Sporting em modo de sobrevivência
Qualquer espectador menos atento poderia ser levado a pensar – até pela hora inusitada a que o jogo decorreu - que Sporting disputou em Dortmund mais um jogo da Youth League. Por gestão e por lesões a equipa apresentou-se amputada de oito jogadores, a saber: Pote, Morita, Bragança, Gyokeres, Trincao, Geny, Juste e Nuno Santos. No seu lugar jogaram, logo desde o início, João Simões (18), Quenda (17) e Harder (19). Na segunda parte Rui Borges viu-se obrigado a socorrer de Debast (21), Alexandre Brito (19), Afonso Moreira (19) e Lucas Anjo (20) para poder terminar o jogo.
Se é certo que a eliminatória estava já meio perdida pelos segundos 45 minutos da primeira mão, não é menos certo que tamanha sangria nos retira quase totalmente da disputa da vitória, restando pouco mais do que uma apresentação digna, o que me parece ter sido conseguido, num registo de mal menor. Não servindo sequer de consolação, fica também o registo da primeira vez que um clube português não sai derrotado de Dortmund.
O Sporting encerra assim a sua participação na edição deste ano da Liga dos Campeões. O seu percurso ilustra o que tem sido a época até agora: de um inicio de sonho, com resultados pouco valorizados, como os alcançado antes Lille e PSV, até ao sonho da qualificação directa, para acabar em modo de sobrevivência, face ao momento actual, num registo de “o que mais nos irá acontecer”, com João Simões e Hjulmand a juntarem-se ao lote de lesionados.
Uma nota final para os jogadores e equipa técnica de Rui Borges: perante tanto infortúnio pouco mais lhes é possível pedir do que aquilo que vêm fazendo. Têm sido uns verdadeiros leões. Por isso merecem o nosso apoio massivo onde quer tenham que jogar como, por exemplo, já no domingo na Vila das Aves.
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