Guerra aberta entre CD e MAG
A decisão de dar provimento à realização da AG solicitada pelo movimento Dar Rumo ao Sporting é apenas mais uma batalha na guerra entre a MAG e o CD e, por isso, dificilmente constituirá uma surpresa. Mas significa também uma escalada e a passagem de uma fase de guerrilha para uma guerra aberta e declarada.
A uma direcção claramente descredibilizada e a viver o seu momento mais baixo junto dos sócios e até da opinião pública, junta-se uma MAG claramente comprometida com um dos muitos lados. (Só alguém muito ingénuo pode pensar que as declarações de um dos
promotores da AG e a marcação de uma conferência de imprensa de Bruno de
Carvalho antes de ser tornado público que ia ser dado provimento ao requerimento, foi fruto do acaso e não correspondeu ao seu conhecimento prévio). Ambos os factos e o desenvolvimento da própria guerra estão a magoar profundamente a imagem do Sporting.
Dar Rumo ao Sporting
Desde o seu lançamento que manifestei a minha oposição à oportunidade da realização da AG por razões que aqui fui explicitando e que não me parece tenham deixado de existir. A situação da equipa de futebol no campeonato está longe de estar consolidada num patamar mais seguro, como o último jogo deixou bem claro. A abertura do período de transferências vem encontrar uma direcção, já de si considerada inábil a negociar, ameaçada de destituição perante o mercado. E já nem me refiro à tão falada renegociação do passivo bancário em curso, porque esta nunca foi assumida oficialmente, embora, a realizar-se nos termos até agora conhecidos, poderia fazer o Sporting respirar muito melhor ao final de cada mês. Por si só os dois factos previamente aduzidos constituiriam motivos que deveriam merecer ponderação relativamente à oportunidade da realização da iniciativa.
Mas do meu ponto de vista há algo ainda de mais grave.
Que solução nos oferece este movimento para que um sócio, de forma responsável, vote a destituição da direcção?
Como serão os meses que se seguirão e quanto tempo levará até o Sporting ter novamente uma direcção mandatada pelos sócios?
Há quem esteja disposto a integrar uma comissão administrativa ou órgão equiparado?
Faz sentido apear uma direcção que "já não se considera legitimada" - por força das muitas peripécias e por ter perdido alguns dos elementos tidos como fulcrais na sua eleição - para sermos geridos por uma comissão que não é eleita?
E, não menos importante, é não levar em linha de conta o potencial disruptivo de uma refrega como esta, num seio de um clube já estilhaçado e cujos sinais são cada vez mais óbvios em cada argumento ou discussão.
Estas questões parecem-me óbvias e necessárias à ponderação individual na horas que antecederem a tomada de uma decisão.
Nós ou o caos
Não deixa de ser caricato que muitos dos que muitas vezes invoquem o argumento da "exigência" e agora pugnem por este autêntico tiro no escuro. As perguntas acima fazem todo o sentido e espelham o meu receio pelas consequências de um acto de que cujas consequências não foram devidamente avaliadas. Colocá-las não é a "teoria do nós ou caos", não significa "cegueira" ou "conformismo" pela situação em que o Sporting se encontra. Significa a preocupação de ver o clube atirado para uma situação ainda bem pior. Há quem diga que pior não pode ser, o que é desmentido até pela história do próprio clube.
Cumprimento dos estatutos
Parece estar agora aberta uma disputa legal pela realização da AG. Os argumentos invocados de falta de respeito pelos estatutos e de manobras dilatórias são, em si mesmos contraditórios. Não duvidando que aquelas possam existir, é bom lembrar que os estatutos não têm que se cumprir apenas porque um número de sócios requer uma AG. Os mesmos estatutos têm normas que estabelecem as regras para o fazer e a sua não observação constitui também um desrespeito passível de contestação. De facto o Sporting é dos sócios mas é de todos e todos merecem ser tratados por igual.
P.S.- Não faltará quem, lendo o que aqui escrevo, me cole todo o tipo de etiquetas com insultos incluídos. Se estivesse preocupado com isso já há muito teria deixado de o fazer. Não votei na direcção actual e, por razões exporei em tempo oportuno, se sentir necessidade de o fazer, não votarei em GL, caso ele se recandidate.
Preocupa-me essencialmente, mais do que lamentos e queixas, contribuir para uma discussão da qual o Sporting retire algum proveito ou, na sua impossibilidade, esta seja inócua. Não me parece que, sob o pretexto de "ouvir os Sportinguistas" se esteja a empurrar o Sporting para uma situação pelo menos dúbia e, quanto a mim, bem pior do que a que se encontra actualmente.
