Quem quer saber de orçamentos? Além dos directores financeiros e contabilistas, por inerência de funções, quase ninguém, talvez nem mesmo o presidente. Se o documento em causa ainda por cima deixa o futebol de fora o desinteresse aumenta. O adepto quer é saber de vitórias, de troféus e campeonatos. Existindo estes, para que interessam os números?
Ora o Sporting deu finalmente a conhecer a
proposta de orçamento da direcção para o próximo ano. Se há uma critica imediata a ser feita é o curto espaço de tempo que os sócios dispõem para analisar o documento. Maus hábitos que já vêm de muito longe e que não são mais do que um sinal de pouco respeito pelos sócios. Falta de respeito que é tacitamente aceite porque a este procedimento não tem correspondido qualquer sinal de insatisfação ou critica. No fundo, volto ao parágrafo anterior, quem quer saber de orçamentos? Pois...
Duas virtudes que me parecem ressaltar à vista:
- O aumento das despesas com honorários. Tal como sempre defendi, o Sporting, para poder encostar aos da frente em competitividade, tem também de se aproximar em valores a despender em salários, porque só assim conseguirá chegar aos melhores. E ter os melhores não é tudo, mas é um grande percentagem do sucesso possível.
Vale neste caso dizer que a este aumento de verbas tem de começar a
corresponder também uma maior percentagem de conquistas das modalidades em competição e deveria corresponder também à ambição de voltar a ter
a representatividade de outrora. O pavilhão será, com certeza, uma
escora muito importante para este anseio generalizado dos
Sportinguistas.
- O orçamento não prevê prejuízos. Embora se possa considerar que o exercício proposto é para lá de optimista, se for realizado dentro do que está previsto, pode-se dizer que é bom para o clube.
Uma nota final de desagrado pela falta de transparência resultante da individualização dos gastos por modalidade. Se a ideia subjacente à apresentação prévia do orçamento é informar e promover o debate e permitir o escrutinio por parte dos sócios. Como poderemos fazê-lo, percebendo o mérito na atribuição das verbas em função do trabalho feito, desconhecendo este dado fundamental?
Mas queres o quê? Documentos de 150 páginas? Aí depois queixavas-te que era muita palha par esconder os rabos de palha. Queres saber detalhes vai ás AGs e pergunta, se estás assim tão interessado.
ResponderEliminarÉ a transparência tão apregoada por este presidente que ainda por cima faz-nos de acéfalos quando tenta que acreditemos na sua gestão honesta e sem espinhas.
ResponderEliminarena, já veio um carneiro de serviço puxar as orelhas a quem ousa fazer uma crítica.
ResponderEliminaracho que a crítica aqui feita é do mais evidente que pode existir.
Ainda não fomos ao Porto e a blogosfera já está como está. Tudo porque a Doyen agora também quer uma das almofadas do Bruninho. Um aldrabão é sempre um aldrabão.
ResponderEliminarUm aldrabão é sempre um aldrabão. E a carneirada também não tem um pingo de vergonha na cara. Ainda há pouco tempo os outros é que tinham que baixar os orçamentos para vir ao encontro da Champions da Gestão do SCP. Hoje já é quanto mais melhor. E no fim nem para almofadas para as festas do pijama.
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