sexta-feira, 27 de junho de 2025

As contas do Sporting: uma análise ao Relatório & Contas consolidadas



Será votado na próxima Assembleia Geral o Relatório & Contas consolidado do grupo Sporting. Atendendo à importância do documento para a percepção da situação financeira de todo o universo empresarial do clube publico a analise feita pelo meu amigo @bancadadeleao (Pedro Varela) a quem desde já agradeço. Esta análise foi feita com recurso à AI, utilizando o Gemini Pro 2,5 Flash da Google, versão paga. O artigo é obviamente extenso, mas permite perceber melhor o extenso documento analisado.

"A época desportiva de 2023/2024 representou um período de significativa afirmação para o Sporting Clube de Portugal (SCP), consolidando a sua posição como um dos clubes mais ecléticos e competitivos, tanto a nível nacional como internacional. O clube registou um lucro líquido de 36,382 milhões de euros, um aumento notável face aos 25,223 milhões de euros da época anterior, sublinhando uma trajetória de rentabilidade financeira robusta e contínua. No campo desportivo, a equipa de futebol masculino da Sporting SAD sagrou-se Campeã Nacional pela 24.ª vez e alcançou os oitavos de final da UEFA Europa League. O ecletismo do clube foi evidenciado pela conquista de múltiplos títulos nacionais e europeus em diversas modalidades, incluindo Andebol, Futsal, Voleibol, Atletismo, Judo, Karaté, Kickboxing, Rugby e Ténis de Mesa. O "Modelo Centrado no Jogador" (MCJ) continuou a ser um pilar estratégico, com a integração bem-sucedida de 12 atletas masculinos e 11 femininos da formação nas equipas principais, assegurando uma fonte sustentável de talento.

A posição financeira do Grupo SCP, embora ainda com fundos patrimoniais negativos, demonstrou uma melhoria substancial. O ativo total cresceu 15%, atingindo 362,598 milhões de euros a 30 de junho de 2024. Os fundos patrimoniais consolidados reduziram o seu saldo negativo de (60,754) milhões de euros em 2022/2023 para (49,527) milhões de euros em 2023/2024, representando uma melhoria de 11,755 milhões de euros. Um movimento estratégico relevante foi a aquisição de Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOCs) pela entidade-mãe, o que, embora tenha tido um impacto contabilístico negativo de 24,908 milhões de euros nos fundos patrimoniais consolidados, solidificou a participação direta e indireta do SCP na Sporting SAD para 87,994%. O passivo total aumentou 9% para 412,125 milhões de euros, impulsionado principalmente pelo investimento no plantel que resultou num aumento de fornecedores correntes.

A gestão do clube reitera o seu compromisso com a sustentabilidade, o critério de investimento e a solvabilidade financeira como pilares fundamentais para uma gestão sólida e responsável, visando a criação de valor a longo prazo. Os principais riscos identificados incluem o risco de mercado (taxa de juro, cambial), o risco de crédito, o risco de liquidez e o risco desportivo, que abrange o desempenho e a dinâmica do mercado de transferências de jogadores. O clube estabeleceu um plano estratégico de 10 anos, com projeção até 2034, que visa inaugurar uma "Nova Era" de crescimento sustentado e equilíbrio entre os objetivos desportivos e financeiros.

Uma observação fundamental é o alinhamento estratégico e a disciplina financeira do clube. Os resultados líquidos positivos consistentes e a melhoria, ainda que gradual, da posição dos fundos patrimoniais, juntamente com receitas recorde em segmentos não relacionados com o futebol (quotizações, merchandising), indicam uma forte coesão entre o sucesso desportivo e a gestão financeira. Este cenário sugere que o clube não depende exclusivamente das transações de jogadores para a sua rentabilidade, o que aponta para um modelo de negócio mais sustentável. A capacidade de alavancar os êxitos desportivos para impulsionar o crescimento das receitas, em particular as de bilheteira e merchandising, ilustra uma gestão financeira que capitaliza o desempenho em campo para construir uma base de receitas mais robusta e diversificada, em linha com os pilares estratégicos de equilíbrio entre performance desportiva, investimento e solvabilidade financeira.

Um aspeto crítico a considerar é a perceção do valor económico subjacente do plantel. A declaração explícita da direção sobre a subavaliação do valor contabilístico do plantel em relação ao seu valor de mercado é uma revelação importante que procura recontextualizar a saúde financeira do clube. Esta abordagem sugere que, de uma perspetiva económica real, o clube poderá já apresentar uma posição de fundos patrimoniais positiva, desafiando a visão tradicional da contabilidade. O facto de os jogadores formados na academia serem registados com um valor muito reduzido ou nulo, apesar do seu potencial de mercado, distorce a representação dos ativos mais valiosos do clube no balanço. Esta situação implica que os stakeholders externos, como potenciais investidores ou credores, devem considerar este valor não refletido para uma avaliação mais precisa da solidez financeira e da viabilidade a longo prazo do clube.

