domingo, 31 de agosto de 2025

Leões em Mercúrio retrógrado


O clássico pode-se resumir em dois momentos de sorte (ou azar, neste caso para o Sporting, daí a referência ao conceito astrológico do título, relacionado com momento de menor fulgor e sorte):

  • A poucos minutos do fim da primeira parte é perdoado um derrube de Geny Catamo que daria um penalty. O lance é claro, os jogadores estão isolados, pelo que o árbitro João Gonçalves nem precisaria de VAR. Optou por "não ver" e o colega no VAR era o... Rui Costa. 
  • O Sporting sofre dois golos em pouco mais de um par de minutos, já com a segunda parte a decorrer e ainda por cima quando vivia o seu melhor período no jogo. A equipa sentiu o golo, ainda conseguiu marcar, mas já não voltou a estar no controlo do jogo como até aí.

Convenhamos que o adversário se revelou muito melhor preparado do que nos dois anos anteriores. O treinador mesmo sendo novo no clube, em pouco tempo já conseguiu impor as suas ideias. Por outro lado, o Sporting que ainda vive um momento de transição, após a saída do seu elemento mais importante das duas últimas épocas, revelou algumas fragilidades defensivas, uma delas determinantes no sofrimento do golo inaugural. No ataque não conseguiu que a melhor arma que possui neste momento - a ligação Pote / Trincão / Suárez  - funcionasse em plenitude porque os dois primeiros nunca conseguiram espaço para progredir em posse pelo centro. Nas alas faltou precisão e acutilância a Geny e na esquerda Mangas esforçou-se, mas sem beneficiar de ajuda de Pote.

Mal seria se ao quarto jogo houvesse razões para desesperos ou até deitar a toalha ao chão. Mas é indiscutível que o Sporting perdeu quatro pontos (3 da derrota mais um por perder com o adversário directo) que vai ter que os recuperar. Considerando as grandes diferenças para os restantes adversários fora do rol dos grandes, é muito provável que vá ter que fazer aquando da viagem ao Dragão, o que não nunca seria fácil, mas se a isso estiver obrigado, será uma tarefa ainda mais árdua. 

Não foi um jogo brilhante do ponto de vista colectivo e do ponto de vista individual o destaque vai para o sub-rendimento quase geral, a que se terá eximido o capitão Hjulmand a larga distância de todos os demais.

Quanto à arbitragem, não é por acaso que há quem chame a João Gonçalves o novo Soares Dias. A mesma sonsice, sempre com o ar sereno e isento de remorsos, mesmo quando sabe que está a inclinar o campo. Sobre o penalty perdoado já falei acima, fora uns quatro cantos, quase todos quando o Sporting se superiorizou ao adversário, que transformou em confortáveis pontapés de baliza. De certeza que vai longe. Tão longe como o seu colega no VAR Rui Costa, que depois de uma carreira medíocre e de folha de serviços "prestados ao Sporting" bem preenchida no campo, agora quer acrescentar ao curriculum os feitos a olhar para o ecrã. Tem dado resultado a pressão exercida sobre a arbitragem desde que conseguimos com todo o mérito chegar ao bi-campeonato.

terça-feira, 26 de agosto de 2025

Konrad a (H)arder


Foi num fósforo que a ligação de Konrad Harder ao Sporting se precipitou. Quando nada o faria esperar, o jovem dinamarquês está na porta de saída, o que só não acontecerá se o Sporting não arranjar nenhum substituto. Esse parece já estar escolhido mas, se a predisposição do presidente do Panatinaikos for a mesma do ano transacto, teremos a segunda temporada de uma novela de final pouco feliz. Novela essa que se vem juntar à de Yeremai e às outras que entretanto já conheceram o seu epilogo. É um facto estranho, mas a verdade é que até a saída do melhor avançado dos últimos anos e um dos melhores europeus da actualidade foi marcado por esta tendência folhetinesca que parece assombrar cada transacção.

O Jogador

A intenção de Harder escolher novas paragens é facilmente entendível: a oferta da camisola 9 não veio acompanhada da titularidade e, pelo menos a avaliar pelos jogos iniciais, também não alterou o seu estatuto de suplente que entra nos escassos minutos finais quando o jogo está decidido ou quando ainda há problemas de dificil resolução. O jogador não parece aceitar de bom grado a posição e decide partir. Pode-se questionar lucidez da decisão, porque não parece crível que vá ter um estatuto diferente no clube que parece ser o seu destino: o Milão. Daí que, mesmo considerando que é apenas uma especulação, seja legitimo pensar que poderá haver mais do que parece à primeira vista, porque falamos de um jogador acarinhado pelos adeptos e, aparentemente, bem relacionado com os colegas.

O Sporting

Foi também surpreendente a forma como o Sporting facilitou a transferência de um jogador de quem esperava muito, ou não teria pago há uma ano muito acima do valor do mercado por um jogador de apenas dezanove anos. O que então pareceu é que mais do que o valor facial o Sporting reconheceu no jogador um enorme potencial para fazer crescer e dele retirar rendimentos desportivos e financeiros elevados. Não teve a mesma postura com Hjulmand ou até mesmo com Catamo, de quem se diz ter recebido propostas a rondar os vinte milhões de euros. Ou porque deixou de reconhecer esse potencial - não o fez reflectir na conta final, como o FC Nordsjaelland fez há um ano - ou porque não quer ter um jogador contrariado numa situação que tenderia a apodrecer, ou porque entende que é uma oportunidade de subir o valor disponível para a posição, indo novamente ao mercado, o Sporting não parece ter feito muita questão de segurar o jogador.

O Treinador

Rui Borges ficou com um post it amarelo colado na testa a dizer "o Harder é um trapalhão". Foi sem dúvida um momento infeliz. O treinador tem a seu favor estar no final de um jogo assaz esgotante claramente afectado pelo resultado e pelo filme de terror que foi final do jogo. (O Braga haveria de empatar o jogo no final). Mas não lhe chamou apenas trapalhão, disse que ele "tinha dado pouco ou nada ao jogo", dispensando uma máxima que deve acompanhar quem tem a ingrata missão de ser treinador, mas que para ela tem que estar preparado: "elogios públicos, criticas privadas". É uma forma de, entre outras, preservar as relações, algo que parece que se terá perdido a partir daqui. A verdade é, depois da partida de Amorim, Harder teve muito menos minutos de jogo, o que leva a crer que o treinador não confiava nas suas qualidades e a saída do jogador sem a sua oposição parece funcionar como uma confirmação.

O Substituto

Enquanto este post é redigido parece que está encontrado o substituto de Harder: Ioanidis. É um velho desconhecido nosso, marcado pelas peripécias de uma contratação falhada que nos havia de trazer Harder. É um jogador de vinte e cinco anos marcado por uma boa época, seguido de um ocaso embaraçoso. Inclusive perdeu este ano o estatuto de titular, o que leva a questionar se é a escolha certa, ainda mais pelo preço de que se fala, algo a rondar os vinte milhões de euros. 

Se as suas qualidades estiverem intactas e as conseguir por ao serviço da equipa, não tenho qualquer dúvida que o Sporting no imediato sai a ganhar. O grego tem muito mais para já no  do que o dinamarquês. É um avançado maduro, internacional A pelo seu país, tecnicista, não sendo tão explosivo como aquele sueco que nos deixou saudades, sabe explorar muito bem tanto as rupturas em profundidade, como ser associativo, baixando para receber  em apoio e deixar a equipa subir. E capaz de disputar a titularidade com Suárez se conseguir extrair o seu melhor futebol. O Sporting ficaria com dois bons avançados.

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Modalidades: revista da semana


E as modalidades voltaram! E voltaram com vitórias. No sábado em Sines os leões do andebol disputaram com o FC Porto a Supertaça e venceram por 36-29, com 20-15 ao intervalo. Foi um jogo que começou muito equilibrado com golo cá - golo lá, com empates sucessivos até aos 10-10, altura em que o treinador portista pediu um desconto de tempo, mas quem se aproveitou dessa paragem foi Ricardo Costa, porque quando o jogo recomeçou os leões chegaram aos 12-10 aquela que era, até ao momento, a maior vantagem do encontro, e a partir daqui a vantagem leonina foi aumentando, passando por 15-12, e por 18-14 para chegar ao intervalo com uma vantagem de cinco golos. No início da 2ª parte os leões continuaram a aumentar a diferença atingindo 26-19, vantagem que se foi mantendo semelhante até aos 29-23, altura em que, causado por varias exclusões de 2 minutos de jogadores nossos, os adversários conseguiram reduzir para 29-26. Nessa altura Ricardo Costa pediu um desconto de tempo que acalmou os nossos jogadores que passaram para 31-26, 33-27 atingiram 35-28 para terminar nos 36-29 finais. Nos leões brilhou a grande altura Kiko Costa que obteve 9 golos, sendo que dos primeiros 10 golos do Sporting 5 foram de sua autoria. Também Salvador Salvador, Carlos Álvarez e Natan Suarez estiveram bem com 4 golos cada. 

Este já foi o sétimo jogo dos nossos andebolistas de que tivemos conhecimento. Durante o estágio em Serpa defrontaram o Avanca a quem venceram por 40-19. Depois foram até Pontevedra para a disputa do Torneio Interpontes, onde defrontaram o Cangas a quem venceram por 35-28 e o Dínamo de Bucareste com quem empataram 26-26, mas no desempate por livres de 7 metros foram derrotados por 3-5, ficando em 2º lugar no torneio. Seguiu-se a recepção ao Belenenses no Pavilhão João Rocha para a disputa do Trofeu Stromp que terminou com mais uma vitória, desta vez por 43-28, com 21-10 ao intervalo. Foi a apresentação aos adeptos da equipa para esta época com as novidades de Emil Berlin, Carlos Alvarez, Victor Romero e Filipe Monteiro. E sem Pedro Portela que voltou a partir para longe. Voltaram os leões do andebol a viajar, indo até França para em Landerneau realizarem dois jogos para o torneio Challenge Christophe Caraty onde defrontaram o Dunkerque que venceram por 39-27 e o Fenix Toulouse que também venceram com o resultado de 34-25. Voltam os nossos andebolistas a jogar no próximo fim-de-semana indo a Matosinhos para disputarem a Supertaça Ibérica, onde no sábado 30 defrontarão no jogo das meias-finais o Ademar Leon para no domingo defrontarem o Barcelona ou, novamente, o FC Porto consoante os resultados de sábado.

