Ainda não tinhamos visto tudo
Tenho que começar por dizer que a qualidade do jogo do Sporting deixou muito a desejar e nisso houve muito mais demérito nosso do que competência do adversário. Este teve no entanto a capacidade para defender como pôde e marcar um golo no primeiro e único remate efectuado à baliza de Adan no primeiro tempo. Tantos como nós à baliza adversária no mesmo período, o que por si só diz quase sobre a produção atacante da equipa.
Continuamos a ser pouco incisivos e pouco letais, passeando o nosso jogo entre flancos e cruzamentos para... ninguém. Os adversários mais vulneráveis como o de ontem, tendo-nos bem estudados, aceitam de forma mais ou menos consentida o nosso domínio, preocupando-se em selar os acessos pelo centro do terreno, onde o perigo para a sua baliza pode causar maior mossa. Com raras excepções, esta é história da nossa passagem pelo presente campeonato com as equipas de menores recursos e a quem temos obrigatoriamente que ganhar a maior parte dos jogos.
Há no entanto que realçar uma diferença no percurso desta equipa, relativamente ao que foi a primeira volta e está a ser a segunda volta desta Liga: ontem, à semelhança do que já havia sucedido no jogo com o Famalicão, a equipa, mesmo longe de deslumbrar, superou as dificuldades que lhe foram colocadas pelos adversários e somando pontos. Tivesse sido assim, por exemplo, com Chaves, Boavista e este Marítimo (um dos piores jogos da época) e hoje estaríamos todos seguramente mais felizes.
Falando em dificuldades, não podemos deixar de dar os parabéns a Tiago Martins como o adversário que mais dificuldades nos causou. Com uma actuação sonsa, a pretender ser isento e de critério largo, acabou por perdoar um penalty claro, sobre Edwards, com a conivência do VAR, e preferir amarelar os nossos jogadores quando deveria, quase sempre no lance anterior, fazendo vista grossa a faltas idênticas e de maior gravidade dos jogadores do Marítimo.
Nada que surpreenda muito, vindo de onde vem. Se dúvidas houvesse sobre a "qualidade" deste senhor, o lance do golo que acabou por ser anulado ao Marítimo dissipava tudo. Para que foi necessário a intervenção do VAR se o assistente já tinha invalidado o lance? Como é que Tiago Martins, longe do lance, achou que a sua visão prevalecia sobre o assistente, que se encontrava mais perto e melhor colocado? Porque o mandou baixar a bandeira?
De lamentar a infantilidade de Adán. Já vai na terceira época e sabe, ou devia saber, que não se pode expor daquela forma a estes artistas do apito, ainda por cima no dia em que completava 36 anos e muitas horas de experiência. Um ano para esquecer, mas também para aprender.
Mas nem tudo foi negativo: Paulinho é agora um guarda-redes invicto e com o maior número de assistências e golos da Liga. E Franco Israel vai poder mostrar ao que veio
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