Portimonense 1 - Sporting 2: a começar como acabou
Nota: todas fotos são da autoria da @Idzabela
O jogo em Portimão foi o primeiro dos três até agora realizados pelo Sporting que tive oportunidade de observar. Não tendo presenciado os anteriores, podendo por isso incorrer em erro, o sentimento mais relevante que sobressaiu no jogo de ontem foi a de estar na presença de um dos últimos jogos da época passada. Esta sensação de deja vu resistiu apesar de as alterações produzidas no onze inicial roçarem os 50% de jogadores: estiveram no onze inicial de Porro, Fedal, Antunes, Rodrigo Fernandes e Nuno Santos.
Não tendo entrado mal na partida, o Sporting foi perdendo fulgor à medida que as dificuldades cresciam, como que parecendo descrer das suas próprias capacidades. A explicação, tantas vezes procurada em questões exclusivamente individuais, no fado, na tristeza ou nas estrelas, deve ser encontrada na forma como os jogadores puseram em prática as instruções recebidas e na sua adequação ao plano de jogo.
Até serem operadas as substituições - em grande parte do jogo, portanto - o Sporting foi-se tornando numa equipa inofensiva, incapaz de chegar com eficácia ao último terço do terreno, não conseguido por isso ferir ou sequer lançar o sobressalto no reduto defensivo do Portimonense. Incapaz de gerir a posse da bola, caindo quase sempre no mesmo erro de a despachar sem grande acerto ou possibilidade de êxito. Isto muito por causa da distância entre si nas suas peças mais adiantadas, onde Sporar tanto foi vitima, porque pouco solicitado, como réu, por pouco se ter mostrado ao portador ou oferecido como ligação.
Até esse momento, foi mais uma vez decepcionante a participação de Plata, respondendo mais uma vez de forma expressiva à pergunta tantas vezes feita no passado: "porque não joga Plata?". A manter este nível dificilmente oferecerá argumentos à sua utilização. Das muitas explicações de que parece necessitar, talvez fosse útil fazer-lhe entender a importância do carácter colectivo do jogo. Este não pode ser entendido como um momento de exibição do talento inato que indiscutivelmente possui, mas de um trabalho de participação, associação e interacção com os colegas de equipa.
Porro pareceu padecer do mal do momento - o cansaço acumulado - que contribui normalmente para decisões pouco esclarecidas, quer na execução, quer na movimentação. Isto é tão válido para a apreciação das suas acções ofensivas como para as tarefas defensivas, onde a dificuldade de recuperação foi mais um entre vários problemas exibidos. A rever.
Fedal terá pouca utilização no lugar, arriscando-se a passar vários jogos na bancada por impedimento disciplinar, se continuar a usar a dureza como argumento. Ao Sporting não é permitido os Filipes e os Rúbén em nenhum dos Dias, como aliás ainda se viu ontem naquele penalty que só pode ter sido cometido por um qualquer fantasma de serviço em Portimão.
Antunes não foi muito solicitado nas suas movimentações pelos colegas, mas provou a sua utilidade, parecendo, numa primeira observação, ter as suas qualidades intactas. Disputará certamente a titularidade a Mendes, obrigando-o a crescer mas seguramente que a sua experiência poderá significar um importante ponto de referência desde os treinos até aos jogos, independentemente de em quem recair a escolha de Rúben Amorim para titular.
O regresso de Rodrigo Fernandes não foi especialmente feliz, nem se saldou pelo desastre. Além do natural cansaço que afecta todos, a sua parca utilização no ano passado e o facto de ter jogado no momento menos feliz da equipa não o ajudaram, pelo que será necessário nova observação para perceber melhor o que tem para oferecer.
Voltando ao titulo, não seria também de rejeitar a possibilidade de o próximo jogo começar como este acabou: com um Sporting mais esclarecido, mais seguro e mais capaz de criar perigo para a baliza adversária. As entradas de vários jogadores, mas especialmente Bragança, Nuno Mendes, Pedro Gonçalves, Tiago Tomás revolucionaram a cabeça do Leão.
Para memória futura : esta época que agora dá os primeiros passos, o NOSSO Sporting ficará em 5.lugar...viram aqui primeiro não esqueçam.
ResponderEliminarP.Vasconcelos
Aveiro
Arautos da desgraça. Mudem de clube, fazem um favor a todos.
ResponderEliminarOra bem, não querendo comparar-me a Nostradamus, nem tão pouco ao anónimo das 18:56, parece claro que, o Sporting continua num decréscimo de qualidade no que ao seu plantel diz respeito, e mais assustador ainda é verificar que, quando Acuna e Wendell forem vendidos...NÃO há mais valia alguma no plantel, ou será que : Illori, Neto, Doumbia, Sporar,Vietto, Camacho, Rosier...que custaram cerca de 30 milhões irão dar algum tipo de retorno.
ResponderEliminarPor isso, não ficaria espantado se efetivamente esta época seja novamente 1 descalabro.