Desde ontem que começou a circular uma declaração em diferido, dando conta que Bruno de Carvalho "admite ponderar" a sua posição como presidente do clube. Isto não é propriamente uma noticia porque "ponderar" é algo que deve ser feito em permanência. Dado o tom neutro, sem grande profundidade e descontextualizado da "noticia" - onde como e quando a declaração foi feita? - ainda esperei um comunicado a desmentir a declaração mas, pelo que se vai sabendo, ela existiu de facto.
As leituras sobre esta tomada de posição podem ser numerosas e de diverso sentido: esperar uma vaga de fundo, sinal de dúvida e fraqueza, auscultar sensibilidades, tentar que se revelem possíveis opositores, etc. Mas a mais imediata é que algo terá que estar mal quando um presidente recém-empossado e eleito de forma quase demolidora "pondera" a este nível. E que dizer à carta-convite a Jorge Mendes e à ideia de vender abaixo das cláusulas passadas em rodapé?
A primeira das consequências é introduzir instabilidade própria da incerteza que gera. O que ainda por cima é agravada pela ideia de tudo ou nada com que o próximo ano está a ser encarado. À incerteza associa-se a pressão do "é agora ou nunca" também descrito nas mesmas noticias. Como se não fosse pouca a pressão de não ganharmos há década e meia...
Esta ideia de all-in seria sempre desajustada em quem não tem na mão cartas seguras: não só porque o SLB, como campeão e dono e senhor dos "poderes ocultos e paralelos" do nosso futebol parte à frente. Ou porque o FCP como animal perigoso e ferido por uma gestão que dá sinais de caminhar para o estertor final merece todo o cuidado. Mas sobretudo porque não tem em conta a desvantagem que é começar a época mais cedo, pressionados pela indefinição relativamente à qualificação para a fase de grupos da Liga dos Campeões.
Parece que não se aprendeu nada com o passado recente: na época anterior à que agora finda o campeonato fugiu-nos por entre os dedos, mesmo tendo alcançado um número de pontos que normalmente certificaria o titulo. Na actual, investiu-se o "couro e o cabelo" e os resultados, ao invés de melhorar, foram ainda piores!
À partida para uma época que se prevê muito difícil e que o afunilar de possibilidades de apuramento directo para Liga dos Campeões ainda agravará mais o que o Sporting mais precisa é de serenidade ou da famosa "dranquilidade" e não perturbação e desassossego ainda por cima vindos do interior, no que parece ser tirado de um manual "Como tornar uma situação dificil ainda pior"
Sinceramente a mim parece-me uma tentativa de ser mártir, do género de estar à espera (caso o próximo ano seja mau) que lhe façam petições a pedir para ficar, a mendigar atenção, a querer palmadinhas nas costas. O que de facto não deixa de ser estranho a quem ainda agora foi eleito, de forma esmagadora, para um mandato de 4 anos. Mas no fundo acho que é o Bruno de Carvalho a ser ele próprio. A verdade é que pessoalmente não acredito que ele saia pelo próprio pé caso as coisas na próxima época não corram bem. Aliás, acho impensável! Afinal onde ele iria arranjar um emprego destes com um ordenado destes?
ResponderEliminarA notícia foi "introduzida" ontem e reinventada hoje. Parte da livre interpretação de um "iluminado" jornalista retirada da frase eleitoral de BC: "Seremos campeões e mais que uma vez". Daí o jornalista "fantasiou" a eventual saída de BC em caso de fracasso já esta época.
ResponderEliminarSão os tais dos "se"s na falta de qualquer porcaria para escrever. É o que temos...
Em relação ao: -Na actual, investiu-se o "couro e o cabelo"- tenho questionado em outros blogues pelos valores gastos esta época e ninguém conseguiu dizer de que valores falamos.
Conseguirá algum leitor do blogue dizer quanto em concreto foi gasto no plantel desta época?
Fica o desafio.
Saudações Leoninas!
JH
A notícia foi introduzida ontem a diversos jornalistas...
EliminarPois, e volta a ganhar 900 euros/més.
ResponderEliminarDepois de 4 anos de seca, o próximo ano é de risco para o Bruno Azevedo. A relação com o treinador também já eu o que tinha a dar e os sintomas são de gangrena. Nada como acautelar já a tragédia adivinhada.
O culpado vai ser o mordomo, como sempre.