Também o futsal regressou com vitórias. Os leões do futsal acabaram o fim-de-semana a vencer o Record International Masters Futsal, torneio habitual de abertura da época, disputado em Portimão, derrotando no segundo jogo o Barcelona por 5-2, depois de estar a perder ao intervalo por 0-2. Foi um jogo muito disputado com grande pressão defensiva de ambas as equipas, mas com alguma felicidade aos seis minutos o Barcelona obteve o seu primeiro golo num alívio de pontapé para a frente do seu guarda-redes, que acabou por isolar um seu elemento que conseguiu bater Henrique Rafagnin, o nosso guarda-redes na primeira parte. Um minuto depois uma má troca de passes entre os dois leões mais recuados permitiu novamente um catalão a aparecer isolado perante Henrique que nada pode fazer para evitar o segundo golo adversário. Até ao intervalo continuou o jogo muito disputado mas sem nada mais de relevância. A 2ª parte continuou muito disputada mas também mais faltosa. Com 10 minutos jogados Taynan, na marcação de um livre, passa a bola a Merlim que com um potente remate de fora da área faz o nosso primeiro golo. Um minuto depois o Barcelona comete a sua 6ª falta e Merlim na marcação do respectivo livre empata o desafio. A menos de cinco minutos do fim Gonçalo Portugal, o nosso guarda-redes da segunda parte, defende uma bola e faz um passe longo para Ruben Freire, que com outro excelente passe isola Taynan que não perdoou fazendo o 3-2. No seguimento deste golo o treinador catalão pediu um desconto de tempo e pôs a sua equipa a jogar com guarda-redes avançado. Arriscou mas não lucrou, pois a 3 minutos do fim Wesley desarma um adversário dentro da nossa grande área e rematou directo para a baliza deserta fazendo o 4-2, e 17 segundos depois é Taynan que o imita fazendo o 5-2 final. Esta vitória além de provar toda a categoria técnica da nossa equipa, demonstra também a capacidade psicológica dos seus elementos, pois não é qualquer equipa que se vê a perder por dois golos contra uma equipa como o Barcelona e consegue continuar a lutar para virar o resultado.  

No jogo de sábado os leões venceram o Parma Futsal por 4-1, com 2-1 ao intervalo. Foi um jogo equilibrado até meio da 1ª parte quando os leões conseguiram 2 golos em dois minutos. Com 9 minutos jogados Tomás Paçó combina muito bem com Diogo Santos num “passe-e-vá” e faz o 1-0 para dois minutos depois Rocha receber um bom passe de Bernardo Paçó e com uma excelente rotação dentro da área aumentar para 2-0. Já no último minuto da 1ª parte os espanhóis conseguiram o seu golo. Na 2ª parte aos 6 minutos Diogo Santos termina no nosso terceiro golo uma boa combinação com Bruno Pinto, depois de este ter desarmado um adversário. E aos 8 minutos Ruben Freire com uma boa assistência de Wesley faz o resultado final.  

O futsal leonino já se tinha apresentado com a disputa do Trofeu Stromp onde defrontou o Eléctrico, de Ponte do Sor, que venceu por 10-2, com 5-0 ao intervalo. Foi um jogo em que a superioridade foi enorme, como se percebe pelo resultado, e onde deu para mostrar os novos elementos Bruno Pinto e Felipe Valério, bem como os regressados, após empréstimos, Pedro Santos e Bruno Maior. Foram depois até Oeiras para a disputa da Oeiras Valley Cup, que venceram depois de derrotarem o Sporting de Paris por 7-3 e os Leões de Porto Salvo por 5-2. O próximo jogo dos leões do futsal será a disputa da Supertaça no dia 3 de Setembro em Gondomar a defrontar o Benfica.

Também o basquetebol se apresentou pela primeira vez, quando na quinta-feira foi até Sines colaborar com a Selecção Nacional, no seu último jogo de preparação, antes de ir até Riga disputar o Eurobasket, cujo primeiro jogo será na quarta-feira dia 27. Como seria previsível a Selecção venceu por 82-100. Mas este resultado é um pouco enganador pois a menos de cinco minutos do fim a diferença no marcador era de apenas 3 pontos (80-83) e um parcial de 2-17 nos últimos minutos é que provocou o desnível final. Ao intervalo os leões venciam por 43-41, resultante dos parciais de 23-27 e 20-14 nos dois primeiros quartos. No 3º quarto a Selecção passou para a frente com um parcial 25-31, mas foi realmente nos minutos finais do 4º quarto, parcial de 14-28, que disparou a diferença, algo exagerada com que terminou o desafio. Pode-se aceitar esta queda no período final do desafio pensando que a Selecção tem de estar muito próximo do seu melhor valor e a nossa equipa estava com uma semana de treino. Além que Diogo Ventura e Francisco Amarante, novo elemento da nossa equipa, terem jogado pela Selecção, também André Cruz ainda não recuperou para poder jogar. E a nossa equipa de basquetebol é praticamente toda nova. Além de Diogo Ventura e André Cruz apenas ficaram da equipa da época passada o jovem moçambicano Uwais Razaque e o muito jovem Denis Cherepenko. Saíram 9 jogadores, entre os quais os sete estrangeiros. São nove os novos elementos sendo seis estrangeiros. Neste desafio salientaram-se Malik Morgan que obteve 22 pontos e Stephan Swenson que conseguiu 20 pontos e 7 assistências.

Autor: 8 

domingo, 24 de agosto de 2025

Pote, um artista Nacional na Madeira

Tenho referido entre amigos que, por vezes, ainda sentia alguma incredulidade com facto de termos alcançado o bi-campeonato mergulhados no infortúnio de tantas lesões em catadupa de jogadores tidos como fulcrais. Ora se alguém tinha dúvidas sobre o mérito do titulo conquistado perante tantas contrariedades ontem Pote deixou muita gente a pensar quão mais fácil teria sido a nossa tarefa se não tivesse estado ausente praticamente meia-época. 

Pote é um jogador extraordinário, de características muito peculiares, com qualidades únicas, que lhe permitem ser simultaneamente um bom médio construtor ou um finalizador prolífico, o que já lhe permite estar entre os melhores vinte goleadores de sempre do Sporting. Tê-lo conseguido em claro esforço, depois de um aparente entorse provocado pelo péssimo estado do relvado, ainda torna o seu feito ainda mais extraordinário. Há claramente um Sporting melhor quando Pote está na plenitude dos seus recursos. 

Pote é talvez o melhor jogador, o jogador mais importante no conjunto dos anos que mudaram o Sporting desde o regresso aos títulos. Um jogador acima da média, dos mais importantes a actuar em Portugal nestes cinco anos que leva de Sporting. Infelizmente isso nem sempre tem sido tido em conta por alguns sectores, sejam eles adeptos, média ou selecionadores nacionais. O seu número de internacionalizações e de chamadas à selecção nacional são dignos de espanto. Mais ainda se atendermos a jogadores que o precedem em número de convocatórias e que entretanto desapareceram no horizonte.

Quanto ao jogo ante o Nacional que nos traz aqui, o resultado acaba por ser muito mais simpático do que o jogo propriamente dito. Este começou logo mal, com um golo sofrido de cabeça, com a particularidade do respectivo autor ter feito uma falta poucos tempo antes que o podiam ter levado ao banho mais cedo ou, dependendo da interpretação, pelo menos amarelado e um livre no limite da área madeirense. Para ilustrar as nossas dificuldades, apenas chegamos à vantagem quando faltavam apenas quinze minutos para o final do jogo. A inspiração individual de Pote falou mais alto do que o nosso jogo colectivo, que registou pouco esclarecimento particularmente no último terço, particularmente na hora de finalizar. 

Algumas notas soltas sobre o jogo:

- O golo sofrido não deixou Rui Silva bem colocado na fotografia mas, se juntarmos outra oportunidade idêntica dos madeirenses, que poderia ter dado o 2-0 no final da primeira parte, a maior preocupação estará na aparente vulnerabilidade no jogo aéreo, agora que se regista a ausência de Diomande.

- No reverso da medalha está a importância crescente na construção do nosso jogo por parte dos dois centrais, Debaste e Inácio. O segundo já vai com duas assistências em três jornadas, o que poderia deixar alguns criativos um pouco embaraçados.

- Mangas continua a desempenar bem o papel de jogador útil e até com alguma distinção. Na primeira parte pouco esclarecida foi o melhor elemento. 

- Cem jogos de enorme qualidade e liderança de Hjulmand. Uma sorte ter um jogador com as qualidades técnicas e humanas como ele. 

- Morita continua a ser fustigado por um calvário infindável de lesões que claramente lhe diminuem a qualidade do seu desempenho.

- Kochorashvili demonstrou na prática as razões da sua contratação, teria dado imenso jeito se tivesse chegado no anterior mercado de inverno.

- Trincão não esteve tão vistoso como nos jogos anteriores mas nem por isso foi importante. Por exemplo no trabalho de formiguinha a gerar equilibrios em momentos de algum perigo.

- Suarez não marcou e isso ficou a dever a ele mesmo. Não tendo sido eficaz foi determinante na ligação do nosso jogo  e no hattrick de Pote.

- Harder disse presente e provavelmente adeus também. O golo define bem algumas das suas qualidades que, pelo que se vai sabendo, irá aprimorar noutros sitios mais distantes de Alcochete. Falaremos disso oportunamente. 

- A arbitragem acabou por influenciar o curso do resultado pelo momento acima relatado, logo no dealbar da partida. Mas sempre viu melhor que alguns zarolhos que falam de futebol mas não sabem o que é uma carga de ombro.

Três jogos, três vitórias, com uma dúzia de golos marcados e apenas um sofrido. Que melhor inicio de temporada podíamos pedir?

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

De Mangas arregaçadas

Foi de Mangas arregaçadas que o Sporting regressou ao agora em renovação estádio José Alvalade. De mangas arregaçadas e cheio de pressa – leia-se empenhada – em resolver que a equipa iniciou o jogo e seria precisamente Ricardo Mangas a inaugurar o marcador. Uma estreia feliz, de um jogador que entrou “por baixo” nas expectativas e já as terá superado, provavelmente até as suas próprias.

 O jogo “acabaria” pouco depois, com a agressão, mesmo que sem intenção, e consequente expulsão de um jogador arouquense, por sinal o seu avançado e, se os visitantes não havia ainda visto a baliza de Rui Silva esta ficou-lhes mais fora do alcance. O Sporting também abrandou um pouco, até perceber que ainda havia jogo para jogar e golos para marcar que, nas contas finais, podem ter sempre alguma ou até muita relevância. E por aí foram, de bis em bis (de Mangas, Trincão e Suarez) até à meia-dúzia final.

