O que penso sobre os fundos e sobre os fundos no Sporting
Falar sobre fundos tornou-se quase tão corrente como falar da bola que bateu no poste, dos erros dos árbitros, dos golos, etc. Mas quando falamos de fundos estamos a falar do TPO (third party ownership), isto é, da partilha de passes de jogadores entre clubes, entidades financeiras, investidores, agentes, empresários e até mesmo dos próprios jogadores. O seu fim já anunciado provocará seguramente grandes mudanças no futebol em todo o mundo, particularmente na América do Sul e Europa.
Ao contrário do que parece ser a corrente de opinião no actual Sporting, não olho para os fundos e vejo o anti-cristo. Pelo menos nem mais nem menos do que vejo noutro qualquer instrumento ou parceiro financeiro de que o clube se possa socorrer. O problema, a haver, está em quem negoceia e a forma como defende os respectivos interesses. Este não se confinará apenas às negociações com fundos, mas com a generalidade de parceiros a quem o clube recorra para se financiar. Cabe a quem representa o clube nas negociações retirar as maiores vantagens, porque do outro lado da mesa não está o Pai Natal com um saco de prendas, mas apenas alguém que procura ganhar dinheiro.
O que haverá de diferente aqui se do outro lado da mesa ao invés de representantes da Doyen ou QFIL estiver o chairman de um banco ou entidade de crédito similar?
Especificamente sobre o Sporting lamento que a discussão esteja a ser muitas vezes mistificada, outras vezes manipulada, no que muito contribuíram os maus resultados desportivos que ocorreram no momento em que o clube apostou mais declaradamente neste tipo de financiamento. Os resultados dos rivais provam o que todos sabemos acerca de qualquer negócio: meter dinheiro nos problemas pode vir a representar um problema maior se a aplicação deste não for bem gerido. Ao Sporting faltou sempre alguma coisa ou várias ao mesmo tempo: um bom treinador, estabilidade e saber a dirigir, qualidade do plantel. Quando tinha um faltava outro. Os resultados de SLB, e de forma mais sustentada do FCP, comprovam que poder chegar a melhores jogadores tem um carácter diferenciador.
Depois há fundos e fundos. O que agora sucedeu com a renegociação das percentagens detidas pelo fundo do ex-BES, o Sporting Stars Fund, é o resultado de uma circunstância muito especial - o fim do banco com quem se tinha originariamente negociado - e pelo facto de o próprio fundo ser sobretudo um parceiro do Sporting. Na prática, ao invés de deter acções, o fundo comparticipava no risco de aquisição de jogadores. Risco que, neste caso concreto, e ainda sem fazer as contas, deve ter sido pago sobretudo do lado do investidor. Não fossem estas circunstâncias especiais alguém em bom juízo aceitaria os pouco mais de 12 milhões só e apenas pelas percentagens detidas de passes de jogadores valorizados como William Carvalho e Adrien, por exemplo?
Haveria muito a discutir sobre os fundos no Sporting. Inclusive, por exemplo, se é boa politica disponibilizar percentagens de passes de jogadores ainda em formação. O que me parece é que o clube não deveria abdicar de uma ferramenta como esta, sem pelo menos ter uma alternativa que lhe permitisse estar mais perto dos seus concorrentes directos, sob pena de comprometer a respectiva competitividade.
Perceber a estratégia do Sporting
O Sporting fez deste tema bandeira da actual gestão. Mas já fez uma inflexão notória mas que aparentemente tem passado despercebida nos comentários sobre o tema: começou por pedir a regulamentação da actividade para agora, agitando fantasmas sobre o comprometimento da verdade desportiva, querer a sua extinção.