Caríssimo, há muitas maneiras de olhar para toda esta questão e todas elas terão de ser respeitadas. Ninguém aqui é dono da verdade.
ResponderEliminarA unica coisa que me parece injusta no que escreveste (mais uma vez) é que "junta-se uma MAG claramente comprometida com um dos muitos lados". Não é verdade e um dia ao vivo e a cores posso ter oportunidade de te explicar porque é que de todo não corresponde á verdade (aliás, como já expliquei ao Virgilio). O que tem acontecido por vezes e aí poderás ter razão é uma colagem oportunista e ilegítima de alguém (Bruno de Carvalho)aos factos.
A MAG tem agido dentro da mais estrita legalidade e foi mais leal ao conselho Diretivo desde o primeiro dia em que foi eleita que os próprios mesmos do CD entre si... Mesmo tendo sofrido pressões ilegítimas de muitos para proceder de outro modo...
Quanto aos fundamentos do comunicado do CD, a unica coisa em que poderiam ter alguma razão legal (que não moral) seria a da justa causa. Quanto ao resto, os elementos dos socios estão de acordo com os estatutos e o dinheiro existe... O CD foge de enfrentar os sócios como o Diabo foge da cruz...
O "nós ou o caos" existe já quase há 20 anos. Se poderemos ficar pior? Podemos sim. Claro! Mas quem não quer correr riscos, vegeta e morre. E é isso que está a acontecer ao Sporting á muito tempo. Queremos belenizar-nos? Eu sei que também corro o risco de ser insultado quando faço esta pergunta, mas é bom termos os pés no chão e encarar a realidade de frente. Como ela é e não como gostavamos que fosse. É isso que nos está a acontecer, a belenização. Os benfiquistas que conheço já nem gozam comigo. Olham-me com ar de pena...É isso que queremos?
A interpretação da MAG é que deverá haver AG com base do requerimento entregue. Para mim, é claro que segundo os estatutos deverá haver AG. São pelo menos 800 sócios que o querem!
ResponderEliminarQuanto à questão da justa causa, 2 pontos para mim que tornam urgente a destituição do CD:
1) Caso PPC onde e respetiva reação do SCP
2) Evolução dos capitais próprios do SCP desde a eleição de GL
JG,
ResponderEliminarJá aqui escrevi que o CD deveria ter procurado esclarecer a sua base de apoio no momento da demissão de de CF e LD. Essa necessidade agravou-se com a série de más decisões e acumulação de resultados negativos.
Mas não me parece que, neste preciso momento e nos moldes e na altura em que foi proposta a AG seja a melhor forma de resolver os problemas do Sporting.
Sobre a conformidade do pedido com os estatutos já ouvi de tudo e de ambos os lados o suficiente para várias interpretações. Mas, mais importantes do que os rumores são os factos e, estando o dossier constituido, é sobre isso que quem de direito - o CF ou, em última instância, os tribunais - que a decisão será tomada.
Vamos ver no que vai dar mas parece a todos evidente que era preferível não ter que passar por isto.
Algumas considerações que tenho lido sobre a actuação da MAG parecem trazer implícito que esta, antes de assegurar a legalidade estatutária - que por sinal é a mais importante das suas competências -, deveria atender a imperativos de "mérito" ou "oportunidade".
ResponderEliminarDa forma como vejo as coisas, foi apresentado um requerimento formalmente correcto e com acolhimento estatutário, e foi depositada a quantia para despesas que os mesmos estatutos também exigem. Em face disto, a MAG deferiu esse requerimento - porque não poderia fazer outra coisa.
O deferimento e convocatória da AG vão de encontro à vontade da AG?
Admito que sim, e de resto não vejo mal nisso. Um PMAG pode e deve ter opinião sobre a actuação do CD, pode e deve ter margem para entender que um CD deve perder o mandato, e nesse caso pode e deve, até por sua própria iniciativa, diligenciar nesse sentido. É para isso que ele é eleito com as competências que tem - e no fim do dia, quem decide revogar o mandato são os mesmos sócios que o conferiram.
Nestas circunstâncias, a MAG poderia ter feito diferente?
Pelo que me é dado perceber, julgo que não. Aliás, a MAG até terá ido mais longe do que podia na tentativa de ajustar, retardando, o timing da AG. Pela leitura do comunicado da MAG, os 30 dias contar-se-ão da verificação dos requisitos, que é um entendimento que estica demasiado a letra dos estatutos.