Por falar em Suarez, o seu pecúlio, que já vai em 2 golos, podia ser ainda maior. Mas é indiscutível que, olhando para o que foram os jogos da pré-época, era o cimento que faltava para ligar o nosso jogo atacante. Mas não se ficou pelas combinações com os parceiros, a forma como pressiona o adversário torna as tarefas do adversário mais difíceis e a equipa mais sólida.

O jogo marcaria ainda as estreias em Alvalade de Vagianidis (com uma bela assistência) Korshashvili e Allison. O grego deve ficar com o lugar e Korshashvili disputará com Morita quem jogará mais minutos, sendo que a vantagem para já é do japonês.

Ao fim de duas jornadas o Sporting está no lugar onde mais o gostamos de ver. É ainda muito cedo, mas entrar bem na Liga é além de um factor de confiança também um aviso à navegação: o campeão não está disposto a abdicar do lugar que conquistou sem dar uma boa luta.

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Breve reflexão sobre o sistema e a estratégia de Rui Borges


Na já tantas vezes esmiuçada "questão do sistema" mister Rui Borges ganhou o primeiro round e tem que lhe ser também reconhecido todo o mérito de ter conseguido fechar a época com chave de ouro. Com isso ganhou pelo menos o direito de introduzir as alterações que acha mais convenientes para chegar ao sucesso, que de certeza ele quer ter.

Seja por comodismo de ser mais confortável o conhecido do que desconhecido, pela resistência à mudança pela incerteza que traz, talvez fosse preferível procurar aprimorar o sistema que Rui Borges herdou e teve êxito, tendo para esse efeito um plantel para isso montado.

 Mas também é possível considerar que, para surpreender os adversários é preciso fazer coisas diferentes. E também é verdade que a isso estamos obrigados, porque “o mete a bola no Gyokeres que ele resolve acabou” e com isso são 50 golos / época. Não havendo, temos que ter algo diferente que não havia e que de preferência nos dê os mesmos golos marcados, tarefa essa a ser exercida por mais do que um jogador.

 É essa a missão de Rui Borges e o jogo com o Arouca vai ser um bom teste para nos dar uma ideia do estado de prontidão neste momento. Até porque o domínio do Sporting no jogo inicial foi tão avassalador que ficou a dúvida se tal se deveu às fraquezas do adversário ou ao poder real da equipa neste momento.


sábado, 9 de agosto de 2025

O regresso demolidor do Bi-Campeão

Foi com uma exibição de gala, em particular na primeira parte, que ficou marcado o regresso do Bi-Campeão aos jogos da I Liga. Se a derrota tangencial na Supertaça deixara um sabor amargo e pouco convincente, a inauguração do presente campeonato mostrou um Sporting esclarecido e autoritário, pecando por escassos os números que ficaram no placard final. 

A maior dúvida que este jogo deixa prende-se com o valor actual de cada equipa e quanto isso terá contribuído para o que nos foi dado assistir. Isto é, houve mais mérito do Sporting na forma como asfixiou o adversário ou demérito deste? Creio que a forma como o Sporting pressionou o Casa Pia  em todo o campo e de forma imediata após a perda da bola foi de tal forma avassaladora que foi excessiva para permitir qualquer reacção aos casapianos. A isso juntou-se uma forte dinâmica na troca de bola, imprimindo um ritmo demolidor e muito difícil de contrariar.

Numa exibição colectiva de nota alta merece destaque individual o trabalho Suárez na ligação entre linhas do ataque foi determinante e revelou um avançado diferente do que estávamos habituados mas a dizer que à mais formas de chegar à baliza. O capitão Morten foi mais uma vez imperial e a fazer desejar que o mês de agosto encerre depressa e sem o seu nome inscrito na tabela de transferências. Pote, apesar de discreto já mostrou novamente a sua importância. 

Mas o homem do jogo foi Trincão, pelo que jogou e fez jogar, selando a sua presença com uma bela exibição, um golo e uma assistência. No seu estilo discreto. Rui Borges foi outro grande triunfador, indiferente às dúvidas que se levantavam às suas opções e acreditando no trabalho que vem realizando.

A nota negativa vai para as lesões de Maxi e de Diomande, sendo a deste último talvez a que inspire mais cuidados e pode representar uma paragem mais longa. 

terça-feira, 22 de julho de 2025

Conseguir o mesmo da pior maneira possível


Gyokeres parece finalmente confirmado no Arsenal. Conseguiu assim o que queria da pior maneira porque, creio, alcançaria o mesmo sem deixar uma nódoa tão feia na memória de todos os que o que o idolatraram. Uma das melhores histórias que vi ser escritas nos relvados de Leão Rampante ao peito merecia melhor epílogo. Chega pois de lamentos, há novas e gloriosas histórias para escrever. Em frente, Sporting!

segunda-feira, 14 de julho de 2025

Gyokeres: uma série "nordic noir" que parece caminhar para o fim


A novela criada com a transferência de Gyokeres para o Arsenal parece caminhar para os últimos episódios mas ainda não atingiu o epílogo. Faltam ainda definir vários pormenores, como os valores nas variáveis e a forma como eles poderão ser atingidos. E também ficam por clarificar o súbito altruísmo do empresário, de quem se diz abdicar de mais de seis milhões de euros em comissões. Esta costela de "madre teresa de calcutá" é de todo alérgica a um mundo onde o dinheiro é praticamente tudo e está acima dos princípios e da honra. Conceitos esses, tais como o reconhecimento e a gratidão, não entram nestes campeonatos. 

Uma coisa parece certa: todo o comportamento e a motivação do agente do jogador, do Arsenal e agora também do jogador ficarão longe de se perceber na sua plenitude. Saúda-se no entanto que esta série "nordic noir", que se arrasta e tem vindo a ser alimentada com rumores e pressões do empresário e amplificadas pelo seu comissionista Fabrizio Romano desde o final do ano anterior, caminhe agora para o final.

Neste processo o Sporting fez o que pôde, respondendo, na voz do seu presidente, sempre à altura, à intriga e chantagem. Faltam ainda conhecer os valores finais da transferência mas não restam dúvidas que a estratégia do representante do jogador favoreceu sempre o clube comprador, em detrimento do interesse do clube que estava a transacionar um dos melhores avançados mundiais do momento.  

Gyokeres foi um dos melhores avançados de sempre do Sporting, determinante para o ressurgimento do Sporting como um clube ganhador e dominador da Liga nacional. É-lhe devido respeito pela sua vontade de procurar novos desafios, melhores remunerações, luzes da ribalta mais brilhantes. Esses objectivos poderiam ainda assim ser alcançados com uma atitude que não ferisse a imagem de bom profissional que granjeou. Quando decide não se apresentar, incumprindo um contrato que assinou  de livre vontade e contribuindo ainda mais para o ruído revela uma nova máscara, diferente da que o tornou célebre. Alheou-se assim também  daqueles - nós, os adeptos - que durante dois anos lhe prestaram tributo aos seus dotes e o idolatraram. É o futebol moderno.

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Agora sim, a época do Sporting vai começar


Com a partida iminente de Gyokeres, bem como do regresso até ao final da semana de todos os internacionais, começará a sério a época 25/26 do Sporting. Consabida que era a viagem sem regresso de férias do sueco, a importância da escolha do seu substituto será com certeza a marca definidora da época do Sporting. A sua presença estes dois anos entre nós explica em grande medida (não apenas, mas...) a razão pela qual o Sporting foi por dois anos consecutivos a equipa mais concretizadora e também o tão ambicionado regresso às celebrações dos bi-campeonatos e da dobradinha.  

A importância do avançado no sucesso do Sporting é bem evidente. Gyokeres chegou meio incógnito ao Sporting, porque marcar 22 golos ao serviço do Coventry City no Championship não pareciam anunciar o potencial que os 43 golos na época de estreia haveriam de confirmar. Com os  54 da temporada agora finda, Gyokeres registou uma produção de excelência, constante e de grande qualidade. Um desempenho de classe mundial, que inscreveu o seu nome na lista de "must have" dos grandes clubes.

Com ele o Sporting dominou a Liga Portuguesa de uma forma avassaladora, como se comprova pelos troféus conquistados e por ter estado em todas as decisões, mesmo quando não foi feliz ou não conseguiu ser eficaz. Agora, talvez mais importante do que descobrir um novo Gyokeres, terá que ser a forma como o Sporting conseguirá reinventar uma fórmula vencedora, uma vez que à ausência do sueco se somarão as novas ideias e conceitos de Rui Borges, que vai começar a escrever o que quer e sabe numa folha agora ainda em branco e já não sob a "fórmula Amorim".

O mercado também ditará as suas leis neste defeso, que ainda será longo. Sendo verdade que isso vale tanto para entradas e saídas, a nossa exposição aos mercados é grande, pelo que o apetite pelos nossos melhores torna o processo de composição do plantel ainda mais dificil. A substituição em cima da hora de jogadores como Diomande, Inácio, por exemplo, pode representar um problema. 

Não menos dificil será encontrar os nomes certos para refrescar o plantel. O nível individual actual é já bastante elevado e muito acima do que era reforçar a equipa, quando há cinco anos atrás se constituía o grupo que haveria de se sagrar campeão. Jogadores que possam entrar de caras ou disputar um lugar no onze onde normalmente jogam Rui Silva, Quaresma, Diomande, Inácio, Nuno Santos, Debast, St Just, Maxi,Hjulmand, Morita, Pote, Trincão, obrigam a aturada prospecção e sobretudo um poderio financeiro também acima do que é o habitual.