1. Visão Geral e Destaques da Época Desportiva e Económica 2023/2024

1.1. Performance Desportiva

A época de 2023/2024 foi marcada por um notável sucesso desportivo em várias frentes, reforçando a identidade eclética do Sporting Clube de Portugal. No futebol masculino, a sua participada Sporting SAD conquistou o Campeonato Nacional, o 24.º título da sua história, e alcançou os oitavos de final da UEFA Europa League. Esta temporada foi particularmente memorável, com a equipa a estabelecer recordes de pontuação (90 pontos em 102 possíveis, um aproveitamento de 88%), a registar a segunda maior diferença de pontos para o segundo classificado (10 pontos) desde 1950/1951, e a alcançar um recorde de 29 vitórias em 34 jogos. Adicionalmente, o ataque foi o terceiro melhor da história do clube, com 96 golos, sendo a primeira equipa nacional a marcar em todas as jornadas de um campeonato com 18 equipas e a vencer todos os jogos disputados no Estádio José Alvalade.

Para além do futebol, as modalidades do clube continuaram a demonstrar a sua excelência. O Andebol Sénior masculino conquistou um tripleto, enquanto o Futsal masculino alcançou o tetracampeonato nacional e a Taça da Liga. O Voleibol masculino também se destacou, vencendo a Taça de Portugal. A nível individual, Tiago Pereira obteve a Medalha de Bronze no Campeonato do Mundo de Pista Coberta no Triplo Salto, e Liliana Cá garantiu a Medalha de Bronze no Campeonato Europeu de Atletismo no Lançamento do Peso. Pedro Ferreira sagrou-se Campeão Europeu de Trampolim, e o Judo conquistou o seu 9.º título nacional consecutivo. O Karaté (masculino e feminino), Kempo e Kickboxing (com Tiago Santos e André Santos a serem Campeões do Mundo) também trouxeram títulos para o museu do clube. O Rugby sénior feminino venceu a Taça de Portugal, e o Ténis de Mesa masculino alcançou o 9.º ano consecutivo como Campeão Nacional, juntando a Supertaça e a Taça de Portugal.

O "Modelo Centrado no Jogador" (MCJ), reconhecido internacionalmente pelos European Club Association (ECA) Awards em 2021 na categoria de Futebol de Formação, continua a ser um pilar fundamental da estratégia do clube. Na época 2023/2024, este modelo demonstrou o seu valor com a integração de 12 atletas masculinos e 11 femininos da formação nas respetivas equipas A. A venda de atletas formados na Sporting SAD, como Youssef Chermiti (€12.5M + €2.5M em variáveis), Tiago Tomás (€8.8M + €1.5M em variáveis), Renato Veiga (€4.6M) e Olivia Smith (€0.25M), evidencia a capacidade do clube em gerar valor através da sua formação. O valor contabilístico do plantel atingiu 108,4 milhões de euros, um aumento de 12,3 milhões de euros, refletindo o investimento contínuo e cumulativo na equipa principal.

1.2. Análise dos Rendimentos Operacionais

O volume de negócios total do Grupo SCP, incluindo as transações de jogadores, registou um aumento de 11%, atingindo 270,401 milhões de euros, face aos 243,720 milhões de euros da época anterior. No entanto, os rendimentos operacionais sem transações de jogadores diminuíram para 126,902 milhões de euros, em comparação com 146,843 milhões de euros em 2022/2023.

As quotizações atingiram um novo recorde, com 12,3 milhões de euros em cash e 12,1 milhões de euros em termos contabilísticos, representando um crescimento de 17% e 16%, respetivamente. Este aumento é atribuído à aposta no débito direto, ao sucesso desportivo, ao maior envolvimento dos sócios e ao aumento do preço da quota. As inscrições nas modalidades também estabeleceram um novo recorde, atingindo 2,42 milhões de euros, um crescimento de 7%, com um total de 7.493 atletas inscritos.

O negócio de merchandising continuou a sua trajetória de crescimento significativo, alcançando um volume de negócios recorde de 15,2 milhões de euros, um aumento de 68% face aos 9,2 milhões de euros de 2022/2023. Este é o quarto ano consecutivo de crescimento neste segmento, impulsionado pela parceria com a Nike, a renovação da linha Lifestyle Sporting e a expansão das lojas físicas e online.

Os direitos televisivos registaram um aumento de 1,585 milhões de euros, resultado de um acréscimo de 1,2 milhões de euros do contrato com a NOS e de 0,384 milhões de euros do market pool das competições da UEFA. As receitas de patrocínios e publicidade mantiveram-se estáveis, com um ligeiro aumento de 3% (0,546 milhões de euros), totalizando 19,029 milhões de euros. As receitas de bilheteira e bilhetes de época cresceram 0,484 milhões de euros, impulsionadas pela melhoria das Gamebox, camarotes e bilheteira da liga nacional, embora parcialmente compensadas pela redução da bilheteira das competições da UEFA.

Contudo, houve um decréscimo significativo de 30,312 milhões de euros (60%) nos "Outros rendimentos e ganhos". Esta redução substancial deve-se principalmente à participação na UEFA Europa League em vez da mais lucrativa UEFA Champions League, e a uma diminuição das receitas de cedência temporária de jogadores.

