Derby: o espelho de uma época
Foram dois Sporting's que ontem estiveram presentes no derby: o da primeira parte serviu para demonstrar que, tal como sempre me pareceu, que o Sporting tem um plantel com bons jogadores e alguns até dos melhores da Liga e que por isso podem exibir do melhor futebol que se vê por cá. A segunda metade serviu para demonstrar o quão curto é esse mesmo plantel, especialmente do meio campo para a frente. Ou se quiserem, o quão grande é o fosso relativamente aos titulares da zona média e avançada do campo.
Há ainda aquilo que me parece ser uma evidência resultante da observação da segunda parte e que se manifesta sempre que jogamos com equipas mais fortes: Amorim precisa de ser menos dogmático na organização da equipa e criar mecanismos que permitam à responder melhor às mudanças tácticas produzidas no jogo pelos treinadores adversários.
Tal como em jogos anteriores o Sporting não conseguiu dar resposta à superioridade numérica que Schmidt impôs na segunda parte, o que encostou à area de Israel e nos impediu de voltar a ter bola. Com as principais tarefas defensivas do meio-campo entregues praticamente a dois jogadores - Ugarte e Morita - o adversário parecia ter jogadores a mais. Pareceu outro jogo.
Não finalizo sem falar na arbitragem. Nomear um árbitro de Braga, com quem disputávamos o acesso ao terceiro lugar e ainda por cima com o histórico de João Pinheiro é pouco inteligente. Os oito minutos dados de prolongamento foram uma aberração muito bem complementada com o erro crasso de Hugo Miguel no segundo golo.
Conclusão: o dérby foi o espelho da época: fomos capazes do melhor e do pior e essa irregularidade, somada à nossa estranha apetência de sofrer golos, quase 1 por golo, explica o quarto lugar.
Os malucos que andaram a avisar de uma série de coisas desde o primeiro dia da época, e que foram chamados de tudo, viúvas, escumalha, etc. já se lhes pode dizer que tinham razão?
ResponderEliminarDepende da forma como o fizeram, não é?
ResponderEliminarClaro que sim. Neste novo Sporting, o modo é mais relevante que a substância. É mais importante ser educado do que dizer a verdade e combater a corrupção.
EliminarDou outro exemplo, é mais importante anunciar casas cheias, mesmo que sejam de adeptos do benfica. Siga.