Bom... A minha opinião é muito simples...!!!
ResponderEliminarSe esta "gentalha" toda estivesse MESMO a tentar servir o SPORTING e não a "servir-se do sporting"... e se fossem eles, de facto a mandar... a decisão era muito fácil...!!!
Muito provavelmente vamos ter, nós o SPORTING, um defeso muito alargado... assim...
A direcção assumia o descontentamento dos sócios e anunciava convocação de novas eleições para o próximo defeso... (8 dias de campanha é mais que suficiente) A MAG mantinha-se caladinha, comprometida com o clube e não desestabilizadora... Os eventuais candidatos... mais que todos... de "boca cozida" até ao último segundo do último jogo oficial do clube... trabalhar na sombra custa é muito a muito boa gente... mas é assim que se faz...!!!
Tudo seguia o seu rumo, calmo... até final da época, com a possibilidade de ainda atingirmos algum diminuto objectivo...
Aquando do último apito... vistam então os trajes de gala... ou de guerra... e degladiem-se como quiserem... durante uns dias... fazem-se a eleições... mais uns dias para tomada de posse... e está feito...!!!
EM PROL DO SPORTING... SPORTING SEREMOS...
Mais... na minha singela opinião... um comprometimento de todos acerca da continuidade do treinador e dos jogadores era algo decisivo... JF parece-me no lugar certo e mais que isso parece-me a competência certa para o tipo de estrutura de que se deve revestir um clube com a grandeza do nosso...... e os jogadores... repito... são bons na sua grande maioria... e jamais se devem imiscuir em questões extra "chuto na bola" por isso... deixem-nos em paz...!!!
e não me venham com "estórias" só não se faz o processo todo em dois meses e meio se não se quiser...
Isto não é um estado nem um governo... e mesmo esses, alguns, conseguem em situações extremas resolver as coisas em muito menos tempo...
Estatutos...!!??? Se não permitem... não servem...!!! aliás... há muito que os estatutos não servem... mas isso são "contas de outro rosário" ou não...!!!
Francisco Leitão,
ResponderEliminar"Um PMAG pode e deve ter opinião sobre a actuação do CD, pode e deve ter margem para entender que um CD deve perder o mandato, e nesse caso pode e deve, até por sua própria iniciativa, diligenciar nesse sentido."
Não concordo.
O direito direito à opinião pessoal é inalienável mas assim também deve ser a isenção no exercício do cargo bem como a equidistância relativamente às partes envolvidas que são não apenas o CD mas também os restantes sócios, por minoritárias que sejam as posições que assumam.
Posso estar errado mas não foi isso que fez o Abrantes Mendes enquanto PMAG?
ResponderEliminarO PMAG preside a um órgão que tem por função maior assegurar o cumprimento dos estatutos. O PMAG tem o poder de, por sua exclusiva iniciativa, convocar AGs extraordinárias, com a ordem de trabalhos que ele entender, incluindo a avocação de decisões delegadas no CL.
ResponderEliminarEstas competências não se exercem em pura neutralidade e equidistância. Existe no cargo uma componente de "garante do regular funcionamento da instituição" e há momentos em que é preciso tomar partido. De resto há pelo menos um antecedente, quando em 89 o então PMAG convidou a direcção a demitir-se e afirmou que trataria de devolver a palavra aos sócios caso o convite não fosse aceite. Felizmente foi - é pena que o actual presidente do CD, que em tantas coisas segue o exemplo de Jorge Gonçalves, não o siga neste também.
Tudo isto se tinha resolvido a bem se, em face da demissão de dois membros da direcção com inegável peso e/ou com o despedimento dos homens fortes do futebol, Godinho Lopes tivesse provocado eleições a que se recandidataria, caso o entendesse, com toda a tranquilidade.
ResponderEliminarConcordo com quem em cima disse isto e que, aliás, corresponde ao que Bruno de Carvalho propôs publicamente na altura devida. Somos pelo menos três associados em sintonia sobre o tempo óptimo para resolver um problema grave.
A partir desse período, a obstinação do actual conselho directivo, completamente à deriva, só podia agravar uma situação, de si, já muito difícil. Decorreram dois conselhos leoninos, houve a descoberta do ADN da formação, houve um treinador provisório durante tempo a mais, houve um belga, houve um manager, negócios incompreensíveis, etc.