1.3. Análise dos Gastos Operacionais

Os gastos operacionais sem transações de jogadores aumentaram 15%, passando de 147,836 milhões de euros em 2022/2023 para 170,056 milhões de euros em 2023/2024. Este aumento reflete o investimento contínuo do grupo na sua estrutura, incluindo jogadores, treinadores e equipas de suporte ao futebol e ao negócio.

Os principais fatores que contribuíram para este aumento incluem um acréscimo significativo nos gastos com pessoal, que englobam os vencimentos e prémios da equipa profissional de futebol e equipa técnica. Adicionalmente, verificou-se um aumento no valor dos fornecimentos e serviços externos, nomeadamente em subcontratos e na organização de jogos, bem como nos custos associados ao crescimento do negócio de merchandising, que quase duplicou o volume de faturação. As amortizações e perdas de imparidade do plantel diminuíram para 37,769 milhões de euros, face aos 41,521 milhões de euros em 2022/2023.

1.4. Resultados Operacionais e Financeiros

O resultado operacional global, incluindo as transações com passes de jogadores, registou um valor positivo de 18,332 milhões de euros, o que representa um decréscimo face aos 42,506 milhões de euros da época anterior. Esta diminuição de 24,2 milhões de euros é largamente atribuível à participação na UEFA Europa League em vez da UEFA Champions League na época anterior, o que resultou numa redução de receita de 26,6 milhões de euros. Apesar deste decréscimo, é importante notar que, em três épocas, o resultado operacional acumulado atingiu 106,3 milhões de euros, um feito histórico impulsionado por duas participações na UEFA Champions League e pelos rendimentos das transações de jogadores.

Os resultados operacionais das transações com jogadores aumentaram significativamente para 61,486 milhões de euros, face aos 43,500 milhões de euros em 2022/2023. Este incremento sublinha a importância contínua da venda de jogadores como um motor de receita crucial para o clube.

Os resultados financeiros registaram uma inversão notável, passando de um valor negativo de 16,903 milhões de euros em 2022/2023 para um valor positivo de 17,673 milhões de euros em 2023/2024. Esta melhoria substancial está diretamente ligada às iniciativas de reestruturação financeira implementadas no primeiro semestre da época, que incluíram o efeito da atualização financeira dos reembolsos antecipados e a reestruturação da dívida do Grupo.

O resultado consolidado líquido do exercício para a época 2023/2024 foi de 36,382 milhões de euros. Deste valor, 34,602 milhões de euros são atribuíveis aos associados do Clube, e 1,780 milhões de euros são atribuíveis a interesses que não controlam.

Uma observação fundamental é a dualidade entre a diversificação das receitas e a dependência do impacto da UEFA. Embora o Sporting CP tenha alcançado receitas recorde em quotizações e merchandising, demonstrando sucesso na diversificação e no envolvimento dos adeptos, a queda substancial nos "Outros rendimentos e ganhos" devido à transição da Liga dos Campeões para a Liga Europa realça a contínua e significativa dependência das receitas de prémios da UEFA para a rentabilidade operacional global. Isso indica que, embora as receitas não relacionadas com o futebol estejam a crescer, ainda não são suficientes para compensar totalmente o impacto financeiro das flutuações no desempenho em competições europeias de topo. Esta situação aponta para um desafio estratégico: como diversificar e aumentar ainda mais as receitas não provenientes da UEFA para reduzir a dependência da natureza imprevisível da qualificação para as competições europeias de elite. O investimento contínuo no envolvimento dos adeptos e nas parcerias comerciais é crucial para mitigar este risco.

A análise revela a negociação estratégica de jogadores como alavanca de rentabilidade. O aumento significativo nos "Resultados operacionais das transações com jogadores" (61,486 milhões de euros), apesar da diminuição nos resultados operacionais globais (devido à UEFA), sublinha que a venda de jogadores continua a ser um componente crítico e ativamente gerido da estratégia financeira do clube para alcançar um resultado líquido positivo. Esta abordagem está diretamente ligada ao sucesso do "Modelo Centrado no Jogador" (MCJ). A utilização ativa das vendas de jogadores (Manuel Ugarte, Pedro Porro, Chermiti) para compensar a redução das receitas da UEFA e assegurar um resultado líquido global positivo demonstra uma estratégia financeira deliberada. Esta confirmação de que o MCJ não é apenas uma filosofia desportiva, mas um pilar financeiro central, que gera ganhos de capital substanciais, é essencial para equilibrar as contas, especialmente quando outras grandes fontes de receita, como a participação na UEFA Champions League, flutuam. Esta estratégia permite ao clube manter a sua competitividade enquanto gere a sua saúde financeira.

