O Sporting já viveu muitos momentos em profunda crise, mas nenhum como o que hoje assistimos. Lembro-me do vazio deixado pelo abandono de João Rocha, o período sombrio de Amado de Freitas que havia de redundar no aparecimento da "solução" Jorge Gonçalves. Do que foi o mandato de Sousa Cintra até à chegada de José Roquette, pelo desvio das boas intenções no periodo de Dias da Cunha e Filipe Soares Franco até ao extertor final com Godinho Lopes.
Em nenhum desses momentos houve a ausência de uma voz alternativa como a que se assiste hoje e também em nenhum desses momentos o Sporting foi "liderado" por um presidente que cuide em primeiro lugar da sua sobrevivência, mesmo que para isso atropele os estatutos e os "reinterprete" à sua conveniência, esquecendo em simultâneo as regras democráticas e a vontade dos sócios para se fazerem ouvir. Mesmo que seja de apenas alguns, é o que está estabelecido nos estatutos que está obrigado a respeitar. A ideia de suspender a MAG e nomear comissões a seu bel-prazer até na Venezuela de Chaves e Maduro, ou na Rússia de Putin mereceria contestação popular.
Com estas medidas lá se foi o argumento da estabilidade, da preparação da época, da aprovação das VMOC´s etc. O Sporting vai entrar num outro nível de confrontação, que envolverá seguramente tribunais. É um processo que nos sai das mãos e que não sabemos bem quando e como regressará.
,Nem a noticia da rescisão de Rui Patrício parece mudar o estado de letargia geral. A táctica é a de sempre: há um inimigo externo a atacar o Sporting. Como se o Sporting precisasse de tanto! Quanto ao Rui lamento e compreendo. Acima de tudo é pai e atleta profissional. Eu também não gostaria de ter um patrão como aquele que Bruno de Carvalho tem vindo a transformar-se.
https://observador.pt/opiniao/semelhancas-e-diferencas-entre-bruno-de-carvalho-e-jose-socrates/
ResponderEliminarSemelhanças e diferenças entre Bruno de Carvalho e José Sócrates
Filipe Arantes Gonçalves - Médico Psiquiatra e Psicanalista
Ambos tentam compensar défices na auto-estima com um narcisismo doentio, embora José Sócrates mantenha o contacto com o real, enquanto Bruno de Carvalho perde essa relação através do delírio paranóide.
Muitos cidadãos portugueses já terão comparado as personalidades de Bruno de Carvalho e José Sócrates. Não haja dúvidas que ambos apresentam aspetos narcísicos muito significativos no seu funcionamento mental. Por exemplo: ambos apresentam ideias de grandiosidade e megalomania, gostam de ser o centro das atenções, estão fortemente autocentrados e dependem fortemente dos estímulos externos para a regulação da sua auto-estima, utilizam a desvalorização dos outros como forma de preservar uma imagem de territorialidade e superioridade que é só deles e são arrogantes, entre outras características que descrevem uma personalidade narcísica.
No entanto, apesar de ambos partirem de um narcisismo patológico, os caminhos psicopatológicos que o psiquismo de cada um escolheu vão desembocar em pontos de chegada bem diferentes.
Vejamos então: José Sócrates apresenta aspetos psicopáticos inegáveis que o terão levado à prática de crimes de corrupção que assumiram danos inimagináveis para a Economia do nosso país. Fê-lo, com certeza, com claridade de consciência no que respeita ao desrespeito pelas condutas sociais, éticas e morais que regem a nossa vida em sociedade. Ou seja, trata-se de uma “loucura sem delírio”, segundo o psiquiatra Esquirol, ou de uma “psicose agida” de acordo com psicanalistas contemporâneos. Assim sendo, em José Sócrates a tendência à falsidade, a ausência de remorso, o desprezo pelos demais cidadãos à sua volta e as suas irritabilidade e agressividade (por exemplo com jornalistas) são as suas notas dominantes.
Pelo contrário, Bruno de Carvalho não parece ter um componente psicopatológico psicopático tão apurado mas apresenta aspetos paranóicos (ligados à sua personalidade) e paranóides (na estruturação do seu delírio) na relação com o real. Para tal, basta assistir a uma das suas conferências em que afirmou não se demitir: aqui deparamo-nos com palavras que pertencem à temática paranóide por excelência como são os casos de “ataque sem precedentes”, “ameaças”, “conluio”, ou ainda “deslealdade”, entre outras. Por outro lado, Bruno de Carvalho perde a relação com o real, na medida em que cada vez está mais isolado, o que lhe aumenta os sentimentos de suspeita, humilhação, e desconfiança progressivamente maiores, formando-se um circuito vicioso paranóide. Quanto mais usa a projecção das suas angústias para os outros, mais esvaziado fica. Ao contrário de Sócrates, a temática paranóide só exacerba o rancor.
Em jeito de conclusão, ambos procuram compensar os seus défices na auto-estima com um narcisismo doentio embora Sócrates mantém o contacto com o real, fazendo mesmo um uso perverso e manipulando-o como se estivesse acima de todos nós, mas tentou fazê-lo de forma dissimulada e com a ajuda de outros especialistas nestas manobras do crime público. Já Bruno de Carvalho, perde a relação com o real através do delírio paranóide que o leva a atacar os outros (incluindo os presidentes da república e da assembleia da república), pois sente-se ele próprio atacado e perseguido. A situação do perseguido-perseguidor foi bem descrita por Lá segue na Psiquiatria Francesa.