Várias vezes tenho tentado perceber esta cruzada lançada aos fundos e a conclusão é quase sempre a mesma: O Sporting pretende com o fim dos fundos diminuir a capacidade de investimento dos seus rivais, de forma a deixá-los, sem as respectivas verbas, mais próximos dos valores que consegue aportar ao seu futebol. Isso seria perfeito, mas quanto a mim tem dois grandes inconvenientes, para poder resultar em pleno:
(i) As maiores receitas dos seus rivais continuarão a possibilitar, pelo menos na teoria de que jogadores mais caros são melhores, maior capacidade competitiva. Os dinheiros dos fundos servem apenas para partilhar o risco na aquisição dos passes dos atletas, as elevadas verbas necessárias para pagar os ordenados destes têm que ser encontradas nas receitas dos clubes. É possível que, com o fim dos fundos, diminuam também as receitas obtidas na realização de mais-valias. Essa diminuição será em grau suficiente para nivelar os 3 grandes?
(ii) O fim dos fundos acabará por ditar um afastamento dos 3 grandes portugueses dos melhores palcos e, consequentemente, das grandes receitas, a menos que se descubra uma forma de contornar a perda do dinheiro destas parcerias. Que impacto tal terá no ranking dos clubes na UEFA, que determina o acesso à Liga dos Campeões/Milhões? Pelo menos no futebol a ideia de ombrearmos com "os maiores da Europa" se já era cada vez mais quimérica passará a ser impossível.
E aqui, na capacidade de atracção de financiamento e investidores, o problema continuará a ser, em grande medida, maior do nosso lado. Hoje a visibilidade do Sporting é inferior à dos seus rivais e isso é notório ao nível das parcerias e patrocinadores. Inverter este cenário é ainda mais ciclópico quando se sabe o atraso de muitos anos que levamos no marketing, corporate e demais áreas comerciais e de promoção da marca.
Os fundos não representam uma panaceia para todos os males, como sabemos de experiência própria, mas sem eles e sem alternativa, clubes como os 3 grandes portugueses, Atlético de Madrid, Valência, e outros remediados europeus terão que se contentar em serem os eternos figurantes no "el passillo" aos mais ricos.
Todas as estratégias comportam riscos. Sobre a actual partilho a desconfiança sobre estes instrumentos, mas não me auto-excluiria do seu uso sem uma alternativa e não estou muito optimista sobre os seus resultados práticos.
Sobre a generosidade e bondade da argumentação a propósito da transparência do dinheiro e respectiva posse parece-me que quem tem como patrocinadores a Tacho Easy ou a Herbalife se devia abster de grandes comentários. Como em geral sobre quase todo o dinheiro, acrescentaria.
Sobre o efeito pernicioso dos fundos e relações nebulosas com agentes de jogadores diria mais ou menos o mesmo. Não faltam exemplos, passados e recentes, em que o clube, para fazer valer os seus interesses, atravessou a linha que a lei e a ética impõem.
Que perigo representam os fundos?
Dizer isto não é ignorar os perigos que representa a existência dos chamados fundos. O seu peso crescente no futebol mundial é evidente:
- Mais de um milhar de jogadores na Europa são já pertença de entidades financeiras.
- Grande parte destes jogadores pertencem a um reduzido número de entidades ou agentes. O risco de dependência e subjugação dos interesses dos clubes aos interesses de um trust de investidores é notório.
Mais do que a sua extinção, parece-me que a regulação desta actividade, como aliás de qualquer outra, se tornou imperativa. Mas isto não ilude que perigos semelhantes ou até mesmo mais lesivos da verdade desportiva já anteriormente se tornaram realidade no futebol, muito antes da chegada dos fundos. Não mais nem menos do que em todas as outras actividades onde existe grandes quantidades de dinheiro em circulação e em que o apelo do lucro fácil é permanente.
A posição da UEFA e da FIFA
Os organismos que tutelam o futebol internacional têm alergia aos temas fracturantes e sobretudo não gostam de muito barulho e escrutínio. A ideia de extinguir os fundos, ou melhor dizendo, a partilha da posse dos passes dos jogadores, é sobretudo preguiçosa. O futebol não ficará mais equilibrado nem mais transparente. Esta decisão deixa cada vez menos espaço aos clubes de matriz associativa, como é o nosso, deixando o caminho livre ao futebol de clubes com um dono ou accionistas. E o dinheiro encontrará sempre novos caminhos para continuar a crescer e se multiplicar.
