A dificil vitória do Sporting quando "o futebol está doente".
Já se antecipavam muitas dificuldades para o Sporting na deslocação aos Açores. O Santa Clara é uma das equipas mais defensivas do nosso campeonato, sobretudo quando enfrenta os chamados “grandes”, facto que lhe tem valido pontos importantes. Para tornar a tarefa ainda mais difícil, o jogo decorreu imediatamente após um encontro da Champions, partidas exigentes tanto do ponto de vista físico como emocional.
O Sporting não realizou uma exibição brilhante, o que surpreende apenas quem não acompanhou a partida. Exceptuando os minutos finais, o Santa Clara limitou-se a defender: cedo chegou ao golo e mais tarde empatou, procurando depois manter o resultado. Quase o conseguiu não fosse o golo tardio do capitão Hjulmand, originado num canto cujo desenlace já merece discussão que entrará para o top dos lances mais polémicos de sempre.
O erro na marcação do canto que deu origem ao golo não admite debate. É uma dessas coincidências do futebol: o Sporting beneficiou de doze cantos, só um foi bem aproveitado e os restantes foram desperdiçados, alguns de forma quase infantil. Mas talvez a coincidência mais estranha resida no erro do árbitro, que, tal como no clássico com o FC Porto, não assinalou cantos e aplicou amarelos inadmissíveis a vários jogadores sportinguistas. O auxiliar, momentos antes e à vista de todos, ignorou uma gravata sobre Trincão(?) que daria um livre perigoso e um cartão amarelo justificável. Perante a azia instalada, o árbitro João Gonçalves deve ser, a esta hora, um dos mais afetados pelo incómodo do foro gastrológico.
Não é preciso vasculhar muito nos arquivos para encontrar decisões semelhantes que resultaram em golo, quer quando nos prejudicaram quer quando beneficiaram rivais. É curioso notar a memória seletiva de alguns dirigentes. O recém-eleito presidente do Benfica afirmou que o futebol português está doente — uma declaração singular se lembrarmos que, enquanto vice-presidente, nunca denunciou as várias suspeitas e casos que ainda assombram o futebol nacional. Saco azul? Emails? Vouchers? Operação Lex? E-toupeira? Jogos viciados? Mala Ciao?
Já a postura do FC Porto é ridicula, o que não surpreende num clube que anunciou uma lufada de ar fresco para fora mas no interior o bafio é o mesmo que vem dos anos 80. Ao manifestar apoio aos árbitros, a equipa entrou em campo fora de tempo, num gesto que parece mais teatral do que sério. O discurso do treinador repete fórmulas antigas de confrontação; no lema “Contra tudo e contra todos” está omissa uma a sua imagem de marca: “vale tudo”.
Talvez a verdade seja simples: quando o Sporting era apenas espectador nos êxitos alheios, a indignação era menor. "Precisamos de um Sporting forte", lembram-se? O problema dos nossos rivais é que agora também têm de contar connosco. E, no final, há apenas dois lugares para a Liga dos Campeões.
O Sporting não realizou uma exibição brilhante, o que surpreende apenas quem não acompanhou a partida. Exceptuando os minutos finais, o Santa Clara limitou-se a defender: cedo chegou ao golo e mais tarde empatou, procurando depois manter o resultado. Quase o conseguiu não fosse o golo tardio do capitão Hjulmand, originado num canto cujo desenlace já merece discussão que entrará para o top dos lances mais polémicos de sempre.
O erro na marcação do canto que deu origem ao golo não admite debate. É uma dessas coincidências do futebol: o Sporting beneficiou de doze cantos, só um foi bem aproveitado e os restantes foram desperdiçados, alguns de forma quase infantil. Mas talvez a coincidência mais estranha resida no erro do árbitro, que, tal como no clássico com o FC Porto, não assinalou cantos e aplicou amarelos inadmissíveis a vários jogadores sportinguistas. O auxiliar, momentos antes e à vista de todos, ignorou uma gravata sobre Trincão(?) que daria um livre perigoso e um cartão amarelo justificável. Perante a azia instalada, o árbitro João Gonçalves deve ser, a esta hora, um dos mais afetados pelo incómodo do foro gastrológico.
Não é preciso vasculhar muito nos arquivos para encontrar decisões semelhantes que resultaram em golo, quer quando nos prejudicaram quer quando beneficiaram rivais. É curioso notar a memória seletiva de alguns dirigentes. O recém-eleito presidente do Benfica afirmou que o futebol português está doente — uma declaração singular se lembrarmos que, enquanto vice-presidente, nunca denunciou as várias suspeitas e casos que ainda assombram o futebol nacional. Saco azul? Emails? Vouchers? Operação Lex? E-toupeira? Jogos viciados? Mala Ciao?
Já a postura do FC Porto é ridicula, o que não surpreende num clube que anunciou uma lufada de ar fresco para fora mas no interior o bafio é o mesmo que vem dos anos 80. Ao manifestar apoio aos árbitros, a equipa entrou em campo fora de tempo, num gesto que parece mais teatral do que sério. O discurso do treinador repete fórmulas antigas de confrontação; no lema “Contra tudo e contra todos” está omissa uma a sua imagem de marca: “vale tudo”.
Talvez a verdade seja simples: quando o Sporting era apenas espectador nos êxitos alheios, a indignação era menor. "Precisamos de um Sporting forte", lembram-se? O problema dos nossos rivais é que agora também têm de contar connosco. E, no final, há apenas dois lugares para a Liga dos Campeões.

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