Voltar ao lugar onde somos felizes
O Sporting, ao bater o Gil Vicente, recupera o comando da Liga, lugar que havia abandonado depois do derby de má memória. Foi um jogo emotivo, cheio de incidências e incertezas provocadas pelas alterações no marcador. Dessa forma voltamos ao lugar onde somos felizes, o primeiro lugar.
Este jogo adquiriu ainda maior importância após a escorregadela dos nossos rivais em Moreira de Cónegos. A forma como o Sporting respondeu à pressão acrescida pela exigência dos três pontos, e ainda por cima depois de ter sido apanhado em desvantagem inicial, deixou bem claro que a luta pelo título não é apenas um objectivo meramente "académico".
Quando o golo do Gil Vicente acontece ficou no ar a dúvida sobre qual iria ser o comportamento da equipa. Até aí o Sporting tinha-se limitado a pouco mais do que activar a sua locomotiva sueca e esperar que "o normal" acontecesse. O VAR já havia anulado um golo obtido com esse recurso, o que provavelmente criou a ideia de que aquele era o caminho e, mais tarde ou mais cedo, o método acabaria de pagar dividendos. Ou, por outras palavras, mais tarde ou mais cedo os galos de barcelos acabariam por se escaqueirar ante a força nórdica.
Certamente terá sido importante o golo obtido ainda antes do final do primeiro tempo. Ao intervalo certamente Rúben Amorim deve ter alertado que, para levar de vencida o adversário era necessário correr mais, correr melhor e mais rápido quer no sentido de recuperar a bola, quer para visar a baliza barcelense. Foi dessa forma que o Sporting chegaria à vantagem, pouco tempo após o inicio do segundo tempo. E rapidamente voltou a dilatar o marcador por acção preponderante ede Gyokeres mais uma vez.
De lamentar mais uma lesão de St. Juste, bem como o comportamento dos gilistas na procura da perda de tempo enquanto não estiveram em desvantagem. O mesmo se pode dizer das declarações sobre a arbitragem. É preciso muito descaramento para protestar contra a decisão correcta do àrbitro e mais ainda para colocar o VAR em causa, quando viram dois golos sofridos serem anulados por acção daquele orgão arbitral.
Os próximos dois jogos serão verdadeiros testes de fogo à liderança agora alcançada. A sempre difícil viagem a Guimarães e a recepção ao FCPorto serão clarificadores relativamente à força da nossa equipa e dos nossos jogadores.
Uma nota final e obrigatória para Gyokeres: que jogador! E que privilégio ter um jogador deste quilate a espalhar magia nos relvados de Alvalade.
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