O tempo demonstrou que o momento saudável era inequivocamente aquele.
Perdeu-se o tempo óptimo, a direcção não quis e a mesa da assembleia geral, à diferença de Abrantes Mendes, há quase trinta anos, não quis assumir o ónus.
Chegados aqui, a situação é já insustentável. O tempo só agravou e a incapacidade directiva é manifesta, como o comunicado de ontem demonstra.
Declarar uma guerra sem quartel, disparando em todas as direcções, sem qualquer sentido a não ser a incapacidade de governar e de lidar com opiniões contrárias, é atingir o ponto mais baixo de qualquer associação. O livro de ponto das faltas aos jogos (à sexta feira?) ou o pedido de parecer ao conselho fiscal não cabem na cabeça de ninguém, por ser inócuo, e, aliás, dificilmente encontra enquadramento estatutário, como Agostinho Abade, hoje, disse. E bem.
Estamos numa situação insustentável.
Pegando na questão do post: a assembleia pode dar um rumo saudável ao clube? Provavelmente não melhora nada.
Mas ou o clube tem força para se regenerar ou não tem. Com esta direcção é óbvio que não tem. Dificilmente, portanto, o período subsequente será pior.
Se o clube acabar não será devido à assembleia extraordinária. Esta será, na pior dashipóteses, uma tardia certidão de óbito sobre um cadáver em putrefacção,pelo menos, desde o período acima referido.
Acabei de ler agora o comunicado da Candidatura Independente ao Conselho Fiscal e Disciplinar, e achei por bem partilhar o mesmo,
ResponderEliminar----------------------------
Comunicado sobre a solicitação de parecer ao Conselho Fiscal e Disciplinar por parte do Conselho Directivo
Publicado em 23/01/2013 por cfdindependente
Foi com perplexidade que a Candidatura Independente ao Conselho Fiscal e Disciplinar do Sporting Clube de Portugal (SCP) tomou conhecimento da posição assumida pelo Conselho Directivo (CD) empossado em 27.03.2011 sobre a admissão pela Mesa da Assembleia Geral (MAG), de um requerimento para convocação de Assembleia Geral Extraordinária, apresentado por sócios do Clube nos termos do art. 50°/1 e para os efeitos do art. 39° dos Estatutos do SCP.
Entendeu o CD solicitar ao Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) empossado na mesma data de 27.03.2011 a elaboração de um “parecer” sobre “os factos em apreço”, os quais, se bem se percebe, se traduzem na indevida convocação daquela Assembleia Geral, por alegada não verificação dos seus pressupostos, e na “indiferença” da MAG perante o momento financeiro e desportivo do Clube, de que será demonstrativa a ausência do Presidente da MAG dos mais recentes jogos da equipa profissional de futebol.
Ora, da análise do elenco de competências do CFD consignado no art. 58°/1 dos Estatutos do SCP, resulta que a este órgão não cabe dar quaisquer “pareceres” sobre matérias que não as previstas nas alíneas a) a e) e g) daquele dispositivo, sendo que estas respeitam, no essencial, a temas de cariz económico-financeiro, nos quais não se inclui o escrutínio do mérito jurídico dos despachos proferidos pela MAG e muito menos a apreciação qualitativa da sua actuação em matéria de transparência, isenção, imparcialidade, solidariedade institucional ou assiduidade na assistência a jogos de futebol.
Não poderá pois o CFD, no respeito pelos Estatutos, aceder à referida solicitação, sob pena de ficar, ele sim, “inquestionavelmente colado” à diatribe do CD contra outro órgão social, e de empenhar os valores de “transparência”, “isenção”, “imparcialidade” e “independência” que deveriam ser seu apanágio.
Assim, a Candidatura Independente apela aos membros do CFD empossado em 27.03.2011 para que não se deixem enredar no conflito institucional criado pelo CD, o que apenas poderá ser assegurado através da recusa liminar de elaboração do “parecer” solicitado.
Este apelo é feito na firme convicção de que os membros do CFD, tendo vindo a usar de evidente parcimónia no exercício dos poderes que efectivamente têm, seguramente não serão pródigos no exercício de poderes que não têm.
A Candidatura Independente apela ainda ao CD para que, caso persista em ver censurada a actuação da MAG, o faça nos termos previstos nos Estatutos que se obrigou a cumprir, mais concretamente através da apresentação de participações de teor objectivo em que impute aos membros da MAG, individualmente considerados, as putativas infracções disciplinares que hajam praticado, para que, então sim no exercício das suas competências estatutárias, o CFD as aprecie.