O impacto positivo imediato da reestruturação financeira é evidente. A mudança drástica nos resultados financeiros, de um valor negativo para um valor positivo, é uma consequência direta da gestão estratégica da dívida e das iniciativas de reestruturação, demonstrando uma governação financeira proativa. Esta melhoria indica uma redução significativa do peso dos encargos financeiros, libertando capital para outros investimentos ou melhorando o resultado final. A ligação explícita no relatório entre esta melhoria e a reestruturação da dívida (extinção da dívida ao Novo Banco, nova operação Lion Finance) significa que os esforços da gestão na reestruturação da dívida se traduziram diretamente numa redução substancial dos custos financeiros ou no reconhecimento de ganhos financeiros, impulsionando significativamente o lucro líquido. Esta medida não só melhora a rentabilidade, como também reduz o risco financeiro ao simplificar a estrutura da dívida e, potencialmente, ao diminuir as despesas com juros futuras.

2. Análise da Posição Financeira Consolidada (30 de Junho de 2024)

2.1. Ativo

O ativo total do Grupo SCP registou um aumento de 46,697 milhões de euros, correspondendo a um crescimento de 15%, e atingiu 362,598 milhões de euros a 30 de junho de 2024. Este crescimento reflete investimentos estratégicos e uma gestão eficaz dos ativos.

Os ativos não correntes aumentaram para 307,668 milhões de euros, face aos 272,614 milhões de euros em 2022/2023. O valor dos ativos intangíveis relacionados com o plantel aumentou para 108,442 milhões de euros, em comparação com 96,163 milhões de euros em 2022/2023. Este aumento significativo é um resultado direto do investimento contínuo na equipa principal de futebol masculino, o que demonstra o compromisso do clube em fortalecer os seus ativos desportivos essenciais. Outros ativos não correntes também registaram um aumento substancial para 20,366 milhões de euros, face aos 3,884 milhões de euros em 2022/2023. Este crescimento notável é impulsionado principalmente pelo aumento dos valores a receber de clientes, decorrentes de vendas recentes de jogadores, o que indica uma monetização bem-sucedida dos ativos de jogadores. Os ativos fixos tangíveis também aumentaram para 166,076 milhões de euros, face aos 160,773 milhões de euros em 2022/2023, sugerindo um investimento contínuo em infraestruturas físicas.

Os ativos correntes aumentaram para 54,930 milhões de euros, face aos 43,287 milhões de euros em 2022/2023, o que melhora a flexibilidade financeira de curto prazo do clube. As contas a receber de clientes registaram um aumento significativo para 30,342 milhões de euros, face aos 16,836 milhões de euros em 2022/2023. Este aumento reflete os lucros substanciais das vendas de jogadores que ainda não foram cobrados, o que sublinha a liquidez gerada pelo modelo de transação de jogadores. A caixa e os depósitos bancários aumentaram para 11,867 milhões de euros, face aos 10,285 milhões de euros em 2022/2023, proporcionando uma reserva de caixa saudável para as necessidades operacionais imediatas.

O crescimento do ativo impulsionado pelo investimento estratégico e pelas vendas de jogadores é uma observação importante. O aumento do ativo total é impulsionado principalmente por dois componentes estratégicos: o investimento contínuo no plantel (ativos intangíveis) e o aumento das contas a receber de vendas de jogadores. Isso indica um ciclo saudável em que o desenvolvimento e a aquisição de jogadores levam a vendas futuras, que, por sua vez, geram ativos líquidos e permitem novos investimentos. A estratégia do clube de investir no seu plantel (tanto através do desenvolvimento na academia como de aquisições externas) traduz-se diretamente em ativos valiosos que, quando vendidos, geram receitas substanciais, contribuindo para o crescimento do ativo. Este modelo, se gerido eficazmente, pode criar um ciclo autossustentável de investimento e retorno, crucial para a competitividade e saúde financeira a longo prazo de um clube de futebol.

 2.2. Passivo

O passivo total aumentou 35,470 milhões de euros, ou 9%, atingindo 412,125 milhões de euros. Este crescimento é resultado de várias atividades financeiras realizadas durante o período.

Os passivos não correntes aumentaram para 221,212 milhões de euros, face aos 204,526 milhões de euros em 2022/2023. Os financiamentos obtidos aumentaram para 122,931 milhões de euros, face aos 103,771 milhões de euros em 2022/2023. Este aumento no financiamento de longo prazo é um componente chave da estrutura de capital do clube. Outros passivos não correntes registaram um ligeiro aumento para 72,260 milhões de euros, face aos 72,055 milhões de euros em 2022/2023.

Os passivos correntes aumentaram para 190,913 milhões de euros, face aos 172,129 milhões de euros em 2022/2023. Um aumento significativo nos fornecedores para 107,952 milhões de euros, face aos 64,000 milhões de euros em 2022/2023, está diretamente ligado ao investimento substancial feito no plantel durante o período. Isso indica pagamentos pendentes por aquisições de jogadores ou serviços relacionados. A parte corrente dos financiamentos obtidos diminuiu para 47,133 milhões de euros, face aos 78,863 milhões de euros em 2022/2023. Esta redução reflete o impacto positivo da recente reestruturação da dívida, que redefiniu as obrigações de curto prazo para compromissos de longo prazo, aliviando assim as pressões de liquidez imediatas.

