Renegociar com os bancos, encontrar parceiros fora da Banca e rentabilizar o património do Clube, mesmo aquele que já foi vendido.
O dossier mais pesado deve estar, pela urgência, na renegociação do empréstimo obrigacionista de 20 milhões de euros, que ninguém se parece lembrar, mas que caduca este ano e afigura-se difícil quer de renegociar quer de renovar na actual conjuntura económica.
O dossier VMOC´s, que finalmente está claro como a água que compromete a maioria do capital da SAD, tem alguns anos para impor as suas consequências, mas também me parece que seria melhor tentar prevenir já – este já quer dizer depois de preparada a nova época e “digeridos” outros dossiers – para não ter que remediar depois.
Encontrar parceiros fora do arco bancário é fundamental pelo que seria útil ouvir Braz da Silva, Bruno de Carvalho e Pedro Baltazar, caso estes assim se disponham. A revitalização do espaço há volta de Alvalade, mesmo do património que já foi vendido é uma boa medida, em particular o Alvaláxia. O espaço antes ocupado pelo velhinho Alvalade também podia receber um facelift, enquanto aguarda urbanização.
Não podemos olhar só para o lado do passivo e da Banca, temos de olhar também para os sócios, um Clube sem sócios não funciona e por isso temos de melhorar a nossa relação com eles. E para isso é necessário investir numa equipa ganhadora, com bons resultados, que os faça voltar... é um ciclo vicioso. É nossa obrigação tentar chegar aos 123 000 sócios da Era João Rocha.
Era este um dos principais problemas diagnosticados há muito tempo, ouvir isto da boca do presidente não pode deixar de ser considerado um bom principio que deve, obviamente, ser complementado quer pela prática dos dirigentes quer pela pro-actividade dos Sportinguistas. Os 123 000 sócios, quando se fala nos actuais 30 000 pagantes parece-me ambicioso demais no curto prazo. Metas mais realistas mas devidamente escalonadas no tempo fazem mais sentido.
Potenciando o património do Clube e fazendo parcerias na compra dos passes de jogadores e na reactivação do Fundo de 15M € que estava cancelado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), e fazendo acordos para o investimento na compra de novos passes, com parceiros e fundos já existentes.(…) Um fundo novo faz sentido dentro de 2/3 anos. Temos de comprar jogadores e colocá-los numa montra, nacional e internacional, e valorizá-los para depois fazer mais-valias na venda. Não vamos vender jogadores à pressa para resolver o problema de tesouraria do Sporting, assim nunca construiremos uma equipa candidata ao título.(…)
No fundo isto é o que já fazem o FCP e o SLB e que o Sporting não tem conseguido fazer, acima de tudo porque, do ponto de vista desportivo, não se tem “oferecido” como parceiro fiável nem tem sido competente nas decisões.
Reactivar o novo fundo de 15 milhões é uma medida de recurso e a constituição de um novo, com um plantel que se estima mais valioso – isto é, com jogadores capazes de prometer valorização e logo mais-valias, e não jogadores maioritariamente em fim de carreira – parece-me uma medida acertada. O Sporting não vai corrigir nos 3 meses que faltam para o inicio de época a imensidão de erros que se cometeram em particular nos últimos 2 anos. À pressa já vendemos Moutinho, Liedson, Veloso, 50% de Dier e Tobias, etc.
O relvado não muda.
As cadeiras verdes é um fait divers, eu quero é encher o estádio. O nosso objectivo é voltar a vender gamebox na ordem dos 34 000. Estou mais preocupado em investir na equipa de futebol. Se os concertos deixarem de ser uma opção, pois só rendem cerca de 125 000€ cada e não compensa, podemos, sim, pensar em fechar o túnel, mas temos de ver se é prioritário. E neste momento a prioridade é o investimento no futebol.
É quase “lapalissiano”. As cadeiras estão longe de ser prioritárias, como dizia o LMGM, se estiverem ocupadas ninguém sabe de que cores são. 125.000€ seria uma receita interessante (inclui a mudança do relvado?) mas pouco significativa, tendo em conta os problemas que projectam no relvado. E o fosso é de facto inestético mas está longe de ser uma prioridade o seu fecho. E não se me afigura que no imediato o Sporting consiga o acordo com o projectista, o que requererá ou indemnização ou pagamento de serviços. Tomás Taveira já nos esmifrou o suficiente.
Só queria falar do pavilhão depois de conseguir a verba necessária. Interessa-nos o financiamento total, depois olhamos para o projecto e pensamos na execução. O valor global, já com a recuperação do multiusos, anda na ordem dos 12/13M €. Estamos a falar com a CGD, em duas semanas espero já ter essa garantia.
O financiamento total seria ouro sobre verde, mas que o hóquei patins de Gilberto Borges não seja esquecido ou que se arranje uma alternativa mais próxima quer do ponto de vista físico quer do ponto de vista afectivo. A construção do pavilhão é crucial na recuperação da mística do clube.
(A providência cautelar) condiciona.
Pois claro que condiciona. Ela foi colocada para condicionar e pode até “aleijar” o Sporting.
Já o tinha dito aqui várias vezes. Atente-se no que disse BdC aos seus apoiantes:
"A Providência como acto primário é muito difícil que seja aceite. Não porque não houve gravissimas irregularidades e viciação dos resultados mas o que na lei se chama "prejuízos decorrentes da decisão". Isto é, apesar de haver indícios de irregularidades, como a providencia não resulta em novas eleições ou na definição de um novo vencedor (porque por lei não tem esse papel) existe forte possibilidade de ser indeferida, mas a decisão é do tribunal.
A Providência Cautelar apenas serve para anular a deliberação da Assembleia Eleitoral de dia 26 de Março de 2011 e não para impugnação das eleições. A ser deferida os novos orgãos sociais deixam de estar empossados voltando a ficar no Clube os orgãos sociais antigos. A partir dai terá de se esperar pelo processo principal de Impugnação para voltar a haver eleições.
Estranho é que tendo consciência disto mesmo assim se interpôs a providência cautelar. E mais estranho é que ninguém, em particular os apoiantes desta medida, que não é a mesma coisa que dizer os que votaram em Bruno de Carvalho nada digam ou se atrevam a gritar aos 4 ventos “O Sporting somos nós!”.