A queda de Quenda
De forma de todo surpreendente os Sportinguistas acordaram com a noticia da venda de Quenda ao Chelsea. Além do momento em que a venda ocorre o clube escolhido acaba por engrossar a surpresa, uma vez que eram já vários os rumores a circular que davam conta que o jogador de estaria já prometido ao Manchester United. Ficam algumas considerações sobre o negócio:
Sobre o timing:
Este é definido pelos intervenientes no negócio e têm que reunir a vontade das três partes envolvidas; o clube, o jogador e o jogador. Assim
Percebe-se a vontade do Chelsea, num movimento muito semelhante a outros que tem executado mercado, em antecipar-se à concorrência.
O jogador resolve o seu futuro, devendo ter assegurado a sua subsistência por um largo período ligando-se a um clube com um projecto desportivo ambicioso, mas revelando a inteligência de perceber que perceber que permanecer mais um ano no seu clube de formação lhe permitirá continuar a crescer num meio protegido.
O Sporting vende um dos seus melhores activos, assegurando assim que não precisa de tratar com urgência o financiamento da próxima época. De igual modo assegura a presença no plantel por mais uma época de um valor seguro no plantel, revelando assim uma preocupação com a gestão desportiva, para lá do negócio propriamente dito.
Porquê agora e por este preço quando o jogador tem uma cláusula de rescisão de 100 milhões de euros?
Agora porque foi quando a proposta estava em cima da mesa e pelos motivos acima aduzidos. Há o risco de o jogador, ainda longe da maturação, mas com muito boas indicações que o colocam nas listas dos melhores da sua idade, se vir a tornar num craque estratosférico. Mas Quenda não o é ainda e aí o risco é também do Chelsea, Nesta fase da sua carreira Quenda é sobretudo potencial que pode ou não vir a confirmar-se, daí que ambos os clubes assumem algum risco e é por isso que o preço se encontrou a meio da tabela. Não faltam exemplos de jogadores que custaram muitos milhões e que passearam o resto da carreira de clube em clube sem provar valor para o peço pago.
Poder~se-ia perguntar também porque o Sporting faz este negócio por este preço quando tem vários jogadores sinalizados pelo mercado e com potencial elevado de gerar grandes receitas. Ora, ao assegurar receitas que lhe permitem encarar o futuro imediato com relativa segurança, o Sporting ganha outro poder negocial que a necessidade de vender lhe retiraria, podendo assim, também gerir de outra forma, os jogadores que pretenderá alienar no futuro imediato ou mais à frente.
Só o futuro permitirá perceber as virtudes e defeitos do negócio, mas é natural que ele seja olhado com reprovação ou desconfiança entre os adeptos. Não deixa de ser verdade que o Sporting acaba de encaixar 75 milhões de euros - se aos cinquenta milhões de Quenda somarmos mais vinte e cinco por Essugo - sem ter que alienar nenhum jogador titular para a próxima época. O próprio Quenda cai fora, mas não já, estará cá no próximo ano, esperamos como ferramenta essencial par continuar a obter resultados.
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