A melhoria na gestão da liquidez através da reestruturação da dívida é um aspeto notável. A diminuição dos passivos financeiros correntes, apesar de um aumento global do passivo total, aponta para um re-profiling bem-sucedido das maturidades da dívida. Este é um benefício direto da recente reestruturação financeira, que reduz a pressão imediata sobre a liquidez. A reestruturação da dívida deslocou uma parte significativa da dívida de curto prazo para o longo prazo, melhorando a posição de liquidez de curto prazo do clube. Esta é uma indicação positiva para a estabilidade financeira, pois diminui o risco de crises de liquidez e proporciona maior flexibilidade na gestão das operações diárias e futuros investimentos. Esta ação está em linha com o compromisso declarado da Direção com a "solvabilidade financeira".

3. Análise das Alterações nos Fundos Patrimoniais

3.1. Composição e Evolução dos Fundos Patrimoniais

A 30 de junho de 2024, o total dos fundos patrimoniais consolidados do Sporting CP apresentava um saldo negativo de 49,527 milhões de euros. Este valor representa uma melhoria significativa face aos 60,754 milhões de euros negativos registados na época anterior (2023). A composição dos fundos patrimoniais a 30 de junho de 2024 incluía: Fundos (8,480 milhões de euros), Reservas (4,770 milhões de euros), Outras variações de capital (0,977 milhões de euros), Resultados transitados (-51,802 milhões de euros), Resultado líquido do período atribuível aos associados do clube (34,602 milhões de euros) e Interesses que não controlam (-46,554 milhões de euros).

O relatório destaca uma "melhoria consistente" dos fundos patrimoniais desde junho de 2019. Esta trajetória positiva é impulsionada principalmente pelos resultados consolidados acumulados nos últimos anos e pela adoção das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS). O resultado líquido acumulado ao longo dos últimos seis anos (2019-2024) é de 71,523 milhões de euros positivos, o que demonstra uma forte recuperação e rentabilidade sustentada. Esta evolução positiva é crucial para a estabilidade financeira do clube.

3.2. Impacto do Resultado Líquido do Exercício de 2023/2024
O resultado líquido positivo de 36,382 milhões de euros para a época 2023/2024, dos quais 34,602 milhões de euros são atribuíveis aos associados do clube, contribuiu diretamente para a melhoria de 11,755 milhões de euros no saldo global dos fundos patrimoniais. Este facto demonstra o papel crítico da rentabilidade operacional e das transações de jogadores no fortalecimento da base financeira do clube. A capacidade de gerar lucros consistentes é fundamental para reverter a posição negativa dos fundos patrimoniais e construir uma base financeira mais sólida a longo prazo.

3.3. Análise Detalhada da Aquisição de VMOCs pelo Grupo SCP

Em dezembro de 2023, o Sporting Clube de Portugal realizou um movimento estratégico significativo ao adquirir 51.416.952 VMOCs (Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis). A conversão destas VMOCs em ações da Sporting SAD ocorreu a 15 de fevereiro de 2024, resultando num aumento do capital social da Sporting SAD para 201,990 milhões de euros. Como resultado direto desta conversão, a participação direta e indireta do SCP na Sporting SAD aumentou de 83,895% para 87,994%, consolidando o controlo da entidade-mãe sobre o seu ativo mais valioso.

Apesar dos benefícios estratégicos, esta aquisição teve um impacto contabilístico negativo de 24,908 milhões de euros nos fundos patrimoniais consolidados. Este impacto é detalhado da seguinte forma: 15,425 milhões de euros pela aquisição ao Novo Banco, 9,261 milhões de euros por um ajustamento de preço com o Millennium bcp e aproximadamente 0,223 milhões de euros em despesas de registo de títulos.

Esta aquisição de VMOCs inseriu-se numa reestruturação financeira mais ampla, ocorrida em dezembro de 2023. Esta reestruturação incluiu o reembolso integral da operação de titularização de créditos "Lion Finance no. 1" e a criação de uma nova operação "Lion Finance no. 2", que resultou num aumento líquido de 50,075 milhões de euros em fundos. Esta operação permitiu à Sporting SAD extinguir a sua dívida ao Novo Banco, centralizando a sua exposição financeira principalmente na Sagasta (excluindo locações financeiras).

A consolidação estratégica do controlo versus o impacto contabilístico é um ponto importante. A aquisição de VMOCs, embora tenha tido um impacto contabilístico negativo nos fundos patrimoniais consolidados, representa um movimento estratégico para solidificar o controlo do Sporting CP sobre a sua subsidiária mais valiosa, a Sporting SAD. Isto indica uma visão de longo prazo para a estabilidade e gestão integrada, mesmo que crie um arrasto contabilístico temporário nos fundos patrimoniais. De uma perspetiva contabilística, adquirir mais de uma subsidiária com fundos patrimoniais negativos (ou a um preço que gera um ajustamento negativo na consolidação) pode reduzir os fundos patrimoniais consolidados. No entanto, de uma perspetiva de controlo estratégico, aumentar a participação na entidade que gera a maior parte das receitas e detém os ativos mais valiosos (a Sporting SAD, especialmente com o seu valioso plantel) é altamente benéfico para o alinhamento estratégico a longo prazo e para a captura de valor. Esta é uma compensação em que o controlo estratégico e o benefício económico futuro superam o impacto contabilístico imediato nos fundos patrimoniais consolidados.