Na verdade, é com fim do reinado de Gyokeres é que começará a sério a época 2025/2026 do Sporting. A liquidez obtida com a sua venda será também determinante não apenas para a sua substituição como também para tal reinvenção que Rui Borges prometeu quando o Sporting se apresentou há duas semanas.

sexta-feira, 4 de julho de 2025

Modalidades: revista da semana


Na única modalidade importante de pavilhão ainda em actividade na quarta-feira disputou-se no pavilhão da Luz o quarto jogo da Final da Liga Placard de futsal tendo os leões sido derrotados por 5-7, após prolongamento com 4-4 no fim dos 40 minutos regulamentares. Um jogo onde não actuou Tomás Paçó devido ao cartão amarelo mostrado no jogo anterior, mas que começou muito bem, pois com 10 segundos jogados Taynan, a passe de Diogo Santos, fez o nosso primeiro golo. A nossa vantagem não durou muito tempo pois, no minuto seguinte os visitados conseguiram a igualdade, já depois de terem um golo invalidado devido a no início da jogada terem cometido falta sobre Zicky, que como costume não foi assinalada, mas como resultou em golo tiveram de ir ao vídeo verificar e aí tiveram mesmo que a assinalar. Com oito minutos jogados conseguiram os adversários fazerem o 1-2, já depois de segundos antes Wesley ter conseguido evitar o golo adversário com a bola quase em cima do risco. Reagiram os leões mas a desperdiçarem varias oportunidades como Merlim a não conseguir marcar com a baliza deserta e Sokolov com um forte remate á barra. A seis minutos do intervalo foi assinalada a quinta falta dos visitados, só que cerca de um minuto antes Jacaré tinha agredido Wesley só que nada mais foi assinalado além da normal falta. A cinco minutos do intervalo Rocha voltou a empatar a partida, com um bom remate de cabeça na marcação de um canto por Wesley. E até ao intervalo continuaram os leões a acertar na madeira da baliza adversária com um remate de Ruben Freire à trave e outro de Pauleta a um poste. Na 2ª parte com quatro minutos jogados Wesley conduziu um bom contra ataque proporcionando a Taynan voltar a pôr os leões na frente, mas por pouco tempo pois quinze segundos depois voltaram os locais a empatar o jogo. Mais uma vez pouco depois Sokolov voltou a acertar na barra e a menos de oito minutos do fim Bernardo Paçó foi expulso, depois de os árbitros irem ver o vídeo, a pedido dos adversários, e terem considerado que ele tinha feito uma defesa com as mãos fora da sua área. Já quase no fim dos dois minutos de penalização conseguiram os adversários fazerem o 3-4. A quatro minutos e meio do fim do tempo regulamentar foi assinalada a quinta falta aos visitados, para pouco depois ser assinalada outra que originou o livre directo que Taynan transformou no 4-4 com que iriam terminar os 40 minutos. A menos de dois minutos do fim foi assinalada a quinta falta aos leões, para segundos depois ser assinalada outra, cujo livre directo, se fosse transformado, daria praticamente a vitória aos adversários mas que Henrique Rafagnin não permitiu, indo o desafio para o prolongamento. Começaram melhor os adversários que logo no primeiro minuto conseguiram o 4-5. Reagiram os leões que beneficiaram de um livre directo poucos segundos depois mas que Sokolov não conseguiu converter. Ainda dentro do segundo minuto conseguiu Zicky igualar a partida no seguimento de um lançamento lateral cobrado por Merlim. Até ao intervalo do prolongamento foram marcados dois livres directos contra os leões, tendo os visitados conseguido marcar um golo num deles, desempatando de novo o jogo. Na 2ª parte do prolongamento com um minuto jogado conseguiram os adversários fazer o seu sétimo golo através de um ressalto de bola. A partir deste momento passaram os leões a jogar com Merlim como guarda-redes avançado, mas o desperdício leonino manteve-se com Taynan a rematar à trave e Merlim a não conseguir converter um livre directo pelo que o jogo terminou com a derrota leonina, obrigando o quinto jogo.

O quinto jogo da Final disputou-se no domingo no Pavilhão João Rocha com a equipa leonina a não poder contar com Bernardo Paçó, resultante da sua expulsão no jogo anterior, e também sem o capitão João Matos, além de Zicky Té se apresentar todo coberto de protecções. O resultado foi a derrota por 3-4, com 2-1 ao intervalo. Ainda no primeiro minuto é assinalada uma falta a Zicky quando se preparava para receber a bola. E este pode ser considerado o símbolo do que foram as arbitragens dos cinco jogos da Final. Zicky a ganhar a sua posição de pivô e a ser agarrado e puxado por André Coelho, não sendo assinalada falta a maior parte das vezes e outras vezes ser marcada falta a Zicky. Mas mesmo assim, com pouco mais de dois minutos de jogo, Zicky fez uma boa recepção e com uma excelente rotação aplicou um forte remate que fez o primeiro golo do desafio. O jogo ficou aberto com oportunidades para ambas as equipas com os guarda-redes a impedirem golos, até que com oito minutos jogados Merlim fez uma das suas habituais derivações da esquerda para o centro, que terminou com um potente remate que pôs o marcador em 2-0. Continuou um jogo muito disputado e a dois minutos e meio do intervalo os visitantes conseguiram reduzir para 2-1, numa jogada trabalhada na saída de um lançamento lateral. A 2ª parte começou praticamente com a mostragem do segundo cartão amarelo a Merlim. Se na mostragem do primeiro cartão amarelo temos muitas dúvidas, neste num corte deslizante Merlim corta a bola com o pé esquerdo, mas derruba o adversário com o pé direito, estaria correcto se essa jogada não resultasse de um empurrão desse adversário, por curiosidade novamente André Coelho, quando Merlim pretendia dominar a bola com o peito. No período em que os leões jogavam com menos um conseguiram os visitantes empatar o desafio. Reagiram os leões e mais uma vez um minuto depois os senhores árbitros mostraram ao que vinham. Quando os leões tinham recuperado a bola e iam a conduzir em vantagem o contra-ataque os homens do apito resolveram interromper o jogo para ver o que se passava com um jogador que estava caído perto da nossa área. Continuaram os leões a tentarem voltar à liderança e primeiro Taynan tem um forte remate ao poste e pouco mais tarde é Tomás Paçó que tem um remate que termina na rede lateral da baliza. Mas a oito minutos do fim Taynan consegue o nosso terceiro golo, no seguimento de um lançamento lateral executado por Ruben Freire. A sete minutos do final os visitantes fazem a sua quinta falta, mas até ao final não é assinalada mais qualquer falta a esta equipa. A cinco minutos e meio volta Tomás Paçó a não conseguir o golo quando aparece sozinho frente a frente com o guarda-redes. A quatro minutos e meio do final os visitantes começam a jogar 5x4, que não parecia dar grandes dificuldades aos leões mesmo sabendo que os dois principais jogadores leoninos a defenderem este modelo de ataque, que são João Matos e Alex Merlim não estavam em jogo. Só que a três minutos do final uma falha grave do nosso guarda-redes Henrique Rafagnin permitiu aos adversários empatar o jogo e abdicar deste esquema atacante. Mas a dois minutos do fim a sorte voltou a bafejar o opositor que com um pontapé de longe do seu guarda-redes a bola sofreu um desvio que impossibilitou a defesa e pôs a sua equipa a ganhar. Imediatamente Nuno Dias pediu um desconto de tempo e pôs os leões a atacar em 5x4. E nestes dois minutos tiveram os leões três grandes oportunidades para empatar o jogo, mas não conseguiram marcar em nenhuma pelo que o jogo e a Liga acabou por ir para quem os árbitros tudo fizeram para que fosse. Os árbitros do futsal devem estar a ganhar mal, pois neste desafio não trouxeram água nem toalhas próprias pelo que a cada paragem era o director dos visitantes que lhes fornecia a água e as toalhas necessárias. Amizades…

Com as principais modalidades quase todas no defeso também nós, aqui no A Norte de Alvalade, interrompemos a nossa Revista da Semana das Modalidades até que o regresso de férias das modalidades o justifique.

terça-feira, 1 de julho de 2025

Parabéns Grande Sporting!


O Sporting chega aos 119 anos vivendo um dos melhores momentos da sua história. 

O NOSSO clube está forte, pujante no presente e projecta-se no futuro com justificada ambição. 

Para quem segue o clube há muito tempo viver este momento é um verdadeiro privilégio. 

Viva o Sporting!

Sporting Sempre! 

sexta-feira, 27 de junho de 2025

As contas do Sporting: uma análise ao Relatório & Contas consolidadas



Será votado na próxima Assembleia Geral o Relatório & Contas consolidado do grupo Sporting. Atendendo à importância do documento para a percepção da situação financeira de todo o universo empresarial do clube publico a analise feita pelo meu amigo @bancadadeleao (Pedro Varela) a quem desde já agradeço. Esta análise foi feita com recurso à AI, utilizando o Gemini Pro 2,5 Flash da Google, versão paga. O artigo é obviamente extenso, mas permite perceber melhor o extenso documento analisado.

"A época desportiva de 2023/2024 representou um período de significativa afirmação para o Sporting Clube de Portugal (SCP), consolidando a sua posição como um dos clubes mais ecléticos e competitivos, tanto a nível nacional como internacional. O clube registou um lucro líquido de 36,382 milhões de euros, um aumento notável face aos 25,223 milhões de euros da época anterior, sublinhando uma trajetória de rentabilidade financeira robusta e contínua. No campo desportivo, a equipa de futebol masculino da Sporting SAD sagrou-se Campeã Nacional pela 24.ª vez e alcançou os oitavos de final da UEFA Europa League. O ecletismo do clube foi evidenciado pela conquista de múltiplos títulos nacionais e europeus em diversas modalidades, incluindo Andebol, Futsal, Voleibol, Atletismo, Judo, Karaté, Kickboxing, Rugby e Ténis de Mesa. O "Modelo Centrado no Jogador" (MCJ) continuou a ser um pilar estratégico, com a integração bem-sucedida de 12 atletas masculinos e 11 femininos da formação nas equipas principais, assegurando uma fonte sustentável de talento.

A posição financeira do Grupo SCP, embora ainda com fundos patrimoniais negativos, demonstrou uma melhoria substancial. O ativo total cresceu 15%, atingindo 362,598 milhões de euros a 30 de junho de 2024. Os fundos patrimoniais consolidados reduziram o seu saldo negativo de (60,754) milhões de euros em 2022/2023 para (49,527) milhões de euros em 2023/2024, representando uma melhoria de 11,755 milhões de euros. Um movimento estratégico relevante foi a aquisição de Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOCs) pela entidade-mãe, o que, embora tenha tido um impacto contabilístico negativo de 24,908 milhões de euros nos fundos patrimoniais consolidados, solidificou a participação direta e indireta do SCP na Sporting SAD para 87,994%. O passivo total aumentou 9% para 412,125 milhões de euros, impulsionado principalmente pelo investimento no plantel que resultou num aumento de fornecedores correntes.

A gestão do clube reitera o seu compromisso com a sustentabilidade, o critério de investimento e a solvabilidade financeira como pilares fundamentais para uma gestão sólida e responsável, visando a criação de valor a longo prazo. Os principais riscos identificados incluem o risco de mercado (taxa de juro, cambial), o risco de crédito, o risco de liquidez e o risco desportivo, que abrange o desempenho e a dinâmica do mercado de transferências de jogadores. O clube estabeleceu um plano estratégico de 10 anos, com projeção até 2034, que visa inaugurar uma "Nova Era" de crescimento sustentado e equilíbrio entre os objetivos desportivos e financeiros.