LAD,
ResponderEliminarao que sei o sporting pede a regulamentação e não a extinção dos fundos, o presidente fez questão de fazer essa distinção sempre que se pronunciou sobre o assunto.
Não me lembro dessa inflexão de discurso mas pode ter-me passado ao lado, consegues "ilustrar"?
Abç
Anónimo:
ResponderEliminarhttp://www.maisfutebol.iol.pt/liga-sporting-fundos-bruno-carvalho-soccerex/5410d1260cf28f4fed83d02a.html
Bom início de reflexão; é, claramente, um tema importante e com muito espaço para opiniões diversas.
ResponderEliminarFactos "absolutos":
Vão sempre existir clubes mais ricos que outros e jogadores melhores que outros.
Os clubes mais ricos procurarão sempre deter os melhore jogadores.
Nenhum clube pode deter uma quantidade "infinita" de jogadores em simultâneo.
Resultado "normal":
Os clubes mais ricos irão sempre precisar que os clubes menos ricos sirvam de incubadora de jogadores, recrutando-as para a sua equipa quanto estiverem num nível de qualidade adequado.
Esta "incubação" deve aplicar-se quer ao período de formação/camadas jovens quer ao período de transição América do Sul (/outro) --> Europa
Variáveis:
- Quem detem a posse dos jogadores durante o período de incubação?
- Qual a relação de custos/valor dos jogadores, antes e depois da incubacação?
Opinião pessoal:
Com ou sem fundos, haverá sempre espaço para clubes como os 'grandes' Portugueses servirem de incubadora de jogadores. Nenhum clube, por mais rico que seja, pode colocar na equipa principal todos os jogadores que lhe parecem interessantes.
O resultado que vejo como mais imediato no desaparecimento dos fundos deverá ser uma mudança no nível dos valores envolvidos nas transferências, não me parecendo uma consequência directa que simplesmente deixaremos de ter acesso a um certo patamar de jogadores.
Talvez os clubes mais ricos venham a servir eles próprios de "fundo", adquirindo desde cedo (parte d)o passe do jogador.
Concordo totalmente na questão da negociação/erros passados/pai natal/bancos vs fundos; mas parece-me muito preliminar concluir que ficaremos pior sem os fundos.
Voltando ao certe do meu ponto de vista: a tendência será sempre os clubes mais ricos deterem os melhores jogadores, e a partir daí, aplica-se um "degradê" contínuo de riqueza e qualidade/maturidade/prontidão do jogador. Poderá mudar o figurino de valores envolvidos nas transferências (como mudou, p.ex., na lei Bosman), mas não vejo como certo que seja em nosso (Sporting/Futebol Português) prejuízo.
(É certo que também não vejo como certo que seja benéfico, só contesto a aparente conclusão do post de que é necessarimente prejudicial.)
Este texto só demonstra a ignorância do autor sobre esta matéria. O Sporting faz bem em acabar com os fundos porque só fazem mal ao futebol. E os exemplos dos corruptos do norte e do sul em vez de acreditar no que diz o Bruno só prova que tipo de sportinguista és, não és nada.
ResponderEliminarLeão de Alvalade parabéns pelo excelente texto mais uma vez. Muito do que escreveu vem ao encontro do meu pensamento , nomeadamente na estratégia do Sporting , eu simplesmente tive outra conclusão que não a sua.
ResponderEliminarCoincidimos que o Sporting pretende enfraquecer o poderio de mercado dos seus adversários.
Há coisas é que temos de estar atentos , por exemplo que está por detrás desses fundos ? Quem me garante que não realizam negócios viciadamente mais produtivos para os adversários do que para o Sporting ?
Retórica simplesmente porque acredito piamente no que escrevi , e começo logo por dar nome aos bois (perdoe-me a expressão) , o maior manipulador do futebol português juntamente com o Oliveira , o Jorge Mendes.
