Um ananás colhido por Catamo nos Açores provocou um abanão no continente

Após o incómodo empate caseiro ante o Sp. Braga, havia uma grande expectativa relativamente à forma como a equipa do Sporting iria reagir. Sabia-se antecipadamente que na deslocação aos Açores iria ter pela frente um adversário capaz de apresentar enormes dificuldades pela forma como defende e usa a falta e a simulação e as paragens que provocavam como forma de controlar o jogos.

 O jogo acabaria por ter, mais uma vez, duas partes completamente distintas só que, desta feita, ao contrário do que vinham sendo hábito. Na primeira parte o Sporting domina o jogo mas não consegue criar grande perigo, descobrindo tardiamente que podia aproveitar melhor o facto de ter o vento forte pelas costas. Seria aliás o próprio vento a condicionar muito o nosso jogo, com a equipa a não conseguir calibrar devidamente os passes, não conseguindo por isso aproveitar a profundidade para Gyokeres e o Sta. Clara a controlar muito bem a largura. 

Na segunda parte pedia-se outra mobilidade e o Rui Borges corrigindo algumas movimentações conseguiu dar outro ímpeto ao nosso jogo. O ligeiro recuo de Trincão e a movimentação entre linhas de Catamo, aparecendo mais vezes do lado direito, acabou por dar os seus frutos. O golo seria suficiente para nos dar os três pontos e, por via do que iria suceder mais ou menos vinte e quatro horas depois no continente, o regresso à liderança do campeonato.

A vitória não oferece nenhuma contestação, o Sporting, não fazendo uma boa exibição, foi a única equipa que realmente quis vencer o jogo, o que acaba por ser também uma punição para o Sta. Clara, que abusou da perda de tempo e das simulações.

Mas este jogo ainda não acabou. Um lance mal ajuizado pelo VAR e pelo árbitro, que deveria ter dado um penalty, ainda na primeira parte, a favor da equipa da casa, serve agora de desculpa para o empate concedido pelo nosso rival, no continente. No mesmo pacote é enfiado um lance de penalty óbvio, de Otamendi, sobre um jogador do Arouca classificado por muitos como um erro do árbitro. 

Só há duas razões para tanto barulho: 

1- Se o lance fosse fora da área era considerado falta e ninguém falava mais no assunto.

2- Porque envolve o SLB, cuja máquina mediática e o seu séquito de "especialistas de arbitragens" se contorcem para explicar as razões porque não devia ser penalty. Só faltou um certificado do MIT a atestar que era possível ao avançado arouquense evitar o penalty. Já o Otamendi tem todas as desculpas para  ir a deslizar em direcção ao avançado adversário.

Só mais duas notas:

1- O que teria já feito a APAF se o comunicado  tivesse sido da autoria do Sporting?

2- O Comunicado mais não é de que uma cortina de fumo para que os respectivos adeptos se esqueçam que:

Perderam dois pontos de forma inglória.

Mas sobretudo para não pararem para pensar um minuto que seja como é que tendo gasto tanto dinheiro no verão e ainda mais no inverno não conseguem livrar-se da concorrência da que agora retomou agora a liderança, já teve três treinadores e uma legião de lesionados que a impede ainda de usar os melhores jogadores.

Fica uma derradeira análise do insuspeito jornal "A Bola" sobre o que é o deve e haver deste campeonato o que à arbitragem diz respeito. É só fazer as contas: