Ontem, numa das redes sociais, interrogava-me (provavelmente com alguma ingenuidade) porque é que a comunicação social dedicava tanto tempo e preocupação em saber o que pensa Jorge Cadete sobre os mais variados assuntos relacionados com a vida do Sporting. Qual não é o meu espanto quando dou com a primeira página do Sporting a perguntar o que é feito do Jorge Cadete.
Não sei quem é o responsável pelo artigo. Presumo que seja alguém muito novo ou então com problemas de memória e por isso aproveito o post de hoje para lhe responder à pergunta. Só nessas circunstâncias, ou outras que me escapam, é possível que não se lembre do que se passou num qualquer dia de Abril de 1996.
Estava a equipa do Sporting prestes a entrar em estágio, quando Jorge Cadete se some, aparecendo em seu lugar um fax do seu empresário a pedir a rescisão do contrato, invocando atraso no pagamento de salários. Se a memória não me falha o jogo era com o Marítimo e ficávamos apenas com Paulo Alves para jogar na frente de ataque. Acabámos por ganhar o jogo. O jogador seguiu para o Celtic, vindo-se a provar mais tarde que a razão da rescisão não existia, facto que era sabido de todos ter sido usado como mero expediente para se por a mexer.
A carreira de Cadete prosseguiu e perdi-lhe o rasto e o qualquer interesse quando assinou pelo SLB de Vale e Azevedo. Acabava de fechar o ciclo de uma traição a um clube e adeptos que até então o idolatravam, não podendo ser responsabilizados um e outros pelas más relações que então manteria com Carlos Queiróz, treinador à época, e que o afastou da titularidade.
Ao ser humano Jorge Cadete desejo o mesmo que aos demais, que a vida lhe seja fácil e que viva longos anos. Mas, como qualquer um de nós, que viva de acordo com as opções que tomou. Se se diz Sportinguista, não serei eu a desmenti-lo. Mas, nessa qualidade está longe de ser uma referência - e portanto, de merecer qualquer destaque de primeira página no jornal do clube - a menos que se queira ensinar na Academia como se cospe no prato onde se comeu.
O amor pelo clube pode-se proclamar mas vale sobretudo pelo exemplo. E do Cadete foi dos piores que me lembro. Haja memória e respeito!
Exactamente!
ResponderEliminarPior que o Cadete só mesmo o Simão.
ResponderEliminarNa altura o Cadete era suplente do Outtara e com a saida1?(ou lesão já não me recordo bem) deste toda a gente virou-se para o Cadete ... mas este rasteirinho já se tinha posto a andar.
ResponderEliminarLda o jogo penso que era com o Vit. de Guimarães e não com o Marítimo, recordo me bem desse momento porque era ... repito era um grande apreciador defensor do Cadete até aquele episódio.
Os adeptos têm memória !!!
SL,
Cadete quer o que outros querem: um clube onde cair.
ResponderEliminarContudo, se uns ganham direito a isso por serviços prestados, profissionalismo, dedicação e, em suma, Sportinguismo outros o perdem quando fazem o contrário.
Muitos jogadores merecem, caso precisem, ser ajudados pelo Sporitng. Merecem, se tiverem competências, a possibilidade de cá trabalhar. Para não ir longe demais dou o exemplo de Polga. Dedicação e profissionalismo. Se tiver competências para algo e o SCP precisar disso poderá ser considerado. Merece.
Cadete não.
Os jogadores não têm que amar a camisola. Mas têm de a respeitar. Polga sempre respeitou, Cadete nunca a mereceu vestir.
Sérgio a minha memória é idêntica, o jogo era contra o Vitória, fora, e o que o senhor evocou não foi falta de pagamento mas sim falta de condições psicológicas, tendo sido dada, pela primeira vez, razão ao jogador pela federação em tempo recorde (foi decidido no Calor da Noite...).
ResponderEliminarO passe foi enviado à pressa por um senhor que hoje está num forum de paineleiros (o Guilherme) sem ter existido ainda à data do envio do certificado para a federeação escocesa uma decisão do Conselho de Disciplina sobre a justa causa de rescisão...
