PSV 1 - Sporting 1: Escorregar, cair e levantar
Amorim condensou no final aquele que provavelmente será o sentimento colectivo quando o jogo de Eindhoven chegou ao seu epílogo:
“A exibição ficou aquém. Há uma sensação de frustração. Mas é um bom ponto tendo em conta a exibição que fizemos num campo difícil.”
Antes do jogo, provavelmente muitos de nós compraríamos o empate. Depois do jogo ficou a sensação de que não estivemos por inteiro neste jogo, não nos exibimos perto daquele que é o nosso potencial. E há razões que o explicam.
Não estamos habituados à intensidade física que os holandeses impõem nos duelos nem à pressão exercida, tal como também Amorim reconheceu. Após os primeiros passes falhados e sentindo-se impotentes para impor o nosso jogo e visar a baliza adversária a equipa perde gradualmente confiança, com reflexos na qualidade das execuções e do próprio jogo.
Isto é algo que já havia acontecido no jogo com o Lille e traz inevitavelmente à ideia de quão fraquinha é a nossa liga, bem como o quanto está ainda pela frente o longo caminho que temos para podermos disputar estes jogos sem ficarmos com a sensação de desperdício de oportunidade de afirmar o nome do Sporting internacionalmente.
Por isso é tão importante estar presente numa competição como é a Liga dos Campeões. Sendo certo que provoca um enorme desgaste jogar a este nível, é também claro que a participação funciona como um estágio que, lições bem aproveitadas, trará uma subida de nível colectivo altamente favorável para o que são as nossas ambições.
Do ponto de vista individual amplo e merecido destaque para Bragança, que resgatou a equipa da aflição em que se encontrava, apontando com o seu acerto e dinamismo um novo caminho que acabaria por nos fazer arrecadar um precioso ponto. Quaresma entrou muito bem, num momento complicado e, embora tenha ficado ligado ao momento caricato desta jornada europeia, ajudou a dar segurança ao sector recuado, onde Israel esteve sempre seguro, marcando pontos na sua luta pela titularidade com Kovacevic.
Remato o post de hoje com uma referência à lamentável rábula das escorregadelas, inadmissível jogando a este nível. Algo falhou e, ao contrário do que Amorim disse, não foram apenas os jogadores. Algo que merece apuramento interno e que se insere na aprendizagem e crescimento de que necessitamos e de que falava acima.
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