Somos diferentes, simpáticos e até fofinhos
É verdade que não ganhamos tanto como gostaríamos. Umas vezes porque não somos suficientemente competentes, outras porque os adversários são mais fortes, mas quando ganhamos sabemos que não só fomos os melhores, como conseguimos superar as nossas fraquezas como o poderio dos nossos rivais no campo e também nos bastidores.
Não pretendo fazer aqui o que tantas vezes tem beneficiado os nossos opositores, que é desgastarmo-nos em lutas intestinas cada vez que perdemos, fazendo das nossas derrotas as suas duplas vitórias. A nossa derrota em Guimarães, apesar de todos os erros que cometemos depois, acontece porque a equipa de arbitragem transforma uma simulação grotesca, que daria uma expulsão e consequentes quarenta e cinco minutos a começarem a ganhar e em superioridade numérica, num empate.
Na era do VAR este erro grosseiro só acontece por clara incompetência e provavelmente até má-fé. Nada que não se pudesse prever. O VAR, Hugo Miguel, tinha necessidade de limpar a folha, depois do erro cometido aquando do jogo com o Casa Pia, no inefável erro de colocação de linhas. O histórico de João Pinheiro com o Sporting mais do que um curriculum é já um longo cadastro, tantos têm sido os erros cometidos. Tantos têm sido que, se fossem apenas incompetência cometida de boa fé, já o teria obrigado a pedir escusa aos jogos do Sporting. Mas João Pinheiro, a quem claramente tremem as pernas nos jogos mais quentes e permeável ao ambiente que o circunda, parece ser um homem com uma missão sempre que nos aparece pela frente. Tal como Artur Soares Dias.
Que o Sporting tenha optado por não dizer nada na semana que antecedeu o jogo perante o que até o mais distraído dos adeptos já tinha percebido e até antecipado, até se pode compreender. Já totalmente inadmissível é que se tenham feito as malas e saído de Guimarães sem uma única palavra.
Recordo que, no episódio mencionado acima (jogo com o Casa Pia) a Rúben Amorim só faltou pedir desculpa por erro ao qual era completamente alheio. E que no pós jogo optou por ignorar o lance mais importante para o desfecho final, para mencionar o sururu final. Mas não foi o seu silêncio, ou mesmo de Hugo Viana, que mais se ouviu em Guimarães. Esse foi o dos órgãos sociais, com o presidente Varandas à frente.
Quem se pronuncia por assuntos que não nos dizem respeito como a AG do FCP, não pode ficar calado quando o clube a que preside é assaltado em pleno centro de Guimarães e à vista de todos. A nós adeptos e até mesmo aos jogadores, cuja frustração foi bem evidente em Mateus Reis, pouco interessa que tenha telefonado a Fontelas Gomes ou manifestasse a sua indignação a Pedro Proença.
O Sporting não podia ter abandonado Guimarães sem marcar presença e assinalar aquele momento para o que resta do campeonato. Como gostamos de ser diferentes, não era preciso bater em nenhum jornalista de serviço, gritar aos quatro ventos, ou não aparecer na conferência de imprensa. Ao preferir o silêncio o Sporting perdeu duas vezes: uma porque o Pinheiro assim quis, outra por falta de comparência.
Ao assim proceder o Sporting está mais perto de perder novamente pelas mesmas razões. E pode ser já na próxima segunda-feira. É que isto de sermos assim diferentes, simpáticos e até fofinhos dá muito jeito aos nossos rivais.
Adenda:
Como se pode ver pela sequência de imagens João Pinheiro não estava em posição para ver se Adan toca ou não no jogador do Vitória.
Apitou por mera "intuição"que é aquilo que pode ser o epitáfio da carreira dele:
"na dúvida é contra o Sporting". A questão da má-fé fica assim esclarecida, quanto à incompetência o tal cadastro fala por si. As minhas desculpas pela fraca qualidade das imagens, mas foram obtidas com recurso a um telemóvel.
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