3.4. Perspetiva da Direção sobre o Justo Valor do Plantel

A Direção do clube reitera consistentemente que as demonstrações financeiras consolidadas, preparadas de acordo com as IFRS, não refletem totalmente o verdadeiro justo valor do Grupo. Esta questão é particularmente relevante para o plantel, que é registado ao custo de aquisição.

Um ponto chave levantado é que os jogadores formados na academia do clube são registados com um valor muito baixo ou mesmo nulo nas demonstrações financeiras. A Direção argumenta que, se estes ativos intangíveis fossem avaliados ao seu preço de mercado, ou próximo dele, os fundos patrimoniais do clube seriam "substancialmente positivos", oferecendo uma representação mais precisa da sua força económica.

A narrativa do "valor oculto" como fator de mitigação é um elemento crucial. A insistência da Direção na discrepância entre o valor contabilístico e o valor de mercado do plantel serve como uma narrativa importante para tranquilizar os stakeholders sobre a saúde financeira subjacente do clube, apesar dos fundos patrimoniais negativos reportados. Este é um desafio comum na contabilidade de clubes de futebol e destaca as limitações das IFRS tradicionais em capturar a avaliação única de ativos de plantéis de jogadores. A declaração repetida de que o valor contabilístico do plantel está subavaliado em comparação com o seu valor de mercado, e que se o valor de mercado fosse utilizado, os fundos patrimoniais seriam positivos, não é apenas uma tecnicalidade contabilística; é uma comunicação estratégica da gestão para gerir a perceção dos stakeholders sobre a saúde financeira. Isto implica que, embora os números em conformidade com as IFRS mostrem fundos patrimoniais negativos, a realidade económica é mais robusta devido ao valor de mercado significativo dos ativos de jogadores, especialmente aqueles da academia com valor contabilístico zero ou muito baixo. Para investidores e analistas, isto significa olhar para além do valor nominal do balanço e aplicar um ajustamento qualitativo (ou, se possível, quantitativo) para os valores de mercado dos jogadores, a fim de obter uma imagem mais precisa da verdadeira situação financeira do clube.

4. Principais Riscos a Ter em Conta no Futuro e Gestão de Risco

A gestão de riscos é um componente essencial da estratégia do Sporting Clube de Portugal, com o objetivo de mitigar potenciais impactos adversos nos resultados, fluxos de caixa e posição financeira do Grupo. Os principais riscos identificados e as suas abordagens de gestão são detalhados abaixo.

4.1. Risco de Mercado

O risco de mercado abrange o risco cambial, o risco de taxa de juro e o risco de preço. A gestão do Grupo monitoriza ativamente os mercados financeiros para minimizar os efeitos negativos na sua performance financeira. A Direção estabelece princípios e políticas para a gestão destes riscos específicos.

No que diz respeito ao risco de taxa de juro, o Grupo está exposto a flutuações através dos seus financiamentos obtidos e empréstimos concedidos. Os financiamentos com taxa de juro variável introduzem variabilidade nos fluxos de caixa devido a alterações nas taxas de mercado, enquanto os financiamentos com taxa de juro fixa expõem o Grupo a variações no justo valor destes instrumentos. A 30 de junho de 2024, uma parte significativa dos passivos financeiros do Grupo com exposição à taxa de juro era de taxa fixa, incluindo 70,000 milhões de euros em empréstimos obrigacionistas e 100,026 milhões de euros em factoring/titularização de créditos. Atualmente, o Grupo não possui uma política formal de cobertura do risco de taxa de juro.

Quanto ao risco cambial, as operações em moeda estrangeira são mínimas na atividade económica do Grupo, pelo que não é implementado um processo formal de gestão de risco para este fim. A 30 de junho de 2024, os saldos em moeda estrangeira não eram considerados significativos para representar um risco cambial material.

4.2. Risco de Crédito

O Grupo avalia os riscos de recuperação dos saldos em dívida, analisando a situação financeira dos devedores e outros fatores relevantes, registando perdas por imparidade conforme necessário. A 30 de junho de 2024, os saldos de clientes não vencidos ascendiam a 46,965 milhões de euros, enquanto os saldos vencidos (há mais de 150 dias) totalizavam 13,728 milhões de euros. A exposição máxima do Grupo ao risco de crédito a 30 de junho de 2024 era de 69,987 milhões de euros, incluindo ativos não correntes, clientes, outros devedores, outros ativos correntes e caixa e depósitos bancários.

4.3. Risco de Liquidez

O risco de liquidez é gerido com base nos compromissos com devedores e credores, procurando equilibrar os fluxos de caixa entre ativos e passivos para assegurar que os fundos suficientes estão disponíveis para cumprir as obrigações à medida que estas se vencem. O perfil de maturidade dos passivos financeiros do Grupo a 30 de junho de 2024 indica obrigações significativas: 186,642 milhões de euros com vencimento em menos de um ano, e 190,332 milhões de euros com vencimento entre um e cinco anos.