Já sabemos todos que ele encontra e vende clubes aos seus amigos magnatas , sabemos que consegue sempre inflacionar jogadores , sabemos que tem muita responsabilidade na liquidez de ativos dos adversários completamente inflacionados , dando-lhe sempre a saúde financeira para poderem manter um nível competitivo manipulado a quem o Sporting não tem acesso, visto que para mim existe claramente uma guerra contra o Sporting ( e não o digo de agora , já o escrevi no primeiro texto aqui).
Aquilo que BdC disse sobre os direitos televisivos passou ao lado de toda a gente , depois repetiu o Barroso (ligado ao BdC) , que é a centralização dos direitos de TV em 2018 com critérios que vão desfavorecer o Sporting na distribuição de receitas. O Zé Eduardo também deixou uma insinuação no "Contra Golpe" acerca da BTV e da sua estratégia , portanto esta é a linha de pensamento do Sporting. Não duvido que a informação venha do novo "amigo" Mário Figueiredo.
As receitas de uma SAD são:
- direitos de TV
- Sponsorização e publicidade
- Receitas de bilheteira/gamebox
- vendas de jogadores
- Competições europeias (elevam todo os os items das receitas da SAD a 40% se for a liga dos campeões).
Portanto é fácil perceber que a guerra é esta , direitos televisivos , os 2 lugares de apuramento direto , sponsorização e publicidade.
E como é óbvio essas receitas estão viciadas por ciclo , que eu não preciso de descrever porque você sabe certamente.Vamos ver como o Sporting responde , mas sem os fundos já entupia muito da estratégia dos adversários e de Jorge Mendes , principalmente agora que o crédito acabou e a única opção é o obrigacionista.
As receitas que os adversários teem a mais que nós obviamente não adveem da massa crítica que é semelhante em todos , pese embora uns digam em alemão que teem muitos sócios , vão actualizar para o ano , logo fazem a campanha sócio zero euros para não serem desmascarados com violência. O Porto aldraba claramente e para toda a gente ver o número de espetadores , e vi uma vez o António Oliveira com o cartão do Neto com 118mil sócios no ano passado , o que é obviamente mentira , por isso na rubrica apresentam quotização e outros , nunca revelando quando recebem em quotas. Já nós isso já nem é receita da SAD.
Tem vantagem na sponsorização e publicidade obviamente , mas isso é consequência do ciclo , aqui o Sporting terá de ter imaginação , e tem um canal de clube aberto no cabo , o que poderá ser uma arma de peso na hora das negociações dos Patrocínios.
O ciclo deles começa nos jogadores , que ou ganham os campeonatos ou ficam nos 2º lugares , o que exponencia imediatamente as restantes receitas e permite-lhes ter um estrutura de custos que sem falharem ao mesmo tempo (Porto e Benfica) , o Sporting não conseguirá ser campeão, a funcionar minimamente ficará fora da liga dos campeões , o fator impulsionador da subida nas receitas.
Logo este é o primeiro alvo do Sporting. Depois há os pontos estratégicos como a arbitragem , a comunicação social , enfim as influências que sabemos. No terreno temos a o movimento Basta e a Holdimo respetivamente. Embora na comunicação temos muito a melhorar para podermos controlar a CS nacional.
M.
ResponderEliminaralgumas considerações avulso:
Se houvesse uma real intenção de tornar o futebol transparente por parte da UEFA ir-se-ia mais longe do que simplesmente abolir o que é agora considerado de TPO.
Não ficou no texto, porque já ia longo, mas é bom não esquecer que o Sporting tem vários passes partilhados, contratados recentemente, para os quais vai ter que encontrar outra solução.
O Sporting dos 3 é que menos tem necessidade de recorrer aos fundos pelo facto de grande parte da composição do seu plantel resultar de jogadores da formação. Daí que me pareça que seria o que mais poderia retirar beneficios dos TPO, sem ter que se expor tanto como os seus rivais.