Uma vez traçados os diagnósticos, resta saber se há tratamento para estes dois casos. Arriscaria dizer que na psicopatia não há tratamento eficaz, e na paranóia existe mas trata-se de um percurso dificílimo. Para efeitos de futuro, fica o desafio da prevenção que está nas mãos de todos, desde os profissionais de saúde até à sociedade na sua amplitude máxima. Em suma, mais uma vez estamos em presença do exercício da cidadania para a prática do bem no mundo de hoje.
Caro Leão de Alvalade,
ResponderEliminar"Quanto ao Rui lamento e compreendo"...ora bem, se bem entendi, após 20 de anos de SPORTING, se compreendes a atitude do Rui, não digas mais nada...
Até a esperança na regeneração do clube após esta terrível mancha da nossa história me começa a falhar. Haja ânimo.
ResponderEliminarO Sporting foi tomado (não de assalto, porque foi eleito democraticamente, o que não invalida o que a seguir vou escrever) por um paranóico com a mania da perseguição e a cujos objectivos as teorias da conspiração assentam que nem uma luva pois servem para justificar tudo...e o seu contrário.
ResponderEliminarVejo pessoas inteligentes a embarcarem nesta conversa com uma leviandade surpreendente. De facto, o controlo das massas através de um discurso populista é algo fascinante.
Com um simples estalar de dedos BdC decreta quem são os inimigos-que-ontem-fora- amigos-e-amanhã-já-não-prestam-de-novo e ausência de sentido crítico de quem é manipulado desta forma grotesca é chocante.
Cada vez me restam menos dúvidas que BdC vai deixar o SCP num estado do qual não mais conseguiremos recuperar. Esta necessidade que nós, como povo, temos de um "paizinho" que decrete e mande com pulso de ferro em nós, é ainda um resquício dos 48 anos de ditadura. Não consigo explicar este fenómeno de outra forma.
"Quando chegaram à Academia, os jogadores ainda acharam anormal que o team manager, André Geraldes, que estava sempre na Academia em dias de treino, não estivesse presente."
ResponderEliminarMas ainda há quem ande à procura da justa causa. Só o Octávio dá meia-dúzia por dia. Que aldrabão. Nem sabia muito bem como é que o Jorge Mendes aparecia a negociar o Rui Patricio.
"Foi o Sporting que nos procurou e solicitou ajuda para encontrar uma solução para o Rui Patrício. A Gestifute era credora do Sporting, mas nada pediu ao Sporting"
Eu não quero saber do Rui Patrício ou do Sporting e de tudo o mais. Eu quero é o Bruno a presidente!
ResponderEliminarQuem tem um Bruno, tem um tesouro.
Ah, mas os órgãos sociais estão quase todos em demissão, o treinador despedido e não há dinheiro para o indemnizar; os jogadores não querem nada, nem conversas com o presidente; alguns patrocinadores estão a deixar o clube; os accionistas querem correr com o Bruno da SAD porque ele desvalorizou brutalmente os ativos; a Justiça tem o Sporting em investigação em processos de corrupção; as acções caíram; a imagem do clube é devastada dia-a-dia na comunicação social com novos escândalos; os jogadores do clube foram miseravelmente agredidos nas suas próprias instalações e o presidente não consegue condenar o acto; os presidentes e elementos dos vários órgãos directivos são insultados amiúde pelo Bruno que nem os sócios poupa; os jogadores começaram a rescindir com justa causa os seus contratos, resultando numa perda de milhões; a AG foi desautorizada pelo Bruno que se pretende perpetuar na presidência, etc.....
Mas, calma. Não se passa nada. Os jogadores é que não são bons profissionais e se foram agredidos por criminosos, a culpa é deles.
Deles e só deles. Qualquer trabalhador em Portugal, se o patrão entende que não rendeu naquele dia o que dele esperava, recebe nas instalações da empresa em que trabalha a visita de um bando de criminosos que o espancam com barras de ferro e cintos.
No dia seguinte vai trabalhar com satisfação e não se fala mais no assunto!
Digam-me que quando passar o efeito dos cogumelos que esta gente come, vão acordar e ser gente normal. O Sporting está num universo paralelo. A Juve Leo capturou a presidência do clube, está a demolir tudo o que se ergueu em 100 anos, património, imagem e prestígio.
O próximo presidente que tenha tomates e acabe com a organização criminosa de vez!
Fiquemos com o Sporting clube do carvalho e sem jogadores. Já vão 3.. só gente que esteve lá 20 anos. Agora vem os estrangeiros que se estão a cagar para o clube.. um homem a sério sabe quando sair..mesmo quando acha que tem razao.
ResponderEliminarO menino Podence também já foi...
ResponderEliminarAcho que não é bem letargia. Acho que é uma espécie de hipnose. Agora os brunistas viram-se para os jogadores, esses malandros que foram agredidos na academia, que recebem ameaças, deviam pôr isso tudo de lado e continuar com o patrão Bruno, o mesmo patrão que não só não impediu essas agressões e ameaças, como tudo indica ter estado envolvido nas mesmas (pois, a ideia dele era dar um "apertão", mas os jogadores não se encolheram e a "coisa" descambou...). Um presidente destes num outro clube já teria sido escorraçado ao pontapé, em especial quando em 4 anos de mandato o rival ganha 4 campeonatos. Mas aqui no Sporting continua a haver aqueles para quem é Deus no céu e Bruno na terra. Felizmente o Sporting Clube de Portugal tem solução: é este rapazola parar de brincar aos presidentes e sair na próxima semana. Julgo que é impensável isso não acontecer.
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