ResponderEliminarCorrecto JG, a ascensão e queda do "candidato-a-candidato" dava uma Enciclopédia. Para se ter noção do longo caminho que há a percorrer:
ResponderEliminarhttp://cmtv.sapo.pt/atualidade/detalhe/jorge-mendes-proximo-do-fc-porto.html
Cadete parece que está mal de finanças. Desde que se separou, a vida não lhe tem corrido bem. Consta que ele e o Amaral vão entrar no clube...
ResponderEliminarForam 10 anos de Sporting. Compreendo perfeitamente a entrevista ao jornal do Sporting.
ResponderEliminarMais do que isso, não.
A explicação é muito simples, pagam-se agora os favores da campanha. Há-de vir a mesma pergunta para o Venâncio, embora esse pelo menos sempre se tenha comportado de forma digna. Com sorte haverá emprego para todos quando a purga acabar. Nessa altura façam-se as contas quanto o Sporting passou a pagar com os tachos que andou a distribuir.
ResponderEliminarSem perdoar ao JC pelo sucedido, gostaria de pôr um bemol nesta narrativa. JC foi a vítima favorita de um dos piores cancros que passou por Alvalade: o inefável prof Queiroz. Graças a essa imitação de um treinador, o melhor marcador de golos que havia em Portugal deixou de jogar para dar lugar ao Juskowiak, que dava "mais profundidade" ao ataque do Sporting. Como a profundidade não marcava golos acabou o genial prof por colocar o Capucho a ponta lança, porque o essencial era não fazer jogar JC. A conclusão já a conhecemos: JC transformou-se numa lenda do Celtic e o Capucho fez a carreira que fez no Porto no seu lugar. Começava aí a magnifica carreira do prof como destruidor do Sporting...os exemplos de Moutinho e Patrício vieram mais tarde confirmar a estatura moral do sr prof. JC não se terá portado bem...mas o verdadeiro responsável era outro. Depois, a sua carreira prosseguiu e a passagem (alias pouco notória) pela Luz era perfeitamente normal para um profissional. Não merece que lhe dediquem particular atenção, mas não há qualquer razão para por o seu sportinguismo em causa.
ResponderEliminarQuanto ao comentário de Vítor Ribeiro: convém não pôr o carro à frente dos bois. E também ser coerente. Acaso disse o mesmo em relação ao Beto, Vidigal, Domingues e outros ( já nem falo do MF pelo seu estatuo ímpar)? E, pelo menos, um pouco de respeito pelo Venâncio. Talvez não saiba mas foi um enorme capitão do Sporting, pelo qual fez enormes saçrificios ( não sei se houve jogador mais massacrado com operações aos joelhos).
HY
ResponderEliminarconvém é não ser parvo antes de se querer por a dar lições disto e daquilo.
Por acaso sabe o que eu disse a propósito desses episódios há 2 anos?
Quanto ao Venâncio que mais respeito do que dizer que se portou de forma digna?
Não há desculpas para o Cadete, com ou sem CQ pelo meio. Se não qualquer jogador que fosse posto na prateleira pelo treinador seria admissível por-se a mexer a 48 horas de um jogo.
Claro, já se está a ver o que se está a preparar e por isso até é capaz de se arranjar desculpas para quem vendeu a mãe ou cuspiu na bandeira.
Meus amigos, há resmas de antigos jogadores que podem em qualquer momento ser chamados a voltar a servir o clube. Nem vale a pena trazer para aqui Manuel Fernandes é uma lenda viva.
ResponderEliminarHá um punhado de jogadores, treinadores e dirigentes que por vontade própria e consciente praticaram acções que virtualmente impossibilitam o seu regresso ao clube seja lá em que funções for.
Cadete faz parte deste grupo e infelizmente não está sozinho. Carlos Queiroz também.
Felizmente penso que o Sporting pode viver perfeitamente sem eles e até com vantagens a todos os níveis.
Ok, Vítor, eu sou parvo. Voce é inteligente e coerente. Responda por favor: colocou as mesmas questoes sobre pagamentos de favores de campanha e custos para o clube aquando das entradas dos nomes referidos ( e outros de que não me lembro)? Era só essa a minha questão, não dei quais quer lições.
