Tondela - Sporting: dominio, qualidade e desperdicio
O Sporting apresentou em Tondela uma das exibições mais consistentes e completas da presente temporada, evidenciando não apenas superioridade técnica e tática, mas também uma atitude competitiva exemplar. A entrada no jogo foi marcada por uma clara intenção de controlar o jogo e o adversário e com muita dinâmica entre jogadores e sectores que contribuíram para criar oportunidades atrás de oportunidades.
A equipa leonina revelou-se particularmente competente na ocupação racional dos espaços, conseguindo desequilibrar tanto pelos flancos como pelo corredor central. A oportunidade clara de golo nos minutos iniciais, desperdiçada por Pedro Gonçalves, ilustra bem a capacidade do Sporting em construir situações de finalização desde cedo. Contudo, em deslocações a terrenos tradicionalmente difíceis, a eficácia na concretização assume um papel determinante — e neste caso, poderia ter facilitado uma gestão mais tranquila do encontro. Sendo a equipa mais criadora, o que é confirmado pelas estatísticas, é também a equipa que mais oportunidades de golo desperdiça. A eficácia é pois um dos problemas a resolver porque sem ela há surpresas desagradáveis a poder acontecer. Em futebol, mesmo num jogo amplamente dominado como em Tondela, o controlo absoluto não existe.
O comportamento coletivo da equipa foi notável sempre que perdia a bola. A reação imediata em transição defensiva, com o bloco a baixar de forma coordenada e agressiva, neutralizou as principais ameaças do Tondela sempre que os adversários procuravam explorar a velocidade. Esta postura revela uma evolução significativa na cultura de recuperação pós-perda, demonstrando um compromisso coletivo que tem sido menos evidente em jogos anteriores. A ver novamente com adversários mais fortes do ponto de vista individual, mais evoluídos tacticamente e por isso mais capazes de colocar outro tipo de dificuldades que não estão ao alcance do Tondela.
Foi nota dominante em todo jogo, mas a primeira parte ainda foi mais notório o elevado desempenho em posse, criação, finalização e controlo emocional. A agressividade sem bola, aliada à qualidade técnica com bola, permitiu ao Sporting construir um domínio clara. Não fosse a extraordinária exibição do guarda-redes do Tondela o resultado ao intervalo poderia ter refletido uma goleada histórica, mesmo ainda nos primeiros quarenta e cinco minutos.
Notas muito positivas para os regressos de João Simões e Diomande. O primeiro foi crucial na amplitude das suas acções, elevando o nível competitivo da equipa e arrastando consigo os colegas. Para um miúdo de dezoito anos não é pouca coisa. Como se não bastasse, é também um exemplo de Sportinguismo que delicia ouvir a cada declaração.
Notas muito positivas para os regressos de João Simões e Diomande. O primeiro foi crucial na amplitude das suas acções, elevando o nível competitivo da equipa e arrastando consigo os colegas. Para um miúdo de dezoito anos não é pouca coisa. Como se não bastasse, é também um exemplo de Sportinguismo que delicia ouvir a cada declaração.
Além de jogador e atleta, também sou adepto do Sporting, mas o mais importante foram os três pontos. Nós puxamos sempre uns pelos outros, quem entra na equipa tem sempre o apoio dos colegas... é essa a nossa força, todos dão o máximo pois com este símbolo temos sempre de dar tudo
Já Diomande dá uma outra dimensão que não é apenas física ao comportamento defensivo. Creio mesmo que a equipa sentiu a ausência muito em particular nos jogos disputados recentemente na Champions. Quem também está de regresso à normalidade é o nosso capitão Hjulmand, com claros ganhos para o desempenho colectivo. Algo que já se notou no recente jogo com o Marselha.
Foi um jogo feliz do Sporting pela aliança evidenciada entre qualidade técnica e atitude competitiva. Falta replicar o mesmo nos jogos mais difíceis, bem como resolver a questão da eficácia. É claro que, a manter este padrão, o Sporting poderá encarar os desafios futuros com ambição e confiança.
Foi um jogo feliz do Sporting pela aliança evidenciada entre qualidade técnica e atitude competitiva. Falta replicar o mesmo nos jogos mais difíceis, bem como resolver a questão da eficácia. É claro que, a manter este padrão, o Sporting poderá encarar os desafios futuros com ambição e confiança.


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