Quando afirmo que ficaremos pior sem os fundos é na perspectiva da concorrência com os clubes mais ricos e de não ser encontrada uma solução alternativa. O futebol nacional perderá competitividade, sendo-lhe mais difícil chegar à CL, quando agora já evidente a dificuldade em passar a fase de grupos.
m1950,
ResponderEliminaragradeço o elogio.
No entanto não partilho da sua opinião relativamente ao JM. Sabemos da sua proximidade a PdC mas não podemos ignorar que foi ele um dos esteios do título do SLB na época passada, que até podia ter ocorrido na época anterior. Um clube como o Sporting, com tantos jogadores que forma, não ganha nada com falsos moralismos (o JM é tão bom ou tão mau como outro qualquer, no final querem é que o dele esteja na conta) nem com guerras estéreis com empresários. O JM fica mesmo muito aborrecido e mais pobre se não negociar com o Sporting. A história aí é outra, quem sabe um dia escrevo também o que penso sobre isso.
"Mais de um milhão de jogadores na Europa são já pertença de entidades financeiras." isto é um facto? não haverá gralha? corresponde ao plantel completo de 40.000 clubes a 25 jogadores cada plantel. se houver 50 países na europa são 800 clubes por país. corresponde a 40 ligas por país se cada liga tiver 20 equipas
ResponderEliminarLeão de Alvalade compreendo que não queira entrar na "teoria da conspiração" mas parece que quer construir uma tríade de SLB , FCP , SCB , e não me parece que por negociar com um deles não negoceie com o outro. Sou da opinião que estão unidos há muito tempo , criaram desde que LFV entrou uma rivalidade ficticia , se reparar muito se esforça a CS nos últimos anos para colocar o SCP de fora do maior jogo português , e você sabe , eu com a minha idade , isto é de rir à gargalhada , mas eu não faço parte do novo panorama.
ResponderEliminarO Sporting tem mais força popular que o FCP , o FCP entrando para o maior jogo português , vai ganhar adeptos ao Sporting ( e já o faz há muitos anos), e parece-me que é por aí a estratégia tal como um dia disse o saudoso João Rocha.
Se reparar nestes 13 anos de seca , o Sporting lutou alguns pelo título , mas sempre que ficava uma corrida a 2 , um deles era beneficiado. Acho que há diretamente uma estratégia de não deixar o Sporting ganhar.
Primeiro o Benfica , porque mesmo sendo o clube mais popular , gostaria de absorver aquilo que é a força na capital do SCP , onde para além dos subúrbios arrisco dizer que somos tantos ou mais que eles , e quase por tradição. Depois também porque na verdade é o mesmo mercado de massa crítica , nas famílias aqui , além das tradicionais , há sempre pai benfiquista mãe sportinguista e etc etc , aliás os filhos pegam sempre por aí as rivalidades.
Depois o Porto pelo que escrevi acima.
O interesse é ir ruindo lentamente o Sporting , o aparecimento no ano passado , que meteu mais sportinguistas em estádios fora , e dar com uma pá no falso mítico anedótico assustou muita gente e isso foi escondido.
Até já se fez de um clube pequeno rival do Sporting , outro clube patrocinado por Jorge Mendes , que vamos a ver se na suspeição de BdC não passam a ter quase tanto nos direitos de TV como nós. Já só teem menos 10M de orçamento no futebol , fruto de uma estrutura accionista ( câmara , Joaquim Oliveira (em titulo pessoal), e sad- sem custos apesar de não ter património , e sustentado pelo Jorge Mendes).
Isto aqui é para acelerar aquilo que eu escrevi acima , tirar o Sporting do maior jogo português interessa muito ao FCP , e lembro-me perfeitamente do ano do 7º , os comentadores da SportV a querer elevar o jogo , no ano passado o Conduto a chamar o o derby de Portugal e o jogo do país, levantou logo alguma revolta nas redes sociais portistas.
Jorge Mendes para mim é uma das cabeças do polvo.
Anónimo, obrigado pela chamada de atenção. Onde está um milhão são mil. Segundo o estudo da KPMG são mais de 1.100 atletas, um número importante.
