Foi com extrema dificuldade que o Sporting levou de vencida o Vitória de Setúbal na estreia da equipa em Alvalade. E, ao contrário do que diz o ditado nem tudo está bem quando acaba bem. Mas sendo verdade que há muita coisa ainda a melhorar no nosso jogo também é verdade que já coisas boas a assinalar. Foi pela contradição de sentimentos que preferi deixar para hoje esta crónica, depois de deixar assentar algumas ideias. Aqui ficam as que sobreviveram ao final do jogo e à noite de descanso:
- O Sporting controlou o jogo de principio ao fim, o Setúbal foi apenas um fantasma com equipamentos esquisitos que passou em Alvalade.
- O que é dito acima não pretende desrespeitar o adversário (é bom lembrar as diferenças de meios...) antes sim quer dizer que a preocupação em bloquear o nosso jogo (conseguida durante 87 minutos) resultou numa equipa demasiado curta e encolhida para tentar outra sorte que não o empate.
- O começo estonteante, quase feérico, quase resolvia o jogo no seu inicio (Gélson decidiu mal a forma de finalizar o excelente passe de Acuña) mas rapidamente o adversário se ajustou o suficiente para não permitir oportunidades com condições de sucesso. A nossa primeira parte "acabou" aos sete minutos, o que é muito pouco.
- Para tal o Setúbal também pôde contar com a colaboração do Sporting, ao reduzir as suas opções ao mero carrilar do jogo pelas alas finalizados por cruzamentos.
- Se esta estratégia está longe de ser a mais indicada para desmontar autocarros (pelo contrário, beneficia-a) dois factos a condenaram ao insucesso: a ainda má forma de Dost, evidenciada em cabeçadas que normalmente resultariam em golo ou perigo, e a deficiente qualidade geral com que foram executados, Gélson incluído, salvando-se apenas Acunã da mediocridade.
- Só na segunda parte o Sporting percebeu que, nestas condições, tem que chamar mais elementos a participar na construção do jogo, especialmente Bataglia. Adrien está longe da boa forma (ainda por cima não treinou toda a semana, por dificuldades musculares), Podence perdeu-se entre os defensores setubalenses e quase nunca baixou, ou se aproximou de Gélson (à esquerda) ou Acuña (à direita) tornando assim inexistente a progressão do nosso jogo pelo centro. Sempre muito longe de Dost e sem procurar a profundidade, facilitando assim a vida ao Setúbal.
- A entrada de Doumbia (precisa de marcar para repor os níveis de confiança) era mais do que necessária e veio tornar ainda mais clara uma evidência: para uma equipa com as nossas aspirações Dost e o marfinense são de menos. E se há um pequeno Doumbia (Gélson Dala), não há nem grande nem pequeno Dost para as ausências (fisicas ou de forma) do holandês. Uma outra ainda: é preciso quem dê mais profundidade ao nosso jogo. Uma ainda mais: a presença de Doumbia é importante para as segundas bolas que o jogo de Dost pode oferecer.
Conclusões: é preciso ser paciente, estamos ainda a começar. Mas para tal a equipa (as ideias do treinador) também têm de ajudar: é preciso perceber também que nem sempre correr muito e depressa é o caminho mais rápido para o golo. Paciência e também inteligência, mas estas só surgem quando há confiança e para isso são tão necessários os resultados. Os dois primeiros estão no papo. Mas sem ilusões: há ainda muito para afinar e o caminho é muito longo.
gosto de ler este blogue ,mas diga-me acha que foi penalti ou foi mergulho para a
ResponderEliminarpiscina ?
Mergulho com respectivo cartão amarelo para Dost. Aliás, qd JJ se põe com largados elogios aos árbitros é sempre limpinho, limpinho, limpinho.
EliminarVou tentar ir fazendo um apanhado dos lancespolémicos nos jogos dos três grandes ao longo da época.
ResponderEliminarwww.3grandesnaliga.blogspot.com
"Tem um VAR que é CEGO"!!!
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