Foi muito infeliz a viagem do Sporting a Moreira de Cónegos. Não foi feliz no alinhamento da equipa, não foi feliz nas alterações efectuadas posteriormente. Uma vez que a questão da arbitragem foi amplamente abordada após o jogo devo dizer que nessa infelicidade não se pode incluir a actuação do árbitro, porque foram várias as decisões que foram julgadas a nosso favor que poderiam ter outro julgamento, incluindo o lance do golo que nos deu o empate.
Nenhuma equipa joga sempre bem em todos os jogos de um campeonato, mas a diferença entre o sucesso e a falta dele está muitas na superação dos jogos menos conseguidos com resultados favoráveis. Neste aspecto o presente campeonato até não estava a correr mal: os jogos com o Estoril, Setúbal e até Tondela não tinha sido muito felizes mas os três pontos acabaram por ser conseguidos, o que não se veio a verificar em Moreira de Cónegos. Perder pontos com uma das equipas mais débeis da liga é um capitulo muito comum na nossa história de campeonatos por ganhar.
Este foi talvez o pior jogo do Sporting até ao momento. O Sporting nunca se conseguiu adaptar às condições do campo reduzido e do relvado e deixou que o jogo corresse quase sempre de forma confortável para o adversário. Várias foram as vezes que o Moreirense pôde beneficiar da desorganização da equipa para lançar perigosos contra-ataques e quase nunca se viu um Sporting esclarecido e controlador dos melhores jogos desta época. As dificuldades em organizar o nosso ataque foram tantas que Dost praticamente não visou a baliza adversária e Patrício acabou por ser mais vezes chamado ao jogo que o guarda-redes do Moreirense.
O terreno curto e relvado demasiado solto e mole pediam uma equipa compacta e muito reactiva mas quem joga com Alan Ruiz está logo a pôr-se a jeito, parece jogar sempre com um jogador a menos. Com a agravante das ausências de Acuña e Battaglia deixarem William Carvalho e Bruno Fernandes demasiado expostos, até porque Gélson e Bruno César estiveram muito longe na oposição aos adversários e nada esclarecidos a sair com bola.
Já a perder, a reacção de Jesus a partir do banco acentuou a infelicidade que marcou esta partida. O Sporting estava sem organização e relevância no meio-campo e, ao preferir Doumbia, o treinador mais não fez do que facilitar a vida a Manuel Machado, um treinador especializado em parar a nossa equipa. (14 jogos, 2 vitórias, 7 empates, 5 derrotas). O jogo não estava para Doumbia, porque não havia espaço e a bola não chegava jogável, e Doumbia não estava para o jogo, andando perdido entre os centrais.
O que o jogo pedia era mais inteligência ou sem esta pelo menos mais presença física a meio-campo e não mais um jogador desligado da equipa e sem que esta o conseguisse servir, como já estava a acontecer com Bas Dost. Nesse sentido a entrada de Iuri Medeiros foi completamente inútil, muito por culpa do próprio, que tarda em aproveitar as oportunidades. Não estranha por isso que este tenha sido também o jogo mais apagado de Bruno Fernandes. Sem a presença física protectora de Battaglia e sem dividir as atenções dos adversários com as acções de Acuña, não conseguiu impor a qualidade das suas acções.
Como é evidente não perdemos o campeonato, da mesma forma que não o havíamos ganho só porque tínhamos ganho os primeiros seis jogos. Mas sabemos bem que é em jogos destes, com equipas pequenas, com jogos mal abordados desde o seu inicio que se perdem os campeonatos.
Estava-se mesmo a ver que nem com 6' de descontos ia dar sempre para ganhar. A verdade é que já andava a ameaçar há muito tempo. De resto numa semana terrível vamos ver no que dá o jogo contra o Porto. De longe o mais importante.
ResponderEliminarAo estado a que o futebol português chegou confesso que o meu único fetiche actual já é ouvir JJ sempre que as coisas correm mal. Chega a ser hilariante. Ninguém diria que JJ é o treinador do SCP quando as coisas correm menos bem à equipa.
ResponderEliminarEstá no contrato. Quando perde vira comentador. Para poder malhar à vontade. Que é como quem diz, em todos menos no brinca na areia.
EliminarCaro Leão de Alvalade,
ResponderEliminarJorge Jesus continua a insistir no Alan Ruiz que não tem qualidade nenhuma p/ jogar no Sporting. Há que despachá-lo no mercado de Inverno, nem que seja por 1/2 milhões menos do que foi comprado. É um verdadeiro "flop".
Demos 45 minutos de avanço e na 2ª parte, c/ o adversário + recolhido e s/ qualidade pelo jogo nas alas, onde Bruno César nada fez e Iuri muito -, e Gelson pareceu-me em dificuldades físicas... não deu p/ muito mais. Que lhes sirva de lição p/ entrarem + espevitados e c/ + dinâmica em todos os jogos.
Agora só 1 solução p/ voltar à liderança: Ganhar ao Porto dia 1. Há que aproveitar o factor casa e também o facto do FC Porto jogar sempre a medo em Alvalade (não é c/ Sérgio Conceição que isso vai diminuir...), e não inventar colocando Doumbia no ataque c/ Bas Dost p/ contrabalançar a força de Marega e Aboubakar. À semelhança de anos anteriores nestes duelos contra os azuis e brancos, 45 minutos de domínio tenho a certeza que vamos ter. Há que aproveitar esses 45 minutos p/ ganhar o jogo e manter o equilíbrio nos outros 45.
Se esta equipa, este treinador, querem realmente mostrar que querem tomar a dianteira do campeonato e assumirem-se como a equipa + forte e candidata a vencer a prova, há que dar tudo por tudo p/ vencer o Porto e do 1º lugar não + lá sair. Não cometer os mesmos disparates das últimas jornadas (vulgo inclusão de Alan Ruiz por ex.), apostar em jogadores experientes e c/ grande capacidade como Doumbia e jogar c/ + intensidade desde o apito inicial. Como já aqui escrevi temos o facto do FC Porto ter sempre tremendas dificuldades no nosso estádio, até + do que no estádio da Luz segundo os últimos registos, na minha opinião proveniente do Porto não encarar c/ a mesma garra e disponibilidade os jogos em Alvalade do que na Luz, decorrente do fraco registo competitivo em termos de títulos do Sporting na última década, e convenhamos, a rivalidade pelo título + usual nesta última década ser Porto X Benfica.
Cumprimentos.
Pois é!
EliminarInsistir repetidamente no mesmo erro não chega a ser de burro. Até os animais (os outros) aprendem por repetição.
SL