Sporting 2 - Braga 0: Vitória saborosa sobre padres e arcebispos
Uma vitória feliz e saborosa esta que foi alcançada sobre a equipa da cidade dos arcebispos. Saborosa porque o resultado, sem ser expressivo, deixou créditos a nosso favor em vários campos. Desde logo a contrariar a ideia de que a equipa de Amorim só ganhava às equipas do meio da tabela para baixo como nos deixa confortáveis em caso de necessidade de desempate.
Feliz porque em momentos cruciais do jogo tivemos a sorte de ter Adán e a sorte de ter sorte. Feliz porque as dificuldades sentidas encareceram o custo do resultado final. Feliz porque a equipa soube responder a essas dificuldades e às contrariedades que lhe foram sendo colocadas no caminho de forma madura, sabendo por isso merecer a sorte que teve.
Entrando a controlar o jogo nos primeiros minutos, o Sporting foi-se deixando manietar do meio-campo para a frente, revelando as dificuldades já sentidas em jogos anteriores no controlo do meio-campo, onde revelava dificuldades em controlar e opor-se aos movimentos dos adversários, que até ao golo bem anulado a Paulinho foram a equipa a criar os momentos de golo mais iminentes. Até aí o poste e Adán foram os nossos melhores amigos.
Com Pote, Nuno Santos e TT engolidos pelos arcebispos parecia estarmos condenados a ter que agradecer um nulo como melhor resultado. Até que os dois primeiros inventaram um golo de belíssimo efeito. Valeu a pena passar quase uma hora a praguejar contra a má forma do Pote. Depois Rúben Amorim entendeu que era a hora de jogar os trunfos que tinha na mão e que poucos imaginariam que iam ser decisivos para fechar o resultado. Tanto assim foi que o golo da confirmação sai do banco nos pés de Matheus Nunes, cuja deslocação sobre a direita foi tão eficaz como surpreendente.
Esta podia, porém, ser uma história completamente diferente caso o padre de serviço, Fábio Veríssimo não viesse com a missa encomendada, no que foi muito bem acolitado por João Pinheiro. Tudo velhos conhecidos na hora de nos excomungar sempre que o nosso nome se cruza com os respectivos apitos. Perdeu-se toda a vergonha e já nem sequer se disfarça. A aplicação dos critérios é conforme dá mais jeito para promover uns e nos prejudicar deliberadamente. Grande parte dos lances de penalty nem de VAR precisam, quanto mais quando existe a possibilidade de visionar os lances no conforto da cadeira. O mesmo se aplica aos lances disciplinares.
Por isso agora se fala de eficácia e da falta dela. Já da falta de vergonha e do total descaramento de nos obrigar a jogar mais poder somar três pontos é para esquecer. Por isso esta vitória sobre padres e arcebispos é ainda mais saborosa. E, ao que parece, dá ainda mais força a esta equipa que, pela sua entrega e raça só nos pode deixar orgulhosos.