Sporting 1- Braga 1: Desperdício de pontos e oportunidade
Não foi bonito de se ver o jogo que o Sporting fez na recepção a Braga e pior ainda foi o resultado, se atendermos à perda dos dois pontos, acrescidos do desperdício de oportunidade de ganhar pontos aos seus rivais. Olhando para o que já havia sucedido ante o Estoril, a equipa deixou ficar sinais muito preocupantes.
A atenção mediática está neste momento na forma penosa com que lidamos com as dificuldades que as equipas melhor apetrechadas em qualidade individual e técnico-tática nos impõem. O treinador está pois na linha de mira e justificadamente, por mais que queira desvalorizar o momento. Mais ainda quando o faz de forma completamente desmoralizadora e desmobilizadora, quando afirma que até pode ser campeão mesmo perdendo os jogos chamados grandes.
O Sporting voltou a evidenciar dificuldades perante uma equipa com capacidade para construir com critério e pressionar de forma eficaz a sua saída de bola, sem se vislumbrar grande rasgo ou iniciativa para mudar o estado de coisas. Com os caminhos fechados ao centro, o Sporting ao invés de procurar a largura para obrigar o adversário a abrir espaços, abusa dos pontapés para a frente, normalmente mal direcionados e precipitados, facilitando a tarefa defensiva dos arsenalistas.
Quando obrigado a defender não conseguiu durante todo o jogo a melhor forma de pressionar os adversários, falhando com marcações individuais nada criteriosas ou consequentes. A qualidade da reacção à perda diminui assim de forma drástica. Isso fez com que a equipa fosse ficando muitas vezes desorganizada, não conseguindo assim contrariar as constantes mudanças promovidas pelas rápidas trocas de bola entre os jogadores adversários. É verdade que estes poucas vezes conseguiram chegar à baliza de Rui Silva, mas o muito tempo que lhes era permitido ter a bola deu-lhes confiança e conforto e o sentimento inverso à nossa equipa e aos adeptos.
Embora tenha resultado de um erro inadmissível de Hjulmand (o jogador a quem puxa a camisola nem conseguiria disputar a bola) ninguém ficou propriamente surpreendido com o empate, houve noventa minutos para, com o que era dado observar, nos prepararmos para essa eventualidade.
As alterações promovidas pelo treinador não lograram grande mudança, com excepção da maior acutilâncias emprestada ao lado esquerdo por Alisson, que vem justificando a aposta. Ioniadis continuaria tão isolado e perdido da equipa como já havia sucedido a Suarez. Por compreender fica a ausência de João Simões que, pelas suas características, justificava pelo menos estar entre os convocados para o jogo.
O resultado, sendo um desperdício de pontos e oportunidade de abreviar ou expandir distâncias para os rivais, acaba por ter de ser considerado justo. Por tudo o que se passou, estes pontos ficam na coluna do deve do treinador.
Uma nota final para os equipamentos apresentados pelo Sporting. Há muitas formas de lutar por uma boa causa sem que com isso se tenha de prescindir de toda a identidade de um clube. Para ser simpático, este equipamento é medonho.
0 Comentários:
Enviar um comentário
Este blogue compromete-se a respeitar as opiniões dos seus leitores.
Para todos os efeitos a responsabilidade dos comentários é de quem os produz.
A existência da caixa de comentários visa dar a oportunidade aos leitores de expressarem as suas opiniões sobre o artigo que lhe está relacionado, bem como a promoção do debate de ideias e não a agressão e confrontação.
Daremos preferência aos comentários que entendermos privilegiarem a opinião própria do que a opinião que os leitores têm sobre a opinião de terceiros aqui emitida. Esta será tolerada desde que respeite o interlocutor.
Insultos, afirmações provocatórias ou ofensivas serão rejeitados liminarmente.
Não serão tolerados comentários com links promocionais ou que não estejam directamente ligados ao post em discussão.