Ou perdem e há circo, ou ganham e circo há
Depois de assistirmos a jogadores e restante staff serem insultados, cuspidos, ameaçados, com a conivência das autoridades presentes, o que acaba por merecer destaque para a imprensa são os dedos do meio dos jogadores expulsos (António Monteiro, João Fernandes e o adjunto Flávio Nascimento) que acabam a merecer destaque na imprensa, juntamente com a vitimização descarada dos da casa, pelo "irrepreensível" J. Marques. Não podemos aprovar os actos referidos mas, à luz do que podemos assistir, é fácil de compreender.
Luís Magalhães, o nosso treinador, sintetizou bem o trajecto que o basquetebol nacional empreendeu desde que, no ano passado, por notório mau perder, o FCP resolveu ser estender o seu tradicional modus operandi do futebol às modalidades. A Federação acobardada resolveu premiar o prevaricador, contanto com a inacção dos clubes, perante as ameaças de abandono da modalidade feitas então com todo o descaramento. Ou ganham ou há circo, ou ganham e circo há.
«É um jogo que se estava a prever. Montam este circo todo... Desde o princípio da época que o FC Porto andou a brincar com o basquetebol. A Federação [Portuguesa de Basquetebol] não teve coragem e deixou que isto se arrastasse. Enxovalharam os árbitros todos e o basquetebol e depois é isto que acontece. O treinador do SL Benfica também já tinha avisado que isto podia acontecer e é o que se v», começou por dizer o experiente técnico, aos microfones da Sporting TV. «Qualquer decisão do árbitro é contestada por tudo e por todos e depois não têm coragem para marcar as faltas que devem marcar e os maus comportamentos. Deixam isto chegar a um estado que não tem nada a ver com o basquetebol normal. Isto não era o basquetebol português. Nos jogos europeus, com árbitros estrangeiros sem esta pressão toda, não havia nada disto. Estragaram o basquetebol»
Quanto ao jogo, o Sporting fez o que as limitações impostas pelas lesões deixaram, batendo-se com galhardia, prolongando a incerteza do resultado até aos últimos segundos do jogo. E, quando assim é, os nossos atletas merecem o nosso respeito e consideração.
Em Portugal, e em todas as modalidades, há duas leis: as leias pró fcp, onde podem bater, empurrar, e mesmo agredir e as leis para a equipas adversárias onde são aplicadas regras semelhantes às oficiais mas bastante mais rigorosas.
ResponderEliminarCompreendo perfeitamente que os árbitros se condicionem com os ambientes criados, sabendo da impunidade daqueles senhores, e sabendo que se não apitam de acordo com eles se sujeitam a toda a sorte de “imprevistos”.