Quase todas as primeiras páginas dos jornais confluem hoje na conclusão que o Sporting se afundou ontem em Vila do Conde. Acontece que o Sporting já se encontra no fundo desde o inicio de época, sendo o momento em que isso para mim ficou mais evidente foi o jogo em casa com o Estoril. Se houvesse uma Taça Desliga seríamos campeões, cada jogador joga por si, sem a menor ligação. O vocábulo colectivo não existe no seu dicionário.
Tenho-o dito aqui várias vezes que a equipa do Sporting - que alguns querem confundir com o clube no seu todo - é das piores da 1ª Liga e os resultados e classificação demonstram-no de forma inequívoca. Não percebo por isso as reacções após cada jogo que o Sporting tem disputado, como se constituísse alguma surpresa o que vai acontecendo em cada 90 minutos.
Também disse aqui anteriormente que Godinho Lopes se atirou a um poço com uma mó ao pescoço no momento em que hesita na escolha do substituto de Sá Pinto, entregando o comando a Oceano, tendo de seguida escolhido Vercauteren. Passados 2 meses, quanto tempo mais é necessário é para perceber que não houve a mais pequena mudança qualificativa que justifique a manutenção do técnico belga? Pior do que cometer um erro é ter a noção clara da sua existência e nada fazer para alterar as suas consequências.
A escolha de Jesualdo foi um momento de clarividência que tende a não produzir qualquer resultado se a esta estranha contemplação perante a hecatombe se mantiver. Há limites para o sofrimento e esse não atinge apenas os sócios e os adeptos, nota-se e de forma bem vincada nas expressões faciais dos jogadores. Quanto mais se prolongar esta agonia mais difícil será inverter esta situação cada vez mais terrível e como são os jogadores que jogam.... E convém reter que Jesualdo é apenas treinador, não é nenhum santo milagreiro.
Jesualdo deve ter ficado estarrecido com o que viu ontem no estádio dos Arcos. Não só não deve ter conseguido vislumbrar o que têm andado estes jogadores a treinar esta época como deve ter percebido que a sua missão, se a vier a ter que executar, é bem mais difícil do que por apenas a equipa a jogar com os princípios mais básicos do futebol. É que, mais uma vez, o Sporting jogou o jogo todo em inferioridade numérica desde o apito inicial, sendo o apito um dos jogadores do adversário. E essa diferença foi ainda maior com a saída de Dier, por razões, se aplicada a lei, levariam o Rio Ave a perder ainda mais jogadores. Há quem diga que a jogar assim desta forma não temos o direito de reclamar más decisões dos árbitros. Isto é tão idiota como afirmar que um pobre coitado não tem o direito a reclamar quando o seu casebre é assaltado.
LdA,
ResponderEliminarHouve dois erros claros, um na renovação de Sá Pinto e outro na escolha do substituto. Sá Pinto destruiu a equipa, Vercauteren não conseguiu inverter a tendência.
Agora é reconhecer a borrada e cortar com o belga, remodelar o plantel e preparar a próxima época. Nada mais se pode fazer.
O erro crasso começa no beijo de Judas que dá a Domingos antes do o despedir. Sá Pinto até resultou parcialmente, mas viu-se este ano que não chegava. Se pelo menos Domingos tivesse fechado a época, haveria tempo para, caso não conseguisse montar a equipa ( o que eu dúvido) se procurar um treinador com tempo, não arriscando sempre em alguém sem provas dadas.
ResponderEliminarmas alguem ainda tem duvidas que o maior erro de godinho e que lhe foi fatal foi deixar cair o domingos? ao menos o Domingo foi o mais realista quando disse qualquer coisa como "nós temos uma equipa para amanhã, mas há muitos entendidos impacientes que exigem uma equipa pra ontém" afinal ele tinha razão e hoje não estariamos nesta posição de certeza, por isso ao lambuças só dezejo a sua destituição e restante corja o quanto antes.
ResponderEliminarSL
Sim de facto o melhor teria sido manter Domingos!
ResponderEliminarManter um treinador que tinha perdido o pulso no balneário, manter um treinador cujo sistema encontrado para a equipa era sair com chutão dos centrais para a frente e após perda dessa bola, pressionar alto, manter um treinador que esteve meses ( e saiu sem ) para encontrar outra forma de sair a jogar ( uma vez que assim que os adversários perceberam que bastava deixar ser os centrais a sair ou não deixar que usassem os chutão) que devia ter sido encontrada para evitar a fase negra de Dezembro a inicio Março, era de facto um brilhante acto de gestão!
Ai Godinho...ai Godinho!!
Quanto ao post LdA, resta-nos esperar o inevitável: mais perda de pontos e saída de FV, para que Jesualdo traga a sua equipa técnica, afaste Oceano das decisões e possamos pelo menos apresentar algo parecido com futebol
RG,
ResponderEliminaré sempre fácil acertar no Tobobola à 2ª feira e jogar com a falta de memória. Mas é óbvio que perante o que se vê hoje é fácil fazer de Domingos um messias. Mas o mesmo também é válido até para o Paulo Sérgio e, estou certo, muito mais para Carvalhal.
