Sporting 2 - Lille 0: bom jogo de preparação para o que aí vem
Ao ganhar por dois golos sem resposta o Sporting fez o que foi preciso e obteve o resultado que mais lhe convinha para a estreia, nesta nova versão da Liga dos Campeões. Além do resultado que mais lhe convinha, o Sporting realizou um excelente jogo de preparação para o que resta desta competição: não vai haver jogos fáceis, os adversários, mesmo os de nome menos cotado, como o de ontem, colocam-nos dificuldades apenas ao alcance dos nossos rivais internos.
Do ponto de vista mental não se podia pedir melhor: a equipa sofreu o suficiente para perceber que não vai ser um passeio no parque, as dificuldades que vai ter que enfrentar para jogar a este nível para obter resultados serão enormes, mas a vitória não beliscou o amor-próprio e ainda reforçou a confiança para encarar as próximas etapas.
Comecemos então por esse importante facto de não termos sofrido golos. Foi talvez a melhor prestação por sector, o dos nossos defensores. Debast, Diomande e Matheus estiveram praticamente irrepreensíveis, já que Inácio pouco jogou, afastado logo numa fase precoce do jogo. Que Debast é um jogador temível a construir já sabíamos, ficamos a saber ontem que a enviar misseis teleguiados também o é. Diomande foi patrão e Matheus Reis jogou como se fosse o titular. Há que dizer que tiveram auxilio exemplar do capitão Hjulmand, incansável na primeira frente de combate.
A segurança que foram transmitindo permitiu à equipa ir gerindo o tempo e a posse de bola, mesmo que enfrentando muitas contrariedades para construir jogadas de ataque, vendo-se muitas vezes obrigada ao recurso ao pontapé longo, solicitando a profundidade a Gyokeres. Os franceses colocavam uma grande pressão com quatro homens a condicionar a nossa saída de bola, e dessa forma o nosso jogo interior esteve grande parte do tempo anulado ou muito enfraquecido.
O Sporting precisou de quase meia hora de jogo para visar a baliza francesa, mas quando o fez podia ter inaugurado o marcador, numa jogada de entendimento de Gyokeres com Pote. Mas tendo-o feito os franceses passaram a olhar-nos com mais respeito e a expulsão de Angel, já depois do fenomenal golo de Gyokeres, deixou-nos com tempo e disposição para pensar e executar com mais segurança.
Tranquilamente o jogo correria para o seu final, com o Sporting a exibir-se com segurança, especialmente depois de marcar e quase não permitindo oportunidades ao adversário. Contudo este, tal como aludido acima, colocou dificuldades a que não estamos muito habituados, durante tanto tempo do jogo, mesmo até quando estávamos em superioridade numérica. Mas a missão foi cumprida.
Para o desejado apuramento para a fase seguinte o Sporting precisa de amealhar onze / doze pontos. Atendendo que dois dos jogos em casa são de dificuldade extrema e não constituiria surpresa dois resultados a zero, os restantes jogos em casa - Lille e Bologna - são de vitória obrigatória. Conseguindo esses seis pontos - três já estão - é obrigatório ir buscar os outros 5 pontos fora ao PSV, Sturm, Brugge e Leipzig, o quer dizer que tem que fazer 2 empates e 1 vitória. Não se tratando de nenhum impossível, serão jogos muito difíceis e exigentes, atendendo o nível dos adversários.
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