O Sporting comunicou ontem a prorrogação de contrato dos júniores Gélson Martins, Ivanildo Fernandes, Jorge Silva, Luís Elói, Rafael Barbosa e Fábio Martins e dos seniores Mauro Riquicho, Tobias Figueiredo e Sambinha.
Por coincidência estas renovações vêm na sequência do meu último post, onde deixei algumas questões, que me parecem pertinentes, relativas ao planeamento que estará a ser feito para o futebol. Deixo para já este tema para me pronunciar sobre as renovações agora efectuadas.
Tratar o que é diferente de forma igual é a primeira ideia que se extrai e que vem na linha das primeiras renovações efectuadas pela actual administração. O clube oferece contratos longos, a que soma elevadas cláusulas de rescisão a todos os jogadores.
Ora fazê-lo por exemplo, a Tobias e Gélson, jogadores de potencial inquestionável, não é o mesmo que renovar com Sambinha que, além de ter já vinte e dois anos, o melhor que se pode dizer dele é que tem boas condições atléticas e parece ter evoluído desde que chegou ao clube. Isto é, uma apreciação demasiado lata para apreciar um jogador de futebol.
Fica com contrato até aos vinte e cinco anos, com opção até aos vinte e sete. Atendendo ao respectivo valor e ao que é a carreira de um futebolista mais do que um contrato, assemelha-se mais um seguro de reforma.
Para apreciação posterior ficam casos como os de Ivanildo, Jorge Silva ou Éloi, que chegaram recentemente ao clube. As suas performances têm estado longe de ser consideradas exemplares, pelo que a renovação parece ser no mínimo apressada.
Mas se as apreciações de carácter técnico podem ter algum carácter subjectivo há um dado objectivo que me obriga a questionar o planeamento que está a ser feito para o curto/médio prazo para o futebol, especialmente para a articulação imprescindível entre a equipa A e a B e entre esta e os júniores que aguardam a chegada ao escalão principal.
Atente-se ao quadro de jogadores que ainda estão na órbita da equipa B (ver quadro abaixo, dos quais se poderão considerar excluir Esgaio, Gauld, Wallyson, Chaby e Medeiros, mas muito dificilmente entram todos na A),
Defesas: Rábia, Naby Sarr, Jonathan, Sambinha, Domingos Duarte, Riquicho, Sejou King, Jorge Silva e André Geraldes, Esgaio.
Médios: Gauld, Slavchev, Wallyson, Francisco Geraldes, Fábio Martins, Palinha, Fokobo, Medeiros , Chaby e Zezinho.
Avançados: Sacko, Rúbio, Ponde, Mama Baldé, Podence, Gélson Martins, Gazela, Betinho, Cissé, Dramé, Enoh.
Ao total são trinta e um jogadores(!), quase todos eles com contratos bastante longos, a que somarão a breve trecho os jogadores júniores que renovaram recentemente., mais os seniores que já pertencem aos nossos quadros.
Para reflectir.
LdA,
ResponderEliminarIvanildo e Jorge Silva são internacionais pela selecção nacional.
As renovações apesar de seguirem um "guião" tem duração diferentes nalguns casos, outros servem para evitar futuros Brumas e Iloris!
Quanto ao valor das clausulas vi muitas criticas ao SCP mas este ano tem se visto o FCP e o SLB a fazerem exactamente o mesmo com jogadores com clausulas de 45M€ para cima.
Quanto ao número de jogadores com contrato estou curioso e confiante que serão encontradas boas soluções para a maioria dos casos.
SL,
Sérgio,
ResponderEliminarOs dois jogadores foram contratados o ano passado, ainda têm contratos em vigor. Veremos no futuro se a renovação no final da primeira época se justificava. Esperemos que sim, obviamente.
Quanto à duração dos contratos nada a dizer. A questão é saber se justifica prolongar contratos de jogadores que nem sequer se justificava ter contratado. Ou outros, que já cá estando, estão na mesma situação, nunca serão jogadores para o Sporting.
O valor das cláusulas não tem assim tanta importância, pelo menos tanto como, por exemplo, o que vai fazer o clube a tantos jogadores sob contrato.
Vai o clube poder assegurar aos juniores que subam de escalão a possibilidade de competir?
O que vai acontecer aos jogadores que já estão na B há 2 anos?
Quanto aos casos do Bruma e Ilori eles não são iguais embora eu considere que qualquer um deles se poderia ter resolvido de outra forma, embora os negócios efectuados tenham sido excelentes.
Repara que Carrillo, Martintem é Vestida, por exemplo, estão na mesma situação que estava o Ilori no que à duração do contrato diz respeito e também têm estado a jogar. Não estamos a falar de 3 ex-juniores.
O parágrafo final é legítimo e fica a questao no ar. Por um lado, já se percebeu que o percurso entre o escalao júnior, a equipa B e (nos casos de excepcao) a equipa A é tudo menos linear. Alguns (como Tobias ou Mané) conseguem fazer a transicao de forma directa. Outros precisam de um empréstimo para poderem completar a formacao e serem (ou nao) opcoes reais.