ResponderEliminarBom post LDA. Sobre o tema não tenho muito a acrescentar, também me parece que antes de se lançar nesta guerra deveriamos ter uma estratégia que não se ficasse apenas por exigir a extinção dos fundos de forma a aproveitar o seu desaparecimento em nosso favor. Assim o que fica é mais um ziguezague, ao jeito habitual de BdC. Gestão de emoções tão bem vista nas redes sociais (o Bruno rules) mas que de concreto ao Sporting não traz nada. Já ao presidente tudo que lhe possa dar um pouco mais de visibilidade e tempo de antena óptimo.
ResponderEliminarEste post é muito bonito e tudo mais (inserir elogios avulsos) mas parte de um pressuposto errado. O que se exige é a regulamentação específica para os TPO's, algo que a FIFA/UEFA não consegue fazer em tempo útil, e daí a radicalidade da decisão da extinção. A omissão da regulamentação actual, muito omissa, permite toda uma panóplia de legalismos que, não sendo ilegais, ferem em larga escala a paridae competitiva...
ResponderEliminarO Mestre de Cerimónias é um acólito, acéfalo, do BdC.
ResponderEliminarLdA,
ResponderEliminarNão entrei na questão de transparência, nem tão pouco quero entrar pelas teorias conspiratórias.
O que não vejo, e reforço o meu ponto, é onde é que o fim dos fundos é necessariamente mau para o Sporting. Na linha do raciocínio que tentei descrever, o "degradê" relativo ClubesRicos--JogadoresMelhors a ClubesPobres--JogadoresMaisJovens/Imaturos/Piores irá sempre existir.
Tenho muitas dúvidas que a existência ou não de fundos altere significativamente o poder relativo do Sporting no panorama Português e Europeu do futebol. Os outros clubes Europeus tambêm recorrem a fundos, também serão lesados.
Sendo uma medida geral, não vejo a situação a desiquilibrar-se em nosso prejuízo.
À primeira vista, dada a nossa aposta na formação, a manter-se a capacidade de criar bons jogadores, parece-me até bastante benéfico; são os "outros" que perdem um dos seus maiores activos.
O Leão de Alvalade, em vez de colocar links da CS porque não coloca o link da última entrevista do Presidente?
ResponderEliminarO Presidente já afirmou que o que quer acabar é com a falta de regulamentação sobre os fundos. Ainda durante a última entrevista (a tal que o meu caro deveria ter colocado) o mesmo afirma, mais do que uma vez, que não tem nada contra os fundos. A luta é contra a falta de transparência dos mesmos, nomeadamente de onde vem o dinheiro e quem são os seus titulares.
Fazer um post onde o mesmo parte da premissa que o Sporting é contra os fundos é encher chouriços com, nem tem outra palavra, uma mentira.
Tinha tanta coisa para escrever, já sei que nem o obriga e que o meu caro escreve o que quer, mas o mesmo se aplica a mim, como por exemplo sobre a reportagem que veio hoje no jornal do Sporting sobre a formação, onde podia ter uma discussão com base no contraditório, que não me parece que este seja um assunto muito urgente.
SL
Samuel B
Sócio 7149
Se os fundos são assim tão virtuosos por que é que não estão a ser autorizados na Inglaterra e França, por exemplo. Quer se avance para a regulamentação ou a proibiçao dos fundos, penso que haverá sempre um periodo transitório. Se os fundos estiverem sedeados em paraísos fiscais, como é que se sabe quem está por detrás deles. Poderão ou não os investidores que os controlam combinar resultados de modo a que sejam sempre as mesmas duas ou três equipas a ganhar títulos, para já não falar em apostas. Por que será que sempre que um jogador que dá nas vistas no campeonato português, e se não pertencer a um dos grandes, aparecem sempre os mesmaos Clubes/SADs/Fundos, quase sempre portugueses ou espanhois, a contratá-lo inflacionadamente, a maior parte das vezes não chegando sequer a precisar dele nem a utilizá-lo, servindo apenas de entreposto para o emprestar a outro emblema, ou para contrapeso noutros negócios, ao ponto de não chegar a fazer um único treino na equipa que supostamente o contratou. Será que haverá coincidências ?
