Sporting 1 - Linz 4: Austríacos impõem confinamento compulsivo
Pela expressão dos números e pelo significado e repercussões da mais variada ordem a derrota de ontem ante os austríacos do Lask Linz foi particularmente dolorosa. A somar-se a esse facto o consequente afastamento tão prematuro das competições europeias com as suas consequências financeiras e para prestigio do clube. Mas retirados os números a passagem dos austríacos foi tudo menos uma surpresa.
Neste momento o Linz é superior colectivamente, tem a sua preparação mais adiantada enquanto o Sporting além de uma pré-época com pouca competição viveu os quinze dias que antecederam a eliminatória de forma atribulada. Os sinais de que a equipa vinha deixando nos jogos particulares e oficiais anteriores de que este jogo chegava demasiado cedo para o Sporting acabou por se confirmar.
É verdade que o Linz foi afortunado na forma como alcança a goleada mas essa sorte foi construída com muito trabalho, algum dele sendo competente e eficaz a aproveitar os nossos erros e outro tanto a jogar desde o inicio com todas as armas disponíveis. Ao invés, o Sporting foi muitas vezes demasiado macio face à dinâmica imposta pelo adversário, respondendo muitas vezes com passividade, como se viu na forma como defendeu o canto que dá origem ao golo sofrido logo no incio do jogo. Para completar o quadro, reincide no erro logo no inicio da segunda parte e é atirado borda fora por outro de dupla consequência: expulsão de Coates seguida de golo.
Ora para discutir a eliminatória esta sucessão de acontecimentos era exactamente o oposto do que a equipa necessitava. O Sporting inicia sempre ambos as partes do jogo em desvantagem. Na primeira ainda logrou recuperar e chegar ao empate, na segunda tudo o que de mal podia acontecer sucedeu.
Mais do que o resultado final é toda a participação da equipa a deixar muitas interrogações a Rúben Amorim. Agora confinados às provas nacionais ficam muitas dúvidas que a macieza exibida ontem, particularmente no ultimo terço, seja a abordagem indicada para enfrentar as equipas do burgo, cujo jogo físico é muitas vezes o único argumento para se opor à nossa pretensa superioridade técnica.
Mas, retirando o alto preço a pagar pelo afastamento prematuro, este confinamento forçado significa a possibilidade de nos concentrarmos na Liga, uma vez que o momento e o plantel parecem recomendar concentração total por parecer óbvio não haver rabo para tanta cadeira.
Há muito tempo, que o futebol do Sporting está em confinamento...
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