Ainda que provisoriamente e à condição é sempre melhor estar em primeiro lugar do que em qualquer outro quando o destino que procuras é ser campeão. Tendo os rivais jogado antecipadamente e escorregado de forma surpreendente a obrigação de ganhar não podia ficar por cumprir. É bom regressar ao lugar onde somos felizes!
Há no entanto que reconhecer as muitas dificuldades reveladas para conseguir um golo. E tal explica-se, por maioria de razões, da seguinte forma:
- O desperdício de mais uma primeira parte. Sabia-se que, não conseguindo marcar cedo, o adversário cresceria em confiança e em dificuldades.
- Muita dificuldade em ligar de forma consequente as jogadas de ataque, especialmente pela inconsequência das acções de Rúben Ribeiro nas deambulações pelas alas
- A deslocação de Bruno Fernandes para a direita, associada à posição muito recuada e acções pouco precisas de William Carvalho, retiraram precisão e acutilância a partir do centro do terreno.
- As transições típicas das equipas de Pedro Martins não permitiam descuidos nem grandes avanços aos laterais, quase sempre bem cobertos pelos vimaranenses. Sem deslumbrar, Raphinha foi demonstrando porque é dos jogadores mais apetecíveis da Liga NOS.
Quando se esperava uma reacção forte na entrada para a segunda parte um tremendo golpe surge com a lesão de Bas Dost. Nesse momento certamente que muitas foram as almas que descreram da salvação e os maus agoiros de experiências de vida anteriores certamente que ganharam a forma em muitos adeptos.
Mas a solução estava no insuspeito pé esquerdo de Mathieu que desbloquearia aquilo que já parecia uma equipa atascada em mais um jornada invernosa para as nossas ambições. Mon dieu, Mathieu... Já antes do golo há que reconhecer que se Doumbia não tem eficácia de Dost, perdendo-se quase todo o jogo aéreo, o marfinense dá ao jogo a mobilidade que Dost não consegue. E que o adiantamento de William para a organização do jogo deu a acutilância que não estávamos a conseguir ter.
Há várias lições a retirar do jogo de ontem. Como por exemplo:
- A carência de jogadores capazes de executar de forma rápida é uma realidade e não mero capricho dos adeptos. Sem isso o nosso jogo é demasiado previsível e, por consequência, fácil de anular.
- Quaisquer que sejam as contrariedades, e mesmo que tenham a importância como a que representou a saída de Bas Dost - e até futura ausência... - é importante não baixar os braços e acreditar sempre. O Sporting, mesmo considerando que parece ter jogadores de perfil demasiado semelhante para as mesmas posições, tem um plantel de grande qualidade. Pelo menos a suficiente para vencer equipas como a do adversário de ontem.
Meu caro Leão de Alvalade, há um aspecto decisivo e que muito nos penaliza nesta fase: a falta de criatividade e de poder de explosão, que refere. A ausência de Gelson, a ausência - e o sub-aproveitamento - de Podence, tornam o nosso jogo absolutamente previsível e controlável. Ontem foi uma tortura até ao golo de Mathieu.
ResponderEliminarJorge Jesus continua a eleger ao nível de verdades universais os seus equívocos. Contrata e dispensa a um ritmo alucinante, sem que se perceba o propósito com que o faz.
Rúben Ribeiro é a mais recente fixação. Aterrou em Alvalade e pegou de estaca, sendo que a estaca é de Jorge Jesus. Joga sempre, embora nós os simples mortais não consigamos descobrir as razões por detrás da opção tão radical.
Há um detalhe nesta situação: No Rio Ave jogava encostado à linha lateral do lado esquerdo. Partia daí para o interior e aproveitava o pé-direito para alvejar as balizas com algum sucesso. No entanto quem no Rio Ave mais dinamizava o jogo atacante era sobretudo Francisco Geraldes, um dos rejeitados de Jorge Jesus.
Libertámos Iuri, por ano e meio, exactamente no momento em que ele nos fazia mais falta, face ao impedimento de Gelson.
Gastámos 7 milhões num ala brasileiro que não estará em condições de jogar.
Apenas com muita vontade lá iremos. E com muita capacidade de sofrimento. A juntar à categoria de Coentrão, Mathieu, Patrício, Bruno Fernandes, William, Bas Dost, Gelson, Podence, Acuna, Montero e Doumbia, podem ser suficientes.
Falei de Doumbia, porque ainda ontem mostrou como a sua presença pode ser um factor decisivo para desmontar defesas aparentemente inultrapassáveis. Mesmo falhando um golo - boa defesa de Douglas - foi importante, pela potência e rapidez nas desmarcações.
Em tantas que disse não acertou uma...
ResponderEliminar"Há um detalhe nesta situação: No Rio Ave jogava encostado à linha lateral do lado esquerdo. Partia daí para o interior e aproveitava o pé-direito para alvejar as balizas com algum sucesso. No entanto quem no Rio Ave mais dinamizava o jogo atacante era sobretudo Francisco Geraldes, um dos rejeitados de Jorge Jesus." Rúben é canhoto...Geraldes não era o dinamizador, pelo contrário, está até a fazer uma época ligeiramente abaixo da época passada.
Libertámos Iuri, por ano e meio, exactamente no momento em que ele nos fazia mais falta, face ao impedimento de Gelson.
Gastámos 7 milhões num ala brasileiro que não estará em condições de jogar. " Que ala? Misic é croata, Wendel é médio centro, Montero é mexicano e Lumor ganês. Raphinha ainda não foi confirmado...
Enfim para dizer mal ao menos que saibamos o que dizer.
Rúben é canhoto?? Só se for a escrever.
EliminarGeraldes em meia época no Moreirense jogou 20 jogos e marcou 2 golos. Este ano já jogou 26 e marcou 3 golos, em igual período.
É caso para dizeres que também acertas pouco.
Dizer mal de quem emite a sua opinião parece ser uma competência fortemente desenvolvida pelo comentador vigilante. Ossos do ofício, provavelmente. Tem uma vantagem essa função : basta-lhe saber ler ainda que em regra não consiga entender o que lê.
EliminarMuita saúde.
Ruben Ribeiro não é canhoto e Fredy Montero não é mexicano, mas sim colombiano. O ala era obviamente Raphinha. Um conselho: não abuse do JB...
EliminarP.A.