Uma observação fundamental é o alinhamento estratégico e a disciplina financeira do clube. Os resultados líquidos positivos consistentes e a melhoria, ainda que gradual, da posição dos fundos patrimoniais, juntamente com receitas recorde em segmentos não relacionados com o futebol (quotizações, merchandising), indicam uma forte coesão entre o sucesso desportivo e a gestão financeira. Este cenário sugere que o clube não depende exclusivamente das transações de jogadores para a sua rentabilidade, o que aponta para um modelo de negócio mais sustentável. A capacidade de alavancar os êxitos desportivos para impulsionar o crescimento das receitas, em particular as de bilheteira e merchandising, ilustra uma gestão financeira que capitaliza o desempenho em campo para construir uma base de receitas mais robusta e diversificada, em linha com os pilares estratégicos de equilíbrio entre performance desportiva, investimento e solvabilidade financeira.

Um aspeto crítico a considerar é a perceção do valor económico subjacente do plantel. A declaração explícita da direção sobre a subavaliação do valor contabilístico do plantel em relação ao seu valor de mercado é uma revelação importante que procura recontextualizar a saúde financeira do clube. Esta abordagem sugere que, de uma perspetiva económica real, o clube poderá já apresentar uma posição de fundos patrimoniais positiva, desafiando a visão tradicional da contabilidade. O facto de os jogadores formados na academia serem registados com um valor muito reduzido ou nulo, apesar do seu potencial de mercado, distorce a representação dos ativos mais valiosos do clube no balanço. Esta situação implica que os stakeholders externos, como potenciais investidores ou credores, devem considerar este valor não refletido para uma avaliação mais precisa da solidez financeira e da viabilidade a longo prazo do clube.

1. Visão Geral e Destaques da Época Desportiva e Económica 2023/2024

1.1. Performance Desportiva

A época de 2023/2024 foi marcada por um notável sucesso desportivo em várias frentes, reforçando a identidade eclética do Sporting Clube de Portugal. No futebol masculino, a sua participada Sporting SAD conquistou o Campeonato Nacional, o 24.º título da sua história, e alcançou os oitavos de final da UEFA Europa League. Esta temporada foi particularmente memorável, com a equipa a estabelecer recordes de pontuação (90 pontos em 102 possíveis, um aproveitamento de 88%), a registar a segunda maior diferença de pontos para o segundo classificado (10 pontos) desde 1950/1951, e a alcançar um recorde de 29 vitórias em 34 jogos. Adicionalmente, o ataque foi o terceiro melhor da história do clube, com 96 golos, sendo a primeira equipa nacional a marcar em todas as jornadas de um campeonato com 18 equipas e a vencer todos os jogos disputados no Estádio José Alvalade.

Para além do futebol, as modalidades do clube continuaram a demonstrar a sua excelência. O Andebol Sénior masculino conquistou um tripleto, enquanto o Futsal masculino alcançou o tetracampeonato nacional e a Taça da Liga. O Voleibol masculino também se destacou, vencendo a Taça de Portugal. A nível individual, Tiago Pereira obteve a Medalha de Bronze no Campeonato do Mundo de Pista Coberta no Triplo Salto, e Liliana Cá garantiu a Medalha de Bronze no Campeonato Europeu de Atletismo no Lançamento do Peso. Pedro Ferreira sagrou-se Campeão Europeu de Trampolim, e o Judo conquistou o seu 9.º título nacional consecutivo. O Karaté (masculino e feminino), Kempo e Kickboxing (com Tiago Santos e André Santos a serem Campeões do Mundo) também trouxeram títulos para o museu do clube. O Rugby sénior feminino venceu a Taça de Portugal, e o Ténis de Mesa masculino alcançou o 9.º ano consecutivo como Campeão Nacional, juntando a Supertaça e a Taça de Portugal.

O "Modelo Centrado no Jogador" (MCJ), reconhecido internacionalmente pelos European Club Association (ECA) Awards em 2021 na categoria de Futebol de Formação, continua a ser um pilar fundamental da estratégia do clube. Na época 2023/2024, este modelo demonstrou o seu valor com a integração de 12 atletas masculinos e 11 femininos da formação nas respetivas equipas A. A venda de atletas formados na Sporting SAD, como Youssef Chermiti (€12.5M + €2.5M em variáveis), Tiago Tomás (€8.8M + €1.5M em variáveis), Renato Veiga (€4.6M) e Olivia Smith (€0.25M), evidencia a capacidade do clube em gerar valor através da sua formação. O valor contabilístico do plantel atingiu 108,4 milhões de euros, um aumento de 12,3 milhões de euros, refletindo o investimento contínuo e cumulativo na equipa principal.

1.2. Análise dos Rendimentos Operacionais

O volume de negócios total do Grupo SCP, incluindo as transações de jogadores, registou um aumento de 11%, atingindo 270,401 milhões de euros, face aos 243,720 milhões de euros da época anterior. No entanto, os rendimentos operacionais sem transações de jogadores diminuíram para 126,902 milhões de euros, em comparação com 146,843 milhões de euros em 2022/2023.

As quotizações atingiram um novo recorde, com 12,3 milhões de euros em cash e 12,1 milhões de euros em termos contabilísticos, representando um crescimento de 17% e 16%, respetivamente. Este aumento é atribuído à aposta no débito direto, ao sucesso desportivo, ao maior envolvimento dos sócios e ao aumento do preço da quota. As inscrições nas modalidades também estabeleceram um novo recorde, atingindo 2,42 milhões de euros, um crescimento de 7%, com um total de 7.493 atletas inscritos.

O negócio de merchandising continuou a sua trajetória de crescimento significativo, alcançando um volume de negócios recorde de 15,2 milhões de euros, um aumento de 68% face aos 9,2 milhões de euros de 2022/2023. Este é o quarto ano consecutivo de crescimento neste segmento, impulsionado pela parceria com a Nike, a renovação da linha Lifestyle Sporting e a expansão das lojas físicas e online.

Os direitos televisivos registaram um aumento de 1,585 milhões de euros, resultado de um acréscimo de 1,2 milhões de euros do contrato com a NOS e de 0,384 milhões de euros do market pool das competições da UEFA. As receitas de patrocínios e publicidade mantiveram-se estáveis, com um ligeiro aumento de 3% (0,546 milhões de euros), totalizando 19,029 milhões de euros. As receitas de bilheteira e bilhetes de época cresceram 0,484 milhões de euros, impulsionadas pela melhoria das Gamebox, camarotes e bilheteira da liga nacional, embora parcialmente compensadas pela redução da bilheteira das competições da UEFA.

Contudo, houve um decréscimo significativo de 30,312 milhões de euros (60%) nos "Outros rendimentos e ganhos". Esta redução substancial deve-se principalmente à participação na UEFA Europa League em vez da mais lucrativa UEFA Champions League, e a uma diminuição das receitas de cedência temporária de jogadores.

1.3. Análise dos Gastos Operacionais

Os gastos operacionais sem transações de jogadores aumentaram 15%, passando de 147,836 milhões de euros em 2022/2023 para 170,056 milhões de euros em 2023/2024. Este aumento reflete o investimento contínuo do grupo na sua estrutura, incluindo jogadores, treinadores e equipas de suporte ao futebol e ao negócio.

Os principais fatores que contribuíram para este aumento incluem um acréscimo significativo nos gastos com pessoal, que englobam os vencimentos e prémios da equipa profissional de futebol e equipa técnica. Adicionalmente, verificou-se um aumento no valor dos fornecimentos e serviços externos, nomeadamente em subcontratos e na organização de jogos, bem como nos custos associados ao crescimento do negócio de merchandising, que quase duplicou o volume de faturação. As amortizações e perdas de imparidade do plantel diminuíram para 37,769 milhões de euros, face aos 41,521 milhões de euros em 2022/2023.

1.4. Resultados Operacionais e Financeiros

O resultado operacional global, incluindo as transações com passes de jogadores, registou um valor positivo de 18,332 milhões de euros, o que representa um decréscimo face aos 42,506 milhões de euros da época anterior. Esta diminuição de 24,2 milhões de euros é largamente atribuível à participação na UEFA Europa League em vez da UEFA Champions League na época anterior, o que resultou numa redução de receita de 26,6 milhões de euros. Apesar deste decréscimo, é importante notar que, em três épocas, o resultado operacional acumulado atingiu 106,3 milhões de euros, um feito histórico impulsionado por duas participações na UEFA Champions League e pelos rendimentos das transações de jogadores.

Os resultados operacionais das transações com jogadores aumentaram significativamente para 61,486 milhões de euros, face aos 43,500 milhões de euros em 2022/2023. Este incremento sublinha a importância contínua da venda de jogadores como um motor de receita crucial para o clube.

Os resultados financeiros registaram uma inversão notável, passando de um valor negativo de 16,903 milhões de euros em 2022/2023 para um valor positivo de 17,673 milhões de euros em 2023/2024. Esta melhoria substancial está diretamente ligada às iniciativas de reestruturação financeira implementadas no primeiro semestre da época, que incluíram o efeito da atualização financeira dos reembolsos antecipados e a reestruturação da dívida do Grupo.

O resultado consolidado líquido do exercício para a época 2023/2024 foi de 36,382 milhões de euros. Deste valor, 34,602 milhões de euros são atribuíveis aos associados do Clube, e 1,780 milhões de euros são atribuíveis a interesses que não controlam.

Uma observação fundamental é a dualidade entre a diversificação das receitas e a dependência do impacto da UEFA. Embora o Sporting CP tenha alcançado receitas recorde em quotizações e merchandising, demonstrando sucesso na diversificação e no envolvimento dos adeptos, a queda substancial nos "Outros rendimentos e ganhos" devido à transição da Liga dos Campeões para a Liga Europa realça a contínua e significativa dependência das receitas de prémios da UEFA para a rentabilidade operacional global. Isso indica que, embora as receitas não relacionadas com o futebol estejam a crescer, ainda não são suficientes para compensar totalmente o impacto financeiro das flutuações no desempenho em competições europeias de topo. Esta situação aponta para um desafio estratégico: como diversificar e aumentar ainda mais as receitas não provenientes da UEFA para reduzir a dependência da natureza imprevisível da qualificação para as competições europeias de elite. O investimento contínuo no envolvimento dos adeptos e nas parcerias comerciais é crucial para mitigar este risco.

