Assim se ganham ( e perdem...) campeonatos
É em jogos como este último contra o Nacional da Madeira que por vezes se ganham campeonatos, Jogos difíceis, enfrentado autocarros estacionados no relvado, sem qualquer jeito ou vontade para fazer mais que defender o nulo, e com pouca inspiração individual ou colectica, quiçá por cansaço resultante da ressaca de uma frustrante jornada europeia. Um jogo cuja obrigação de ganhar sou ganhou ainda mais relevância quando o rival se estatela surpreendentemente minutos antes. Tendo-o ganho, o Sporting reforçou a sua posição de comandante, recuperando os pontos de avanço que dispunha quando o anterior treinador fez as malas. A vitória renderia horas depois ainda mais juros pelo empate do outro rival em casa.
Este jogo pode constituir também uma amostra e servir de caso de estudo para o que o Sporting deve esperar para as próximas visitas a Alvalade de adversários de valor equivalente aos insulares, isto é, quase todos. E, como se viu neste jogo, há ainda muito trabalho à espera de Rui Borges para consolidar processos e ideias e passá-las aos jogadores, de forma a fazer crescer colectivamente a equipa e dessa forma encontrar soluções que não a deixem tão dependentes de rasgos individuais como aquele remate fabuloso de Francisco Trincão.
Esse é talvez o grande desafio desta equipa técnica que, depois de ter superado com bons resultados uma fase que o calendário impôs recheada de compromissos de elevado grau de dificuldade, tem agora em mãos um grupo de jogadores claramente focados, mas muito espremidos fisicamente e com pouco tempo para treinar. Neste jogo com o Nacional foi bem evidente, além da pouca inspiração, erros de execução não forçados. Jogadores como Maxi, Quenda, Trincão e até mesmo Gyokeres executaram ou tomaram decisões que, com outra frescura física, já vimos fazer melhor.
Poucos fins-de-semana são tão profícuos como o que acabamos de viver. O avanço sobre os rivais é importante mas, como ainda há pouco vimos, nada tem de definitivo. Dos 15 jogos que faltam realizar nesta segunda volta devemos contar apenas com o que podemos fazer e, isto dito, quer dizer que temos ser quase perfeitos, não falhando nenhuma das vitórias nos jogos em casa, concedendo quase nada nos jogos que teremos que disputar fora, onde se incluem os jogos em casa dos nossos maiores rivais. Não é fácil mas é de campeão. Ou de BI, como queremos ser.
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