ResponderEliminarQuanto ao JC, se acaso acompanhava já estas questões na altura deve lembrar-se da miserável campanha que o prof fez para o afastar. Chegou a ser humilhante. Não o desculpa mas ajuda bem a explicar o que se passou. Foi uma vergonha, tal como outras que aconteceram (com o MF), por ex. Um treinador deve poder escolher os jogadores com que conta. Mas não deve poder destruir património do clube.
Eu não faço ideia do que se está ou não a preparar, vivo a 2 mil km de Lisboa e não conheço ninguém na direcção do Sporting, por isso não estu a colaborar em campanha nenhuma. Limito-me a recordar alguns factos porque não gosto de ver ninguém lançado às feras sem que ao menos os factos sejam bem contados. Se isso faz de mim parvo, tanto pior.
Finalmente, se respeita o Venâncio pode explicar-me a que propósito o chamou para a discussão? Também se fala nele para qualquer coisa? Associa-o a algo que qualifica como " vender a mãe" mas ressalva que " pelo menos sempre se comportou de forma digna" e acha que isto é respeito?
Enfim, a verdadeira questão é a da purga e dos tachos. É isso que está por trás do seu comentário, por isso a minha questão: aplicou o mesmo critério à carrada de ex-jogadores entrada pelas mãos dos anteriores dirigentes?
LMGM,
ResponderEliminarAceito a sua leitura sobre o passado de JG. Não pretendi dizer que ele deve ter algum cargo no SCP. Apenas lembrar uma parte aparentemente esquecida da história do caso Cadete. Lamento apenas que o verdadeiro responsável, uma das pessoas que mais mal fez ao Sporting (bem pode Sousa Cintra roer-se de remorsos pelo que fez ao despedir Robson quando ia à frente do campeonato para ir buscar aquela imitacao de treinador) passe incólume.
Também sou contra a entrada de velhas glorias para cargos no clube para os quais não possuem competência. Mas isso deve aplicar-se a todos e para todas as direcções.
HY, deve ter sido o Queiroz que obrigou o Cadete a apresentar o pedido de rescisão. Só pode. Como diz o autor do post haja memória e vergonha. Com tantos jogadores que deram tudo ao clube, que quase nada ganharam, com tantas glórias do clube esquecidos põem este judas na 1ª página do jornal e do site do clube?
ResponderEliminarSó falta irem buscar o Simão, o Alhandra, o Amaral, e mais não sei quantos. Porque o Porfirio já lá esteve.
Mas não admira, o novo director desportivo, o Inácio, foi dos primeiros a fazer esse caminho, sendo capaz de enfiar uma faca nas costas ao melhor presidente de sempre do Sporting quando a guerra com o corrupto mor estava no auge.
HY,
ResponderEliminarcomo refere o LMGM, ninguém se esqueceu do que ambos - Queiroz e Cadete - fizeram ao Sporting. Ninguém se esqueceu como o Cadete correu meio relvado de Alvalade a celebrar um auto-golo do Beto, como se fosse um golo seu, entre tantos outros faits divers.
Mas aquilo que mais me repugna no Cadete ou no Venâncio (ou no Carlos Xavier), foi a sua atitude sempre desrespeitadora do Sporting nos 2 últimos anos, em que invariavelmente apareciam a dar entrevistas quando as coisas corriam mal (mas desapareciam das parangonas quando corriam bem). Dou-lhe a opinião sincera e pessoal: se queremos um Sporting agregador, não podemos caucionar quem tem este tipo de comportamento. Há espaço para a crítica sem o oportunismo.
Digo-lhe também que não me lembro (o que admito poder ser falha minha) de ver o Manuel Fernandes, Beto ou Vidigal a debitar entrevistas a cada derrota do Sporting. O Beto teve uma saída conflituosa com o Paulo Bento, mas não me lembro que tenha havido uma atitude desrespeitosa relativamente ao Sporting.
Não me parece que o problema seja o "tacho". Ninguém acusa o Inácio de querer o "tacho" e ninguém poderá censurar os novos dirigentes de querer trabalhar com aqueles com quem sintam confiança. Trata-se de preservar a memória, porque é com ela que vem o respeito pela dimensão de um clube com uma história centenária.