ResponderEliminarGrande post, principalmente por permitir lançar o debate deste tema
ResponderEliminarNão considero que os fundos sejam um "Bixo Papão", mas sinceramente creio que os clubes portugueses e principalmente o Sporting não têm muito a perder com a extinção dos mesmos
Não é preciso sequer ter poderes adivinhativos para imaginar como seria o futebol sem a existencia dos fundos, até porque estes são relativamente recentes e quer os Sporting quer os rivais já têm um longo historial de contratações acertadas sem recorrer a fundos
Os 3 grandes têm neste momento um grande deficit operacional - precisam de obter receitas extraordinarias para equilibrar as contas e a maior fatia dessas receitas terá de vir das vendas de jogadores
Como se percebeu no caso do Rojo, nem o facto de o jogador ter quadriplicado o seu valor nos permitia ter um lucro por aí além com a sua venda e no caso do benfica e porto, as coisas só correm melhor, porque em vez de 20M, vendem por 40M ou 50M, ou seja pelo valor que eles e o JM definem
Acho que a estrategia para o futuro tem de passar pelos seguintes pontos chave:
Aposta na formação ( sem ceder % de passes)
Aposta na prospecção em mercados emergentes
Contratação de jogadores "em potencial"
Recorrer sempre que possivel a emprestimos com opção de compra
Nada de acordo com tudo o que escreveu, normal, mais um post a dizer mal da posição do presidente, normal. Se o presidente dissesse que os fundos eram bons para o futebol, logo escrevia um post a criticar os fundos. De acordo com o jorge alemão, simples.
ResponderEliminarRelva, eu também discordo da conclusão de fundo do post, mas o LdA tem diversos posts bem anteriores 'a actual direção a defender as parcerias com os fundos, não é nenhuma embirração com o Presidente.
ResponderEliminarEra interessante que nos centrássemos mais nas ideias e menos em ataques pessoais. Várias vezes discordo da opinião do LdA, mas sempre vi/li uma posição coerente ao longo do tempo.
Samuel B,
ResponderEliminarIsto também é uma entrevista do presidente do Sporting. A minha especialidade não é a charcutaria, deixo isso para entendidos.
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=771572&tm=3&layout=123&visual=61&sc=13
Se quiser em vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=AzdSyXWreno
BdC primeiro promete injectar 25 milhoes de euros na tesouraria do clube através de fundos russos (o que nunca se veio a verificar entretanto, mas o que vale é que ninguem fala nisso), para depois dizer que afinal os fundos são perigosos e agora pede a sua total extinção por considerar que são uns papões. Enfim, o homem está completamente perdido e não é por berrar que as pessoas não vão perceber isso.
ResponderEliminarNão deixa de ser curioso que, após a operação Holdimo e esta última operação com o SPF, o Sporting finalmente detém percentagens relevantes dos passes da maioria do seu plantel, libertando activos, aumentando a probabilidade de maiores receitas futuras e o seu poder negocial no mercado quando tiver que vender, ler um post deste cariz, sabendo-se o que nos custou o recurso a este meio de financiamento, não porque este em si e na sua matriz seja mau, mas porque o clube recorreu ao mesmo de calças nas mãos, em péssimas condições financeiras e se submeteu a negócios em moldes altamente lesivos.
ResponderEliminarOs resultados financeiros falam por si. O Sporting, no passado, utilizou mal os fundos e escolheu mal os que utilizou.
Depois, o texto parte de uma premissa errada. BdC por mais que uma vez afirmou que a sua luta é contra a desregulação dos fundos e a falta de transparência e nem coloca de parte o recurso aos mesmos. Portanto qual o propósito da escolha selectiva do seu discurso para daí fomentar uma discussão que por base tem pouco sentido?
Quanto ao anónimo das 11:13... perdido está o user. Situe-se.