O milagre de Santos
Fernando Santos realizou dois milagres à frente da selecção nacional ao conseguir o que nunca antes havia sido feito no escalão sénior: a conquista do Euro e da Taça das Nações. Feitos que o colocarão para sempre na história do futebol nacional, não sabendo nós sequer se alguma vez serão repetíveis, Se o histórico continuar a ser o padrão, os respectivos troféus continuarão por muito tempo sozinhos no pedestal mais alto da sala de troféus federativa.
Essas conquistas parecem cada vez mais longínquas e, a avaliar pelo desempenho da selecção de lá para cá, a sua repetição nem tem direito a sonho. Com excepção de um jogo aqui e acolá, os jogos das equipas do actual seleccionador bem que mereciam o alto patrocínio de uma marca do mais potente dos indutores do sono do mercado.
Se é por gratidão que Fernando Santos se mantém no cargo os valores e os juros entretanto já pagos em desperdício de talento e valor erodido concorrem para desgastar o que foi tão valorosamente ganho. Quem sabe um acordo FPF/Fisco não despoletaria no selecionador o desejo da reforma merecida. Neste momento assistimos ao terceiro milagre de Santos: ao contrário do milagre das Bodas de Caná, está a transformar em vinagre todo o precioso vinho que tem à sua disposição.
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