A centralização de direitos televisivos promete
Sobre a centralização dos direitos televisivos já sabemos temos pelo menos uma informação importante: Rui Costa prefere que o seu clube fique fora da lei. Ou, pensando melhor, fora-da-lei, mantendo assim uma postura idêntica à do seu antecessor. Para aqueles lados parece que mudou apenas o embrulho, uma vez que as moscas continuam as mesmas. A recente tirada "o SLB não cumprirá a lei, caso se sinta prejudicado" bem como a "visita" aos balneários dos árbitros na final de hóquei, que terá sido determinante na reviravolta dos critérios e do marcador, assim o indicam. A gravidade desta afirmação e o silêncio que se seguiu demonstra como é comprometida a comunicação social e o comentariado nacional.
Obviamente que a partilha dos direitos prejudicará os "3 grandes". Pelo menos numa primeira análise, feitas as contas de merceeiro, com o lápis saído de trás da olheira e rabiscado em papel pardo. Porque tentar perceber que a Liga só crescerá com clubes mais fortes, quem sabe talvez redimensionando a própria Liga (a ideia da redução do número de clubes, medida que requer análise e coragem para implementar, aumentaria o quinhão a receber) à dimensão do reduzido número de habitantes, quase todos com os pés no litoral deste rectângulo, é uma perspectiva muito afastada do umbigo do Rui Costa e do clube que representa. Ou vence o SLB ou não vence ninguém, não é?
A recente diminuição do número de clubes com acesso à Liga dos Campeões
provocou apenas uma reação ridícula, em forma de vídeo, aos organismos
que tutelam o futebol nacional. Antibióticos ou meros paliativos para
esta enfermidade: zero!
Claro que abrir mão de receitas não é propriamente agradável, mas também é verdade que são os "3 grandes" que maior facilidade têm em angariar proveitos extraordinários, por via do poder do seu nome e da grandeza sem comparação do seu número de seguidores. Uma Liga mais forte e competitiva abrirá melhores possibilidades quando chamados a competir internacionalmente.
Na negociação que certamente terá que existir, o Sporting pode procurar contrapartidas para abdicar de proventos que já tem como adquiridos. Nomeadamente nas regras que regulamentam as competições, a justiça desportiva ou a arbitragem, de forma a torná-las mais eficazes, transparentes e de aplicação mais célere. MAs dar apenas por dar e assistir de fora aos habituais silêncios ou conluios dos clubes ditos pequenos, que serão os principais beneficiários da medida, sempre cheios de receio de afrontar o poder é perder tempo e dinheiro.
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