Taça servida com personalidade e nota artística
Nota: todas as fotografias são da autoria da @Idzabela. É expressamente proibida a modificação e/ou reprodução destas fotografias sem autorização expressa da autora. (clique nas imagens para ampliar)
Foi também pelo sucedido em Famalicão que se começou a desenhar mais uma reacção de amor incondicional ao nosso clube. Uma reacção natural e espontânea, sem qualquer outra pretensão que não fosse dizer aos jogadores e todo o staff que não caminham sozinhos nas quelhas obscuras e bolorentas do futebol português. Podem contar connosco!
Se este jogo era então um teste, uma espécie de exame de aptidão esta equipa saiu a poder exibir com orgulho um certificado de habilitações, tal foi a exibição de querer e personalidade, ante um adversário difícil que soube transformar em fácil. Mas, como diz o aforismo, o sucesso só vem à frente do trabalho no dicionário. No campo é preciso trabalhar, trabalhar muito, ser competente, para nos superiorizarmos aos adversários. E foi isso que nos foi dado a assistir durante os noventa minutos.
A forma como o Sporting se soube superiorizar ao Paços de Ferreira, vulgarizando-os, pode ter lançado a dúvida sobre a qualidade de uma das melhores equipas do campeonato até agora. O próximo jogo, para a Taça da Liga, ajudará a desmistificar a questão. Mas, a menos que o Paços de Ferreira tenha entrado numa curva descendente, esta é uma equipa muito bem orientada, com um treinador esclarecido e plantel equilibrado, capaz por isso de ombrear com o historial de algumas que a precederam no clube e deixaram a sua marca.
Dois factos a atestar a grande qualidade da exibição colectiva:
a validação por parte do treinador adversário, Pepa, de forma elogiosa sem quaisquer rodeios.
A dificuldade em eleger o melhor em campo. Porro, Palhinha, Tabata, Nuno Santos, Tiago Tomás?
De assinalar a serenidade e equilíbrio patente no jogo do Sporting desde o começo do encontro. A confirmação de personalidade que se esperava para responder às duvidas do jogo de Famalicão. Sem apressar o seu jogo, nomeadamente para sair a jogar, a equipa soube procurar a profundidade com a mesma calma com que conduzia o jogo por dentro. Calma essa que pode funcionar mal para o adepto impaciente, mas que parece resultar da segurança e conhecimento do processo preconizado por Rúben Amorim.
Algumas notas individuais:
Porro está em grande forma, juntando força e velocidade à subida de qualidade nas execuções. Falta-lhe melhorar os cruzamentos (quase sempre rasteiros) e, talvez o mais dificil, o jogo de cabeça.
Coates está um Sr. Capitão. Foi seu o lançamento que haveria de acabar no fundo da baliza e desbloquear o jogo. Dominador no jogo aéreo em qualquer área, falta-lhe afinar a pontaria.
Palhinha está imperial, varre tudo à sua volta, não deixa crescer nada à sua volta. Como prémio merecido ainda marcou um golo que acaba com qualquer veleidade pacense.
Nuno Santos contribuiu para mais uma assistência de forma tão subtil como cheia de categoria. Jogo competente, apesar de discrição habitual.
Tabata tem pinta de craque, pela condução excepcional como conduz e pela habilidade que demonstra no um para um. Ainda por cima faz golos como aquele que nos foi dado ver, um verdadeiro primor. Tem tudo para ser um joker para o treinador.
TT é dos jogadores mais surpreendentes deste plantel. Com idade para andar ainda pela academia, apareceu ontem em grande nível e finalizando com enorme categoria, justificando assim a aposta do treinador.
Neto é um outro capitão em campo. Trabalhador incansável oculta assim as limitações individuais e menor apetência para jogar neste sistema.
Nuno Mendes está claramente a viver um período de eclipse, depois de exibições de grande fulgor e maturidade. Certamente que a lesão sofrida recentemente pode estar a condicionar o regresso ao patamar que nos habituou.
Sporar está sem confiança, tarda em encontrar o seu caminho. O problema é que o banco não é o lugar mais indicado para ganhar confiança e esse parece ser o lugar para onde TT o parece querer enviar.
Não gostando de falar sobre o tema tenho que dizer o seguinte do árbitro João Pinheiro: exibição serena, sem grandes complicações, que o jogo não as teve. Mas nos pormenores deixou a sua marca de incompetência e mediocridade. Um árbitro que, como quase todos, é um dos homens de mão do sistema, tais como os colegas do jogo anterior, Manuel Mota, Rui Costa, Tiago Martins, Nuno Almeida e outros sucessores naturais dos seus predecessores dos anos 80 e anos 90.
0 Comentários:
Enviar um comentário
Este blogue compromete-se a respeitar as opiniões dos seus leitores.
Para todos os efeitos a responsabilidade dos comentários é de quem os produz.
A existência da caixa de comentários visa dar a oportunidade aos leitores de expressarem as suas opiniões sobre o artigo que lhe está relacionado, bem como a promoção do debate de ideias e não a agressão e confrontação.
Daremos preferência aos comentários que entendermos privilegiarem a opinião própria do que a opinião que os leitores têm sobre a opinião de terceiros aqui emitida. Esta será tolerada desde que respeite o interlocutor.
Insultos, afirmações provocatórias ou ofensivas serão rejeitados liminarmente.
Não serão tolerados comentários com links promocionais ou que não estejam directamente ligados ao post em discussão.