A aventura Europeia
Terminou a 1ª fase da Champions League e esta é a altura indicada para reflectir sobre o nosso desempenho e projectar o que aí vem.
O facto mais importante a realçar é, inevitavelmente, o apuramento para a fase seguinte. Era um dos objectivos da época, era um anseio de todos os sportinguistas. É pois 1 momento de regozijo. Se, após o sorteio, conseguisse adivinhar este resultado declarar-me-ia satisfeito e é satisfeito que estou. Não vejo motivos para euforias mas também não imagino nenhum sportinguista deprimido com o feito. Na fase agora finda conta essencialmente a regularidade com que se alcançam os pontos e isso foi um facto. Os únicos factos menos positivos são os resultados com o Barcelona (lá até nem nos podemos queixar da sorte…) e exibições titubeantes, ou, servindo-me de uma expressão aqui usada pelo caríssimo JVL, bipolares: esta equipa continua a conseguir, no mesmo jogo, subir e descer de patamar exibicional tão rápido como 1 elevador de arranha-céus.
Outro facto que me parece igualmente indesmentível e que está ligado às últimas linhas do parágrafo anterior é que, na eliminatória que se segue, Paulo Bento tem que conseguir estabilizar o tal elevador nos andares superiores. Isto é, a equipa vai ter que conseguir subir a qualidade do seu jogo, diminuindo a sua intermitência, e dar uma resposta mais competente do que a conseguiu até agora com os adversários mais fortes com que se cruzou, seja no Liga, na Taça ou na Champions. Porque, como sabemos, perdeu todos os confrontos. Não deixa de ser estranho que não se tenha sentido até agora que a equipa, e os jogadores por si, não se galvanizem com os grandes jogos. A excepção foi o jogo da eliminatória da Taça de Portugal, embora o resultado tenha sido idêntico aos outros jogos referidos.
Só na próxima semana se saberá o adversário que nos calhará em sorte. Mas há condições que já se podem antecipar: não haverá nenhum Basileia pela frente e os adversários estarão mais próximos das dificuldades impostas pelos catalães do que pelos suíços. Também não tenho dúvidas que os adeptos do clube que nos calhar em sorte julgar-nos-ão suíços e pensarão que lhes saiu sorte grande. Cabe-nos a nós todos, à equipa em particular, entregar-lhes o bilhete da terminação e segurar a sorte grande com os pés, a cabeça, as mãos e, se preciso for, com os dentes. Exige-se a todos, à equipa em particular, uma mentalidade de conquista, sem subserviências ou complexos de inferioridade. A história não joga mas nela podem-se recolher lições de vida. Por exemplo, quem acreditaria que após perdermos por 4-1 em Manchester daríamos a volta em Alvalade, ganhando por 5-0, e estaríamos de azimute apontado para a final da Taça das Taças, a nossa grande conquista internacional no futebol? Venha quem vier que encontre um Sporting à Sporting. Clube de Portugal!
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