É ainda cedo para saber quantas e quais serão as candidaturas aos diversos órgãos sociais do Sporting mas ninguém se surpreenderá que número de listas iguale ou até supere o das últimas eleições. É-me difícil qualificar como um sinal de vitalidade a proliferação de candidaturas face à situação em que o clube se encontra.
Não me refiro em exclusivo à situação financeira ou à situação desportiva, mas a um cada vez mais notório acantonamento de grupos de pressão e de expressão, com muito poucos pontos de contacto ou convergência que lhes permita encontrar uma base minimamente estável para apresentação de candidaturas conjuntas.
Isto é no mínimo estranho e um primeiro mau presságio, se atendermos que os recursos necessários no curto médio prazo - 20 a 25 milhões - não se encontram na feira semanal de Odivelas ou similares. O caminho, mais uma vez, será o mais difícil e a futura liderança terá que lançar as raízes da sua própria afirmação num terreno estiolado pela refrega eleitoral e competindo com a improbabilidade de sucesso desportivo no curto prazo.
A este fenómeno de candidaturas como cogumelos em bosque outonal não será certamente alheio o valor promocional da marca Sporting. Basta atender ao passado recente e olhar para as candidaturas do último acto eleitoral.
No universo Sporting quem já tinha ouvido falar em Brás da Silva, apesar da sua actividade empresarial na Finertec ter alguma relevância em Portugal e Angola?
Bruno de Carvalho, com trabalho feito na Fundação Aragão Pinto não era um desconhecido para muitos Sportinguistas?
A quem deve Dias Ferreira o facto de o seu nome ser hoje reconhecido em qualquer lado?
Godinho Lopes, que até já tinha sido vice-presidente, não era também ele um ilustre desconhecido?
Quantos tinham ouvido falar de Pedro Baltazar antes de ele se tornar um investidor na SAD?
Algo semelhante podíamos dizer de Sousa Cintra, quando apareceu, Dias da Cunha e tantos outros que entraram na onomástica leonina e daí transitaram para o panorama nacional. Todos eles ganharam com a associação ao nome do Sporting, oxalá o clube pudesse fazer igual balanço.
O Sporting tem sido bom a estimular muito amor-próprio. Este, na devida medida é indispensável e vital à saúde de um individuo, mas não deve ser confundido com a ambição desmedida e a soberba. E em certa medida, quando os passos são maiores do que as pernas, produzem o efeito contrário, expondo, pela incapacidade demonstrada, ao ridículo.
Para nós, Sportinguistas, o problema começa quando ele extravasa a esfera dos seus autores e atinge o clube. Neste momento de muita indefinição e alguma apreensão poupem-nos (os candidatos e proto-candidatos) pelo menos às fracas figuras, evitem o ruído e não nos façam perder tempo.
Eu gostaria de ver 3 listas a concorrer ao SCP. Nem menos, nem mais. Acho que era o numero ideal para uma pluralidade de ideias sem haver demasiados votos espalhados.
ResponderEliminarLdA, olha que se calhar, nos dias de hoje, mais depressa encontras 20 milhões na feira de Odivelas do que em qualquer mercado "normal"...
ResponderEliminarLMGM:
ResponderEliminarLOL... Mas são milhões com ou sem necessidade de 'lavagens'?...
Qt ao post: não duvido q vão aparecer mts 'candidatos' na CS... Qts deles irão concretizar a sua candidatura é q ainda é cedo para perceber... De qlq forma a dança dos nomes já começou e assemelha-se aos anúncios de bandas por uma qlq organização de festivais de Verão: há para tds os gostos... Desde folclore a heavy metal. :P
LdA,
ResponderEliminarIsso aplica-se a qualquer dos actuais presidentes dos nossos rivais também.
Quem conhecia Luís Filipe Vieira antes de chegar ao Alverca?
Só quem negociava pneus ou cocaína.
Quem conhecia Pinto da Costa antes de chegar ao Porto?
Só quem visitava o Calor da Noite e queria fruta.
Os candidatos vão ter de ser muito directos e isso é consequência das eleições serem já e não no final da época. Não dá para prometer jogadores e muito menos troféus.
ResponderEliminarAssim, vão ter de esclarecer onde vão buscar os 25M. Assim como vão ter de esclarecer o projecto desportivo e o plano de saneamento financeiro.
E por amor ao clube, abandonem o "à barça" porque isso não é nada. Coisas concretas, queremos fazer X, Y, e Z. Depois eventualmente podem sugerir que X, Y e Z se aproximam do modelo do Dortmund. Agora, atirar com Barça parece-me infundado.
Eu também quero ter futebol à barça e facturação à Real Madrid. Elegem-me?
Como pode o Bruno de Carvalho querer ser Presidente do Sporting se andou uma semana para arranjar dinheiro para uma sala de hotel??
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