O Cadete é um dos casos em que não o consigo colocar na mesma prateleira de que o Simão e afins. Mas compreendo quem o ponha. Ele portou-se mal mas o Sporting não lhe ficou atrás. Eu também me relembro bem da campanha suja feito pelo "Cancro" Queirós e principalmente pelo Norton de "Cancro", numa certa conferência de imprensa. E é bom não esquecer que o empurrámos para o Brescia antes desse episódio Celtic.
ResponderEliminarDo Cadete guardo a memória das dezenas de golos que marcou e de como nunca virava a cara à luta! E principalmente do jogo contra o Celtic com o velhinho Alvalade a rebentar pelas costuras em que ele marcou os 2 golos e acabou completamente de rastos, tendo jogado (pelo menos parte da 2ª parte) em nítida inferioridade física, com uma coxa elástica.
O que ele procura agora procuram também, infelizmente, muitos outros e acho bem que não lhe seja dado.
Há os que deixam memórias tão negativas que apagam o que de bom fez. Para mim não é o caso dele.
SL
Eu sou assim (nick complicado para começar conversas:)), eu coloco por uma simples razão, quando teve oportunidade de demonstrar em campo que os técnicos e dirigentes estavam errados, abandonou o Sporting... Não tenho nada contra, para mim apenas inviabilizou o caminho de volta.
ResponderEliminarNunca será simples ou directo analisar paixões, nada apaga o que de bom Cadete fez no Sporting ou no Celtic, qual é a mais valia disso para o Sporting de hoje? Para mim nenhuma.
Devem existir sempre referências de Sportinguismo no interior da nossa estrutura a executar tarefas para as quais tenham preparação, os jogadores podem p.ex. ser embaixadores da marca ou adjuntos de uma equipa técnica, mas Sportinguismo temos nós todos aqui e falando do meu caso particular, adorava trabalhar no Sporting, não sei é a fazer o quê...
Curto e grosso:
ResponderEliminarCadete é um CANCRO. Que se ofereça oa big brother vip na próxima edição...
Vivia eu em Santarém aquando da transferência do JC para o Sporting e até fui assistir ao jogo que o Sporting lá fez como contratualizado aquando da sua aquisição.Tenho por isso a lembrança do que corria sobre a simpatia clubística,do "fulano" em questão nessa época,toda virada para o azul do norte.Por isso nunca fui fã e muito menos o considerava e considero uma referência do nosso clube.Os seus actos no Sporting apenas confirmaram a opinião que dele fiz.Se são estas as pessoas que serão as futuras referências no nosso clube,então muito mal estamos!
ResponderEliminarPara ser claro:
ResponderEliminarNão concordo que antigos jogadores tenham cargos remunerados no clube se não tiverem competências nem acrescentarem valor à estrutura. Nem JC, nem ninguém, nem mesmo MF... Infelizmente, o Sporting está numa situação em que não pode fazer despesas supérfluas.
Não perdoo o que JC fez. Digo apenas que isso foi o final de um processo no qual o tal prof (e nem me lembrava da "ajuda" do Norton", o tal que gastou fortunas na América do Sul a trazer jogadores que nem na segunda divisão jogariam) fez tudo para obrigar o JC a sair (e o Capucho também) com grande prejuízo desportivo e financeiro para o Sporting. Presumo que a estrutura do Sporting, na altura, também não soube limitar os prejuízos.
Que JC tenha procedido mal não tenho duvidas. Que não o confundo com o Simão, também não.
Não percebo porque é que misturam o JC com o Venâncio ou o Carlos Xavier. Se foram críticos nos últimos dois anos é porque provavelmente achavam que as coisas iam muito mal. E peço desculpa mas o CX ou V sempre deram entrevistas sobre a situação do Sporting, não foi só nos últimos dois anos. Muitas vezes não concrdo com o que dizem. Não considero por isso que são "indignos" de pertencer ao Sporting. como para todos os outros, competência, utilidade e custo deverão ser os critérios. De resto, não tenho qualquer legitimidade para por em cause o seu pretendido sportinguismo.
Não creio que quem nunca levantou problemas por as anteriores direcções terem levado para o clube tantos ex-jogadores etc., tenha legitimidade para vir agora dizer que é inadmissível que esta direcção recrute ex-jogadores, que são tachos para pagar favores, etc.