4.4. Risco Desportivo

Este risco afeta principalmente a subsidiária Sporting SAD e está intrinsecamente ligado ao desempenho em competições nacionais e internacionais, em particular à capacidade de qualificação para competições europeias lucrativas e ao valor dos prémios resultantes destas. O desempenho desportivo impacta diretamente as receitas e ganhos correntes da Sporting SAD, especialmente aqueles dependentes das transferências de direitos económicos de jogadores, da participação na UEFA Champions League e na UEFA Europa League, e das receitas de bilheteira, Gamebox e vendas corporativas. Além disso, as receitas de direitos televisivos, patrocínios e publicidade estão ligadas à projeção mediática e desportiva da equipa principal de futebol e à capacidade de negociação da empresa.

As receitas e ganhos provenientes das transferências de jogadores constituem uma parte significativa das contas da Sporting SAD, sendo cruciais para equilibrar os resultados operacionais correntes. Estes valores dependem da evolução do mercado de transferências de jogadores, do desempenho desportivo individual, de potenciais lesões e da capacidade da Sporting SAD para formar e desenvolver jogadores para a equipa principal. Para mitigar estes riscos, a empresa adota uma política desportiva que combina jogadores formados na sua academia com aquisições externas de renome nacional e internacional. A minimização dos riscos é também assegurada através de seguros de responsabilidade civil abrangentes e da atuação de uma equipa multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, preparadores físicos e scouts, garantindo o bem-estar e a otimização do desempenho dos jogadores.

A interconexão entre os riscos desportivos e financeiros é um ponto fundamental. O relatório estabelece uma ligação explícita entre o desempenho desportivo e os resultados financeiros (participação na UEFA, valor dos jogadores, receitas comerciais). Isto não é meramente uma constatação, mas o reconhecimento do modelo de negócio inerente a um clube de futebol de topo, onde o sucesso em campo é um motor direto da viabilidade financeira, e vice-versa. Resultados desportivos fracos podem levar à redução das receitas da UEFA, à diminuição do valor de mercado dos jogadores e a um menor envolvimento dos adeptos (afetando bilheteira, merchandising, patrocínios). Inversamente, resultados desportivos fortes impulsionam todas estas fontes de receita. Esta dinâmica sublinha que a gestão do risco financeiro num clube de futebol não pode ser separada da gestão desportiva. As decisões estratégicas relativas ao investimento no plantel, à equipa técnica e ao desenvolvimento da formação são, fundamentalmente, decisões financeiras.

4.5. Outros Riscos Relevantes

Para além dos riscos de mercado, crédito, liquidez e desportivo, o Grupo Sporting enfrenta outros desafios que podem impactar a sua estabilidade futura. A dependência das transações de jogadores, embora seja uma alavanca estratégica para a rentabilidade, permanece uma fonte de receita inerentemente volátil, sujeita à procura de mercado, ao desempenho dos jogadores e a circunstâncias imprevistas.

O clube também está exposto a riscos regulatórios e de conformidade, incluindo a adesão às IFRS e à legislação contabilística nacional, bem como o cumprimento das regras do Fair Play Financeiro da UEFA. O incumprimento destas normas pode resultar em penalidades financeiras ou sanções desportivas.

O ambiente macroeconómico mais amplo pode influenciar significativamente várias fontes de receita. Recessões económicas, por exemplo, podem levar a uma redução dos gastos dos adeptos em quotas, bilhetes e merchandising, e podem também afetar a disposição dos patrocinadores para investir, impactando assim a saúde financeira geral do clube.

A reestruturação proativa da dívida como estratégia de mitigação de risco é um aspeto a destacar. A recente reestruturação financeira, em particular a extinção da dívida ao Novo Banco e a nova titularização, mitiga diretamente os riscos de liquidez e de taxa de juro, demonstrando uma gestão proativa das vulnerabilidades financeiras. Ao reestruturar a dívida, o clube reduziu as suas obrigações de reembolso imediatas e, potencialmente, fixou taxas de juro mais favoráveis ou diversificou as suas fontes de financiamento (Sagasta). Isto aborda diretamente o risco de liquidez (ao distribuir as maturidades) e o risco de taxa de juro (ao fixar as taxas). Esta manobra financeira estratégica é crucial para aumentar a resiliência financeira do clube, permitindo-lhe navegar em potenciais desacelerações económicas futuras ou flutuações de receita com maior estabilidade. Reflete uma mudança para uma estrutura financeira mais robusta e menos dependente de bancos tradicionais.

5. Conclusões e Perspetivas Futuras

5.1. Síntese dos Principais Pontos Fortes e Desafios Financeiros

O Sporting Clube de Portugal demonstrou uma notável capacidade de recuperação e crescimento financeiro na época 2023/2024, consolidando uma trajetória de rentabilidade.

Pontos Fortes:

Rentabilidade Consistente: O clube registou resultados líquidos positivos por dois anos consecutivos (2023/2024 e 2022/2023) e um resultado acumulado positivo ao longo dos últimos seis anos. Esta performance indica uma trajetória financeira forte e em melhoria contínua.

