Esta semana são já várias as noticias que dão conta de pretensas dividas do Sporting. Primeiro ao Braga, por causa da transferência de Battaglia, mais propriamente da segunda tranche. Depois ao Racing de Avellaneda, respeitante à segunda prestação do passe de Acuña. Depois, vozes a sair do esgoto habitual davam conta de ordenados em atraso no futebol feminino, o que já foi hoje desmentido pela Rita Fontemanha.
Devo dizer que nada destas noticias me impressionam ou preocupam particularmente. Qualquer comum mortal, mesmo sem grandes responsabilidades, sabe das dificuldades que as empresas atravessam pontualmente e que estão relacionados com os fluxos de caixa. Muitas vezes basta uma falha a montante para se precipitarem outras que vão comprometer pagamentos aprazados com credores.
Mesmo atrasos pontuais com atletas, mesmo que indesejáveis, não
representarão grandes problemas, desde que devidamente explicados.
Preocupante, isso sim, seriam as falhas nos ordenados dos funcionários
gerais, cujo vencimento é muitas vezes insuficiente para cobrir o número
de dias do mês com contas para pagar. Ou se as falhas se acumulassem, não respeitando os prazos e saltando de exercício em exercício financeiro. Tendo o Sporting realizado um grande esforço na pausa de inverno, não surpreenderia de todo que possa haver agora dificuldades.
O que eu não gosto é que o Sporting ande a dar mais uma vez protagonismo ao Salvador. Ele sabe que não é a trocar títulos de jornais com os clubes do seu tamanho que se torna maior, como ele ambiciona.
E o contrário também é verdade. Não é por descer ao patamar do Salvador que o Sporting honra a sua imagem de grande. Muito menos quando ainda por cima parece que a razão nem nos assistia (a divida terá sido hoje saldada [
LINK]) e ainda dá azo ao Salvador de pensar que nos pode dar lições [
LINK]. E depois disto ainda nos admiramos de não ter quorum para as nossas propostas na LIGA...
Para mim, mais que o próprio atraso no pagamento, o que me parece excessivo foi o valor pago por um jogador que ia entrar no seu ultimo ano de contrato e que andou mais tempo emprestado do que a jogar pelo clube que o vendeu.
ResponderEliminarDe referir, que ainda inclui o passe de Esgaio e o empréstimo de Jefferson no seu ultimo ano de contrato
A mim, não me preocuparia se isto não fosse uma medida propositada.
ResponderEliminarCom a Doyen, Bruno de Carvalho descobriu uma forma de financiar o clube sem ir a um banco. Não se paga um compromisso para usar o dinheiro para necessidades do clube. E quando se chega ao limite, paga com dinheiro que seria para cumprir outro compromisso e tudo começa de novo, mas com outro credor.
Basta ver que depois de pagar o que se tinha que pagar à Doyen, as provisões (não correntes) para processos judiciais subiram de 6,252 para 10,083 milhões de euros. Em 6 meses, são mais 3,831 milhões de euros em processos judiciais a longo prazo.
E que dizer do aumento de provisões para processos fiscais? De 2,04 (30/06/2016) para 5,597 milhões de euros (em 31/12/2017. Não se esqueçam da atitude de Bruno de Carvalho nos seus próprios processos fiscais. Tudo faz para não os pagar. Já tem penhoras e continua nos tribunais a tentar adiar os pagamentos.
Eu não sei se há ou houve salários em atraso no futebol feminino, sei sim que houve falatório
ResponderEliminarnos camarotes de que havia, não sei se ainda há, salários em atraso na equipa B.
O facto de uma jogadora negar não impede que seja, ou tenha sido, verdade. Todos sabemos como é feita a política de comunicação no Sporting.
Estranho era se viesse uma jogadora confirmar que houve salários em atraso.
Toda esta problemática é devido às dificuldades de tesouraria tão típicas do 2º semestre, mas foram previsíveis dado não ter havido vendas de activos em Janeiro. As contas são públicas para quem as quiser consultar.
Ninguém pode negar as dificuldades de tesouraria que as contínuas noticias de calotes confirmam ainda não pagos. Há processos perdidos em tribunal com o SCP condenado a pagar indemnizações de centenas de milhares de euros a antigos colaboradores, que não foram ainda respeitados.
Os processos não estão perdidos em tribunal. Os processos já foram decididos mas o Sporting continua a tentar tudo para adiar os pagamentos. Tal como fez no caso da Doyen.
EliminarO Salvador tem aspecto de ser ou *** ou bailarino. Ora, não consta que seja bailarino.
ResponderEliminarTrazer este assunto à baila a poucos dias do jogo com o Sporting, sabendo que pode incendiar ânimos e, com isso, criar um ambiente de guerra, deverá ter interesses muito mais próximos da luta de poder na Liga (G-15 ...ou G-14?), de que o Sporting parece querer afastar-se.
Salvador igual a si próprio, enquanto industrial de construção civil, apenas isso.
Encontro de contas é isso mesmo, encontro de contas: os prazos de pagamento deixam de existir e quem tiver que pagar, paga, no imediato, ponto final!
(Mas Salvador parece ter encontrado uma nova fórmula...)