Independência. Rigor. Verdade.
23 de Janeiro de 2013
A Candidatura Independente ao Conselho Fiscal e Disciplinar
Parece que o Abrantes Mendes no lugar do PMAG também convocaria a assembleia geral.
ResponderEliminarSerá que também ele está a querer colocar no poder o Bruno de Carvalho??
Pedro da Cunha Baptista,
ResponderEliminaré a interpretação feita pela CICFD. Sem sequer ler os estatutos o facto de o referido órgão ter também competências disciplinares e, caso se provassem as acusações feitas pelo CD relativamente à MAG, haveria também razões para procedimentos disciplinares. Isto mesmo concedendo que o referido órgão não tem competências para deliberar sobre a realização da AG.
A interpretação dos estatutos feita pela candidatura independente é correcta.
ResponderEliminarE o Dr. Abrantes Mendes, que, pessoalmente, coloco acima de qualquer suspeita, também classifica como correcta a decisão da mesa da assembleia. Sobre as acusações de que esta foi alvo só posso dizer que são insusceptíveis de prova.
Com isto devo ainda dizer que a direcção assumiu uma posição insustentada e insustentável. Tanto assim é que até custa a acreditar que o eng. Godinho Lopes nelas se reveja.
Bem isto é o que eu penso em relação a esta merda toda..!!!
ResponderEliminarhttp://rr.sapo.pt/bolabranca_detalhe.aspx?fid=45&did=93675
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarLdA,
ResponderEliminarO facto de o CFD ter competência para apreciar a conduta dos membros da MAG no seu eventual relevo disciplinar é mais um argumento, e decisivo, a favor da interpretação da Candidatura Independente de que o CFD não pode emitir o parecer pedido pelo CD.
Será inaceitável que os juízes - porque o CFD julga e sanciona - dêem, quanto a factos eventualmente merecedores de censura disciplinar, pareceres e opiniões prévias. Com que independência julgariam, mais tarde, os mesmos factos?
Pelo que já pude ler, o CFD acabou mesmo por dar um parecer, mas recusando pronunciar-se sobre "os factos em apreço" e limitando-se a enunciar em abstracto os requisitos de que depende a convocação da AG, por reconhecer que não tem competências para fazer o que lhe foi pedido.
ResponderEliminarO CD, que até tem um jurista dedicado precisamente ao pelouro da "ligação com a MAG", podia ter-se poupado a este episódio.
Francisco Leitão,
ResponderEliminarA situação actual não é minimamente comparável à vivida ao tempo de Jorge Gonçalves, por mais que se queira esticar a corda. Eu vivi esses tempos e acompanhei-o dia a dia, não ouvi contar.
E por os ter vivido é que me preocupa o que vai suceder após a AG, que, quase garantidamente, destituirá a actual direcção.
Se a minha entidade empregadora se aprestasse a passar por um processo semelhante ficaria ainda mais preocupado do que a actual situação já obriga.
Infelizmente o mundo em que me movimento no dia a dia é muito mais complexo do que o que vivem alguns dos aqui comentam, e que se revêm num acto cujas consequências os próprios antevêem não melhorar nada, e os próprios considerem a hipótese de até piorarem.
É-me difícil entender como é que alguém pode justificar a destituição de uma direcção por gestão danosa e irresponsável preconizando eles próprios de seguida uma actuação de igual cariz, ao jeito de "deixa ver o que dá".
Mas caro Leão de Alvalade,
ResponderEliminarEu também concordo, que uma AGE para destituir a Direcção, tem um efeito MUITO, mas Muito negativo para o Clube, mas infelizmente Godinho Lopes não nos deixa outra hipótese, é de uma demência enorme, e até irresponsável, ele não perceber que chegou claramente o fim da linha para ele.
Não sei se o Clube terá Paz sem Godinho Lopes, sinceramente não sei, mas de uma coisa tenho a certeza, com Godinho Lopes já mais teremos Paz!
Cumprimentos e SL.
Godinho deveria ter marcado eleições para o final da época,simples.
ResponderEliminarGanhava o tempo que desesperadamente sabe-se lá porque tenta agora a todo o custo ganhar.
Eu não assinei o documento da Ag pois por norma não me envolvo com este movimentos independentes que tem surgido nos últimos anos(só sou sócio do Sporting e nada mais).