ResponderEliminarPor outro lado, parece também evidente que a equipa B deve ter alguma continuidade e penso que uma boa parte de entre aqueles 31 estao lá para ficar a médio prazo (com poucas aspiracoes de chegar à equipa A).
Se o tópico sao as renovacoes em curso (Cédric e Carrillo, ja que Martins e Boeck parecem-me casos onde consideracoes desportivas poderao ter mais peso), parece-me evidente que ambas as partes estao a tentar conseguir o melhor negócio possível. É claro que uma decisao terá que ser tomada até ao Verao e ou renovam ou serao transferidos. Tudo depende daquilo que a SAD entender que pode arrecadar por qualquer um dos dois "versus" a facilidade (ou nao) da sua substituicao no plantel.
Petinga,
ResponderEliminarHá uma necessidade comum entre todos os jogadores que fazem a transição, na verdade entre todos os jogadores, sendo mais aguda nos que estão nessa fase: todos precisam de jogar, não só porque essa é única forma de demonstrarem valor, mas também para consolidarem e evoluirem. E isso tanto pode acontecer na equipa A como na B ou emprestados. Cabe a quem gere abrir-lhes essa possibilidade, pelo menos. Sem ela a possibilidade de o jogador "desaparecer" é enorme.
Ora não me parece que com plantéis extensos isso esteja a ser feito. Especialmente nas categorias base, como a B e júniores.
Interessante que fale na necessidade de jogar em qualquer das equipas. Infelizmente temos visto muito poucas oportunidades concedidas por MS aos jovens da equipa B que já demonstraram mais do que capacidade para, inseridos no grupo habitualmente titular, se estrearem na equipa A. Nao fosse a decisao (muito criticada por certos quadrantes) de abrir a Taca da Liga à equipa B e provavelmente nao teríamos este ano visto Gauld ou Wallyson ou Podence de leao ao peito sem ser na 2a Liga.
EliminarNao sei o tamanho do plantel dos júniores. E duvido que o plantel da B no ano que vem seja de 31 jogadores... haverá seguramente alguns jogadores para colocar a rodar na 1. Liga (assim se encontrem clubes, coisa que nao tem sido até aqui o ponto forte desta direccao)
Petinga,
Eliminarvai tudo correr bem. É uma chatice que haja pessoas de "certos quadrantes" sempre a chatear.
É como o chato do MS que não dá oportunidades ao Wallyson, Guald, etc, e não senta o André Martins, Cédric, Mané, Carrillo, etc. Enfim, a "ladaínha do costume".
Mas alguém falou em sentar André Martins, Cedric, Mane ou Carrillo?
EliminarFalo de ausencias de titulares directos ou momentos com falta de solucoes que simplesmente nao sao aproveitados. E olhe que nao foram poucos. Mas tendo em conta o tom da resposta já percebi que debater e trocar opinioes nao era o seu objectivo. É pena.
Petinga,
Eliminarquem quer "debater e trocar opiniões" tem que revelar mais respeito pela opinião alheia do que o "ladainha do costume" e "certos quadrantes" representa. Mas se usa esta forma de desconsiderar o que outros pensam não se devia melindrar quando as usam consigo.
Relativamente ao sentar quem, lembro só que o futebol ainda se joga apenas com 11 de cada vez. No caso do Sporting infelizmente muitas vezes até é com menos. Os jogadores para quem tantos reclamam tempo são Wallyson, Gauld, Rúbio e até Palhinha. Ora para estes entrarem têm que sair outros. Saindo por exemplo o Adrien não me parece que faça sentido não dar prioridade ao André Martins. Sentar o João Mário para dar lugar ao Gauld? Ou deixar no banco o Montero/Slimani/Tanaka para dar lugar ao Rúbio?
Confio nos jogadores acima falados, mas sou de opinião que há jogadores que estão à sua frente no que a oportunidades diz respeito e que o MS não só tem gerido bem este processo como tem feito um favor a qualquer um dos jogadores de que se fala. O tempo corre a favor deles.
Concordo com a estratégia adoptada pela Direção. Acho que nestas idades, o potencial dos jovens é completamente alterado de um ano para o outro. Quem criava poucas expetactivas às vezes dá nas vistas ou o contrário. É uma estratégia que encerra pouco risco do ponto de vista financeiro num clube com a dimensão do Sporting; basta vender 1 deles bem vendido. A posição negocial do Sporting é fortemente reforçada. Esse sempre foi um problema do Sporting relativamente aos seus produtos da formação.
ResponderEliminarQuanto ao elevado número de jogadores há várias alternativas:
a) Empréstimos a clubes da 1ª e 2ª liga (lobby)
b) Criação de uma equipa C
c) Cedência a clube(s) satélite(s)
SL
Carlos