Mário Figueiredo, presidente da Liga de Clubes, deu ontem a cara pelo organismo que tutela relativamente à decisão tomada por aquela, ao sancionar a marcação do jogo das equipas A e B do Sporting. Não fez mais do que a sua obrigação diga-se, apesar de o que vem escrito no regulamento ser completamente o oposto do que a Liga permitiu. Isto porque o número 2 do artigo
13.º do anexo V (regulamento de inscrição e participação de equipas B), diz claramente que "os jogos das equipas B não podem ter lugar no mesmo
dia de calendário dos da equipa".
A interpretação dada pelo presidente da Liga parece-me demasiado lata, embora sensata:
"Temos de interpretar
as normas no seu texto e no seu contexto e também pelo objetivo com que
foram concebidas e, neste caso, foram feitas para proteção dos clubes
que têm equipa B e não no sentido de os obrigar a jogar em datas
diferentes. Como o objetivo não foi esse, e talvez a sua redação não
seja a mais feliz, são os próprios clubes que pedem a alteração da data
ou concordam, porque lhes é pedida, essa marcação de jogo, em seu
prejuízo"
A minha dúvida porém é se os poderes inerentes ao cargo que ocupa lhe permitem ir tão longe e se a questão na deveria ser esclarecida por um órgão disciplinar. Sendo tão raro ver assumir, por parte das instâncias tutelares, posições favoráveis e de forma tão célere, não deixo de me questionar se tal teria sucedido se o Sporting tivesse sido o único clube envolvido. O que é normal no tratamento que nos é dispensado é deixar os rumores ferverem em lume brando para que os vapores da incerteza causem a respectiva instabilidade.
Será que a reacção tão pronta de Mário Figueiredo não teve a ver com o facto de o Marítimo ser o outro clube envolvido e o presidente da Liga quis poupar um sustozito a nem mais nem menos que o seu próprio... sogro?
LdA,
ResponderEliminarAnalisa o campeonato passado e veja quantos jogos das equipas B foram no mesmo dia da A. Vais ficar surpreso ao encontrar jogos de TODAS as equipas B no mesmo dia da A. Todas mesmo, NÃO fico admirado do sr des-honestidade intelectual Rui "caracolinhos" santos se lembrar de mandar uma bojarda destas numa altura de pujança leonina.
E apesar do que dizes o espirito com que a lei foi escrita conta, por isso é que ao haver varias interpretações da lei, chega a uma altura que um caso define a jurisprudência sobre o assunto. As leis são redigidas e às vezes pela sua má redação à quem se tente aproveitar. Mas o espirito da lei conta.
SL