Não vale a pena acusar quem lembra como as coisas se passaram com JC de estar ao serviço de uma campanha para branquear seja o que for e preparar o seu regresso porque é cúmplice não sei de que cabala ao serviço da nova direcção. Temos de acabar com esta ideia de que os sportinguistas se dividem em lambuças ou brunetes. Também há sportinguistas capazes de pensarem pela sua cabeça. Não quer dizer que tenham razão. Mas se não podemos discutir o clube sem acusações de ser por A ou por B não vejo grande futuro par o nosso Sporting.
De acordo com o PLF.
ResponderEliminarDe facto a minha memória do jogo imediato à saída de Cadete não estava correcta, o jogo foi com o Vitória de Guimarães. Não sei porquê mas a memória que me ficou foi o Maritimo. Não é o importante no caso, mas fica a devida correcção.
ResponderEliminarObviamente que estou de acordo com o que foi dito pelo LMGM e pelo PLF. E, apesar de não gostar do que viriam a ser as acções do Simão, entendo que a actuação de Cadete foi bem mais grave, pela forma, pelo momento escolhido. O facto de ser capitão da equipa, de ter 10 anos de clube ainda tornam a sua actuação mais grave. Lembro-me que na altura Cadete era, de forma geral, querido pelos adeptos do clube, que também não gostavam muito do que Queiroz o sujeitava.
A atitude de Cadete foi contra o clube e não contra o treinador, foi a antítese do que deve ser um profissional, e inqualificável como adepto ou sequer sócio.
Relativamente ao Carlos Xavier, Venâncio e o próprio Cadete, e como dizia o nosso estimado Carlos Sousa, eles que mostrem o número de sócios do Sporting e depois conversamos.
HY,
ResponderEliminarNão ia responder-lhe, mas parece-me pelo seu comentário que questiona a minha legitimidade para dizer o que seja e isso não posso aceitar.
Em 1º lugar, reitero que o que me parece menos importante nesta rábula da recuperação do "último goleador português leonino" para o universo Sporting, é um eventual emprego que possa decorrer do apoio à lista eleita. Naturalmente ninguém discordará que, na atribuição de cargos a pessoas de confiança, se distribuam posições a quem acumula competência com cumplicidade.
E isso em si deveria desarmar o discurso da "legitimidade" para apontar a estranheza deste regresso com o exemplo do recrutamento de ex-direcções: para o projecto que essas (quais sejam) direcções pretenderiam, esses ex-atletas poderiam representar um acréscimo de competência com cumplicidade. Sugerir que quem não criticou a entrada desses ex-atletas não olhava à competência, ou sugere que esses ex-atletas eram incompetentes para o lugar que se lhes destinava, ou sugere que quem não era crítico de tudo o que era efectuado, perdeu legitimidade para criticar o que possa ser feito actualmente. E isto sim é dividir o Sporting entre lambuças e brunetes. É sugerir que os "lambuças" perderam o seu espaço de intervenção no Sporting. É sugerir que os "lambuças" estão vinculados a uma decisão adoptada anteriormente e que não podem sequer mudar de opinião, ainda que ligeiramente (imagine, defendiam uma determinada solução que pensavam ser melhor e constataram que essa solução não produziu os efeitos esperados). E, na minha opinião, é também a sugestão de que todas as decisões tomadas pelos "lambuças" são "lambuças" na sua génese e, portanto, intrinsecamente más.
A sua oposição entre as contratações de ex-atletas em direcções anteriores e à eventual contratação do Cadete só olha a um critério: quem contratou. O critério da competência é, naturalmente, deixado de lado. E é por isso que me parece bastante hipócrita estar a sugerir que "[t]emos de acabar com esta ideia de que os sportinguistas se dividem em lambuças ou brunetes".