A análise revela a negociação estratégica de jogadores como alavanca de rentabilidade. O aumento significativo nos "Resultados operacionais das transações com jogadores" (61,486 milhões de euros), apesar da diminuição nos resultados operacionais globais (devido à UEFA), sublinha que a venda de jogadores continua a ser um componente crítico e ativamente gerido da estratégia financeira do clube para alcançar um resultado líquido positivo. Esta abordagem está diretamente ligada ao sucesso do "Modelo Centrado no Jogador" (MCJ). A utilização ativa das vendas de jogadores (Manuel Ugarte, Pedro Porro, Chermiti) para compensar a redução das receitas da UEFA e assegurar um resultado líquido global positivo demonstra uma estratégia financeira deliberada. Esta confirmação de que o MCJ não é apenas uma filosofia desportiva, mas um pilar financeiro central, que gera ganhos de capital substanciais, é essencial para equilibrar as contas, especialmente quando outras grandes fontes de receita, como a participação na UEFA Champions League, flutuam. Esta estratégia permite ao clube manter a sua competitividade enquanto gere a sua saúde financeira.

O impacto positivo imediato da reestruturação financeira é evidente. A mudança drástica nos resultados financeiros, de um valor negativo para um valor positivo, é uma consequência direta da gestão estratégica da dívida e das iniciativas de reestruturação, demonstrando uma governação financeira proativa. Esta melhoria indica uma redução significativa do peso dos encargos financeiros, libertando capital para outros investimentos ou melhorando o resultado final. A ligação explícita no relatório entre esta melhoria e a reestruturação da dívida (extinção da dívida ao Novo Banco, nova operação Lion Finance) significa que os esforços da gestão na reestruturação da dívida se traduziram diretamente numa redução substancial dos custos financeiros ou no reconhecimento de ganhos financeiros, impulsionando significativamente o lucro líquido. Esta medida não só melhora a rentabilidade, como também reduz o risco financeiro ao simplificar a estrutura da dívida e, potencialmente, ao diminuir as despesas com juros futuras.

2. Análise da Posição Financeira Consolidada (30 de Junho de 2024)

2.1. Ativo

O ativo total do Grupo SCP registou um aumento de 46,697 milhões de euros, correspondendo a um crescimento de 15%, e atingiu 362,598 milhões de euros a 30 de junho de 2024. Este crescimento reflete investimentos estratégicos e uma gestão eficaz dos ativos.

Os ativos não correntes aumentaram para 307,668 milhões de euros, face aos 272,614 milhões de euros em 2022/2023. O valor dos ativos intangíveis relacionados com o plantel aumentou para 108,442 milhões de euros, em comparação com 96,163 milhões de euros em 2022/2023. Este aumento significativo é um resultado direto do investimento contínuo na equipa principal de futebol masculino, o que demonstra o compromisso do clube em fortalecer os seus ativos desportivos essenciais. Outros ativos não correntes também registaram um aumento substancial para 20,366 milhões de euros, face aos 3,884 milhões de euros em 2022/2023. Este crescimento notável é impulsionado principalmente pelo aumento dos valores a receber de clientes, decorrentes de vendas recentes de jogadores, o que indica uma monetização bem-sucedida dos ativos de jogadores. Os ativos fixos tangíveis também aumentaram para 166,076 milhões de euros, face aos 160,773 milhões de euros em 2022/2023, sugerindo um investimento contínuo em infraestruturas físicas.

Os ativos correntes aumentaram para 54,930 milhões de euros, face aos 43,287 milhões de euros em 2022/2023, o que melhora a flexibilidade financeira de curto prazo do clube. As contas a receber de clientes registaram um aumento significativo para 30,342 milhões de euros, face aos 16,836 milhões de euros em 2022/2023. Este aumento reflete os lucros substanciais das vendas de jogadores que ainda não foram cobrados, o que sublinha a liquidez gerada pelo modelo de transação de jogadores. A caixa e os depósitos bancários aumentaram para 11,867 milhões de euros, face aos 10,285 milhões de euros em 2022/2023, proporcionando uma reserva de caixa saudável para as necessidades operacionais imediatas.

O crescimento do ativo impulsionado pelo investimento estratégico e pelas vendas de jogadores é uma observação importante. O aumento do ativo total é impulsionado principalmente por dois componentes estratégicos: o investimento contínuo no plantel (ativos intangíveis) e o aumento das contas a receber de vendas de jogadores. Isso indica um ciclo saudável em que o desenvolvimento e a aquisição de jogadores levam a vendas futuras, que, por sua vez, geram ativos líquidos e permitem novos investimentos. A estratégia do clube de investir no seu plantel (tanto através do desenvolvimento na academia como de aquisições externas) traduz-se diretamente em ativos valiosos que, quando vendidos, geram receitas substanciais, contribuindo para o crescimento do ativo. Este modelo, se gerido eficazmente, pode criar um ciclo autossustentável de investimento e retorno, crucial para a competitividade e saúde financeira a longo prazo de um clube de futebol.

 2.2. Passivo

O passivo total aumentou 35,470 milhões de euros, ou 9%, atingindo 412,125 milhões de euros. Este crescimento é resultado de várias atividades financeiras realizadas durante o período.

Os passivos não correntes aumentaram para 221,212 milhões de euros, face aos 204,526 milhões de euros em 2022/2023. Os financiamentos obtidos aumentaram para 122,931 milhões de euros, face aos 103,771 milhões de euros em 2022/2023. Este aumento no financiamento de longo prazo é um componente chave da estrutura de capital do clube. Outros passivos não correntes registaram um ligeiro aumento para 72,260 milhões de euros, face aos 72,055 milhões de euros em 2022/2023.

Os passivos correntes aumentaram para 190,913 milhões de euros, face aos 172,129 milhões de euros em 2022/2023. Um aumento significativo nos fornecedores para 107,952 milhões de euros, face aos 64,000 milhões de euros em 2022/2023, está diretamente ligado ao investimento substancial feito no plantel durante o período. Isso indica pagamentos pendentes por aquisições de jogadores ou serviços relacionados. A parte corrente dos financiamentos obtidos diminuiu para 47,133 milhões de euros, face aos 78,863 milhões de euros em 2022/2023. Esta redução reflete o impacto positivo da recente reestruturação da dívida, que redefiniu as obrigações de curto prazo para compromissos de longo prazo, aliviando assim as pressões de liquidez imediatas.

A melhoria na gestão da liquidez através da reestruturação da dívida é um aspeto notável. A diminuição dos passivos financeiros correntes, apesar de um aumento global do passivo total, aponta para um re-profiling bem-sucedido das maturidades da dívida. Este é um benefício direto da recente reestruturação financeira, que reduz a pressão imediata sobre a liquidez. A reestruturação da dívida deslocou uma parte significativa da dívida de curto prazo para o longo prazo, melhorando a posição de liquidez de curto prazo do clube. Esta é uma indicação positiva para a estabilidade financeira, pois diminui o risco de crises de liquidez e proporciona maior flexibilidade na gestão das operações diárias e futuros investimentos. Esta ação está em linha com o compromisso declarado da Direção com a "solvabilidade financeira".

3. Análise das Alterações nos Fundos Patrimoniais

3.1. Composição e Evolução dos Fundos Patrimoniais

A 30 de junho de 2024, o total dos fundos patrimoniais consolidados do Sporting CP apresentava um saldo negativo de 49,527 milhões de euros. Este valor representa uma melhoria significativa face aos 60,754 milhões de euros negativos registados na época anterior (2023). A composição dos fundos patrimoniais a 30 de junho de 2024 incluía: Fundos (8,480 milhões de euros), Reservas (4,770 milhões de euros), Outras variações de capital (0,977 milhões de euros), Resultados transitados (-51,802 milhões de euros), Resultado líquido do período atribuível aos associados do clube (34,602 milhões de euros) e Interesses que não controlam (-46,554 milhões de euros).

O relatório destaca uma "melhoria consistente" dos fundos patrimoniais desde junho de 2019. Esta trajetória positiva é impulsionada principalmente pelos resultados consolidados acumulados nos últimos anos e pela adoção das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS). O resultado líquido acumulado ao longo dos últimos seis anos (2019-2024) é de 71,523 milhões de euros positivos, o que demonstra uma forte recuperação e rentabilidade sustentada. Esta evolução positiva é crucial para a estabilidade financeira do clube.

3.2. Impacto do Resultado Líquido do Exercício de 2023/2024
O resultado líquido positivo de 36,382 milhões de euros para a época 2023/2024, dos quais 34,602 milhões de euros são atribuíveis aos associados do clube, contribuiu diretamente para a melhoria de 11,755 milhões de euros no saldo global dos fundos patrimoniais. Este facto demonstra o papel crítico da rentabilidade operacional e das transações de jogadores no fortalecimento da base financeira do clube. A capacidade de gerar lucros consistentes é fundamental para reverter a posição negativa dos fundos patrimoniais e construir uma base financeira mais sólida a longo prazo.

3.3. Análise Detalhada da Aquisição de VMOCs pelo Grupo SCP

Em dezembro de 2023, o Sporting Clube de Portugal realizou um movimento estratégico significativo ao adquirir 51.416.952 VMOCs (Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis). A conversão destas VMOCs em ações da Sporting SAD ocorreu a 15 de fevereiro de 2024, resultando num aumento do capital social da Sporting SAD para 201,990 milhões de euros. Como resultado direto desta conversão, a participação direta e indireta do SCP na Sporting SAD aumentou de 83,895% para 87,994%, consolidando o controlo da entidade-mãe sobre o seu ativo mais valioso.

Apesar dos benefícios estratégicos, esta aquisição teve um impacto contabilístico negativo de 24,908 milhões de euros nos fundos patrimoniais consolidados. Este impacto é detalhado da seguinte forma: 15,425 milhões de euros pela aquisição ao Novo Banco, 9,261 milhões de euros por um ajustamento de preço com o Millennium bcp e aproximadamente 0,223 milhões de euros em despesas de registo de títulos.

Esta aquisição de VMOCs inseriu-se numa reestruturação financeira mais ampla, ocorrida em dezembro de 2023. Esta reestruturação incluiu o reembolso integral da operação de titularização de créditos "Lion Finance no. 1" e a criação de uma nova operação "Lion Finance no. 2", que resultou num aumento líquido de 50,075 milhões de euros em fundos. Esta operação permitiu à Sporting SAD extinguir a sua dívida ao Novo Banco, centralizando a sua exposição financeira principalmente na Sagasta (excluindo locações financeiras).