Confesso que não consigo perceber a desilusão dos Sportinguistas após jogos como o de ontem. O que aconteceu, face ao passado recente, é perfeitamente natural face às incidências do jogo o anormal seria o Sporting ter superado as dificuldades que encontrou.
Ao Domingos também reconheço competência e seriedade mas sempre vi nele (até na linguagem corporal) que ele não se sentia bem naquela pele - estou aqui agora mas atenção que estou só de passagem.
ResponderEliminarO único treinador nestes últimos anos que senti que poderia ter deixado positivamente a sua marca, com Futebol, com identidade foi o Carvalhal.
Reconhecia-lhe competência, seriedade e empenho.
Apesar do pouco tempo que teve, mostrou qualidade, viu-se capacidade de treino e evolução notória na globalidade dos jogadores.
Provou que a necessidade do tempo é relativa, afinal basta saber e rapidamente o bom trabalho aparece.
Infelizmente foi vergonhosamente tratado por quase todos, basta lembrar a sua não apresentação.
Relativamente ao Belga, concordo, é como dizes:
»Pior do que cometer um erro é ter a noção clara da sua existência e nada fazer para alterar as suas consequências.»
Não consigo entender é que se aplique só ao belga.
O ínicio foi o fim desta época. As escolhas do plantel - contratações e dispensas/vendas - destruiram a base existente e tornam, hoje em dia, quase impossível colocar esta equipa a jogar ao nível de uma equipa média da primeira Liga. O Sporting actual é uma das três piores equipas da primeira Liga e do ponto de vista do desempenho colectivo certamente a pior.
ResponderEliminarTer mantido Sá Pinto ter-lhe dado carta verde para impor a sua bizarra ideia de jogo sacrificando quem muito bem quis e adquirindo verdadeiras nulidades conduziu-nos para a beira do abismo. Vercauteren chegou tarde depoisde um Oceano de problemas e não foi capaz - não terá essa capacidade - de romper com o passado e impor(!!!) a sua lei. A permanência de Oceano ao seu lado é uma vinculação ao passado e isso era tudo o que o Sporting não necessitava. Parece faltar a Vercauteren capacidade para impor uma mudança e uma exigência. As apostas equívocas em jogadores que revelam toda a sua nulidade jogo após jogo - Rojo, Carrillo, Pranjic durante uma eternidade - são disso testemunho. Vercauteren já não parece ser a solução. Veja-se a forma como um clube numa situação como a actual lidou com este período de defeso. O regresso foi considerado como um recomeço para depois deste jogo horrível se estar já a falar de um outro recomeço.
Claro que o árbitro teve responsabilidades. Mas, alguém terá dúvidas que os homens do apito estão a prever um final ídilico com o Sporting a descer de divisão. Seria uma glória para a classe. A decisão no lance do Drier é brutal. Por razões muito piores dois ou três jogadores do Rio Ave teriam ido directamente para o banho. Alguns imbecis escrevem hoje na imprensa que a expulsão não justifica tão fraca exibição. Voltando ao Sporting há uma questão evidente. Eleições nesta altura não resolve nada. Será mais gasolina para cima da fogueira. A questão é a seguinte: quantas mais jornadas serão necessárias para Vercauteren mostrar que é capaz de retirar o Sporting do buraco onde está metido? Qual é o limite temporal para quem vier a seguir ainda conseguir evitar a descida de divisão que no actual contexto parece cada mais uma ameaça credível.
"Também disse aqui anteriormente que Godinho Lopes se atirou a um poço com uma mó ao pescoço no momento em que hesita na escolha do substituto de Sá Pinto".
ResponderEliminarGodinho atira-se ao poço de cabeça quando toma a dupla decisao de despedir domingos e trazer Sá Pinto.
Vercauteren está cá há 2 meses, herdando um plantel magnificamente planificado e um conjunto de jogadores que nao tinha treinador há 9 meses. Nao basta estalar os dedos...
LdA
ResponderEliminarInfelizmente esse é o mal de que padece grande parte dos sportinguistas...memória curta! Há um ano defendiam a saída de Domingos e vibravam com as vitórias de Sá Pinto, agora vêm em Sá o desgraçado e em Domingos o Messias....
O que neste momento falta a uma boa parte dos adeptos do clube não é cultura de vitória, é cultura de Sporting. O Sporting é exactamente o mesmo quando ganha e quando perde, o Sporting é a maior potência desportiva nacional e sobretudo o Sporting não é apenas futebol. Não ver isso é negar a genese que faz de nós adeptos, sócios e capazes de lutar pelo ideal que fez José de Alvalade um dia pensar em criar um clube.
Se as coisas no futebol não correm bem, correm melhor noutras áreas. Se algumas promessas eleitorais não foram cumpridas, outras que não o foram, estão de pé. Apontemos soluções, vejamos o que está bem feito e criemos condições para que o clube estabilize....
Não o fazer apenas irá abrir uma ferida no clube que levará imenso tempo a sarar e entrará no recorde do guiness, como maior numero de presidentes no menos espaço de tempo.
PS: Quando falas em Carvalhal acertas em cheio. Com um adjunto mais "ameaçador" para os jogadores, uma estrutura directiva forte, teria de certeza criado raízes em Alvalade