Sporting 1 - Young Boys 1: chocolate amargo
Quando terminou o jogo e a eliminatória com os suiços do Young Boys o sentimento de satisfação pela qualificação convivia conflituosamente com a sensação de desperdício de uma oportunidade rara de ter construído um resultado histórico ante um adversário que não só é campeão do seu país como havia acabado de sair da Liga dos Campeões.
A forma como vulgarizamos uma equipa que é muito mais difícil que os resultados dos dois jogos leva a supor confirma o bom momento que esta equipa atravessa e o salto qualitativo que os números confirmam, especialmente a quantidade de golos marcados. E já agora o elevado número de oportunidades criadas e ontem desperdiçadas que, estimo, tenha sido uma forma de esconjurar o azar que ciclicamente pode afetar uma equipa. À semelhança por exemplo, do que aconteceu na Taça da Liga com o SC Braga. A acontecer que seja nestas competições, ficando reservado o campeonato para as performances goleadoras que temos assistido.
Duas notas de destaque relativas ao jogo de ontem:
- O reduzido número de espectadores presentes em Alvalade deve fazer reflectir sobre a politica de preço dos bilhetes seguida para um jogo de interesse depreciado pelo óptimo resultado da primeira mão.
- O regresso de Diomande, como se não tivesse estado parado, impondo-se em todas as disputas de forma autoritária e esclarecida é uma excelente noticia.
Agora venha a Atalanta, um companheiro de viagem que voltamos a encontrar numa estação mais adiantada. Um adversário indesejado por ser difícil, como ficou demonstrado naquela primeira metade em Alvalade. Mas que não trás atrás de si nem o apelo às grandes enchentes nem a glória das eliminações históricas. Pior, cria a ideia de obrigação de passar a eliminatória, o que é um desgaste acrescido que pode representar um desvio de foco na luta pelo campeonato, o prémio mais apetecido.
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