O Gyokeres sueco e o Gyokeres de verde e branco
Quem viu o Gyokeres ontem em Guimarães não viu o Gyokeres do Sporting. Provavelmente foi o mesmo Gyokeres que andou a passear nas Ligas inferiores inglesas e um ano na alemã sem despertar grande cobiça, mesmo reconhecendo-lhe algum potencial.
Ora isso falo muito alto por quem o descobriu e recomendou a Rúben Amorim. E diz muito também do trabalho que Amorim tem feito com ele, polindo-lhe os defeitos e potenciando-lhes as qualidades. Um verdadeiro trabalho de ourives. O potencial do jogador está lá, mas para lhe extrair o valor que vai demonstrando é preciso criar as condições para o fazer brilhar. E é isso que Amorim tem conseguido, com os resultados que se conhecem. O mesmo, aliás, que sucedeu com tantos outros jogadores que têm passado pelas mãos de Amorim, abrindo-lhes horizontes às suas carreiras, com um impacto vultuoso nos nossos cofres.
Talvez demore algum tempo até voltarmos a ter um jogador com tamanho impacto na Liga. Os números são avassaladores e não se esgotam no número de golos e assistências, estendem-se também à quantidade de vezes que já foi considerado o melhor em campo. Aconteça o que acontece no próximo ano, é certo que Gyokeres criou uma marca (potenciada pelo gesto após o golo) que perdurará na nossa memória.
Claro que há a quem interesse olhar para o Gyokeres da selecção sueca para diminuir seu valor e sobretudo a sua importância. Porém os números desmentem a ideia que lhe querem colar de jogador vulgar, quando o goleador sueco marcou repetidamente os golos a todas as equipas grandes e em todas as competições onde participou. Esses, os golos, são vento que leva as palavras que tresandam a despeito e ressabiamento e, quem sabe, também receio.
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