Mas acho piada a capacidade argumentativa de alguns que baseiam se em futurologia para negar a validade desta acção imposta pelos sócios que a assinaram,como se fossem a voz da razão e todas as opiniões contrárias a mesma não fossem validas.É que nem as aceitam nem sequer põem a hipótese de a opinião contrária poder estar certa(é uma opinião,porque não é então tão valida da mesma maneira?).
É que sendo assim isto torna se uma não discussão(como á muito já o é).Do género eu estou certo e tu estas errado(para ser simpático...).
O Sporting na qualidade dos seus adeptos e sócios começa se a parecer um intervalo de recreio de um qualquer jardim creche(os meus putos alias são bem mais educados que alguns adeptos pelo que tenho lido por essa blogoesfera fora).
Concordo com grande parte destes comentários, principalmente o que escreveu o ZE, revejo-me em tudo o que ele diz, tambem penso assim.
ResponderEliminarSL
LdA,
ResponderEliminarA destituição é uma figura consagrada nos estatutos. Tem um regime próprio, tem determinados pressupostos, uma determinada tramitação, determinadas consequências. Existe, no fundo.
Até lhe digo mais: existe, não por via dos estatutos, mas da lei geral, que determina que os mandatos dos titulares de órgãos sociais de associações têm que poder ser revogados, ainda que sob justa causa (restrição que foi incorporada pelo SCP no caso dos membros do CD e do CFD).
Sendo assim, deixe-me que lhe pergunte: tendo em conta que o processo existe - e existe para responder a determinadas situações de facto - em que circunstâncias lhe parece aceitável desencadeá-lo?
Francisco Leitão,
ResponderEliminarO presente post e alguns anteriores têm matéria suficiente para encontrar resposta à pergunta colocada.
O meu caro é que ainda não se referiu a elas, preferindo falar apenas de aspectos legais relacionados com a AG.
A questão para mim é clara: se se considera que a situação do Sporting é grave não me parece seguramente muito avisado despoletar um processo cujas consequências são imprevisíveis e, em última análise, tendentes a deixar o clube numa situação pior do que a que se encontra.
O Sporting clube e SAD não são propriamente uma empresa familiar, vive uma situação complexa numa conjuntura complexa que recomendaria menos as reacções primárias e mais ponderação.
Caro LdA, é um facto que a situação pode piorar, mas...essa afirmação tem que ser enquadrada num contexto. Qualquer situação por muito má que seja pode sempre piorar. Aliás, por essa ordem de ideias nada mudaria. O País continuaria a ser governado por José Socrates, o BCP por Jardim Gonçalves, o FMI por Strauss Kahn (aqui as razóes foram outras, mas o mandato foi também interrompido...) a Italia por Berlusconi e o Sporting por...José Eduardo Bettencourt! E Nixon nunca teria perdido o mandato...
ResponderEliminarTem-se tentado fazer dum ato legítimo de 800 sócios uma iniciativa ilegal e uma iniciativa da MAG. O que é uma profunda mentira em qualquer dos casos. Nem estamos a falar de uma iniciativa ilegal, nem foi desencadeada pela MAG ao contrário do que tenta propagandear...
Diria que quem tem centrado o tema em duvidosas questões legais tem sido o CD e não o Francisco Leitão...
E que tal deixar os socios decidir? Até podem em AG decidir manter o mandato da Direção. Pelos vistos, há muita gente preocupada com a voz dos sócios. E pelos vistos, os sócios que noutras alturas eram muito responsaveis, agora já são uma cambada de atrasados mentais que não têm capacidade para decidir por si próprios e têm de ser guiados pela mão para ver a Luz...
Isto só está a acontecer porque perante um falhanço rotundo, GL não consegue tirar as ilações necessárias... E não me venham dizer que foi uma qualquer oposição que causou isto porque é mentira. Praticamente ninguém falou durante mais de um ano. Os unicos a falarem e a contestarem foram os que tinham estado dentro da Direção e saíram...
Mo meu comentário anterior, onde se le "ao contrário do que tenta propagandear" deve ler-se "ao contrário do que SE tenta propagandear". Cometi uma gralha de escrita que poderia ser mal interpretada e coloco as coisas no contexto correcto para não haver segundas interpretações.
ResponderEliminarE acrescento que esta divergencia de opinião é apenas e só isso. Caríssimos LdA, respeito-te muito, conheço o teu sportinguismo e admiro-o, considero este espaço o melhor da nossa blogosfera. Em relação a este assunto é que não estamos DE TODO de acordo. Mas esta não é uma questão pessoal, apenas e só de profunda discordancia em relação ao rumo que achamos melhor para o Sporting. Espero que compreendas isso!
