Estabilidade ou liderança?
Durante muito tempo defendi que o silêncio do director desportivo era excessivo, deixando adensar os psicodramas diariamente expostos na imprensa. Ontem ficou evidente que Barbosa geriu mal o seu tempo e, quando finalmente veio a terreiro, já nada do que disse realmente interessava. O barulho à volta da equipa é demasiado grande e as palavras de Barbosa diluíram-se no ruído.
É cada vez mais difícil interpretar os sinais que se recebem do interior do Dep. de futebol do Sporting. Onde uns vêm a mão de ferro de Paulo Bento outros entendem que finalmente existe alguém com coragem de confrontar os jogadores com tiques de primadonnas. Eu duvido que essa seja uma guerra que mereça ser disputada e que até possa ser vencida. Tradicionalmente o jogador quer jogar sempre e acha-se mais merecedor da titularidade do que os seus pares. E onde se sente mais à-vontade é no seu ambiente natural, entre o relvado e o balneário e não em reuniões de gabinetes ou à frente de microfones. Se dúvidas houvesse basta ver a reincidente falta de senso ou até de inteligência de Moutinho. Depois de ter dito que queria sair veio agora dizer que não sabe se entraria ou não no SLB. Por muito que Barbosa se esforce em decretar o arquivamento, este assunto não é nem pode ser esquecido com facilidade pelos sportinguistas. Coincidentemente ou não, desde que Moutinho preferiu falar para os microfones parece ter perdido o jeito de falar com os pés.
Se Barbosa não percebe porque se ganha e as assistências descem talvez seja melhor interrogar-se se, para lá da qualidade do jogo e dos troféus conquistados, a acção e discurso do treinador e dos dirigentes e a postura da equipa correspondem ao que os adeptos deles esperam.
Por muito que se queira bater nos jornalistas que publicam inverdades não foram eles que transformaram a ausência de Vukcevic de opção técnica em falta de aplicação nos treinos, metendo pelo meio um desmentido público de Miguel Ribeiro Telles. Por isso se Veloso e Djaló tiverem sido afastados por razões disciplinares ninguém poderá estranhar. Por muito que custe, são as intervenções fora de tempo ou a falta delas que põe tinta nas parangonas dos jornais. Se isto é estabilidade eu digo que o que nós precisamos acima de tudo é de liderança! Liderança na SAD, no balneário e em campo.
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