Jogar no Estoril a pensar no Nápoles?
Para lá das questões inerentes à abordagem mental ao jogo, há que salientar alguns aspectos que parecem merecer atenção:
- Houve uma equipa mais esclarecida enquanto Morita esteve em campo, a sua presença assegurava uma maior fluidez e ligação do jogo.
- Na segunda parte, já sem Morita, o Sporting recorreu às bolas longas, para tentar aproveitar o espaço disponível nas costas da equipa adversária mas quer Debast quer Inácio estiveram particularmente infelizes, perdendo bolas consecutivas sem servir ninguém.
- Esse recurso acabou por matar uma das melhores caracteristicas da equipa de Rui Borges, que tem sido a a variabilidade e consequente imprevisibilidade do ataque.
- Mais por falta de inspiração do que por arte do adversário, as ligações no último terço entre Quenda, Trincão, Pote e Suárez sofreram um curto-circuito permanente contribuindo para a nulidade de oportunidades. no segundo tempo.
- A gestão do esforço de Pote e Trincão deixa algumas interrogações, a mais importante das quais é uma espécie de elefante na sala, sobretudo no caso do segundo. Trincão tem tantos minutos de jogo como os que a equipa tem de jogo jogado, a que se somam noventa da Supertaça, outros tantos para a Champions, mais sessenta e nove na selecção nacional. Oitocentos e trinta e nove minutos, ao todo!
- A entrada de Alison foi um shot de cafeína para uma equipa adormecida que só pecou por tardia.
- A indignação de Rui Borges - “Na segunda parte fomos apáticos, com falta de intensidade” “Se tiver de mudar nove ou dez jogadores, mudo sem problema” - faria mais sentido se a tivesse exercido não só no balneário, mas também no decorrer do jogo.
- Maxi retornou em boa hora. Por muito feliz que tenha sido o negócio Mangas, o uruguaio dá uma outra extensão à ala esquerda que o português não consegue aportar. Foi o melhor jogador do Sporting, dividindo o destaque com Suárez, o jogador que decidiu o jogo, precisamente após assistência de Maxi.
Obviamente que uma reflexão sobre o jogo não pode passar sem uma menção à arbitragem. Não porque o árbitro ou o VAR tenham tomado más decisões, mas porque os nossos adversários, juntamente com os Faustinos desta vida, decidiram cavalgar mais uma onda mediática que os factos não confirmam. O golo é perfeitamente legal, não há qualquer obstrução visual que impeça o guarda-redes de ver a bola partir. Já quanto ao lance em que invocam um pretenso penalty, foi evidente que o jogador do Estoril é que se atira para cima do Maxi quando este já estava no ar e não contrário.
O que se percebe é que as eleições num e a necessidade de não ficar outra vez fora da Champions, a par do incómodo que lhes causa um Sporting bicampeão está a toldar o raciocínio aos rivais e aos seus sicofantas espalhados pelos média.
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