Quem olhar apenas para o resultado que o Sporting acaba de conseguir ante o Feirense não conseguirá aperceber-se da superioridade exercida num largo período de tempo, onde inclusive chegou à vantagem com golos resultantes de belas execuções. Ficará apenas com a ideia das dificuldades sentidas pela equipa nos momentos finais, especialmente depois de sofrer um golo (mais um) revelador das nossas dificuldades em defender. Comparado com o que vimos o ano passado até parece que mudamos o sector defensivo, quando foi precisamente este o que beneficiou de maior estabilidade.
Em dia de aniversário Paulo Oliveira recebeu a titularidade como uma prenda inteiramente merecida e que acabou por justificar. Faltará apenas trocar de posição com Coates para ficar mais confortável e poder subir um pouco a sua participação na saída de bola, o que está longe de ser o seu forte.
Quem regressou também à titularidade e a um nível mais próximo do que se lhe exige foi Alan Ruiz, demonstrando mais do que apenas um bom remate, que era tudo o que se tinha visto até agora. O passe para o segundo golo é delicioso e a repetir. Falta-lhe agora maior intensidade e participar mais nas restantes fases do jogo que não apenas quando a bola lhe chega aos pés.
Quem tarda em justificar a chamada e mesmo o regresso é Elias. O contraste entre o que é a equipa com Adrien e com o brasileiro é tão grande que por mais benevolente que se queira ser na apreciação é impossível não concluir sobre a fraqueza das suas prestações. Defensivamente a sua participação é quase nula, explicando-se assim em parte como é que a equipa perde o controlo do jogo de forma contrastante neste jogo com o que vinha fazendo até então.
A descida a pique nos últimos minutos mais do que um problema de deficit
físico ou de menor qualidade deste ou daquele jogador parece ser também de origem ordem anímica pelo que a ida às termas (o
Sporting vai cumprir um mini-estágio num lugar absolutamente paradisíaco, Vidago) desde que bem aproveitada, tem tudo para se justificar neste momento.
Este foi um mês terrível para o Sporting (4 derrotas, duas saídas de provas onde queríamos ir longe), é apenas a terceira vez que chegamos ao intervalo a vencer e a segunda vez (!) que conseguimos ganhar consecutivamente e já vamos com 25 golos (!) sofridos. Dados que revelam a nossa irregularidade, talvez a palavra chave do nosso campeonato até agora.
Mas nem tudo é negativo, ficamos mais próximos do segundo lugar e a depender apenas de nós para o reconquistar e Bas Dost com categoria e números (melhores em média do que os de Slimani, quem diria?) lidera já a lista de melhores marcadores.
Excelente análise. Resultado enganador face à qualidade muito elevada dos primeiros quarenta e cinco minutos e um apagão entre o minuto 60 e o fim do jogo. JJ salientou o facto de a equipa ter recuperado o domínio do jogo depois da entrada do Brian Ruiz. Não me pareceu. Conseguimos alguns contra-ataques que deveríamos ter aproveitado, mas estávamos sem forças. Alain Ruiz mostrou neste jogo qualidades que ainda não tinha exibido. O passe para Bas Dost é de grande nível. Fez um excelente remate e participou no jogo da equipa. Depois estourou. JJ referiu que ele não tem 90 minutos nas pernas. Terá para metade, mas pode ainda ser útil.
ResponderEliminarQue saudades de Paulo Oliveira rápido nos cortes, imbatível no jogo aéreo, com evidentes dificuldades na saída de bola, porque, como refere o Leão de Alvalade, trocar com Coates para usar o seu melhor pé. Muito superior a Douglas, português, jovem, terá feito hoje 25 anos. Excelente Campbell. Um dos melhores em campo. Gelson sobre o fraco, está claramente desgastado. Sem Adrien o meio-campo do Sporting defende muito mal porque Elias está a milhas do português. Ponham o Palhinha e a coisa mudará para melhor.
JJ nos comentários ao jogo referiu um aspecto que o preocupa: o facto de ser sempre Bas Dost a marcar os golos do Sporting. Preocupa-nos a todos.
JG e Leão,
Eliminarconcordo em muito com ambos.
Oliveira não é central de equipa grande mas em antecipação é muito forte e permite à equipa jogar mais subida. A saída de bola é fraca, mas é bem melhor que Douglas.
Por acaso até acho que JJ tem razão nisso do B. Ruiz. Voltámos a ter bola e a circulação voltou a ter qualidade. Só que Alvalade já estava muito nervoso e não terá ajudado a falta de cabeça de Ruiz e Gelson nos lances em que surgiram isolados (sendo que no de Gelson o jogo teria que ter terminado ali e não com a expulsão de Elias e mais um lance de perigo para a nossa área).
o que BdC e JJ deviam preocupar-se era com isto:
- cada ano que passa, apesar do investimento ser cada vez maior, o plantel tem menos qualidade.
um grande abraço
90' que explicam bem a classificação actual do SCP. E sem Adrien, depois de não sei quantas contratações para o meio-campo, não passamos de uma equipa de meio da tabela. A acabar de aflitos com o poderoso Feirense. Isto a meio da época. Quando já nem JJ se atreve a recorrer ao "é preciso mais tempo. Agora o que era preciso era uma autêntica derrocada de quem vai à frente. Mas como já correram com JJ não se avizinha nada fácil.
ResponderEliminarComentava ontem com um amigo ao final da noite e sem ter visto grande parte dos segundos 45 min., o problema do Sporting não é a ausência do Adrien é a entrada do Elias.
ResponderEliminarNo jogo de Guimarães estava com a essa sensação ainda com 2-0 e antes do descalabro, do nada Elias marca aquele golão entre as várias coisas que me passaram pela cabeça no momento destaco duas, o pior em campo não merecia um prémio destes e ganhou um folgo para continuar a ser opção e continuar a ser uma nulidade.
Boa noticia, foi expulso, não vai incomodar a equipa em Chaves.