A neve de Basileia
Numa noite de inverno em que choveu copiosamente durante toda a partida, tendo mesmo chegado a nevar com alguma intensidade, o Sporting foi a Basileia conquistar a sua 19.ª vitória em 64 partidas disputadas na competição de clubes mais importante do futebol europeu. Com esta vitória, o Sporting soma 12 pontos num grupo em que apenas perdeu com o poderoso Barcelona, passando pela primeira vez a fase de grupos da milionária prova europeia.
É preciso recuar ao ano de 1983, altura em que o clube atingiu os quartos de final da antiga Taça dos Campeões Europeus, para encontrar um registo minimamente condizente com a envergadura do Sporting Clube de Portugal, que deveria estar mais habituado à alta-roda do futebol europeu.
Felizmente que o legado de conquistas nas diversas modalidades, que gerações e gerações de Sportinguistas conquistaram com esforço, devoção e dedicação, ainda hoje nos permitem recordar a gloria, motivando-nos para continuar a acreditar nos ideais que o nosso clube sempre projectou no desporto e na sociedade.
A noite chuvosa de Basileia trouxe-nos duas partes distintas. Na primeira parte, o Sporting jogou bem, trocando a bola, explorando as linhas laterais, apresentando um futebol mais fluido do que habitualmente nos tem mostrado e criando com isso algumas oportunidades de golo. Aos 18 minutos, Yannick, aproveitou um cruzamento perfeito de Izmailov e inaugurou o marcador, culminando assim uma excelente jogada de futebol.
Paulo Bento já tinha ensaiado outro esquema táctico na parte final da partida com o Estrela da Amadora, jogando em 4-2-3-1. Hoje, embora recorrendo ao habitual 4-4-2 em losango, ficou claro que Pereirinha dá outra dinâmica ao corredor direito. Izmailov pisou os terrenos que mais aprecia, em função de Vukcevic ocupar o lado esquerdo do losango. O futebol do Sporting com estas duas pedras bem colocadas atinge outra profundidade e não se torna tão previsível.
Na segunda parte as coisas inverteram-se e o Basileia, especialmente na parte final da partida, ameaçou as redes de Tiago, que ainda teve que se aprumar, mostrando que está sempre em forma para servir o Sporting. As lesões de Vukcevic, que saiu lesionado ao minuto 40 e de Pereirinha que já não regressou do balneário após a 1.ª parte, condicionaram bastante a estratégia leonina. Abel regressou à defesa, Adrien entrou ocupando a posição 6 de Rochemback que descaiu para a direita, fazendo Izmailov regressar ao vértice esquerdo do losango, onde normalmente tem actuado. Claro está que todas estas mudanças, conjugadas com os flocos de neve que iam caindo, originaram uma segunda parte fraca dos nossos leões, ressalvando-se no entanto o espírito de entrega e de ajuda, em condições atmosféricas desfavoráveis para a prática de um futebol mais apreciável.
Não podemos deixar de reconhecer e enaltecer a campanha positiva que estamos a fazer esta época no plano europeu, cujo reflexo encontra eco nos cofres de Alvalade, que como se sabe, carecem imenso de campanhas como esta, afim de se gerir o clube com algum equilíbrio financeiro.
De um clube que não tendo sido campeão no ano inaugural da Taça dos Campeões Europeus em 1955, foi convidado para disputar o seu primeiro jogo, fruto de na primeira metade dessa década praticar o melhor futebol da Europa, há muito que se esperava uma grande noite europeia em Alvalade nesta competição. Que a noite de Alvalade seja mais quente que a de Basileia.
É preciso recuar ao ano de 1983, altura em que o clube atingiu os quartos de final da antiga Taça dos Campeões Europeus, para encontrar um registo minimamente condizente com a envergadura do Sporting Clube de Portugal, que deveria estar mais habituado à alta-roda do futebol europeu.
Felizmente que o legado de conquistas nas diversas modalidades, que gerações e gerações de Sportinguistas conquistaram com esforço, devoção e dedicação, ainda hoje nos permitem recordar a gloria, motivando-nos para continuar a acreditar nos ideais que o nosso clube sempre projectou no desporto e na sociedade.
A noite chuvosa de Basileia trouxe-nos duas partes distintas. Na primeira parte, o Sporting jogou bem, trocando a bola, explorando as linhas laterais, apresentando um futebol mais fluido do que habitualmente nos tem mostrado e criando com isso algumas oportunidades de golo. Aos 18 minutos, Yannick, aproveitou um cruzamento perfeito de Izmailov e inaugurou o marcador, culminando assim uma excelente jogada de futebol.
Paulo Bento já tinha ensaiado outro esquema táctico na parte final da partida com o Estrela da Amadora, jogando em 4-2-3-1. Hoje, embora recorrendo ao habitual 4-4-2 em losango, ficou claro que Pereirinha dá outra dinâmica ao corredor direito. Izmailov pisou os terrenos que mais aprecia, em função de Vukcevic ocupar o lado esquerdo do losango. O futebol do Sporting com estas duas pedras bem colocadas atinge outra profundidade e não se torna tão previsível.
Na segunda parte as coisas inverteram-se e o Basileia, especialmente na parte final da partida, ameaçou as redes de Tiago, que ainda teve que se aprumar, mostrando que está sempre em forma para servir o Sporting. As lesões de Vukcevic, que saiu lesionado ao minuto 40 e de Pereirinha que já não regressou do balneário após a 1.ª parte, condicionaram bastante a estratégia leonina. Abel regressou à defesa, Adrien entrou ocupando a posição 6 de Rochemback que descaiu para a direita, fazendo Izmailov regressar ao vértice esquerdo do losango, onde normalmente tem actuado. Claro está que todas estas mudanças, conjugadas com os flocos de neve que iam caindo, originaram uma segunda parte fraca dos nossos leões, ressalvando-se no entanto o espírito de entrega e de ajuda, em condições atmosféricas desfavoráveis para a prática de um futebol mais apreciável.
Não podemos deixar de reconhecer e enaltecer a campanha positiva que estamos a fazer esta época no plano europeu, cujo reflexo encontra eco nos cofres de Alvalade, que como se sabe, carecem imenso de campanhas como esta, afim de se gerir o clube com algum equilíbrio financeiro.
De um clube que não tendo sido campeão no ano inaugural da Taça dos Campeões Europeus em 1955, foi convidado para disputar o seu primeiro jogo, fruto de na primeira metade dessa década praticar o melhor futebol da Europa, há muito que se esperava uma grande noite europeia em Alvalade nesta competição. Que a noite de Alvalade seja mais quente que a de Basileia.
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