A consolidação estratégica do controlo versus o impacto contabilístico é um ponto importante. A aquisição de VMOCs, embora tenha tido um impacto contabilístico negativo nos fundos patrimoniais consolidados, representa um movimento estratégico para solidificar o controlo do Sporting CP sobre a sua subsidiária mais valiosa, a Sporting SAD. Isto indica uma visão de longo prazo para a estabilidade e gestão integrada, mesmo que crie um arrasto contabilístico temporário nos fundos patrimoniais. De uma perspetiva contabilística, adquirir mais de uma subsidiária com fundos patrimoniais negativos (ou a um preço que gera um ajustamento negativo na consolidação) pode reduzir os fundos patrimoniais consolidados. No entanto, de uma perspetiva de controlo estratégico, aumentar a participação na entidade que gera a maior parte das receitas e detém os ativos mais valiosos (a Sporting SAD, especialmente com o seu valioso plantel) é altamente benéfico para o alinhamento estratégico a longo prazo e para a captura de valor. Esta é uma compensação em que o controlo estratégico e o benefício económico futuro superam o impacto contabilístico imediato nos fundos patrimoniais consolidados.

3.4. Perspetiva da Direção sobre o Justo Valor do Plantel

A Direção do clube reitera consistentemente que as demonstrações financeiras consolidadas, preparadas de acordo com as IFRS, não refletem totalmente o verdadeiro justo valor do Grupo. Esta questão é particularmente relevante para o plantel, que é registado ao custo de aquisição.

Um ponto chave levantado é que os jogadores formados na academia do clube são registados com um valor muito baixo ou mesmo nulo nas demonstrações financeiras. A Direção argumenta que, se estes ativos intangíveis fossem avaliados ao seu preço de mercado, ou próximo dele, os fundos patrimoniais do clube seriam "substancialmente positivos", oferecendo uma representação mais precisa da sua força económica.

A narrativa do "valor oculto" como fator de mitigação é um elemento crucial. A insistência da Direção na discrepância entre o valor contabilístico e o valor de mercado do plantel serve como uma narrativa importante para tranquilizar os stakeholders sobre a saúde financeira subjacente do clube, apesar dos fundos patrimoniais negativos reportados. Este é um desafio comum na contabilidade de clubes de futebol e destaca as limitações das IFRS tradicionais em capturar a avaliação única de ativos de plantéis de jogadores. A declaração repetida de que o valor contabilístico do plantel está subavaliado em comparação com o seu valor de mercado, e que se o valor de mercado fosse utilizado, os fundos patrimoniais seriam positivos, não é apenas uma tecnicalidade contabilística; é uma comunicação estratégica da gestão para gerir a perceção dos stakeholders sobre a saúde financeira. Isto implica que, embora os números em conformidade com as IFRS mostrem fundos patrimoniais negativos, a realidade económica é mais robusta devido ao valor de mercado significativo dos ativos de jogadores, especialmente aqueles da academia com valor contabilístico zero ou muito baixo. Para investidores e analistas, isto significa olhar para além do valor nominal do balanço e aplicar um ajustamento qualitativo (ou, se possível, quantitativo) para os valores de mercado dos jogadores, a fim de obter uma imagem mais precisa da verdadeira situação financeira do clube.

4. Principais Riscos a Ter em Conta no Futuro e Gestão de Risco

A gestão de riscos é um componente essencial da estratégia do Sporting Clube de Portugal, com o objetivo de mitigar potenciais impactos adversos nos resultados, fluxos de caixa e posição financeira do Grupo. Os principais riscos identificados e as suas abordagens de gestão são detalhados abaixo.

4.1. Risco de Mercado

O risco de mercado abrange o risco cambial, o risco de taxa de juro e o risco de preço. A gestão do Grupo monitoriza ativamente os mercados financeiros para minimizar os efeitos negativos na sua performance financeira. A Direção estabelece princípios e políticas para a gestão destes riscos específicos.

No que diz respeito ao risco de taxa de juro, o Grupo está exposto a flutuações através dos seus financiamentos obtidos e empréstimos concedidos. Os financiamentos com taxa de juro variável introduzem variabilidade nos fluxos de caixa devido a alterações nas taxas de mercado, enquanto os financiamentos com taxa de juro fixa expõem o Grupo a variações no justo valor destes instrumentos. A 30 de junho de 2024, uma parte significativa dos passivos financeiros do Grupo com exposição à taxa de juro era de taxa fixa, incluindo 70,000 milhões de euros em empréstimos obrigacionistas e 100,026 milhões de euros em factoring/titularização de créditos. Atualmente, o Grupo não possui uma política formal de cobertura do risco de taxa de juro.

Quanto ao risco cambial, as operações em moeda estrangeira são mínimas na atividade económica do Grupo, pelo que não é implementado um processo formal de gestão de risco para este fim. A 30 de junho de 2024, os saldos em moeda estrangeira não eram considerados significativos para representar um risco cambial material.

4.2. Risco de Crédito

O Grupo avalia os riscos de recuperação dos saldos em dívida, analisando a situação financeira dos devedores e outros fatores relevantes, registando perdas por imparidade conforme necessário. A 30 de junho de 2024, os saldos de clientes não vencidos ascendiam a 46,965 milhões de euros, enquanto os saldos vencidos (há mais de 150 dias) totalizavam 13,728 milhões de euros. A exposição máxima do Grupo ao risco de crédito a 30 de junho de 2024 era de 69,987 milhões de euros, incluindo ativos não correntes, clientes, outros devedores, outros ativos correntes e caixa e depósitos bancários.

4.3. Risco de Liquidez

O risco de liquidez é gerido com base nos compromissos com devedores e credores, procurando equilibrar os fluxos de caixa entre ativos e passivos para assegurar que os fundos suficientes estão disponíveis para cumprir as obrigações à medida que estas se vencem. O perfil de maturidade dos passivos financeiros do Grupo a 30 de junho de 2024 indica obrigações significativas: 186,642 milhões de euros com vencimento em menos de um ano, e 190,332 milhões de euros com vencimento entre um e cinco anos.

4.4. Risco Desportivo

Este risco afeta principalmente a subsidiária Sporting SAD e está intrinsecamente ligado ao desempenho em competições nacionais e internacionais, em particular à capacidade de qualificação para competições europeias lucrativas e ao valor dos prémios resultantes destas. O desempenho desportivo impacta diretamente as receitas e ganhos correntes da Sporting SAD, especialmente aqueles dependentes das transferências de direitos económicos de jogadores, da participação na UEFA Champions League e na UEFA Europa League, e das receitas de bilheteira, Gamebox e vendas corporativas. Além disso, as receitas de direitos televisivos, patrocínios e publicidade estão ligadas à projeção mediática e desportiva da equipa principal de futebol e à capacidade de negociação da empresa.

As receitas e ganhos provenientes das transferências de jogadores constituem uma parte significativa das contas da Sporting SAD, sendo cruciais para equilibrar os resultados operacionais correntes. Estes valores dependem da evolução do mercado de transferências de jogadores, do desempenho desportivo individual, de potenciais lesões e da capacidade da Sporting SAD para formar e desenvolver jogadores para a equipa principal. Para mitigar estes riscos, a empresa adota uma política desportiva que combina jogadores formados na sua academia com aquisições externas de renome nacional e internacional. A minimização dos riscos é também assegurada através de seguros de responsabilidade civil abrangentes e da atuação de uma equipa multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, preparadores físicos e scouts, garantindo o bem-estar e a otimização do desempenho dos jogadores.

A interconexão entre os riscos desportivos e financeiros é um ponto fundamental. O relatório estabelece uma ligação explícita entre o desempenho desportivo e os resultados financeiros (participação na UEFA, valor dos jogadores, receitas comerciais). Isto não é meramente uma constatação, mas o reconhecimento do modelo de negócio inerente a um clube de futebol de topo, onde o sucesso em campo é um motor direto da viabilidade financeira, e vice-versa. Resultados desportivos fracos podem levar à redução das receitas da UEFA, à diminuição do valor de mercado dos jogadores e a um menor envolvimento dos adeptos (afetando bilheteira, merchandising, patrocínios). Inversamente, resultados desportivos fortes impulsionam todas estas fontes de receita. Esta dinâmica sublinha que a gestão do risco financeiro num clube de futebol não pode ser separada da gestão desportiva. As decisões estratégicas relativas ao investimento no plantel, à equipa técnica e ao desenvolvimento da formação são, fundamentalmente, decisões financeiras.

4.5. Outros Riscos Relevantes

Para além dos riscos de mercado, crédito, liquidez e desportivo, o Grupo Sporting enfrenta outros desafios que podem impactar a sua estabilidade futura. A dependência das transações de jogadores, embora seja uma alavanca estratégica para a rentabilidade, permanece uma fonte de receita inerentemente volátil, sujeita à procura de mercado, ao desempenho dos jogadores e a circunstâncias imprevistas.

O clube também está exposto a riscos regulatórios e de conformidade, incluindo a adesão às IFRS e à legislação contabilística nacional, bem como o cumprimento das regras do Fair Play Financeiro da UEFA. O incumprimento destas normas pode resultar em penalidades financeiras ou sanções desportivas.

O ambiente macroeconómico mais amplo pode influenciar significativamente várias fontes de receita. Recessões económicas, por exemplo, podem levar a uma redução dos gastos dos adeptos em quotas, bilhetes e merchandising, e podem também afetar a disposição dos patrocinadores para investir, impactando assim a saúde financeira geral do clube.

A reestruturação proativa da dívida como estratégia de mitigação de risco é um aspeto a destacar. A recente reestruturação financeira, em particular a extinção da dívida ao Novo Banco e a nova titularização, mitiga diretamente os riscos de liquidez e de taxa de juro, demonstrando uma gestão proativa das vulnerabilidades financeiras. Ao reestruturar a dívida, o clube reduziu as suas obrigações de reembolso imediatas e, potencialmente, fixou taxas de juro mais favoráveis ou diversificou as suas fontes de financiamento (Sagasta). Isto aborda diretamente o risco de liquidez (ao distribuir as maturidades) e o risco de taxa de juro (ao fixar as taxas). Esta manobra financeira estratégica é crucial para aumentar a resiliência financeira do clube, permitindo-lhe navegar em potenciais desacelerações económicas futuras ou flutuações de receita com maior estabilidade. Reflete uma mudança para uma estrutura financeira mais robusta e menos dependente de bancos tradicionais.

5. Conclusões e Perspetivas Futuras

5.1. Síntese dos Principais Pontos Fortes e Desafios Financeiros

O Sporting Clube de Portugal demonstrou uma notável capacidade de recuperação e crescimento financeiro na época 2023/2024, consolidando uma trajetória de rentabilidade.