Uma instituição cujos órgãos sociais cometem actos susceptíveis de configurar justa causa de perda de mandato está, por definição, numa situação grave.
ResponderEliminarÀ perda de mandato segue-se sempre, a mais ou menos curto prazo, a escolha de novos órgãos sociais, por via de um processo que é sempre mais ou menos imprevisível.
Daí que pergunte: só se pode despoletar uma destituição quando a situação da instituição não seja grave e se possa prever o desfecho do processo? É que eu tenho dificuldade em conceber um contexto desses, por ser completamente contraditório com o estado de coisas que conduz a destituições.
Eu falo de aspectos legais porque é um mecanismo legal que está em causa. Trata-se de apreciar uma situação de facto e perceber que ela se enquadra nas regras. A minha opinião é que sim, e dispenso insinuações de primarismo ou irresponsabilidade.
Acho que o CD deve perder o mandato que lhe foi dado, porque mostrou não ser digno dele. Não o respeitou, não lhe foi fiel, não manteve os seus pressupostos e não prestou contas pelo seu resultado, para não falar que boa parte da equipa que foi mandatada já se foi embora. Os mandatos são para cumprir, sim - a começar pelos mandatários. Se não cumprem, que saiam.
É evidente que o processo tem, e tem que ter, sobressaltos. Mas voltando aos aspectos legais, o que os estatutos dizem é que os destituídos devem continuar a exercer as suas funções até que os eleitos tomem posse. Devem continuar a gerir os negócios do clube, a pagar os salários aos funcionários e as contas aos fornecedores (acho extraordinário que se aceite pacificamente a afirmação de que "se a direcção for destituída os salários deixam de ser pagos").
O que o presente caso do Sporting tem de peculiar é que o presidente "destituendo" já terá anunciado que, se o for, vai embora no dia seguinte e "entrega a chave" (o que nem numa empresa familiar seria aceitável).
Tão cioso do seu mandato (pelo menos no que à duração diz respeito), o zelo esmorece-lhe um pouco no cumprimento desta vertente mais ingrata das suas obrigações.
Não acho aceitável que o Sporting esteja refém desta figura, que ceda à ameaça de que se for destituído foge e deixa tudo de pantanas. Como vejo as coisas, uma postura dessa natureza é só mais uma alínea no rol das muitas e muito justas causas que existem para que se vá embora.
João Pedro Silva, atleta olímpico de triatlo assinou pelo Sport Lisboa e Benfica.
ResponderEliminarJG,
ResponderEliminarAgradeço as palavras e julgo que sabes que o sentimento é mútuo.
Não me oponho a mudanças, nem ao pronunciamento por parte dos sócios, e tão pouco a rupturas quando elas são necessárias, desejáveis e avisado concretiza-las.
Não me parece que seja o caso neste momento. Sobretudo pela questão da oportunidade. Se se faz um diagnóstico terrível da situação em que o clube vive - o que não é mentira mas também não equivale ao cenário de abandono e descredibilização total ao tempo de Jorge Gonçalves - não me parece coerente propor uma solução que ainda adiciona mais incerteza e, correndo mal, contas por pagar, no limite rescisões que significariam perdas incalculáveis.
Alguns exemplos que dás espelham bem que uma mudança mal pensada pode significar percas significativas. A mim não me parece que seja aconselhável, no presente momento, uma crise institucional ainda maior do que a que já se vive.
Talvez eu estivesse mais tranquilo se soubesse que há gente interessada e capaz para gerir uma comissão administrativa. E que esta não ficaria lá 6 meses e, no pior dos cenários, mais outros tantos porque não aparecerá ninguém. (Ora isto já vimos que não vai acontecer, mas quem se perfila também não me deixa tranquilo)
Podemos censurar como o Francisco Leitão, a posição de GL, mas também não deixa de ser verdade que uma coisa é ser presidente outra é ser presidente destituído, pelo menos perante os credores e isso, por si só, pode ser a diferença entre ser ou não ser bem sucedido.
Por isso não me parece fazer sentido dizer que GL está agarrado ao poder e de seguida dizer que "o zelo esmorece-lhe um pouco no cumprimento desta vertente mais ingrata das suas obrigações." quando, ao demiti-lo no imediato, se retiram muitas das condições e até âmbito de acção para resolver situações que todos afirmam serem gravosas.
