A vitória sobre o Vitória devia dar que pensar a Amorim
A vitória do Sporting sobre o Vitória foi justa e incontestável. Foi até, talvez, das vitórias mais fáceis em Guimarães nos últimos anos. Adán foi quase sempre espectador e mesmo na primeira parte, que jogamos a passo, como costumamos fazer quando queremos conhecer o lindíssimo conjunto que é o centro histórico da cidade-berço, só tivemos a baliza em perigo no lance do golo anulado. O Sporting dominou completamente a partida e o adversário.
Mas há sempre um mas. E o que vem a seguir ao mas é quase sempre o mais importante. E aqui o que chama a atenção é o escasso número de remates (13), dos quais apenas (5) foram enquadrados com a baliza para traduzir tanto domínio (65% de posse de bola no total). E desses cinco remates apenas um foi efectuado na primeira parte, sendo os restantes quatro na segunda metade, o que dá um nível de eficácia muito mais elevado do que vinha sendo registado nos jogos anteriores. Mais, o guarda-redes vitoriano, que sofreu dois golos, não foi obrigado a trabalho intenso.
Ora, como bem sabemos, o exemplo de Guimarães pode ser verificado em várias outras partidas e, como infelizmente também bem sabemos, quase sempre com resultados bem mais adversos. Julgo ser mais ou menos consensual que o Sporting tem hoje os processos de jogo muito melhor assimilados e consolidados, joga muito melhor do que o fazia quando foi campeão. Mas parece faltar ainda o que faz a diferença entre o ser campeão e o ficar a ver os outros a fazer a festa: ser mais letal.
Talvez seja isso que explique em parte os 91 pontos do FCP, com 86 golos marcados e os nossos 85 pontos com 73 e golos que fizeram a diferença no campeonato transacto. Bem sei que o "factor pinheiro" e o "factor soares dias" têm que ser contabilizados como a mão que embala o berço "quando o bebé chora". Mas também por isso, porque são "variáveis" que devem ser sempre tidas em conta, que o Sporting tem de crescer em eficácia na hora de rematar à baliza.
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