SLB 2- Sporting 1: faltou a soncise que sobra a Soares Dias
Do derby de ontem ficou para memória futura uma das derrotas mais cruéis de que tenho memória. Cruel não apenas por ter acontecido depois do tempo regulamentar, mas porque até aí o Sporting tinha sido sempre a melhor equipa em campo e nem a inferioridade numérica nos havia tolhido perante um adversário cheio de recursos e a jogar em casa.
Há, contudo, que não perder a oportunidade de aprender com a dura lição de ontem. Se o Sporting ficou a escassos minutos de consolidar a sua posição de líder com seis pontos de vantagem, transformando isso numa igualdade pontual, cedendo também pontos a outro concorrente, deve também olhar para dentro para perceber o sucedido.
Até ao fim do tempo do tempo regulamentar o Sporting foi quase sempre a melhor e a equipa mais esclarecida em campo. Se depois de alguns momentos iniciais do encontro andamos um pouco em palpos de aranha isso também se deveu mais ao nosso demérito, parecendo ter acusado a pressão do ambiente à volta, a verdade é que acabamos por regressar ao nosso melhor, fazendo uma exibição personalizada e segura.
Mesmo depois da expulsão de Inácio, e ao contrário do que tinha acontecido, por exemplo, no jogo da Liga Europa, na Polónia, o Sporting não perdeu a personalidade nem se desorientou, pelo menos até ao momento das substituições. Claro que hoje, à posteriori, é fácil apontar outras opções a Rúben Amorim, especialmente no que diz respeito à entrada de Paulinho.
A verdade é que a saída de Edwards já nos havia diminuído a possibilidade de manter o adversário em sentido, porque era o nosso jogador mais capaz de apoiar Gyokeres e esticar o nosso jogo na frente. E, ao invés de Paulinho, que Amorim explicou dever-se à necessidade de maior apoio aéreo atrás, precisávamos de alguém que emprestasse maior capacidade de reação da equipa no sentido de recuperar a bola se possível ou pelo menos contrariar o natural ascendente adversário e o Paulinho não tem essas características.
Tudo haveria de soçobrar num par de minutos fatídicos. Certamente que o cansaço retirou o discernimento para defender de outra forma a jogada que dá origem ao primeiro golo. E foi a falta de discernimento que nos faz procurar ir à frente que nos faz sofrer um golo em contra-ataque, já com o tempo esgotado. A perda de bola Hjulmand e o desposicionamento de Nuno Santos, ditaram o insucesso.
Faltou-nos a sonsice que sobra a Soares Dias na forma como conduz os jogos. Naquele prolongamento não podia “ter havido jogo”. Ao invés, ainda tentamos jogar quando devíamos estar a fazer um concurso para ver quem conseguia mandar a bola para o Colombo. Maior controlo emocional associada à matreirice são ferramentas que fazem também os campeões.
Sobre a arbitragem tudo está resumido numa palavra: sonsice. Desta vez conseguiu mais um feito provavelmente único na carreira de qualquer árbitro: assinalar apenas uma falta a uma equipa em quarenta minutos nun derby. Sob uma capa de autoritarismo manobra os cartões de forma a condicionar uns para ajudar outros. O ódio ao Sporting que expressa na forma como nos prejudica sempre que pode é já célebre e notório. Da outra vez em Braga não conseguiu os seus intentos, quando expulsou de forma ridícula Inácio. Vamos ver no final do campeonato se desta feita logrou os seus intentos.
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