipado para domingo, às 15:45h. Se atendermos que em Agosto, em que muita gente se ausenta de férias e estas são horas a que normalmente se passeia na praia há um risco elevado do estádio de Alvalade não registar uma assistência que justifique a repetição do horário. Este era há muito tempo reclamado por muitos de nós. A melhor forma de elogiar e aplaudir a medida e o esforço feito pela direcção é dizer presente.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Ganhar



... ou andar lá perto. Tive uma vez uma troca de argumentos, no blog Jogo Directo, onde defendia que o objectivo do jogo de futebol era meter a bola dentro da baliza do adversário, o sub-objectivo era impedir o adversário de o fazer na nossa baliza. Fui mais ou menos trucidado por outros comentadores que me disseram, por A+B, que o objectivo do jogo é ganhar. Ponto final.
Confesso que ainda não mudei a minha opinião, mas como ainda não sou completamente estúpido, e os comentadores em questão tinham um muito maior conhecimento do que o meu de simples adepto, comecei a guardar um pouco da minha visão do jogo para esse objectivo maior. Ganhar.
Chego assim ao jogo de ontem, um fantástico treino frente a uma equipa que representa rigorosamente as dificuldades que vamos enfrentar no nosso campeonato. Infelizmente, a conclusão a que cheguei foi, nunca estivemos sequer perto de ganhar o jogo. Fizemos uma exibição vistosa, melhoramos em todos os aspectos possíveis de imaginar, estivemos como eu defendia perto de colocar a bola na baliza do adversário, mas... não conseguimos. Perdemos.
Aquilo que vi a equipa produzir ontem deixa-me a certeza que vamos ter uma época muito melhor do que no ano passado, até dos últimos anos, mas para o objectivo que tracei, os 70 pontos ou 70x7, ainda falta muito. Por incrível que pareça, ontem nunca dominámos o jogo, mesmo com o futebol vistoso da primeira parte, com pressão, recuperações altas, cantos, etc., nunca quebramos o adversário, ele com mais ou menos jeito levou sempre a melhor naquele que era o seu objectivo. Ganhar.
Fiquei com esta certeza após termos sofrido o golo, um golo fortuito, que não foi conseguido como corolário logico de um domínio territorial, foi só um golo e após esse momento o nosso adversário quebrou-nos e dominou com ainda mais segurança os 30 minutos que faltavam para jogar.
Com aquela equipa, com aquele futebol, com aquela atitude competitiva, vamos atingir sem grandes dificuldades os 60/64 pontos, é curto, tem de ser 70, temos de romper a barreira psicológica que nos faz aceitar uma vitória moral e não sentir a náusea desse resultado e matar o adversário. Já vi, já senti isto a acontecer numa equipa, Inácio era nosso treinador quando isso aconteceu num grupo de jogadores nossos. Não admitir perder, quebrar o adversário. Ganhar. Simples...

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

"Estou em aprendizagem e ainda tenho muito que evoluir"

Esperança


Quem me dera que esta frase cheia de humildade e - muito importante- inundada de sabedoria, tivesse sido proferida por outro Carvalho, que não o William...

Mais uma vez o exemplo vem da Academia. Aí reside, creio, a nossa ultima esperança. Ao nosso líder apenas peço: não faça como os seus antecessores, não a desaproveite. Não desperdice nem o talento nem, como se nota nesta frase / entrevista,  o exemplo de sabedoria e humildade. Serão esses os predicados necessários para, no futuro, o Sporting ter o futuro que todos desejamos.

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