Ainda assim, e em 2º lugar, acho que não percebeu o que - por exemplo eu, ou outros - censuramos nesta inusitada recuperação do Cadete. Não se censura apenas o facto do Cadete pretender um cargo no Sporting, ou de ter saído de uma forma desrespeitadora com o clube (com todas as justificações que pudesse ter, abandonou o clube quando este mais dele precisava), ou de ter celebrado efusivamente golos do Benfica que nem eran seus, ou de ter passado os 2 últimos anos como homem de mão de alguma imprensa que pretendía “auscultar o descontentamento” (e bem sabemos como estes contactos não surgem ao acaso). Censura-se tudo e mais isto (é preciso fazer um esforço para não rir):
“Apesar de ter representado o Benfica durante cerca de um ano, Jorge Cadete sempre assumiu ser «leão» de coração, embora sem protagonismos. E confessa a vontade de servir o nosso Clube. “Não gosto de estar constantemente a aparecer e a dizer que sou sportinguista. Não preciso de andar com um cachecol do Sporting para mostrar que gosto do clube. Claro que tenho pena de nos últimos anos não ter tido oportunidade de trabalhar no Sporting. Ou melhor, de servir o Sporting, fazendo algo de útil”, confessa.
Em tantos anos ao serviço dos «verdes e brancos», Cadete lamenta um episódio: “Com Carlos Queiroz, nas férias, passei de capitão e melhor marcador da equipa para não convocado. Mas nunca fui bater-lhe ao gabinete e perguntar-lhe porque não jogava”.”
Como disse (e bem) um amigo, o episódio que lamenta é ter passado de capitão a não convocado e não o ter saído como saiu. Na minha opinião, isso diz algo do Cadete, mas diz também de quem o pretende recuperar para as páginas do jornal do Sporting.
(cont.)
E, para mim, diz ainda outra coisa: é que quem acumula estas características, fica muito bem como sportinguista anónimo (como nós), fica muito mal nas páginas do jornal do Sporting e fica ainda pior a falar – a qualquer título seja – pelo Sporting. Cadete talvez seja apenas mais um exemplo de se ter falhado na formação da pessoa. Mas com os males do Cadete podemos nós bem, já o jornal do Sporting deve ser representativo do universo do clube.
ResponderEliminarPara terminar deixo o ponto que considero mais importante e que me parece ter dificuldade em acolher: não é a crítica às opções tomadas que tornam os sportinguistas indignos, é a forma, o conteúdo e a oportunidade da crítica que pode tornar as críticas indignas – algo que Cadete partilhou com o Venâncio e o Carlos Xavier. Como referi acima, há espaço para a crítica sem oportunismo e há espaço para a crítica sem a tentativa de criação de desestabilização interna. Nesse particular, os 3 acima citados falharam (na minha opinião) e isso, só por si - em função da atitude profundamente divisiva que com frequência alimentaram - já seria suficiente para que fossem deixados na condição de sócios(?) anónimos (como nós).
Porque ao contrário do que se sugere (não por si, que me parece ter uma atitude ambígua a este respeito), o Sporting não pode (nem deve!) ser uma “democracia”. As críticas dos mais críticos devem ser feitas com a maior reserva – e portanto com a menor exposição – e, quando públicas, nos tempos mais oportunos – em período eleitoral, ou na discussão de questões estratégicas. Isto porque se exige (pode e deve!) dos sportinguistas que concedam as condições aos seus órgãos sociais de prosseguir a missão para que foram eleitos, sem ver recorrentemente o seu caminho minado pelas críticas internas. É por isso que aplaudimos (todos) o comportamento de José Couceiro quando disse que não seria uma “voz de oposição” e é por isso que rejeitamos aqueles que consideramos ser os críticos de todas as horas. Só esses demonstram integral respeito pela dificuldade de decidir e apenas esses merecem o integral respeito dos sportinguistas. Só esses poderão não ser considerados como oportunistas.
PLF, não era minha intenção questionar fosse o que fosse em relação a sim mas sim a quem me respondeu que o meu tipo de argumento era a preparação para o que se estava a preparar. Se ler os comentários anteriores compreenderá. Sobre o conteúdo das intervenções do CX etc nada posso dizer. Apenas referi que desde que deixaram de ser jogadores, o CX e o V foram amiúde solicitados a dar opinião, eu nem sempre gostei do que disseram, mas não considero que ste tenham tornado indignos por causa disso. Se você diz que ultimamente foram longe demais, não o contradigo, porque não acompanhei.
ResponderEliminarMais uma vez: apenas pretendi contar toda a história do JC... E dizer a quem me acusou de participar na campanha para o seu regresso e se referiu aos gastos enormes em tachos para pagar favores eleitorais se tinha expresso as mesmas preocupações no passado em situações idênticas. De resto, nos meus comentários expressei claramente a minha opinião de que cargos remunerados para ex-glorias deviam sempre depender da competência, do valor acrescentado e do custo. Acha que estamos em desacordo?