Lendo as declarações do presidente do Conselho Fiscal, tal como são reproduzidas pela imprensa de hoje, confirma-se o desacerto da Direcção
ResponderEliminarPedir ao Conselho Fiscal para fazer o que não lhe compete é impensável.
A Direcção do clube é tão errática que chega ao ponto de desconhecer as competências dos diferentes órgãos sociais.
O que não gosto nada de ler é essa transferência de um triatleta olímpico.
ResponderEliminarEsperemos que não seja o início de uma sangria ou a confirmação da vulnerabilidade que o Porto tem exposto nos últimos dias.
Vamos aguardar mas fico muito preocupado. Os mais velhos sabem que isto já aconteceu noutros tempos e eu nunca pensei que o Sporting voltasse a ter lideranças tão débeis que permitissem isto.
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarCaro LdA,
ResponderEliminarOs sócios que irão à AGE podem analisar segundo o teu ponto de vista, ou então podem analisar desta forma:
- Que soluções oferece Godinho Lopes neste momento para que um sócio, de forma responsável, vote a sua continuidade?
- Sabendo e vendo o que é hoje o Sporting, o que é que podemso esperar dos próximos meses e a próxima época do ponto de vista financeiro e desportivo?
- Estaremos dispostos a legitimar Godinho Lopes até final do mandato depois de quase 2 anos de autêntico descalabro desportivo e financeiro?
- Faz sentido que Godinho Lopes, o único sobrevivente do tal projecto a 3 anos, pense que mantém a mesma legitimidade actualmente como quando foi eleito?
- Devo acreditar nas prometidas reestruturações financeiras com perdões de milhões (sabendo que os bancos estão com resultados negativos ano após anos, vide o BCP) e taxas de juro a 1% quando as taxas de juro na nossa economia andam bem acima disso?
- Devo acreditar no prometido investidor que já teve não sei quantas nacionalidades e que se insiste em anunciar poder aparecer a qualquer momento (são 22 meses de promessas)?
Por último, e para que mais uma vez não se reduza esta questão a uma luta entre a actual Direcção e a MAG/BdC, pergunto-te qual opinião que têm os outros candidatos às eleições de Março de 2011 sobere a continuidade de Godinho Lopes?
Apoiam a sua continuidade ou pedem igualmente a sua saída?
São pontos de vista, e o teu já é conhecido há muito, sendo portanto de esperar ao fim de tantos posts iguais que votes pela continuidade de Godinho Lopes mas que nuca o assumas.
SL
José
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarSporting até morrer,
ResponderEliminarCada um acredita no que quiser. No que eu acredito é que não devia ser a vontade de ajustar contas no imediato com GL, por vontade de o punir pelos erros cometidos que não deixaria de pensar no que é melhor para o Sporting em qualquer momento.
De facto tenho batido muito nesta tecla, eu próprio me sinto por vezes a fazer a figura de um disco riscado. O que talvez não acontecesse se não houvessem muitos discos riscados à minha volta a dizer também sempre o mesmo, o teu caso incluído. Bem-vindo ao clube.
Não percebo a tua última frase, relativamente à ao que poderia ou não ser o meu voto, quando na mesma frase dizes que tenho publicado muitos posts iguais tornando bem clara a minha posição: não me parece que seja a melhor altura para ficar entregues a uma comissão administrativa assim como não me parece que, com as posições extremadas como estão, a ideia de uma AG seja muito feliz.
E é por isso que também afirmo que seria muito melhor para o Sporting que a MAG não estivesse claramente encostada a um dos lados prescindindo do papel que deveria ser seu, procurando uma solução que não obrigasse nenhuma das partes a ver-se obrigada a perder a fase. Mas não só, sabendo como sabe a MAG do tiro no escuro que pode representar as consequências da AG.
Isto são coisas do senso comum que pessoas moderadas mas que vivem a vida real se preocupam e é nesse sentido que vejo, por exemplo, as palavras de Pires de Lima ontem.
No Record de hoje: “Críticas feitas sem qualquer fundamento”. Entrevista a Ricardo Tomás: O advogado afirma que não sabe se o movimento ‘Dar Rumo ao Sporting’ acompanha o clube, visto que existem mais modalidades para além do futebol, recordando bons resultados do clube (a época passada foi a que mais títulos teve). Não admite que seja feito um manifesto com intenção de enganar os sócios do Sporting, com recurso a informações falsas, e tenciona evitar o insucesso dos atletas para que não sejam feitas mais declarações injustas.
ResponderEliminar