Crescimento Diversificado de Receitas: O crescimento significativo em diversas fontes de receita, nomeadamente quotizações e merchandising, evidencia uma base de adeptos robusta e engajada, bem como o sucesso das estratégias comerciais do clube.

Modelo de Transações de Jogadores Eficaz: O "Modelo Centrado no Jogador" (MCJ) provou ser uma estratégia altamente eficaz, atuando como um motor de lucro significativo através das vendas de jogadores e gerando consistentemente ativos valiosos.

Gestão Proativa da Dívida: O clube empreendeu iniciativas proativas e bem-sucedidas de reestruturação da dívida, o que levou a uma melhoria da liquidez e a uma maior estabilidade financeira através da redefinição das obrigações.

Melhoria da Posição dos Fundos Patrimoniais: Apesar de ainda se encontrar numa posição negativa, a melhoria consistente dos fundos patrimoniais consolidados sinaliza uma trajetória financeira positiva e um balanço em fortalecimento.

Desafios:

Fundos Patrimoniais Consolidados Negativos: Embora em melhoria, a persistência de fundos patrimoniais consolidados negativos pode ser percebida como uma fraqueza financeira por alguns stakeholders externos, o que pode influenciar classificações de crédito ou o sentimento dos investidores.

Dependência de Receitas Voláteis: O clube ainda apresenta uma dependência considerável das receitas provenientes de transferências de jogadores e de competições da UEFA, ambas inerentemente voláteis e sujeitas a dinâmicas de mercado e desempenho desportivo imprevisíveis.

Aumento dos Custos Operacionais: O crescimento dos custos operacionais exige um crescimento contínuo e substancial das receitas para manter as margens de rentabilidade, o que representa um desafio de gestão contínuo.

Discrepância Contabilística do "Valor Oculto": A diferença entre o valor contabilístico e o valor de mercado do plantel, embora economicamente positiva, não é totalmente refletida nas demonstrações financeiras IFRS, o que pode levar a interpretações erradas da verdadeira saúde financeira subjacente do clube.

5.2. Avaliação da Sustentabilidade Financeira do Clube

O Sporting CP está, de forma evidente, a avançar para um modelo financeiro mais sustentável. Os resultados líquidos positivos consistentes ao longo de vários anos e a tendência de melhoria dos fundos patrimoniais são fortes indicadores desta transição. A ênfase estratégica no desenvolvimento da formação através do MCJ proporciona uma fonte sustentável de talento, o que, por sua vez, apoia futuras vendas de jogadores e reduz a necessidade de aquisições externas dispendiosas, contribuindo para a estabilidade financeira a longo prazo. A diversificação bem-sucedida das fontes de receita para além dos rendimentos tradicionais do futebol, particularmente no merchandising e nas quotizações, é crucial para construir resiliência e reduzir a dependência do mercado de transferências de futebol, que é inerentemente volátil, e dos prémios da UEFA.

5.3. Considerações sobre o Plano Estratégico a 10 Anos (até 2034) e a "Nova Era"

A introdução de uma "Nova Era" e de um plano estratégico de 10 anos (até 2034) sinaliza uma transição da gestão de crise para uma fase de crescimento e criação de valor a longo prazo. Esta narrativa estratégica visa incutir confiança nos stakeholders sobre a trajetória futura do clube. A mensagem do Presidente sobre um "plano estratégico que reflete o equilíbrio entre sucesso presente e futuro, com metas definidas a 10 anos, até 2034", e a menção de um "novo caminho de alteração de paradigma para o início de uma Nova Era", sugere que o clube se sente agora numa posição de planear um crescimento sustentado. Os resultados financeiros positivos e a reestruturação bem-sucedida da dívida sustentam esta confiança. Esta enquadramento estratégico é crucial para atrair e reter talento, garantir parcerias de longo prazo e manter a lealdade dos adeptos, uma vez que projeta uma imagem de estabilidade e ambição.

A interação entre o capital financeiro e o capital desportivo na criação de valor a longo prazo é um aspeto central. O relatório argumenta implicitamente que a criação de valor a longo prazo do Sporting CP é uma função tanto do capital financeiro (gestão da dívida, geração de receitas) como do "capital desportivo" (academia de formação, desenvolvimento de jogadores, sucesso em várias modalidades). Esta visão holística é crucial para uma entidade desportiva. O relatório detalha os sucessos financeiros (rentabilidade, reestruturação da dívida, crescimento das receitas) e os sucessos desportivos (campeonato, jogadores da academia, títulos em várias modalidades). A ligação entre estes dois tipos de capital é fundamental: o sucesso desportivo gera receitas e valor de ativos (jogadores), que, por sua vez, podem ser reinvestidos para sustentar o sucesso desportivo. Este ciclo virtuoso é vital para a criação de valor a longo prazo num clube de futebol. O sucesso futuro do clube e a concretização da "Nova Era" dependerão criticamente da prossecução contínua da excelência desportiva, da gestão astuta dos ativos de jogadores, da diversificação e crescimento adicionais das fontes de receita e do controlo disciplinado dos custos em todas as operações."

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