De resto, não discordo do que diz sobre a ética sportinguista dos potenciais recrutados. Também critiquei os que atacaram cegamente a anterior direcção porque sim. Aprecio por isso JCouceiro. Convido todos a proceder da mesma maneira...
Se você acha hipocrisia o que digo quanto à dicotomia lambuças/brunetes eu dir- lhe -ei que estou farto de ser catalogado ora de uma maneira ora de outra consoante o tipo de discussão em que intervenho. Serei hipócrita, mas estou habituado a dizer o que penso e sou capaz de admitir quando me demonstram que estou errado.
Pressão, na primeira frase do meu anterior comentário devia ler-se "em relação a si" , não " a sim"
ResponderEliminarEsta frase, “...Claro que tenho pena de nos últimos anos não ter tido oportunidade de trabalhar no Sporting. Ou melhor, de servir o Sporting, fazendo algo de útil”, confessa.", que imagino se possa ouvir, em idênticos moldes, da boca de muito boa gente é sintomática daquilo que chamo Urubus sociais.
ResponderEliminarMas alguém impediu este sr. e mais umas dezenas ou centenas como ele de "... servir o Sporting, fazendo algo de útil", olha, como diz o outro, vai bater punho!!!! Em Junho, quando o Sporting precisar do esforço de todos os Sportinguistas como de pão para a boca, compra 100 gamebox, pack de sócios, cachecóis e camisolas e faz uma barraquinha no Colombo para vender! Eu no ano passado vendi 10 e nunca marquei um golo pelo Sporting! Serve o Sporting como podes durante uns anos e até eu te proponho para os órgãos sociais. Faz-te à vida menino.
Para quem tinha dúvidas, os factos dissipam as dúvidas. A campanha eleitoral que durou dois anos, foi alicerçada em mentiras, para ludibriar os fanáticos.
ResponderEliminarEvidentemente que um sportinguista, independentemente da razão e o que se passa na maior parte das vezes até é uma falta de conhecimento perfeitamente normal e intrínseca a quem está do lado de fora, não critica o seu clube como e quando um não sportinguista. Não deixa até de ser uma perda de tempo comentar o que tem sido o percurso e as intervenções mais ou menos publicas de alguns supostos sportinguistas, inclusive ex-capitães e desde há muito como o Venâncio e o Xavier quando acabámos de eleger um presidente que fez o que fez, este até mais recentemente, também desde que teve oportunidade para isso. Quando acabámos de assistir à maior quebra de solidariedade e consequente disputa entre dois órgãos sociais, onde valeu de tudo, passando o clube completamente para 2º plano.
ResponderEliminarBastava este ponto para se perceber o muito que divide os sportinguistas e até mesmo as pessoas na sua generalidade e numa realidade mais abrangente do que a meramente desportiva. Chama-se carácter, uns têm e outros nem por isso. Ao pé disto todas as garantias falsas que foram debitadas durante a campanha com o intuito de caçar a confiança dos sócios não passam de amendoins, com consequências muito sérias para o Sporting mas mesmo assim de sómenos quando comparadas com o que deveria ser sempre a condição mais básica para presidir ao Sporting ou tão só vir a integrar os órgãos sociais de uma realidade associativa, a integridade leonina e não a autofagia recorrente de alguns. Numa realidade mediatizada como a actual às vezes interessa tanto ou mais o que se diz do lado de fora e que normalmente só serve para desestabilizar, até porque é mesmo isso que os vários órgãos de comunicação social andam sempre à procura. Atrás daquele tipo de jornalismo, sempre à procura do homem que mordeu o cão, no caso de comentadeiros sempre prontos para ajudar a desvalorizar os activos do seu próprio clube.
Infelizmente também não há outra maneira de dizer isto, o Sporting a que os dois médicos abriram caminho, o Sporting de um grande aldrabão fede!
e o paulo guerra tem provas para dizer que o nosso presidente é um aldrabão
ResponderEliminarThe Cure,
ResponderEliminarAchas que isso interessa minimamente?
O que interessa é passar um esponja neste trajecto que nos trouxe até aqui.