Wunderbar!
Noite para a história em Frankfurt. De um inicio que parecia confirmar os receios até dos mais confiantes, a uma vitória de sonho, assim se escreve uma noite memorável pelos números e pelo ineditismo. À décima quinta partida ficou quebrado o enguiço.
De facto não podia ter começado pior. Aquele passe de Ugarte quase que nos punha em desvantagem logo no inicio da partida. E, como se não bastasse, porfiamos nos brindes e ofertas, confirmando uma tendência estranha deste inicio de época e que pode ser explicado como falta de confiança instalada pelos resultados adversos. Nesse sentido, uma vitória como a de ontem pode ser a vitamina que estava a faltar para voltarmos ao nível que desejamos e que esta equipa nos habituou nas duas épocas transactas.
Hoje ninguém se lembra da falta de um ponta-de-lança mas sobretudo da
ideia de que Rúben Amorim está ultrapassado e a sua tácita precisar
disto e daquilo. Se há alguém que merece ficar registado na nossa
história como aquele que derrubou a malapata dos jogos na Alemanha é
ele. É uma vitória de autor, uma lição bem dada e que, infelizmente para
nós, o coloca ainda mais na montra dos técnicos mais desejados.
Nada se consegue sem sorte, e ontem ela esteve lá quando foi precisa. Mas também é preciso qualidade e classe para os momentos decisivos. E essas foram também notórias tanto em Adán como em Edwards. Ou em Coates, Ugarte, Pote, Porro, Morita e Trincão.
Desses e de toda a equipa há que destacar a classe de Edwards - um golo, uma assistência - que, apesar de não estar a jogar na posição onde se sente mais confortável, foi o nosso jogador mais perigoso e acutilante.
Ao seu lado fica bem Ugarte com uma exibição marcada por algumas acções desastradas e outras coroadas pela excelência. Foi o jogador da noite da Liga dos Campeões com mais desarmes (10). Mas não só. Segundo dados Goalpoint, o uruguaio teve 14 recuperações de posse, dez acções defensivas no meio-campo contrário e dez desarmes, todos máximos do jogo. Somou ainda quatro intercepções (segundo valor mais alto), três bloqueios de passe, completou as três tentativas de drible e registou o máximo de acções com bola (95). Wunderbar! (maravilhoso). Tal como a vitória alcançada.
Foto: Sapo Desporto
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