Pontos Fortes:

Rentabilidade Consistente: O clube registou resultados líquidos positivos por dois anos consecutivos (2023/2024 e 2022/2023) e um resultado acumulado positivo ao longo dos últimos seis anos. Esta performance indica uma trajetória financeira forte e em melhoria contínua.

Crescimento Diversificado de Receitas: O crescimento significativo em diversas fontes de receita, nomeadamente quotizações e merchandising, evidencia uma base de adeptos robusta e engajada, bem como o sucesso das estratégias comerciais do clube.

Modelo de Transações de Jogadores Eficaz: O "Modelo Centrado no Jogador" (MCJ) provou ser uma estratégia altamente eficaz, atuando como um motor de lucro significativo através das vendas de jogadores e gerando consistentemente ativos valiosos.

Gestão Proativa da Dívida: O clube empreendeu iniciativas proativas e bem-sucedidas de reestruturação da dívida, o que levou a uma melhoria da liquidez e a uma maior estabilidade financeira através da redefinição das obrigações.

Melhoria da Posição dos Fundos Patrimoniais: Apesar de ainda se encontrar numa posição negativa, a melhoria consistente dos fundos patrimoniais consolidados sinaliza uma trajetória financeira positiva e um balanço em fortalecimento.

Desafios:

Fundos Patrimoniais Consolidados Negativos: Embora em melhoria, a persistência de fundos patrimoniais consolidados negativos pode ser percebida como uma fraqueza financeira por alguns stakeholders externos, o que pode influenciar classificações de crédito ou o sentimento dos investidores.

Dependência de Receitas Voláteis: O clube ainda apresenta uma dependência considerável das receitas provenientes de transferências de jogadores e de competições da UEFA, ambas inerentemente voláteis e sujeitas a dinâmicas de mercado e desempenho desportivo imprevisíveis.

Aumento dos Custos Operacionais: O crescimento dos custos operacionais exige um crescimento contínuo e substancial das receitas para manter as margens de rentabilidade, o que representa um desafio de gestão contínuo.

Discrepância Contabilística do "Valor Oculto": A diferença entre o valor contabilístico e o valor de mercado do plantel, embora economicamente positiva, não é totalmente refletida nas demonstrações financeiras IFRS, o que pode levar a interpretações erradas da verdadeira saúde financeira subjacente do clube.

5.2. Avaliação da Sustentabilidade Financeira do Clube

O Sporting CP está, de forma evidente, a avançar para um modelo financeiro mais sustentável. Os resultados líquidos positivos consistentes ao longo de vários anos e a tendência de melhoria dos fundos patrimoniais são fortes indicadores desta transição. A ênfase estratégica no desenvolvimento da formação através do MCJ proporciona uma fonte sustentável de talento, o que, por sua vez, apoia futuras vendas de jogadores e reduz a necessidade de aquisições externas dispendiosas, contribuindo para a estabilidade financeira a longo prazo. A diversificação bem-sucedida das fontes de receita para além dos rendimentos tradicionais do futebol, particularmente no merchandising e nas quotizações, é crucial para construir resiliência e reduzir a dependência do mercado de transferências de futebol, que é inerentemente volátil, e dos prémios da UEFA.

5.3. Considerações sobre o Plano Estratégico a 10 Anos (até 2034) e a "Nova Era"

A introdução de uma "Nova Era" e de um plano estratégico de 10 anos (até 2034) sinaliza uma transição da gestão de crise para uma fase de crescimento e criação de valor a longo prazo. Esta narrativa estratégica visa incutir confiança nos stakeholders sobre a trajetória futura do clube. A mensagem do Presidente sobre um "plano estratégico que reflete o equilíbrio entre sucesso presente e futuro, com metas definidas a 10 anos, até 2034", e a menção de um "novo caminho de alteração de paradigma para o início de uma Nova Era", sugere que o clube se sente agora numa posição de planear um crescimento sustentado. Os resultados financeiros positivos e a reestruturação bem-sucedida da dívida sustentam esta confiança. Esta enquadramento estratégico é crucial para atrair e reter talento, garantir parcerias de longo prazo e manter a lealdade dos adeptos, uma vez que projeta uma imagem de estabilidade e ambição.

A interação entre o capital financeiro e o capital desportivo na criação de valor a longo prazo é um aspeto central. O relatório argumenta implicitamente que a criação de valor a longo prazo do Sporting CP é uma função tanto do capital financeiro (gestão da dívida, geração de receitas) como do "capital desportivo" (academia de formação, desenvolvimento de jogadores, sucesso em várias modalidades). Esta visão holística é crucial para uma entidade desportiva. O relatório detalha os sucessos financeiros (rentabilidade, reestruturação da dívida, crescimento das receitas) e os sucessos desportivos (campeonato, jogadores da academia, títulos em várias modalidades). A ligação entre estes dois tipos de capital é fundamental: o sucesso desportivo gera receitas e valor de ativos (jogadores), que, por sua vez, podem ser reinvestidos para sustentar o sucesso desportivo. Este ciclo virtuoso é vital para a criação de valor a longo prazo num clube de futebol. O sucesso futuro do clube e a concretização da "Nova Era" dependerão criticamente da prossecução contínua da excelência desportiva, da gestão astuta dos ativos de jogadores, da diversificação e crescimento adicionais das fontes de receita e do controlo disciplinado dos custos em todas as operações."

quarta-feira, 25 de junho de 2025

Modalidades: revista da semana


Apenas os leões do futsal ainda estão em actividade, no que se refere às principais modalidades de pavilhão, tendo disputado o segundo jogo da final da Liga Placard na quinta-feira no Pavilhão da Luz e regressando com uma vitória por 3-1, com 2-1 ao intervalo. Foi um jogo em que a nossa equipa entrou desfalcada de Pauleta, por lesão, e Taynan, por castigo, mas onde reapareceu Henrique Rafagnin, mas que não chegou a ser utilizado. Não começaram bem os leões pois com dois minutos e meio jogados um passe mal calculado de Merlim proporcionou um remate dos visitados para a baliza deserta dando o primeiro golo do desafio. E dois minutos depois um passe quase igual, desta vez de Rocha, daria o que teria sido o segundo golo dos adversários, não fosse desta vez Bernardo Paçó já estar na baliza. E foi com estes dois protagonistas que menos de dois minutos depois os leões conseguiram o seu primeiro golo. Bernardo fez um excelente passe para Rocha, que com um bom domínio de bola seguido de uma boa rotação rematou para o 1-1. A 11 minutos do intervalo foi assinalado um golo para o Benfica, mas depois de recorrerem ao vídeo os árbitros perceberam que a bola não tinha entrado totalmente na baliza, pelo que o golo não foi considerado. O jogo estava a ser equilibrado, com oportunidades para ambas as equipas, mas com 11 minutos e meio jogados surge um livre a favorecer os leões, e como habitualmente numa jogada estudada, Merlim soltou a bola para Tomás Paçó que aplicando um potente remate fez o segundo golo leonino. Com ambos os treinadores a pedirem descontos de tempo não tivemos mais alterações no marcador até ao intervalo. A 2ª parte continuou semelhante à 1ª parte, com um jogo muito disputado com os guarda-redes a brilharem. Até que a oito minutos do final Wesley, consegue desarmar um adversário, origina um contra-ataque com um passe para Zicky, que depois de se livrar de um adversário fica cara-a-cara com o guarda-redes, e deixa a bola na frente de Diogo Santos que acompanhou a jogada e só teve de empurrar a bola para a baliza fazendo o 3-1. A seis minutos do fim os visitados passaram a jogar com guarda-redes avançado, a nossa equipa continuou a defender muito bem, os adversários tiveram duas oportunidades muito fortes, mas o resultado não foi alterado. E assim depois da derrota no primeiro jogo, esta vitória voltou a pôr as equipas igualadas em jogos.

Os leões do futsal no domingo voltaram a receber no PJR a equipa do Benfica para disputar o 3º jogo da final da Liga Placard tendo vencido por 5-1, com 3-0 ao intervalo. Ao contrário do desafio anterior não podiam os leões terem começado melhor, pois com 28 segundos jogados Bernardo Paçó defendeu um remate e arrancou para a frente a conduzir a bola até ao meio campo adversário para fazer um potente remate, onde o guardião adversário não conseguiu agarrar a bola e apareceu Merlim a aproveitar o ressalto para inaugurar o marcador. Um minuto depois Zicky recupera uma bola, inicia o contra-ataque cedendo depois a bola a Wesley para este fazer o 2-0, com alguma responsabilidade para o guarda-redes adversário. A partir deste momento ficou um jogo mais equilibrado mas sem mais golos. Com seis minutos e meio jogados o treinador dos visitantes pediu um desconto de tempo, mas que foi bem aproveitado por Nuno Dias pois trinta segundos depois, no seguimento de um lançamento lateral marcado por Wesley, Taynan pôs o marcador a marcar 3-0. Na jogada seguinte os visitantes atacavam quando Tomás Paçó comete falta sobre um adversário, que obrigou os árbitros a irem ver o vídeo, para saberem se seria dentro ou fora da área, tendo decidido que tinha sido fora, mas o que não invalidou que mostrassem cartão amarelo a Tomás Paçó, o que faz com que este nosso jogador não possa alinhar no quarto jogo. Nada mais de importante se passou até ao intervalo. A 2ª parte começou com algum receio que os visitantes pudessem reagir e se aproximassem no marcador para criar alguns problemas, mas com minuto e meio jogado Wesley voltou a fazer uma boa assistência desta vez num canto para Zicky fazer o 4-0. E menos de um minuto depois Merlim introduziu a bola na baliza visitante, primeiramente os árbitros assinalaram golo, mas depois de verem o vídeo consideram que Diogo Santos para recuperar a bola, no início da jogada, usou o braço, quando a bola lhe bateu na omoplata.  Mas não demorou muito Merlim para bisar pois com cinco minutos jogados Merlim faz o 5-0. Com a equipa a pressionar alto Sokolov recupera a bola, passou para Merlim, que com pouco angulo e de longe, fez um potente remate que originou o seu segundo golo. Aos 8 minutos e meio o treinador visitante pôs a sua equipa a jogar com guarda-redes avançado, mas sem resultados práticos pelo que reverteu a situação aos 12 minutos de jogo. Com varias oportunidades para ambas as equipas o jogo abrandou um pouco o ritmo tendo os visitantes obtido o seu golo de honra num ressalto de bola já dentro do último minuto. O 4º jogo desta final da Liga Placard será esta quarta-feira 25 no Pavilhão da Luz, e caso o Sporting perca e seja necessário um 5º jogo este já está previsto para domingo 29 no PJR.  

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